José Maria Trindade comenta sobre o avanço do crime organizado no país, afirmando que "estamos vivendo no limite". O comentarista alertou que as "facções estão dominando áreas que nem imaginamos".
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00:00Agora, José Maria Trindade, na entrevista que nós fizemos nesta quarta-feira com o secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, Victor dos Santos,
00:08ele disse também que não dá para você manter a normalização que se tem de homens criminosos com fuzis, a exemplo do que se vê no Rio de Janeiro.
00:18Ele até citou um exemplo trazendo outros países.
00:21Ele falou, você imagina, em Paris, você não conseguia acessar alguns espaços porque você tem homens circulando abertamente com fuzis nas mãos.
00:32Será que essa situação continuaria, ela se manteria?
00:37E aí ele traz essa comparação para o Brasil, onde muitas das áreas do Rio de Janeiro estão completamente ocupadas por homens que circulam livremente com muitos fuzis nas mãos.
00:51É, e falou, inclusive, assim, se você fosse visto com um fuzil nas mãos dos Estados Unidos, quantas horas você ficaria vivo, né?
01:01É uma grande pergunta e a resposta é que não ficaria.
01:05Eu acabo de saber que aconteceu agora há pouco, né, na Bahia, em Caraíba, que é uma praia ali de Porto Seguro, que é um santuário, a queridinha dos famosos, né?
01:16Um confronto, a polícia entrou em Caraíba e matou cinco ali na praça, em Caraíba, um local, um santuário preservado.
01:25E a polícia acabou apreendendo fuzis, muita droga, pistolas e bomba.
01:31Veja como as facções criminosas estão dominando espaços e áreas que a gente nem poderia imaginar.
01:39Uma área turística, isolada, lá não é possível andar de carro nem de moto para se ter uma ideia.
01:45E isso aconteceu hoje.
01:46E pelo Brasil inteiro estão acontecendo esse tipo de confronto.
01:50Porque chegou no limite, nós estamos vivendo um limite.
01:54E quando se chega assim, é preciso reações radicais, pesadas e duras.
01:59Então, é preciso sim reestabelecer o que é uma facção criminosa, o que é uma milícia que domina uma área.
02:07Ontem eu fiquei impressionado com a fala do secretário do Rio de Janeiro.
02:11Ele demonstrando de uma maneira muito categórica de que o tráfico de drogas é perigoso.
02:18Tem que importar.
02:21Quando você importa, é um perigo danado, né?
02:23Você cruza o país com uma carga de droga cara e pode ser pego pela Polícia Federal, pela Polícia Rodoviária Federal e acidentes.
02:32Enfim, é muito perigoso.
02:34Aí depois tem que guardar.
02:35Também é perigoso e caro guardar porque senão roubam, porque senão tomam.
02:40E depois distribuir.
02:41Quer dizer, é muito perigoso e mesmo assim os traficantes se enfrentam e convivem com isso.
02:46Agora, quando eles entram numa área e dominam e vendem o streaming, vendem internet, TV a cabo, controla o gás, controla a água, o supermercado e fatura 16 bilhões de reais,
03:01aí o traficante não é mais traficante, é outra coisa.
03:05É um faccionado que vive não mais de tráfico, mas sim vive das pessoas, explorando as pessoas, criando um governo.
03:13Para se ter uma ideia de como o governo é lucrativo, como o governo lucra em cima das pessoas e das pessoas pobres, né?
03:21Então, ele traçou aqui no 3 em 1 um quadro muito preocupante e muito demonstrador de que é preciso fazer algo.
03:29E há no Congresso Nacional mais de 10 projetos que podem fazer isso.
03:33Inclusive a lei de antifacção apresentada pelo governo e a PEC da Segurança Pública.
03:38O que é preciso? Discutir. Discutir e votar a PEC da Segurança Pública.
03:42Porque eu não gosto desse artigo. Muda o artigo, mas aprova.
03:45A lei antifacção dá a mesma coisa.
03:47A minha resistência é sobre a palavra terrorismo.
03:51Entendo que você pode pegar o crime de facção, o domínio territorial e o domínio econômico, através de grave ameaça, através de ameaça, e colocar pesadas penas, e inclusive facilitar para que os juízes não soltem nas audiências de custódia, facilitar as prisões.
04:12É preciso tudo isso.
04:13Mas é que eu tenho resistência a esta palavra terrorismo.
04:16Para mim ela é forte demais. Ela é absurda.
04:20Nós não temos essa cultura no Brasil, como em outros países tem essa cultura do terrorismo que ataca multidões.
04:26Uma igreja, uma feira, ataca coletivamente.
04:31Isso para mim é o limite do limite da maldade humana.
04:35Mas nas minhas conversas eu tenho encontrado parlamentares que pensam, como eu, que são a favor do aumento de penas, mas não o nome terrorismo.
04:44Porque se todo mundo é terrorista, ninguém é terrorista.
04:46É a ideia.
04:47Mas esses mesmos deputados dizem que o Congresso vai aprovar pela pressão popular que está tendo.
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