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  • há 2 dias
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Transcrição
00:00Imagina você pensar numa situação similar à da escravidão.
00:07É algo que a gente imagina que não acontece hoje em dia, né?
00:10Mas acontece.
00:12E mais perto do que a gente imagina.
00:14No Sertão do Estado, 14 pessoas foram resgatadas dessa situação.
00:19Essas pessoas foram encontradas porque foram contratadas para trabalhar com a promessa
00:24de que teriam direitos e moradia também.
00:27Mas nada disso era digno de um ser humano, como você vê nas imagens.
00:32As imagens dos locais em que eles eram mantidos pelos patrões são impressionantes.
00:38Primeiro, não tinha banheiro.
00:40Não tinha água potável.
00:42Não tinha lugar para comer.
00:43E até para dormir era difícil.
00:45Tinha gente dormindo em um pedaço de espuma.
00:48Tudo isso em paralelo, fazendo um trabalho braçal pesado, sem carteira assinada.
00:54Por necessidade e principalmente pela falta de instrução, esses trabalhadores se mantinham ali.
01:01E aí foi preciso a intervenção dos órgãos que fiscalizam o trabalho para poder perceber aqui aquela situação
01:07e retirar os trabalhadores das condições.
01:10A repórter Rafaela Pimentel vai detalhar ainda mais para a gente agora o que é que foi identificado no local que você vê nas fotos.
01:17Nas pedreiras inspecionadas pelos auditores fiscais do trabalho em Exu e Parnamirim,
01:24foram constatadas condições degradantes de trabalho e de moradia,
01:30ausência total de registro e direitos trabalhistas e riscos graves à integridade física dos trabalhadores.
01:38Eles viviam dentro das pedreiras, em barracos de lona, sem banheiro, sem acesso a água potável e local para alimentação,
01:47como relata o coordenador dessa operação.
01:51Especificamente em Exu e Parnamirim foram encontrados trabalhadores em condições análogas à escravidão,
01:58trabalhando na extração de pedras.
02:00E essas pedras eram retiradas desses locais e utilizadas para a execução de obras públicas,
02:09tanto da prefeitura de Exu quanto a prefeitura de Santa Cruz, em Pernambuco.
02:15Então, a Auditoria Fiscal do Trabalho notificou as empresas responsáveis,
02:20tanto pela extração dessas pedras, quanto também pela execução das obras públicas,
02:25para que fosse regularizada a situação dos trabalhadores.
02:30Esses trabalhadores foram resgatados, a atividade foi cessada nesse momento,
02:35em razão da grave violação de direitos humanos,
02:39e os trabalhadores tiveram os direitos trabalhistas reparados
02:42após os cálculos que foram feitos pela Auditoria Fiscal do Trabalho
02:46e também receberam danos morais individuais que foram calculados e negociados com a Defensoria Pública da União.
02:53O que mais chamou a atenção é o fato de que o trabalho continua extremamente desvalorizado.
03:00E essa desvalorização, por ser um trabalho extremamente penoso, como é a quebra de pedras,
03:05também é desvalorizado com relação a questões básicas e direitos humanos.
03:10Então, todo o pagamento irrisório pelo milheiro de pedra quebrada
03:15acaba culminando numa evaluação completa de direitos humanos em relação ao trabalho e vivência dos trabalhadores
03:24que vivem em barracos de lona sem acesso a água potável, sem acesso a água encanada,
03:30e fazendo necessidades no mato, tratados exatamente como coisas, como animais.
03:37Então, e também sendo utilizados, explorados para atividade que tinha uma finalidade que é pública,
03:47calçamentos de trechos de estradas, de rodovias públicas.
03:53Também foi verificado o uso de explosivos artesanais,
03:57prática que representa risco iminente de mutilação e morte.
04:01O risco era agravado porque os trabalhadores não usavam equipamentos de proteção individual.
04:07Em uma das pedreiras, um adolescente de 15 anos foi flagrado trabalhando,
04:11o que viola a proibição de trabalho infantil e atividade insalubre e perigosa.
04:16Já na obra pública, os trabalhadores eram alojados numa casa sem banheiro,
04:21água encanada ou espaço para refeições.
04:24Eles também não tinham registro na carteira de trabalho.
04:28As investigações revelaram que parte da produção das pedreiras
04:32abastecia obras da prefeitura, de Exu e de Santa Cruz.
04:38E se mexer mais ainda, como a gente fala, quanto mais mexe, mais fede.
04:43Se continuar mexendo, vai aparecer mais coisa ainda.
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