- há 7 semanas
Orientação antiga era iniciar por compressões abdominais. Agora, deve-se fazer 5 pancadas firmes no meio das costas.
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Categoria
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NotíciasTranscrição
00:00Mudaram as regras de primeiros socorros, pessoal, as orientações sobre como agir em casos de engasgo,
00:07tanto nos bebês quanto nos adultos, elas sofreram aí umas atualizações.
00:12Sabe aquelas manobras clássicas que a gente tá sempre acostumado a ver?
00:16Vamos reaprender porque tiveram aí algumas alterações no passo a passo.
00:21Você já tá por dentro? A gente te ensina agora no Tribuna Manhã.
00:25Ana, deixa eu sentar aqui pra tomar um café pra aprender com o Capitão Andressa do Corpo de Bombeiros.
00:30Bem-vinda mais uma vez, Capitão.
00:32Obrigada, Bruna. É um prazer estar aqui sempre compartilhando conhecimentos que salvam vidas.
00:36E a gente adora te receber por aqui.
00:38E tem uma família muito especial aqui hoje pra tomar um café com a gente.
00:42Eduardo, Ingrid e o pequeno João.
00:46Gente, o João, ele tá rindo aqui pra mim, eu falei o nome dele.
00:49O João fez vocês passarem um susto, né?
00:52Ingrid, mamãe, Eduardo, papai, bem-vindos.
00:56João engasgou com uma tampinha de garrafa.
00:59A gente mostrou.
01:00Esse vídeo que vocês estão vendo aí, são os policiais tentando fazer a manobra ali no João
01:05pra desengasgar.
01:07Vocês passaram um sufoco com o João.
01:09Conta pra gente como é que foi isso.
01:11Ele botou a tampinha na boca.
01:13Quando vocês assustaram, ele tava engasgado.
01:15Eu tava cuidando do meu filho, o outro que é autista, de dois anos, três anos.
01:19Fui cuidar de um, o outro dispensou.
01:22Nisso que dispensou, saiu, ficou quieto demais, eu fui atrás.
01:25Quando eu fui atrás, a sorte foi que eu vi ele engolindo a tampa.
01:28Porque se fosse o caso, não tivesse visto, seria pior.
01:32Pois é.
01:33E aí, como é que foi?
01:34O João engoliu a tampa e ele pediu ajuda, chorou?
01:38Só ficou ele enfiando a mãozinha na boquinha.
01:42Ficou, tipo, querendo coçar, ele enfiava a mão na boca tentando, na tentativa de tirar, né?
01:47Mas não conseguiu.
01:50O capitão sempre traz, é silencioso, né?
01:54Sim, justamente.
01:54A pessoa não vai conseguir gritar pra pedir ajuda, né?
01:56E esse é um perigo, porque criança, se tem silêncio, a gente tem que estar atento.
02:01Porque tá fazendo arte.
02:03É verdade.
02:03Então é muito importante a gente estar sempre, eu sei, né, na correria, igual você falou,
02:07tava cuidando do outro filho, mas a supervisão é importante porque é num segundo que a criança
02:11realmente pode pegar algum objeto ou brinquedo e acabar colocando na boca e esse objeto acabar
02:17indo pra via aérea.
02:18Pois é.
02:19E pai, Eduardo, você não tava em casa na hora, né?
02:22Você tava me contando, tava na rua resolvendo outras coisas.
02:25Como é que você ficou sabendo?
02:27Como é que a polícia entrou nessa história?
02:29Conta pra gente.
02:31Bom dia.
02:32Bom dia.
02:32Bom dia, capitão.
02:34Olha, eu tava na Langeiras pra comprar presente pra eles, né?
02:36Eu tenho mais três filhos, né?
02:39Dois filhos em casa, com ele três e tia...
02:41Eu tava com a Ana Laura, minha outra menina.
02:44Tava na Langeira comprando pra eles.
02:46Aí, de repente, o rapaz, assim, mora na minha casa lá, amigo meu mora na minha casa lá,
02:53me ligou, falou, ah, você tá onde?
02:55Eu falei, eu tô em Langeiras.
02:58Ela quer te falar uma coisa com você.
02:59Eu disse, pode falar.
03:01Aí você tá perto de quem aí?
03:02Aí já...
03:03Opa!
03:03Meu coração...
03:04Pode falar.
03:05Ah, o que aconteceu com o João?
03:08Não, que ele engasgou o tampinho aqui.
03:09Ele não tá bem, não.
03:11Os policiais socorreram aqui e levaram ele lá pra...
03:14Pro PA de Castelândia.
03:16Precisou levar pro pronto-atendimento.
03:18É.
03:18Aí eu fiquei assim, mas...
03:20Como assim?
03:21Ele engasgou, o seu filho não tá bem, não.
03:23E quando ele falou isso comigo, assim...
03:25Eu fiquei, assim, sem chão, né?
03:27Desesperado, né?
03:28Aí eu larguei a Laurinha comigo, né?
03:31Deixei ela assim.
03:32E saí, assim...
03:34O que eu vou fazer?
03:34Pra onde que eu vou agora?
03:35O que eu vou fazer na minha vida?
03:36Aí eu corri, vi uma viatura, parei na hora e perguntei.
03:41Aí eu falei, não, calma, pai, calma.
03:42Você que é o pai de o Marcelo, olha...
03:44Eles já estavam sabendo, né?
03:45É, porque foi uma percussão muito rápida, entendeu?
03:48Eu não sabia que ia causar tanta percussão assim.
03:51E no rádio, já ficaram sabendo já.
03:53Falaram, não, ele tá sendo medicado.
03:56E a tampinha, soltou a tampinha dele já.
03:58Ficou despreocupado.
03:59Aí ali, aí juntou emoção, juntou choro, juntou tudo, né?
04:03Um desespero, né?
04:04Um desespero, porque a gente não espera essas coisas, né?
04:07Acontecer assim, foi muito de repente, né?
04:09Com certeza.
04:10E graças a Deus, né?
04:12Sou muito católico, graças a Deus,
04:15que os policiais apareceram na hora certa, né?
04:17Foram os anjos, né?
04:18Foram os anjos que Deus me colocou na minha vida, entendeu?
04:21Na minha vida, na vida do João.
04:22Que isso faz parte da minha família hoje, né?
04:24O Sargento Sérgio, que é um cara que eu tenho o maior carinho por ele,
04:28o maior respeito, não só pela Polícia Militar,
04:30como o bombeiro também, os médicos, né?
04:33Que eles fazem serviços para salvar a vida, não é isso?
04:35É verdade.
04:36O Salvador Platocino, entendeu?
04:38Foi um cara muito espetacular, motorista, da viatura.
04:42E o soldado Procópio, que estava fazendo a manobra do João, né?
04:46Que bacana.
04:47E foi assim, foi uma coisa que só deu o saldo que eu passei naquela hora.
04:53Imagina.
04:53Fiquei assim, sem entender nada, entendeu?
04:55Eu estava com um monte de presente,
04:58lá aqui, estava até pagando no caixa, estava até pagando.
05:01Inclusive, eu até disse que o pessoal da loja lá,
05:04falou que estava vendo isso aí, eu peguei os presentes,
05:06e a gente veio de pagar, eu já saí para a rua já.
05:08Você ficou desnorteada, né?
05:10Desesperada.
05:10É, aí ninguém entendeu nada, né?
05:12Depois, entenderam.
05:13O que tinha acontecido?
05:14Aconteceu.
05:15Mas os policiais foram muito competentes, tá?
05:18Eles foram... faz parte da minha vida aí.
05:20Que legal.
05:20Não só eles também, e também vocês também, da TV Tribuna,
05:24me ligando, mandando aneaçado, no WhatsApp,
05:27estava dando uma coisa.
05:27Ficou desesperado daqui também, quando a gente for saber a gente fora.
05:30E a gente fica na torcida para que dê tudo certo, né?
05:33Exatamente.
05:34E graças a Deus.
05:34E eu, graças a Deus, também, eu tenho muitos amigos também, né?
05:37Muitas pessoas me mandando mensagem, né?
05:39Todo mundo preocupado com o João.
05:40É, preocupado com o João, junto pra cá, junto pra cá.
05:42Porque todo mundo vai ver o zoomzinho assim, né?
05:44Ah, tadinho, ele é um quietinho, mas quem está em casa com ele sabe.
05:49É até o João, né?
05:51Quem está em casa com ele sabe quem ele é.
05:54É tanto que eu prefiro passar no meu serviço, nesse lugar ali,
05:57pra mim, cuidar do meu filho.
05:59Cuidar mais de perto, ali, junto com a mamãe Ingrid, né?
06:02É, como assim, eu estava falando com a composição.
06:06Eu prefiro hoje perder o pouco que eu tenho hoje,
06:09morar com ele, assim, é claro, como vocês têm também,
06:11que minha família não vai deixar eu morar na rua.
06:14Eu prefiro perder tudo, morar com ele na rua,
06:15tendo ele vindo, do que ter trabalho, ter casa, ter tudo,
06:19e não ter meu filho comigo.
06:20Porque pra mim não resolveu nada.
06:21Ter trabalho, ter tudo, e não ter meu filho de volta.
06:24Que lindo o seu depoimento do lado do paizão.
06:27E o João, ele vem na hora certa,
06:28porque o João, ele veio, assim,
06:32quando eu perdi pessoas da minha família, ele não deu.
06:34E o João chegou na hora certa.
06:36Que legal.
06:36Pra preencher o vazio que eu tenho.
06:39Ingrid, conta pra gente, como é que foi?
06:42Você pediu ajuda pros vizinhos, pra chamar a polícia?
06:46O rapaz que mora lá em casa, que eu não falo nem em casa,
06:49é mais praticamente da família.
06:51Ele saiu gritando, socorro, neném, ele engasgou,
06:53e aí tinha uma mulher lá, que ela estava cursando técnico de enfermagem,
06:58falou assim, bota de cabeça pra baixo e bate nas costinhas.
07:01Mas as manobras que nós fazíamos, foi em vão.
07:04Porque ele já estava todo molenga.
07:06A gente pegou ele, ele saiu lá de casa,
07:08numa situação bem complicada.
07:10Aí o vizinho até ajudou, botou no carro,
07:12foi quando chegou na farmácia, bateu com o carro na moto.
07:16Aí foi...
07:17Aí foi, falou assim, gente, acorde o neném.
07:20Ele engasgou e a mãe tá doida.
07:22Realmente.
07:23Eu não sei me recordar o nome da tenente,
07:27que levou eu, que os policiais eu tinha levado no carro,
07:31e outro policial levou no outro carro.
07:34Ela até me acalmou, falou, mãe, isso aí é uma coisa que acontece.
07:37Mas eu falei, é uma coisa que acontece, mas você tem três crianças.
07:41Um de seis, um de três, e esse de dois.
07:45De repente, você tá ali cuidando de um, um despece.
07:47Você fica assim, meu Deus, foi culpa.
07:49Aí eu falei, não, foi minha culpa.
07:51Ah, eu falei, não, não se culpa, isso acontece.
07:53Poderia ter acontecido até com o próprio pai.
07:55Com certeza.
07:56Não é que funcionou isso, né?
07:57A gente que é mãe, a gente se culpa por tudo, né?
08:00Mas o importante é que deu tudo certo.
08:02Vamos fazer o seguinte, então.
08:04Vocês falaram que vocês tentaram fazer as manobras, não deu certo.
08:07Na hora do desespero, né, capitão?
08:08Acho que é muito comum, por mais que você até saiba fazer a manobra,
08:12às vezes não dá certo, você vai ficando mais nervoso.
08:15Vamos aprender essas atualizações?
08:17Vamos todo mundo junto?
08:18Vamos chegar aqui, ó, pro cantinho aqui do estúdio.
08:21Todo mundo junto, que a gente aprende aqui.
08:23Eu também tenho meu pequeno lá em casa, gente.
08:25Eu todo dia comendo.
08:26É igual Jônia.
08:27É, foguetinho, não pode se descuidar.
08:30Vamos deixar aqui a capitão aparecendo bem no vídeo.
08:33Então vamos começar pelo caso dos bebês, né, capitão?
08:36Isso.
08:36Vamos falar primeiro como é que a gente identifica que o bebezinho tá engasgado.
08:39Porque é legal que a Ingrid contou aqui, né, que ele tentou mexer na boquinha aqui e não emitia som, concorda?
08:47Não saía nada de som.
08:48Ele ficava assim, enfiando os dedinhos da boca e ficava...
08:52Isso.
08:53Então o bebezinho também, ele não vai emitir som, ele vai ficar com carinha de choro, mas ele não vai chorar.
08:59E ele vai começar a ficar rocheado, porque não tá recebendo oxigênio.
09:02Então, boquinha, lábia rocheada, a gente precisa de fazer a manobra.
09:05Essa manobra do bebê é até um aninho de idade.
09:09Então a gente vai, ó, lembrar aqui, ó, o início da manobra não mudou.
09:12Primeiro eu preciso de posicionar o bebê no antebraço com a boquinha liberada.
09:16Eu gosto de ensinar essa pegada aqui, ó, em formato de C, porque mantém a boquinha aberta
09:20e a gente consegue segurar firme o rostinho aqui do bebê pela bandíbula.
09:24Cabecinha mais baixa aqui o corpo.
09:27Vamos fazer cinco golpes dorsais aqui com essa parte da mão que é a mais rígida.
09:31Um, dois, três, quatro, cinco.
09:35Essa parte aqui não mudou ainda.
09:37Giro pro outro lado e agora vem a mudança.
09:40Antes, a gente fazia a compressão, Bruna, com os dois dedinhos aqui no tórax.
09:45Agora, com os novos estudos da American Heart, eles viram que essa compressão não é eficiente.
09:51Então, agora, eles indicam comprimir com a base da mão.
09:54Um, dois, três, quatro, cinco.
09:57E eu vou intercalando, ó, esses dois movimentos, ó.
10:00Pegada no rostinho, cabeça mais baixa que o corpo.
10:04Um, dois, três, quatro, cinco.
10:07Giro o bebê e vou comprimir com a base da mão, se não desengasgou ainda.
10:11Um, dois, três, quatro, cinco.
10:14E vou intercalando até o desengasso.
10:16Até um aninho você vai fazer essa manobra.
10:19Até um aninho.
10:20É lógico que a gente sabe que, às vezes, o bebezinho é prematuro, o bebezinho é menorzinho.
10:23E você ainda pode, mesmo que ele tenha acima de um ano, você pode tentar.
10:27Mas, para crianças maiores, a gente viu que no João eles fizeram as tapotagens.
10:31Ela é eficiente.
10:33Só que o protocolo indica que, para crianças maiores, o ideal é a gente fazer a manobra de range.
10:38Que agora, também, eles modificaram intercalando dois movimentos.
10:43Entre tapa nas costas e a compressão abdominal.
10:46A gente pode demonstrar essa do adulto?
10:48Com certeza, por favor.
10:49Então, eu vou colocar aqui no pai.
10:52Pode ser o pai, eu vou colocar.
10:53Eduardo vai ser o nosso voluntário.
10:55Eduardo é o nosso voluntário.
10:56A última vez eu fui a voluntária.
10:58Vou passar agora a bola para o Eduardo.
11:00Vou colocar aqui no Eduardo.
11:01Lembrando que a gente faz essa manobra, capitão, nas crianças.
11:05E como é que é?
11:06A força para um adulto tem que ser diferente.
11:09Aqui no Eduardo, eu vou fazer com a força total.
11:12Porque no adulto, a gente tem que colocar muita força.
11:15Mas, realmente, na criança, a gente dosa.
11:17Tanto na hora dos golpes nas costas, tanto na hora das compressões abdominais.
11:22E na criança também é bom a gente ajoelhar para ficar na altura dela.
11:27Porque quando a gente vai fazer a compressão abdominal, vocês vão ver aqui no Eduardo, nós vamos usar a parede na hora de fazer essa compressão.
11:33Então, tem que estar bem posicionado.
11:35Então, é importante eu estar ajoelhado aqui do lado da criança para poder executar a compressão abdominal.
11:40Então, olha só.
11:42No Eduardo aqui, vamos supor que o Eduardo engasgou.
11:44Eduardo, coloca as mãos aqui.
11:46Que esse é um sinal que a gente fala que é o sinal universal de ovácea.
11:49Engasgou, pessoa.
11:51Engasgou é aquilo.
11:52A gente sempre coloca a mão onde está machucado, né?
11:54Então, é instinto nosso.
11:56A pessoa que engasga, ela cruza as mãos aqui e ela tenta puxar o ar e não consegue.
12:00Não consegue emitir som.
12:01É um engasgo grave.
12:02Primeiro passo agora, e essa foi a mudança importante da manobra, tanto para bebês, bebês, não, desculpa, crianças acima de um ano, quanto para adultos.
12:11A gente vai primeiro, ó, mão aqui no tórax, eu vou inclinar e vou fazer cinco golpes nas costas.
12:18Um, dois, três, quatro, cinco.
12:21Esse golpe é no meio das costas, entre as escápulas.
12:24Depois disso, aí a gente vai fazer a compressão abdominal, que é aquela que a gente chamava de manobra de Heimlich, né?
12:31Então, ó, mão um pouco acima aqui do umbigo, eu abraço com a outra mão e eu vou fazer o movimento forte, para dentro e para cima, cinco vezes também.
12:40Um, dois, três, quatro, cinco.
12:44Até o desengasgo.
12:45Então, ó, mais um vez.
12:46É bem forte, né, Eduardo? Tá sentindo aqui.
12:49Um, dois, três, quatro, cinco.
12:53E agora, a compressão.
12:55Um, dois, três, quatro, cinco.
12:59Até o desengasgo.
13:00Parece um movimento de, vocês chamam de U ou de C?
13:03Isso, a gente chama como se fosse a letra J, como se eu quisesse desenhar a letra J.
13:08Eu faço o movimento para dentro e para cima, mas ela vira quase que uma diagonal, de tanta força que a gente tem que fazer.
13:14Perfeito, então.
13:15Aí, no caso aqui do João, o ideal seria esse mesmo movimento do J, mas o ideal seria você ajoelhar.
13:21Será que ele consegue ficar em pézinho aqui?
13:22Vamos tentar fazer com o João.
13:24Vamos tentar.
13:24Vamos ver se ele permite.
13:25É devagarzinho, só para ele deixar fazer.
13:27Se ele deixar, só demonstrar, ó.
13:29Então, ó, na criança maiorzinha, ó, eu também inclino e eu vou fazer os cinco golpes.
13:33Um, dois, três, quatro, cinco.
13:37Depois dos cinco golpes, a gente vai se posicionar de lado e com a mãozinha fechada, ó.
13:42De lado.
13:42A mesma coisa, ó, mãozinha fechada um pouco acima do umbigo, eu abraço e faço.
13:47Um, dois, três, quatro, cinco.
13:50E vou intercalando.
13:52De novo, ó, os tapinhas.
13:53Um, dois, três, quatro, cinco.
13:57Venho aqui de novo.
13:59Um, dois, três, quatro, cinco.
14:02E vou intercalando.
14:03Então, os estudos hoje, eles indicam que os tapas nas costas, esses golpes aqui dorsais, eles também são eficientes para desengasgar.
14:11Olha só.
14:12Então, daí, essa questão de intercalar.
14:15Como os estudos indicaram que é eficiente, então eles colocaram esse intercalonamento entre golpes dorsais e compressões abdominais.
14:23Então, foi isso aí que o policial fez, que a tampinha tinha descido e ela virou ao contrário.
14:28Ela tinha tampado, deitado, no caso, a tampinha ficou assim.
14:32Ela virou, né?
14:32Ela ficou assim e depois ela ficou de comprido.
14:35Foi o de comprido que fez ele respirar, quando ela estava deitada.
14:38Sim, essa movimentação do objeto, né?
14:41É legal essa fala dela, porque tem muitos brinquedos que, às vezes, eles obstruem de uma certa forma.
14:47E, na medida que você vai fazendo a manobra, esse brinquedo movimenta e aí a parte que, às vezes, passa o ar, né?
14:52Começa a liberar ou até o contrário.
14:54Às vezes, a parte que vira é a parte que realmente obstrui de uma vez só.
14:57Deixa eu tirar uma dúvida, você que é do corpo de bombeiro, a médica que atendeu o João, falou que nós temos dois buracos.
15:05Nós temos o que engole e o que vai por...
15:08Se caso o objeto não ir para a parte que engole, for para a parte, ele...
15:13Como é que eu posso dizer?
15:15Vai para o lugar onde a gente respira.
15:17Isso, justamente.
15:18Então, vamos lá.
15:19A gente tem o canal que vai à comida, que é o do sistema digestório, e a gente tem o canal da respiração.
15:24Ali, a gente tem uma portinha. Quando a gente tem uma falha nessa portinha, o objeto, o alimento ou o líquido, ele entra na via aérea.
15:32Então, não adianta dar água para a pessoa.
15:34Às vezes, a pessoa, a gente engasgou, vou dar água.
15:37Não adianta, porque a água, ela vai para o outro lado.
15:40Ela vai para o sistema digestório.
15:42Então, dar água, levantar braço, são brais, né?
15:46A farinha para comer, mas...
15:46Não, como? Farinha.
15:48Farinha.
15:48Não vai adiantar, porque a farinha vai para o outro lado, você entende?
15:52A farinha vai para o sistema digestório, não vai para o sistema respiratório ali, né?
15:56Onde exatamente o objeto obstruiu.
15:58Então, por isso que a gente tem que fazer os golpes e essa compressão.
16:02Porque aqui eu vou empurrar o diafragma, ele empurra o ar do pulmão para poder expulsar o que está causando engasso.
16:09Agora, no caso dele, foi algo sólido, foi uma tampinha.
16:13E se for líquido?
16:14Tem gente que engasga com líquido.
16:15Criança com mamar, ou às vezes a pessoa bebe mamar, como é que faz?
16:19Tem gente que engasga até com saliva.
16:21Com saliva?
16:21Com saliva, saliva, água.
16:24Então, a manobra, segundo a American Heart, essa associação americana, é a mesma.
16:28Mesma coisa.
16:29Para o adulto, vou dar cinco golpes nas costas, cinco compressões.
16:33Para a criança, acima de um ano, cinco golpes nas costas, cinco compressões.
16:36Para a bebê, cinco golpes nas costas e cinco compressões aqui no centro do tórax.
16:41Só que, Bruna, já que você perguntou, é importante a gente falar que às vezes a pessoa assiste algum vídeo e tem essa dúvida.
16:47A Sociedade Brasileira de Pediatria, no ano passado, emitiu uma nota falando que, se o engasgo foi em líquido, uma massagem nas costas, bem vigorosa aqui, já ajuda a desobstrução.
17:01Então, uma massagem aqui já ajudaria.
17:04Se não resolver, aí partiria para a manobra.
17:08Então, é importante a gente ensinar, porque são fontes de referências diferentes.
17:13Mas não é que esteja errado, porque eles também realizam estudos.
17:16Então, segundo aqui no Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria, se engasgo por líquido, a gente pode fazer uma massagem.
17:23Mas os protocolos internacionais de todos, assim, Europa, Estados Unidos, Austrália, não seguem.
17:29Seguem esse protocolo internacional da manobra de bater nas costas e de comprimir no centro do peito, intercalando esses dois movimentos.
17:40Mas é importante a gente falar, porque às vezes a pessoa assiste um vídeo.
17:42É uma pergunta que eu quero tirar.
17:44Como eu passei esse tempo todo de ir com ele no hospital, foram cinco dias, diz a doutora que a sócia que não aconteceu nada com ele, que a tracéria da gente abre e fecha.
17:55Ela fez até um movimento para mim.
17:56Ela falou assim, mãe, quando ele engoliu a tampinha, a tracéria travou a tampa aqui, não foi?
18:01Se a tracéria fazia isso aqui, eles não conseguiam tirar.
18:05E no caso dele, tinha que ser uma cirurgia.
18:08É, dependendo em alguns casos.
18:10Porque ela abre e fecha.
18:11No caso dele, não conseguiu fechar na hora que ele engoliu.
18:14Ela ficou...
18:14Dependendo de alguns casos, é necessário fazer uma cirurgia para poder retirar.
18:19Às vezes até alimento, a criança que coloca feijão, que vai parar lá na via aérea.
18:25Eu tenho um desse.
18:26Dependendo, não consegue tirar só pela manobra e aí tem que fazer uma cirurgia.
18:32Mas aí o objeto está obstruindo parcialmente, por isso que a criança ainda consegue se manter ali.
18:37Eu quero também.
18:37Falei uma pergunta aqui assim.
18:39A senhora ensinou a fazer a manobra aí.
18:43Se por acaso tem que fazer a manobra nele e olhar se ele está saindo, tem que afiar a mão lá ou não?
18:48Como é que identifica, né?
18:50Isso aí.
18:50Tipo assim, engasgou.
18:51Muito boa a pergunta.
18:52Então, olha, ele engasgou.
18:54A gente não recomenda, nenhum protocolo recomenda você tentar retirar.
18:59Por quê?
18:59Imagina aquela tampinha.
19:01Se você fosse tentar puxar ela, você pode acabar empurrando ainda mais.
19:06Então, os protocolos falam que a gente não pode fazer barreduras a cegas, né?
19:10Nem no bebê aqui, ó.
19:11Eu já vejo o objeto estar aqui na pontinha.
19:13É instintivo, né?
19:14Tem que ter muito cuidado.
19:15Porque se eu for aqui, ó, tentar tirar, eu posso acabar empurrando de novo.
19:19Alguns protocolos falam que a gente pode tentar tirar com o dedinho midinho, em varredura,
19:23mas tem que ter muita atenção.
19:25É melhor fazer mais uma vez.
19:26Faz mais uma vez, ó.
19:27Mantenha a boquinha aberta.
19:29Faz de novo que vai sair do que você ter o risco de ter o tabotar o dedo e acabar obstruindo de novo.
19:34Tem um vídeo interessante que a gente pode rodar.
19:37No caso do João, foi uma tampinha.
19:38Poderia ter sido um brinquedo.
19:40É muito comum.
19:40Mas tem muita criança que engasga com alimentos.
19:44E aí os cortes que a gente pode fazer pra ofertar esses alimentos, principalmente no caso dos bebês,
19:49são cortes que dificultam muito a criança engasgar, né?
19:54Uva, ovo.
19:55Assim que a gente tiver o vídeo, a gente coloca, mas é importante os pais estarem atentos.
20:00Tá aí o vídeo.
20:00A maneira de cortar, né?
20:02Ótima fala, Bruna.
20:03Por quê?
20:03O que que acontece, gente?
20:05Alimentos arredondados.
20:07Uva, ovo de codorna, tomate cereja.
20:10Eles são exatamente do tamanho, do diâmetro da via aérea aqui, ó, do João.
20:15É do mesmo tamanho.
20:16Imagina se você cortar ele ao meio.
20:19Você também vai manter esse alimento com o mesmo diâmetro.
20:22Se você cortar uma uva ao meio, ela vai ter duas partes com o mesmo diâmetro da via aérea do João.
20:28Então o que que é recomendado?
20:29A gente cortar, ó, longitudinal.
20:32Faz vários cortes.
20:34Porque o risco de engasgo não é só pra criança, até mesmo adulto engasga com uva inteira.
20:38E é muito perigoso, porque o diâmetro é parecido.
20:42Então é importante esses cortes longitudinais.
20:45É quando a gente tem uva, ovo, né?
20:47Todos esses arredondados, porque o risco realmente é maior.
20:50É maior.
20:51A gente tem um outro vídeo também, foi um caso que viralizou, de um homem que tava no supermercado.
20:56E ele engasgou com farofa.
20:58E você pensa, ai gente, farofa?
21:00Como é que a pessoa pode engasgar?
21:01E foi um desespero geral ali.
21:03Ele tava no caixa do supermercado, pediu pra moça do caixa dar tapas ali nas costas.
21:08Ninguém sabia muito bem o que fazer direito ali com aquele senhor, até que aparece um policial militar.
21:14O rapaz até tenta fazer a manobra ali, mas não foi eficiente, né, capitão?
21:18Com farofa.
21:19Isso, qualquer alimento, Bruno.
21:20Igual a gente falou, pode ser líquido, pode ser sólido, pode ser alimento, pode ser brinquedo, pode ser água, suco.
21:26Então realmente a gente tem que ter uma atenção constante.
21:28E é legal essa fala que a gente tem que ter uma atenção redobrada quando temos idosos, que a motilidade ela diminui.
21:36Então tem gente que engasga muito, né, os idosos costumam engasgar muito.
21:40E o público específico, por exemplo, público com síndrome de Down, que também tem dificuldade nessa motilidade.
21:45Então a atenção tem que ser redobrada.
21:47Todos precisam estar preparados.
21:49Então aqui nós temos dois pais que hoje aprenderam aqui.
21:52Igual no meu caso.
21:52Se acontecer de novo, tem que agir, porque pode ser que não dê tempo de um policial chegar ou de alguém chegar pra ajudar.
21:59No nosso caso, os meus autistas, eles não mastigam.
22:02Mastigam.
22:03Eles geralmente engolem a comida.
22:04Tudo do jeito que você coloca na boca, eles engolem.
22:06Tanto o Jonathan como o João Marcelo.
22:09Mastigação é importante.
22:10Então, mãezinha, você tem que estar preparada.
22:11E supervisão constante, porque essa é uma dificuldade.
22:15A mastigação é a mesma coisa.
22:16Quem não mastiga bem os alimentos, tem o maior risco de engasgo.
22:20Na hora deles comerem também, nada de correr, brincar, pular.
22:24Eu sei que tem muita energia, porque eu tenho uma pequenininha de 5 anos.
22:27Bruna também tem.
22:28Eu sei que é difícil administrar.
22:31Mas o que acontece?
22:32Quanto mais a criança pula, brinca e come, tem o risco dessa portinha que a gente comentou aqui não funcionar.
22:38E aí ter o risco desse alimento parar na via aérea.
22:40Então, na hora de comer, tentar sentar, tentar ficar quieto e não brincar.
22:45Estão pedindo pra eu reforçar aqui essa questão ali.
22:47No caso da farofa, por exemplo, de alguns alimentos.
22:49Não pode dar água pra pessoa beber pra desembuchar.
22:53A gente fala, vamos dar água pra desembuchar.
22:55Não pode, né?
22:56Se for o engasgo, se essa farofa estiver na via aérea, não vai adiantar.
23:00Porque o caminho da via aérea é diferente do alimento.
23:03Às vezes, gente, essa farofa, ela tá realmente no canal do alimento ali.
23:08Ela entalou porque ela é um alimento muito sólido ali.
23:12Aí você não ingeriu com líquido.
23:13Então, se tiver ali, aí a água pode até ajudar.
23:16Se ela estiver no sistema digestório.
23:18Agora, se for o engasgo, estiver na via aérea, não vai adiantar.
23:21Porque o caminho do alimento da água é outro.
23:24Perfeito.
23:25Quanto tempo a gente pode, tanto nos adultos, nas crianças, ficar tentando a manobra?
23:30Se perceber que não tá voltando, o que eu faço?
23:33Tem tempo estimado pra eu tentar outra coisa?
23:35Não existe um tempo.
23:36Na verdade, a gente vai fazer até desengasgar.
23:39Então, a gente vai tentando, vai tentando.
23:41Se a vítima ficar inconsciente, aí é que muda, Bruna.
23:44Se a vítima desmaiar, por exemplo, se for um bebê, a gente vai ter que botar ele sobre uma superfície rígida
23:50e iniciar agora somente as compressões do centro do peito.
23:54Forte e rápido.
23:55Que é o que a gente chama de RCP.
23:57As massagens cardíacas.
23:58Então, pra vítima de ovace, de obstrução, de via aérea, engasgo, que fique inconsciente,
24:04adulto, criança que desmaiou, aí você vai mudar a manobra.
24:08Que você vai só comprimir forte e rápido no centro do peito.
24:12Tanto pra bebê, quanto pra criança, que é uma mão.
24:15E no adulto, a gente faz com as duas mãos.
24:17Porque a gente tem que comprimir mais forte.
24:19Perfeito.
24:20Gente, nosso tempo acabou.
24:21Eu queria ficar aqui tendo aula com a Capitão Andressa.
24:23Capitão, muito obrigada.
24:24Muitas perguntas, né?
24:24Muitas perguntas chegando.
24:25É sempre importante falar.
24:27Ingrid Eduardo, obrigada pela presença.
24:30Muita saúde pro João.
24:31João foi um excelente personagem, que um excelente ator colaborou com a gente.
24:36Nosso modelo.
24:37Lembrando também, né?
24:38Que eu tenho que agradecer também, não só os policiais, né?
24:42E vocês também, entendeu?
24:44Que salvam a vida, né?
24:45Perfeito, Eduardo.
24:46E o nosso médico também, né?
24:48Com certeza.
24:48Deus deu a medicina pra nós, né?
24:51Com certeza.
24:52Pra aprender.
24:52Muito obrigado.
24:53Obrigada a vocês pela participação.
24:54Vamos dar um tchauzinho ali pra quem tá em casa.
24:56Boa seta.
24:57Até segunda, gente.
24:58Tchau, tchau.
24:59Obrigada, João.
25:00Até o João.
25:01Tchau, tchau.
25:02Tchau.
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