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Beatriz Sorrilha Munhos, de 20 anos, foi morta com um tiro na cabeça durante um assalto em Sapopemba (SP), após ser vítima de uma emboscada em uma negociação de drone.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/7IXp5ry2E88

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Transcrição
00:00Agora eu quero trazer um fato terrível, terrível.
00:04O Beraldo, inclusive, chegou a mencionar os nossos comentaristas.
00:08Uma jovem de 20 anos morreu após ser baleada na cabeça
00:12durante um assalto na noite do último sábado
00:14no bairro de Sapopemba, que fica na Zona Leste de São Paulo.
00:19Segundo informações do boletim de ocorrência,
00:21Beatriz Munhoz, o pai e o namorado foram ao local
00:25para vender um drone para um suposto comprador
00:28quando dois assaltantes, em uma moto sem placa,
00:32anunciaram o roubo.
00:34Durante a ação, a jovem tentou utilizar spray de pimenta
00:37contra os criminosos que reagiram e atiraram.
00:41Nas redes sociais, o pai de Beatriz lamentou a morte da filha
00:45e fez um apelo às autoridades,
00:48afirmando que esse tipo de crime não pode acontecer com ninguém
00:51e pedindo que o governo tire as armas das mãos dos criminosos.
00:56Há pouco, a polícia prendeu um dos bandidos envolvidos neste assalto.
01:01Segundo a delegacia responsável pela investigação,
01:04a jovem foi vítima de uma emboscada.
01:07As pessoas que nos acompanham por imagens
01:09podem observar toda a ação
01:12e o momento em que ela corre atrás de um dos bandidos
01:15e joga o spray de pimenta,
01:17só que, naturalmente, o rapaz estava com o capacete
01:21e aí o efeito do gás de pimenta não o atingiu.
01:25E aí as imagens muito fortes que mostram o momento
01:28em que um dos bandidos atira na cabeça da jovem.
01:32Os três saíram de Sorocaba
01:34para efetuar essa venda
01:35e a tentativa de negociação aconteceria em Sapopemba
01:41quando os três foram abordados por esses dois bandidos.
01:44Mota é um caso muito emblemático, muito forte.
01:49Eu acompanhei, inclusive, as manifestações das pessoas
01:51nas redes sociais indignadas com esse caso de latrocínio.
01:56Mais um caso de latrocínio aqui na capital paulista
02:00e, claro, toda a nossa solidariedade, os nossos sentimentos,
02:04a família dessa jovem Beatriz Munhoz.
02:06Infelizmente, essa é a rotina no Brasil, Canhato.
02:11São mais de 100 pessoas assassinadas todos os dias no Brasil.
02:17Ontem foi essa jovem em São Paulo,
02:20anteontem foi uma jovem no Rio de Janeiro.
02:24Qual será o destino desses assassinos
02:27quando eles forem presos?
02:29O Estado vai gastar muito dinheiro
02:32para investigar, processar, condenar esses criminosos
02:36em pouco tempo eles estarão de volta às ruas.
02:41O exemplo que eu sempre dou
02:43é o dos assassinos de Tim Lopes.
02:46Tim Lopes foi um jornalista que foi sequestrado,
02:50levado por uma comunidade no Rio de Janeiro.
02:53Ele foi torturado, teve os olhos queimados com cigarro.
02:57Depois teve uma espada ultrapassada no corpo
03:01enquanto ele ainda estava vivo.
03:03Foi morto.
03:04Seu corpo foi queimado no forno de micro-ondas,
03:08naqueles pneus.
03:10Um dos assassinos, cinco anos depois do crime,
03:13progrediu para o regime semiaberto e fugiu.
03:16O outro, dois anos depois, fez a mesma coisa.
03:21Progrediu para o regime semiaberto e fugiu.
03:25Essa situação é rotina no sistema de justiça criminal brasileiro.
03:30Você, Dávila, um episódio terrível,
03:34que inclusive ganhou as páginas dos sites, portais de notícias e dos jornais.
03:40Jovem assassinada, ela estava ao lado do pai, do namorado,
03:43na tentativa de vender um drone,
03:46possivelmente foi vítima de uma emboscada,
03:48de um golpe que culminou no assassinato dela, Dávila.
03:52Só gera indignação, revolta e desesperança
03:59num país onde a lei parece não valer para bandidos.
04:04Porque a ousadia desses criminosos é fruto de um país
04:09onde reina a impunidade,
04:11onde bandidos saem em audiência de custódia
04:15ou ficam pouco tempo presos.
04:18Por isso, ou tratamos seriamente
04:21a questão da segurança pública
04:23e o combate ao crime organizado,
04:26ou o Brasil vai se tornar cada vez mais refém de criminosos.
04:31Você, Cristiano Beraldo,
04:33um episódio que inclusive você mencionou no início do programa
04:37é que tem gerado muita revolta das pessoas,
04:42principalmente nas redes sociais.
04:43Pude acompanhar isso hoje mais cedo.
04:47Neto, Beatriz estava ali trabalhando com seu pai,
04:51tentando ganhar um dinheiro, vendendo o drone,
04:55e percebeu o que estava acontecendo
04:58quando seu pai, não sei se seu irmão ou seu namorado,
05:01estavam ali do lado de fora do carro
05:02e foram abordados por esses dois marginais.
05:07Ao se aproximar do carro,
05:10na companhia de um desses marginais,
05:14a Beatriz estava dentro do carro e resolveu reagir.
05:18Algo que a gente não deve fazer.
05:21Então, os especialistas,
05:24especialistas de verdade,
05:26as pessoas da polícia, não reagem.
05:28Porque realmente você expõe a sua vida
05:30a um risco muito alto,
05:32sobretudo porque boa parte das pessoas
05:34que estão cometendo esse tipo de crime,
05:35com uma arma na mão,
05:37estão sob efeito de drogas,
05:38elas não respondem de forma consciente
05:41sobre seus atos,
05:42e você tem muito mais a perder do que elas.
05:46Só que ela estava ali com o spray de pimenta,
05:48ou seja, ela já estava preparada
05:49para essa violência,
05:50ou ela achava que ela estava preparada
05:52para essa violência.
05:54Se eu não me engano,
05:55o spray de pimenta,
05:55se ela fosse parada pela polícia,
05:58o spray de pimenta causaria problema para ela.
06:00Se eu não me engano,
06:01andar com o spray de pimenta
06:02é proibido no Brasil.
06:04Mas ela estava ali tentando se defender,
06:06porque ela não tinha confiança
06:09de que podia andar pelas ruas
06:11de forma segura.
06:14Se ela estivesse com uma arma,
06:16ela talvez tivesse dado um tiro
06:18na cara desse marginal,
06:20desse criminoso,
06:21e o outro, covarde,
06:23teria saído correndo.
06:25O morto ali seria o bandido,
06:27o criminoso.
06:27Não escorreria uma lágrima,
06:30não escorreria nenhum tipo de sentimento
06:33em relação a esse que sai
06:35com uma arma na mão
06:37para fazer mal aos outros
06:39nas ruas da cidade de São Paulo.
06:42Mas, infelizmente,
06:43dessa vez não foi isso que aconteceu.
06:46Se houvesse porte de arma,
06:49se não tivessem demonizado
06:51o porte de arma no Brasil,
06:54como o atual governo fez,
06:56quem sabe esses bandidos
06:59teriam um pouco mais de preocupação.
07:04Saberiam que nessa loteria do crime
07:06talvez encontrassem naquela família
07:09alguém armado
07:10que pudesse reagir contra eles.
07:13E aí eles pensariam duas vezes,
07:14mas não.
07:16Eles estão cada vez mais à vontade,
07:18eles estão cada vez mais absolutos
07:21do controle do que acontece
07:23nas ruas de cidades como São Paulo.
07:26Mataram ontem,
07:28matarão hoje,
07:30matarão amanhã.
07:32Se eles não matarem,
07:33porque serão presos,
07:34eu tenho certeza
07:35que o secretário De Rite
07:37e o delegado-geral Arthur Dian
07:39estão na cola desses marginais,
07:43outros matarão.
07:43E aí a pergunta que fica,
07:47até quando viveremos esta dinâmica
07:51de uma mulher,
07:53uma jovem como Beatriz,
07:55que sai às ruas
07:55tentando ganhar
07:57seu dinheiro de forma honesta,
08:00é confrontada com um marginal,
08:02com uma arma
08:03que puxa o gatilho
08:04na direção da sua cabeça.
08:06Até quando perderemos
08:08Beatrizes diariamente
08:10nessa dinâmica
08:12absurda do crime.
08:15Curioso o Beraldo
08:16mencionar isso,
08:17porque várias,
08:17várias, várias pessoas
08:18da nossa audiência
08:19trouxeram essa percepção.
08:22Ah, se ela estivesse armada,
08:24o resultado poderia ser outro.
08:26Se ela não estivesse
08:27com spray de pimenta,
08:28estivesse com uma arma de fogo,
08:30provavelmente o desfecho
08:31seria outro.
08:33Não digo que essa
08:33seja a solução
08:35para todos os problemas,
08:37né, Mota?
08:37A gente poderia elencar
08:38uma série de coisas
08:39que muitos passam,
08:41inclusive,
08:42pela legislação,
08:43pela mudança
08:44da nossa legislação.
08:47Mas sempre quando a gente
08:49discute esse tipo de coisa,
08:51a questão que envolve
08:52posse e porte de armas
08:54vem na percepção
08:56da população,
08:57pelo menos de parte
08:58da população.
09:00Aquela história, né?
09:01Bom, desarmaram
09:02a população de bem,
09:03mas os bandidos
09:04continuam armados.
09:05É sempre importante
09:06a gente lembrar isso,
09:07né, Mota?
09:09Não há dúvida nenhuma,
09:10Caniato.
09:11Um sujeito que
09:12está na garupa
09:14de uma moto
09:14e aborda
09:16uma pessoa
09:17numa rua
09:18de uma cidade brasileira,
09:20ele sabe
09:20que tem
09:2199,99%
09:23de chance
09:24daquela pessoa
09:26estar desarmada.
09:27Então,
09:27ele vai
09:28com a tranquilidade.
09:30A gente já teve
09:31episódio aqui
09:32no Rio de Janeiro
09:33de um restaurante
09:34na Barra da Tijuca,
09:36um sábado à noite,
09:38restaurante lotado,
09:40mais de 100 pessoas
09:41e dois criminosos,
09:43um deles armado,
09:44assaltaram o restaurante
09:45inteiro,
09:46na maior tranquilidade,
09:48com a certeza
09:49de que a probabilidade
09:51de haver qualquer tipo
09:52de reação efetiva
09:53é muito pequena.
09:55Eu só queria
09:56chamar a atenção
09:57porque esse caso
09:58me lembra
09:59um caso famoso
10:01nos Estados Unidos.
10:02Quase idêntico
10:04que aconteceu
10:05na Califórnia.
10:06Uma menina
10:07que estava
10:08na faculdade
10:09e voltou
10:10para passar
10:11um feriado
10:11com os pais,
10:13estava de noite
10:14com os amigos
10:15e tentaram
10:16assaltar ela,
10:18puxar a bolsa dela,
10:19ela esboçou
10:20uma reação
10:21e ela foi morta
10:23a tiros.
10:24E o seu pai,
10:26em resposta
10:27a esse crime brutal,
10:29fez uma campanha
10:30pelo endurecimento
10:31da lei da Califórnia
10:32e foi criada
10:34naquela época
10:35uma lei
10:36dos três crimes
10:38na Califórnia,
10:39a lei
10:40do Three Strikes.
10:42No terceiro crime
10:43violento
10:44cometido
10:45por um criminoso,
10:46a pena era
10:47no mínimo
10:48de 25 anos
10:49até prisão
10:51perpétua.
10:53Isso jamais
10:53poderia acontecer
10:54aqui no Brasil
10:55porque a legislação
10:56no Brasil
10:57é federal.
10:57então para fazer
10:59qualquer mudança
11:00na lei
11:01é preciso um poder
11:03imenso
11:04de lobby
11:04e ninguém
11:06consegue enfrentar
11:07o lobby
11:08pró-bandido
11:09no Brasil
11:10que é movido
11:11principalmente
11:12por aquelas ONGs
11:13que a gente já
11:14comenta aqui sempre,
11:15um ecossistema
11:17de entidades
11:18que bloqueia
11:19qualquer tentativa
11:21de dar
11:22uma resposta
11:23efetiva
11:24para mais
11:25um crime
11:26como esse
11:26brutal,
11:28sem sentido
11:29e evitável.
11:31Para fechar você,
11:32Dávila,
11:32inclusive na pesquisa
11:34que nós trouxemos
11:34há pouco
11:35tem essa indicação,
11:36grande parte
11:37da população
11:38defende
11:39a autonomia
11:40dos estados
11:40para que
11:41a formatação
11:43da legislação
11:44seja tratada
11:45em relação
11:46às necessidades
11:47daquela localidade.
11:49Claro que o caminho
11:50é longo,
11:50mas você defende
11:51algo mais parecido,
11:52mais próximo
11:53a maneira como
11:54os Estados Unidos
11:55se organizam,
11:55Dávila,
11:56para fechar.
11:57Sim,
11:58com certeza,
11:59nós precisamos
12:00descentralizar
12:01o poder.
12:02Cada estado
12:03vive em realidade
12:04distinta.
12:05A lei tem que ser
12:06feita de acordo
12:07com a realidade
12:08de cada estado.
12:09Isso é o que faz
12:11com que o federalismo
12:12seja um laboratório
12:14extraordinário
12:15para se testar
12:16políticas públicas.
12:18E aí,
12:18quando dá certo,
12:19ela é replicada
12:20em demais estados.
12:22Quando dá errado,
12:22o efeito
12:23se torna
12:24local
12:25e não nacional.
12:27Agora,
12:28o Brasil
12:28com essa mania
12:29de centralização
12:30de políticas públicas,
12:32tomando decisões
12:33nacionais,
12:34com realidades
12:35tão distintas
12:37nos estados,
12:38só faz
12:39com que
12:39o número
12:40de legislações
12:41fracassadas
12:42e políticas públicas
12:43que não funcionam
12:44sempre é muito maior
12:45daquelas que dão certo.
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