Eu espero que vocês tenham Novalgina de sobra, porque Clóvis de Barros Filho vai trazer um papo cabeçudo (uma cabeça papuda é assunto para o horário nobre) nesta quarta (22) para o estúdio! Eu não sei se felicidade no trabalho é uma utopia, se as piscinas de tristeza têm espaço para as ondas de alegria, ou se happy hour só é happy porque é hour de falar mal do chefe… mas a solução para você ficar animado é simples! É só assistir à entrevista do filósofo que não fica abaixo do umbigo, mas sabe tudo sobre o caminho da felicidade.
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DiversãoTranscrição
00:00Porque chegou o nosso convidado, senhoras e senhores.
00:02O filósofo, jornalista e professor que tem dominado as redes sociais com seus pensamentos e reflexões.
00:09Como assim eu não vou entender?
00:11Não sei.
00:12O habilidoso e carismático.
00:15Naturalmente, eu procuro ser o mais plural possível.
00:20Quê?
00:22Clóvis de Barros.
00:24Olha aqui, o professor, o mestre Clóvis de Barros, mais uma vez, trazendo uma joia aqui pra gente.
00:33Pra você, saiu agora.
00:36Happy Hour é na segunda.
00:39É um novo livro, sempre trazendo...
00:42Qual é esse aqui? Já são tantos, hein, mestre?
00:45É o número 41. Eu vou evitar o ordinal que eu sempre me equivoco.
00:50Número 41.
00:5141, é.
00:5241º.
00:52E você tem traduções no mundo inteiro?
00:55Não, no mundo inteiro é exagero.
00:57Mas, temos em árabe, em russo...
01:03Em russo?
01:04É.
01:04Caramba.
01:05Aí o Alan interessa.
01:06Me interessa.
01:07O Alan russo.
01:07Hã?
01:08Russo, traduziram A Felicidade é Inútil.
01:12Um livrinho que aqui tá publicado em edição de bolso, né?
01:16Bacana.
01:17Pô, legal, hein?
01:17Nos Estados Unidos tem O Gato Epaminondas.
01:20Então, tem aí uma bobagem.
01:21Pô, mas em russo...
01:22Em russo é boa, é a terra dos grandes, né?
01:27Eu acho que você ficou muito feliz em ter esse...
01:30Nossa, foi...
01:31Foi...
01:31É, o doce foi Edski, claro.
01:33É, não.
01:34Foi incrível.
01:36Claro que...
01:37É, eu não...
01:39Eu recebi lá um exemplar da tradução.
01:42Achei legal esteticamente, então...
01:45Mas eu só entendi meu nome mesmo e...
01:48De qualquer maneira, eu acho que a tradução deve estar excelente e...
01:52Fiquei muito, muito feliz mesmo com essa possibilidade.
01:55É um reconhecimento bacana mesmo.
01:56Pô, parabéns mesmo.
01:57Que demais.
01:57Pô, eu fico feliz também, porque eu sou muito fã.
02:00Pô, eu já li todos.
02:02Todos não, né?
02:03Alguns.
02:04Sim.
02:04Né?
02:05E eu, pô, acho muito legal.
02:06A leitura, ela é muito gostosa, é muito...
02:09E, pô, aí a gente é fã do...
02:10Exatamente.
02:11Do mestre.
02:12É sempre uma aula aqui, né?
02:13É.
02:13E esse Happy Hour na segunda aqui?
02:16Do que se trata?
02:17Bom, sempre me incomodou um pouco a ideia de que o trabalho...
02:24Até a própria origem da palavra trabalho remonta a uma máquina de tortura, né?
02:31O trabalho é sempre vinculado a uma espécie de pedágio, uma contrapartida de alguma coisa
02:36boa, como é o salário e coisas de que precisamos.
02:40Então, você dá o trabalho que é ruim e recebe alguma coisa boa em troca.
02:45E aí, formula-se uma espécie de justiça, né?
02:50Você se submete ao trabalho, mas, ao mesmo tempo, recebe aquilo de que você precisa para
02:55viver.
02:56E eu sempre entendi que isso era um rebaixamento indevido.
03:01De que o trabalho, ele era por si, ou poderia ser por si positivo e, além do mais, remunerado.
03:09Ou seja, haveria um duplo ganho na possibilidade de trabalhar e no fato de receber por isso.
03:18E aí, eu sugiro, ao longo do livro, que cada um reflita sobre todas as alternativas de vida
03:27que já foram cogitadas em que o trabalho, ele não é propriamente um ônus, um sacrifício,
03:33uma desgraça a suportar.
03:34Eu tenho certeza que você, que vem para cá trabalhar diariamente, você não entende o teu trabalho
03:42como uma desgraça que você tem que suportar em troca de um salário no final do mês.
03:48Tenho certeza que não.
03:50Como muita gente que trabalha vê na execução do próprio trabalho um momento de alegria, de prazer,
03:58até porque o trabalho costuma ser, Emílio, o momento de maior potência da nossa vida.
04:09O trabalho costuma ser aquilo que fazemos de melhor.
04:12Porque pela repetição, pelo treinamento, pela formação, pelo nosso talento,
04:18pelas carreiras que escolhemos em função das nossas aptidões,
04:21tudo isso acaba fazendo do trabalho um momento maior, de apogeu, assim, da nossa vida.
04:29É uma oportunidade rara de fazer desabrochar a nossa natureza.
04:34Você pega uma planta e a planta vinga quando ela alcança o seu desenvolvimento mais exuberante.
04:42E eu acredito que cada um de nós, no trabalho, tem uma oportunidade desse apogeu,
04:50desse desenvolvimento exuberante de si mesmo.
04:53Você não... né?
04:54Se você supuser, por exemplo, um artista, um pintor,
05:02é óbvio que todo o valor está naquilo que ele faz.
05:08E, eventualmente, o fato dele ainda ganhar por isso,
05:12é um adicional, certamente, de valor menor do que o deleite da pintura.
05:20Assim também um jogador de futebol, cara, um cara que é bom de bola,
05:24ele gosta de jogar bola, ainda por cima pagam.
05:27E um professor gosta de dar aula e ainda pagam.
05:32É verdade que menos do que os outros exemplos.
05:35Depende do cargo.
05:37Ainda pagam, né?
05:39O Clóvis, eu estava pensando, eu trabalho com economia, com finanças,
05:43tem muito um paralelo com isso.
05:45O cara fala assim, olha, eu ganho X, mas por algum motivo,
05:48ele acha que vai ganhar muito dinheiro em algo que ele não tem a menor ideia de como funciona.
05:54Seja uma criptomoeda, seja um investimento exótico.
05:58Então, a pessoa, ela fala assim, o que eu me dediquei a vida inteira,
06:01eu não consigo ganhar dinheiro.
06:03E aí ela acha disso. Você acha que o ser humano sempre é uma espécie de auto-engano
06:08achar que sempre o valor está no externo, assim, em algo que você não tem?
06:14Pois é. E o que é, assim, mais grave é que passa por aí uma espécie de obviedade
06:22que a vida melhor é aquela vida em que você ganha mais.
06:26O valor da vida está na remuneração, né?
06:30E no final das contas, veja, o meu caso é um caso, eu acho que ótimo como exemplo.
06:38Eu gosto de fazer o que eu faço, explicar.
06:45Ao mesmo tempo, explicar também é, aparentemente, o meu maior talento.
06:52Até porque tenho a firme convicção que talvez seja o único.
06:56Então, veja só, eu faço o que eu gosto e ainda por cima faço aquilo
07:04para o que estou mais qualificado pela minha própria natureza,
07:09por aquilo que é o tal do capital inato de talento.
07:13Exato. Então, ao longo da minha trajetória, pelo fato da minha profissão
07:19ser uma profissão de pouca legitimidade,
07:23haja visto as recompensas econômicas de um professor médio,
07:29haja visto a maneira como o professor é tratado na sociedade,
07:32haja visto o fato dos professores serem hoje em dia agredidos em sala de aula
07:37com o apoio dos agressores, de seus pais, das famílias e da sociedade como um todo
07:42que não se revolta contra isso.
07:44O certo é que a profissão de professor não é uma profissão das mais legítimas.
07:48Então, no meio do caminho, sempre teve aquela coisa.
07:51Ô, vamos abrir uma posada em grupos, né?
07:55Vamos, professor, vamos candidatar a deputada estadual, professor.
08:03Vamos, sei lá, né?
08:07Vamos fazer um curso de caça submarina no Mediterrâneo.
08:11Vamos, não sei lá.
08:13E aí, o argumento é sempre esse.
08:17Você vai acabar ganhando mais do que sendo professor.
08:20É um argumento fácil porque é muito difícil encontrar alguma coisa que remunere menos.
08:27Mas, qual é a graça da história?
08:30Quando você tem alguma convicção sobre a tua natureza, aquilo que você é,
08:36aquilo que é a tua maior força, aquilo que você gosta de fazer,
08:41que é tudo um pacote meio amarrado, né?
08:44Aí, então, essas propostas eu sempre agradeci, são interessantes, são generosas,
08:51são apetitosas, são ótimas quase que para qualquer um.
08:54Para mim, não serve por quê?
08:56Porque eu defini propósitos em função daquilo que eu acredito ser.
09:02Ou seja, eu defini aonde eu quero chegar a partir do ponto que eu parti.
09:07O ponto que eu parti é o ponto de um explicador que busca aperfeiçoamento,
09:11no sentido de ter como principal propósito, ajudar as pessoas a pensar melhor.
09:17As pessoas da sociedade que eu integro, de que eu faço parte.
09:21Ora, se você me propõe abrir uma posada em Buzos, Buzos é maravilhoso.
09:27Abrir uma posada é trabalhar com diversão, é bacana, é lindo, é espetacular.
09:33Mas não serve no meu caso. Por quê?
09:36Porque o meu propósito é contribuir com a capacidade intelectiva das pessoas.
09:41A partir de um patrimônio, de um capital que eu acredito ter,
09:45que é um capital de talento, um capital de investimento, inclusive, nesse talento.
09:51Então, eu não quero um monte de outras coisas mais rentáveis, mais aplaudidas, mais simpáticas.
10:01Porque eu acredito ter um trabalho definido por mim mesmo.
10:06Não é uma missão definida por Júpiter ou por uma força transcendente qualquer.
10:10Foi eu mesmo que identifiquei, entre um milhão de propósitos possíveis, aquele que tinha a ver com a minha vida e comigo.
10:20O Nietzsche, ele tem uma frase muito legal.
10:22Torna-te quem tu és.
10:25Pô, a primeira vez que eu ouvi isso foi no ensino médio, aqui no Colégio São Luís.
10:31O professor falou, o filósofo Nietzsche disse, torna-te quem tu és.
10:35Eu me lembro de ter levantado a mão imediatamente.
10:38Falei, não entendi.
10:39O que você não entendeu?
10:41Falei, pô, se eu vou me tornar, eu vou deixar de ser uma coisa para ser outra.
10:47Pensando rasteiramente.
10:50Torna-te quem tu és, é o seguinte, eu era milho e me tornei pamonha.
10:55Eu era milho e me tornei y.
10:59Olha, torna-te quem tu já és.
11:05Aparentemente é paradoxo.
11:07Mas aí o professor me explicou maravilhosamente, o professor Teófilo, ele disse, é que você é, mas é uma possibilidade, é uma potência.
11:19Você pode se tornar.
11:21Então, isso explica a frase.
11:24Você tem a vida para implementar aquilo que você é, por enquanto, enquanto possibilidade.
11:33E aí ficou claríssimo para mim que, no meu caso, que tinha já plena convicção de que queria ser professor, de que queria ser um explicador,
11:42eu entendi que eu teria toda a vida para implementação desse projeto, para me tornar, na concretitude da vida, aquilo que eu era, por enquanto, enquanto uma possibilidade.
11:55Sim.
11:56Ô professor...
11:56Mas o Nietzsche falava o seguinte, que a vida é sofrer, não é isso?
11:59Sim.
12:00Ele falava, a vida é sofrer e você precisa encontrar uma razão para a sobrevivência.
12:07Todos nós temos que encontrar uma razão para sobreviver.
12:12Porque não é fácil, né?
12:13A gente tem sempre percalços da vida.
12:15É verdade.
12:16Uma dessas razões é encontrar o que você realmente gosta.
12:22Você encontrou no teu ramo que você faz muito bem, você...
12:26Sabe, eu acho que é gostoso te ouvir falar.
12:30Não sei se...
12:30Ah, caramba.
12:30É gostoso.
12:32Você tem esse dom.
12:33As pessoas têm que encontrar isso, mas encontrar isso é muito difícil.
12:39Porque são poucas as pessoas que têm essa oportunidade.
12:42Eu acho que é uma dádiva que a gente tem de fazer o que gosta.
12:45Eu, por exemplo, que você falou, eu me identifico...
12:47Sim.
12:47Esse é o momento auge da minha vida.
12:51É o momento que eu estou mais feliz é aqui.
12:54Mas eu tenho medo também, porque eu falo daqui a pouco, vou ter que parar de fazer essa merda.
12:57Vou ter que fazer outra coisa.
12:58Eu não sei fazer outra coisa.
13:00Exato.
13:00A coisa que eu mais gosto é isso.
13:02Eu também não sei fazer outra coisa.
13:03E isso eu sei que, pela minha profissão, daqui a pouco eu já estou em decadência há muito tempo.
13:11Tem mais uns 20 anos.
13:12E é isso que vai a decadência.
13:15Todos nós teremos a decadência da vida.
13:18E na profissão a gente também será decadente naquilo.
13:21E eu não sei o que eu vou fazer.
13:23Aí eu vou ficar muito triste, professor.
13:25Bom.
13:26Agora que eu não tiver mais esse momento aqui com vocês.
13:28Vou pegar duas coisas.
13:30Primeiro lá o começo e depois o fim.
13:32Você disse uma dádiva.
13:37Você disse, você descobriu qual é a tua praia.
13:39Você investiu na tua praia.
13:42E, bom, no seu caso, digamos, deu certo.
13:45Mas não é fácil.
13:46Então, a filosofia começou lá no Templo de Apolo, escrito assim, onde Sócrates foi e a moça lá disse pra ele, você é o mais sábio, o homem mais sábio de Atenas, o que queria dizer o mais sábio do mundo.
14:02E lá estava escrito, conhece-te a ti mesmo.
14:08Aí você vai pra Harvard, no ano passado, e tem lá uma espécie de programa interdisciplinar chamado autoconhecimento.
14:16Vamos combinar.
14:18A preocupação continua bem parecida.
14:20Sim.
14:21Ora, qual é a ideia?
14:23Quanto mais você conhecer sobre si mesmo, mais chance terá de viver uma vida boa, uma vida pungente.
14:32Eu disse mais chance porque, claro, tem um pedaço da vida que decorre do acaso dos encontros e muitas vezes eles são devastadores e não há o que fazer.
14:44Mas aumenta-se a chance de uma vida boa quando você sabe quem é.
14:49Ora, eu então chamo atenção pra necessidade de que esse tema passe a se tornar um tema central na formação dos jovens.
15:03Seja na preocupação familiar, mas seja na preocupação escolar.
15:09Porque, vamos combinar, talvez em Harvard já seja meio tarde.
15:15Talvez devêssemos criar o hábito de refletir sobre nós mesmos desde mais cedo.
15:23E isso significa o hábito de observar-se, sabe?
15:29De analisar-se, de viver experiências e tirar dessas experiências conclusões sobre quem somos,
15:37o que nos apetece, o que nos atrai, o que nos causa repulsa.
15:42Porque a gente pode viver sem se dar conta do que está acontecendo,
15:46mas a gente pode viver submetendo a vida a uma reflexão de si mesmo.
15:52E isso tem que ser objeto de orientação por parte dos educadores.
15:57Oh, não vive de qualquer jeito.
15:59Observa o que está acontecendo com você.
16:02Porque você vai construindo, como num lego, peça a peça, um grande edifício sobre si mesmo.
16:11Pô, eu vivi isso aqui, isso me agrediu muito, que conclusão eu posso tirar disso, né?
16:17Eu vivi aquilo ali, aquilo ali me deixou fascinado, que conclusão eu posso tirar daquilo.
16:24E você vai somando informações, porque o conhecimento de si não acontece num abrir de porta, num tranco só.
16:32Ele é um conhecimento progressivo.
16:34E você vai tirando conclusões sobre si mesmo.
16:38E essas conclusões vão sendo cada vez mais, eu diria, relevantes na hora de deliberar sobre a vida,
16:45tomar decisões e assim por diante.
16:47Então, eu chamo a atenção dos educadores para a necessidade de trazer esse tema para o currículo escolar.
16:56Não como uma disciplina, entre outras, mas como uma preocupação transdisciplinar, entre outras.
17:02Ou seja, que os professores possam orientar seus educandos, ainda jovens, a não viver sem se dar conta do que estão vivendo.
17:11Por quê?
17:12Porque o mundo é um espelho.
17:13O mundo é um espelho.
17:15O que eu quero dizer com isso?
17:18Emílio, o que eu quero dizer com isso?
17:21Quando você vai no banheiro, ao banheiro, e você olha no espelho, o espelho te mostra aquilo que sem ele você não veria de você,
17:31que é o teu rosto.
17:32Difícil.
17:32Com o olho aonde ele está, é difícil ver o próprio rosto sem algo que faça função especular.
17:39Muito bem.
17:41O mundo todo é um espelho por quê?
17:43Eu venho aqui conversar com você.
17:46Aí eu venho uma vez, saio daqui feliz pra caramba.
17:50Venho aqui outra vez, saio daqui feliz pra caramba.
17:53Pô, se eu não for completamente, assim, desatento,
18:01eu começo a perceber que estar aqui conversando com você é algo que me deixa feliz.
18:09Veja como você é um espelho.
18:11Eu descobri, graças a você, uma coisa sobre mim.
18:15Eu descobri que um cenário como esse e uma conversa como essa é algo que a mim me alegra muito.
18:22Eu não conseguiria descobrir se não vivesse a experiência e você não servisse de espelho pra mim.
18:29Uma descoberta a meu respeito.
18:31E assim vão se somando as experiências, o mundo vai nos informando aquilo que somos na medida em que nos informa os afetos que sentimos em função dos encontros.
18:46Vamos imaginar, eu me lembro, eu acompanhava, sempre gostei muito de novela.
18:52E hoje gosto muito das novelas antigas que eu revejo e tal.
18:59Muito bem, eu me lembro que eu assistia Natália do Vale, né?
19:04E eu ficava fascinado por Natália do Vale.
19:08Ora, Natália do Vale é um espelho.
19:11E por que é um espelho?
19:12Porque me ensinou que eu, diante de alguém como Natália do Vale, se deixa fascinar.
19:19Sem ela eu não descobriria isso a meu respeito.
19:22Entende?
19:23Então, é preciso que os educadores ensinem seus alunos a submeter a vida a uma análise, a um aprendizado de si mesmo.
19:36O Sócrates, né?
19:37Disse, uma vida que não é refletida a cada instante é uma vida jogada no lixo.
19:43E é bem um pouco isso.
19:45Conhece-te a ti mesmo.
19:46Agora, na hora que você se descobre e você toma decisões em função dessas descobertas, é preciso se orgulhar de si.
19:55Por quê?
19:56Porque o mundo é rico e articulado na hora de te dissuadir.
20:02É claro.
20:03Opa!
20:03Você chega e fala, eu quero ser professor.
20:07Aí você chega em casa e aí alguém olha e diz, meu, isso não enche o bucho de ninguém.
20:13Eu quero ser professor.
20:14Você sai na rua, pô, mas é tanto estudo pra terminar dando aula.
20:19Eu quero ser professor.
20:21Aí o cara vira e fala, escuta, você trabalha também ou só dá aula?
20:24Eu quero ser professor.
20:26Outro dia, o cara virou pra mim e falou, o senhor nunca pensou em ser nada melhor, não?
20:31Na bucha.
20:33Lembra, alguém chega pra você e diz, nunca pensou em ser nada melhor, não?
20:38Eu poderia ter reagido violentamente, mas resolvi investigar.
20:43Falei, o quê, por exemplo?
20:44Não, falando desse jeito, você poderia ser um senador.
20:49Falei, mas é que eu, veja, eu não sou um senador.
20:53Portanto, não me apetece viver como senador.
20:57Isso não significa diminuir o trabalho do legislador.
21:01Outros serão senadores e devem investir nisso.
21:04Eu, não.
21:05Outros, sim.
21:06Eu me limito a ser professor do senador.
21:10Por que aconteceu isso, professor?
21:13Porque eu sou de uma época que vai ter uma solenidade numa cidade.
21:19Quem estaria lá?
21:20O prefeito, o delegado, o diretor da escola.
21:25Essas seriam as pessoas que estariam lá.
21:27Por que que a educação perdeu tanto valor, que nem a gente tá falando aqui sobre isso, né?
21:33Por que que o professor se tornou desvalorizado nessa sociedade?
21:37O que que aconteceu?
21:38Não, é preciso, de fato, entender que a legitimidade, o prestígio, o aplauso, o reconhecimento de qualquer tipo de atividade tem a ver com as pessoas que aplaudem, tem a ver com as pessoas envolvidas.
21:57Mas, de alguma maneira, a escola não tem prestígio na sociedade.
22:05E o professor, junto.
22:07Não tem.
22:08Mas por que?
22:09Ora, são muitas as razões, mas uma delas me parece, assim, muito clara.
22:20Olha, há um entendimento que não é de todos, mas que é muito poderoso, de que para ganhar a vida, para ganhar dinheiro, para obter prosperidade econômica,
22:39não é necessário aprender um monte de coisa que a escola ensina.
22:45Vamos dizer, para explicar isso de maneira mais ou menos apaziguada, né?
22:52Sem criar confusão.
22:54Então, o que que acontece?
22:57Essas certezas, elas vão, tal como um circuito, elas vão perpassando os universos
23:08e vão se tornando uma espécie de obviedade.
23:12Quer dizer, tudo bem, num primeiro momento, tudo bem ir para a escola, mas é melhor arrumar alguma coisa para ganhar dinheiro.
23:22E aí, a escola já perdeu um degrau.
23:26Porque isso não foi um despencar de uma hora para a outra, né?
23:29Aí, depois, se tiver que escolher entre um e outro, não hesite em logo começar a trabalhar.
23:35Porque, começando a trabalhar mais cedo, você tem mais chance de conquistar a prosperidade, já perdemos mais um degrau.
23:44Depois, você junta isso, críticas muitas vezes justas, muitas vezes justificadas,
23:53do anacronismo da educação escolar, da, digamos, da impertinência de certos conteúdos curriculares,
24:03da desmotivação de certos profissionais da educação, alguns deles, que são críticas justas,
24:10que, somadas ao fato da escola não ser mais vista como trampolim único para uma vida próspera,
24:18acabaram, por pouco a pouco, solapando a sua legitimidade.
24:24Agora, a grande pergunta é, como pensar diferente?
24:32E é aqui que eu queria que o nosso ouvinte telespectador e o que seja internauta me acompanhem.
24:42Tudo isso parte de uma premissa inicial, como toda boa premissa, que pode ser questionada.
24:51E qual é essa premissa?
24:54Vida boa igual prosperidade econômica.
24:58Vida boa igual ganhar dinheiro.
25:01Talvez, hoje em dia, pudéssemos acrescentar um segundo elemento.
25:06Vida boa igual notoriedade.
25:09Vida boa igual celebridade.
25:12Vida boa igual ser conhecido e seguido por muita gente.
25:16Muito bem.
25:17Então, isso faz uma espécie de fórmula da felicidade.
25:20Uma pessoa rica e famosa é uma pessoa feliz.
25:24Pois é.
25:25Então, aqui eu queria problematizar.
25:28Eu queria problematizar por quê?
25:30Porque, de fato, a escola não é o único caminho para você ganhar dinheiro,
25:35ainda que possa ser um deles.
25:37Que fique claro.
25:37Agora, a escola trará a você valores existenciais que vão além de ganhar dinheiro.
25:46Que são valores do espírito.
25:49Valores da razão.
25:50Valores do pensamento.
25:52Valores da inteligência.
25:53Valores da sensibilidade.
25:54Valores que tornam a vida boa, independentemente do dinheiro que você ganha.
26:00Então, se você é capaz, Emílio, se você é capaz de ler um Dostoiévski citado aqui
26:10e genuinamente ter prazer com isso,
26:15é muito provável que você deva essa capacidade a algum tipo de formação escolar.
26:21E veja, nada tem a ver com ganhar dinheiro.
26:24Não tem a ver com ter um momento bom de vida na leitura.
26:28Se você é capaz de ler um Machado de Assis e ter um genuíno prazer com isso,
26:34é muito provável que alguma aula de literatura tenha contribuído para essa capacitação.
26:39Eu continuo.
26:40Se você é capaz de se interessar por fazer uma visita guiada num museu qualquer
26:46e se interessar genuinamente pelo que é exibido,
26:51provavelmente a escola tem algo a dizer sobre isso.
26:55E isso é de graça.
26:56Não exige que você mova montanhas financeiras para poder fazer.
27:01E isso te traz o quê?
27:03Te traz um contentamento que compensa mazelas da vida.
27:07Então, na hora que você não consegue ter prazer genuíno na leitura,
27:14não consegue ter prazer genuíno na boa música.
27:18Tipo uma sinfônica de Mahler é alguma coisa que te leva à loucura.
27:22Não consegue ter prazer genuíno, sei lá, interpretando uma pintura holandesa do século XVII.
27:29Não consegue ter prazer genuíno lendo a metafísica de Aristóteles,
27:35que um cursinho de filosofia poderia ajudar a ter.
27:38Não consegue ter prazer genuíno.
27:40Perceba que todas essas coisas são prazeres genuínos,
27:43que são obtíveis gratuitamente.
27:46Aí você tem uma tristeza, precisa compensar essa tristeza,
27:51e você só tem a carta do consumo para poder compensá-la.
27:55Entendeu?
27:55Você sobrecarrega o consumo.
27:59Nada contra o consumo.
28:00Nada contra fazer suas compras.
28:02Mas isso é um valor da vida entre infinitos outros
28:07que poderiam dar colorido, dar sabor, dar tempero.
28:12Sabe?
28:12Os portugueses, eles têm uma expressão que eu acho...
28:16A primeira vez que eu ouvi, eu fiquei absolutamente fascinado.
28:20Quando eles experimentam alguma coisa de degustação,
28:24eles dizem...
28:25Nós dizemos...
28:26Isto tem sabor de...
28:28Eles dizem...
28:30Isto sabe a...
28:33Sabe a...
28:34Não sei o quê.
28:35Do verbo saber.
28:36Ou seja, eles vinculam um apetite gustativo que traz um prazer enorme...
28:43A sabedoria.
28:43A questão do saber.
28:45Pô, essa é uma vinculação maravilhosa, né?
28:47Que eleva a vida, sofistica a vida, colore a vida.
28:53E nada disso tem a ver com começar a trabalhar cedo pra ganhar dinheiro.
28:57Porque tudo isso requer um tipo de formação do espírito.
29:01Que capacita para uma vida feliz.
29:05Ô professor, deixa eu fazer uma pergunta antes que saiba esse tema aí do ganhar dinheiro e tudo mais.
29:09Por que as pessoas se sujeitam a isso?
29:11A se preocupar só em ganhar e não a fazer o que gostam?
29:15Isso vem talvez do medo da escassez ou a falta de propósito mesmo?
29:20Porque que nem o Emílio falou, eu também, como radialista, é uma satisfação enorme estar aqui.
29:26E assim, no começo a gente sempre busca.
29:28A rádio fala assim...
29:29Ah, não consegue na capital?
29:31Vai pro interior.
29:32Então a gente tem um propósito?
29:33A gente não tem o medo desse lance da escassez.
29:35E por que as pessoas têm medo disso?
29:39De...
29:39Ah, vou me sujeitar a ganhar melhor, mas não vou fazer o que eu quero.
29:43Do que, de repente, ir pra outra cidade pra fazer o que é o propósito.
29:49É a falta de propósito ou medo da escassez ou os dois juntos?
29:52Sabe, eu...
29:55A rigor, a rigor eu não sei te responder.
29:57Mas o que eu penso é que muito do que acaba acontecendo na nossa vida
30:04é determinado por circunstâncias e encontros
30:10que às vezes facilitam certas descobertas ou inviabilizam certas descobertas.
30:17Eu tive a oportunidade, aos 13 anos, de ter um professor de geografia
30:22que me mandou dar um seminário.
30:25E aí eu descobri o que eu queria pra minha vida.
30:28Esse seminário definiu a minha vida.
30:31Mas isso não foi, digamos, consequência de uma lucidez minha,
30:37extraordinária, de perceber quem eu era,
30:40como se outros não tivessem a mesma lucidez.
30:46Não.
30:46Eu devo isso a esse professor de geografia que me pediu pra fazer...
30:50Sabe-se lá por que ele pediu pra fazer o seminário?
30:53Provavelmente porque ele não queria dar aula, sei lá o que quer.
30:55Mas o fato é que ele pediu pra eu dar o seminário
30:58e eu fiz essa descoberta.
30:59Se ele não tivesse feito isso,
31:02eu provavelmente não teria tido a ocasião de dar outro seminário no colégio.
31:07Eu não teria firme convicção que queria ser professor.
31:11E então eu entrei na faculdade de Direito, como acabou acontecendo,
31:14e eu talvez entrasse pra ser advogado.
31:17Pra trabalhar no Direito.
31:19Graças a esse único encontro,
31:22eu já sabia o que eu queria pra minha vida.
31:25Então, veja,
31:27eu penso que muitas pessoas vivem
31:31espaços de socialização
31:33onde a obsessão com o dinheiro é asfixiante.
31:38E não há que julgar.
31:40Porque há quem viva em penúria,
31:44há quem viva em muita dificuldade material,
31:47e portanto se preocupar em ter o mínimo necessário pra sobrevivência
31:52é óbvio.
31:53É necessário, é imprescindível, é justificável,
31:56é digno, etc, etc, etc.
31:59Ponto.
32:00Agora, claro está
32:01que uma vez obtido o mínimo necessário pra sobreviver,
32:05também é fundamental perceber
32:07que a sobrevida por si só
32:09é apenas a condição
32:11para os valores da vida.
32:13Sim.
32:14Se você estiver sendo esganado
32:16e você luta pela vida,
32:20você luta pela vida,
32:22não propriamente pela vida,
32:24mas pelo que na vida vale a pena.
32:29É, é claro.
32:30Os valores, eles vão além de sobreviver.
32:33Sim.
32:34Eu quero mais um dia de vida
32:36pra ver minha filha mais uma vez.
32:38Sim.
32:39Eu quero mais um dia de vida
32:41pra dar uma aula,
32:43a última.
32:45Eu quero mais um dia de vida
32:46pra encontrar não sei quem uma última vez.
32:50Veja, é,
32:50eu quero a vida
32:52pelo que a vida tem
32:53de valor positivo
32:55e não apenas
32:56por sobreviver.
32:57Então,
32:58Que é a razão da vida.
32:59Claro, claro.
33:00Então, veja, veja,
33:02é, é,
33:03que me entendam bem.
33:04Ninguém aqui é
33:05é alucinado.
33:07Há muita gente
33:09em dificuldade material extrema.
33:11Sim.
33:12E é normal que lutem
33:13por sobreviver
33:14e estão nesse estágio.
33:17Porém,
33:18não são todos a estar
33:19nesse estágio.
33:20Então,
33:21quando eu escrevo um livro
33:22Happy Hour é na segunda,
33:24obviamente,
33:25eu tô me referindo
33:26a pessoas
33:27que talvez estejam
33:28num outro degrau.
33:30É, professor.
33:31Tem uma questão
33:32que a gente tava falando aqui
33:34antes do senhor entrar,
33:36que é o papel do acaso
33:38ou da sorte.
33:39Alguns podem achar
33:40que é Deus,
33:41eu tenho uma visão
33:42mais estatística,
33:43acho que existem
33:44improbabilidades,
33:45e você contou a história
33:46do seu seminário
33:48que direcionou
33:49sua vida
33:50de certa forma,
33:50assim como o seu professor
33:51de filosofia.
33:52Podia não ter acontecido,
33:54podia ter acontecido
33:55outras coisas.
33:56E aí eu lembrei
33:56de uma frase
33:57que era do Einstein,
33:58que será que Deus
33:59joga dados
34:00em que ele falava isso?
34:01Como que você vê
34:02o papel do acaso
34:05na vida
34:05nessa procura
34:06de tornar-se
34:08quem tu és?
34:09Ah,
34:10eu tenho
34:11esse entendimento,
34:15que é só meu
34:16e que ninguém me siga.
34:21Se fôssemos
34:22onipresentes,
34:25oniscientes,
34:27olhássemos tudo
34:28de cima,
34:30com certeza
34:30teríamos certeza
34:33de que não há
34:33acaso nenhum.
34:36Ou seja,
34:38o que for acontecer
34:40vai acontecer mesmo,
34:41quer dizer,
34:41sabe,
34:42o carro está vindo aqui,
34:43o outro está vindo aqui,
34:45o motorista daqui
34:46não vê esse,
34:47o motorista daqui
34:48não vê esse,
34:49aí chama a colisão
34:50de acaso,
34:51mas quem está em cima
34:52vai bater,
34:53vai bater.
34:55Vai dar merda.
34:56Ou seja,
34:56se fôssemos Deus,
35:00não jogaria dados,
35:01se fôssemos Deus,
35:03tudo estaria
35:04no âmbito
35:06da necessidade.
35:07E necessidade
35:08na filosofia
35:09não é
35:10a necessidade
35:12do senso comum
35:13que é
35:13estou passando necessidade
35:15ou isso é necessário.
35:17A necessidade
35:17da filosofia
35:18é o contrário
35:19da contingência,
35:20ou seja,
35:20aquilo que acontece
35:21necessariamente.
35:23Então,
35:24Deus que olha
35:27de cima,
35:28ou se você quiser,
35:30a perspectiva
35:30cósmica
35:31ou universal,
35:33como quiser chamar,
35:35tudo é inexorável,
35:38tudo é
35:38necessariamente
35:39como tem que ser.
35:41Então,
35:42o acaso
35:43é sempre
35:43em função
35:44de uma
35:45perspectiva.
35:47O acaso,
35:48ele é o acaso
35:49para mim.
35:50e, portanto,
35:52ele,
35:52no fundo,
35:53ele é
35:54a consequência
35:55de uma ignorância,
35:57de uma fragilidade,
35:58de uma impotência.
36:00Falta de conhecimento.
36:01Falta, né?
36:01Então, quer dizer,
36:02e como o conhecimento
36:04é sempre parcial,
36:05é sempre pequeno,
36:07é sempre relativo,
36:08o acaso
36:09sempre existirá.
36:10Mas é o acaso
36:11para mim.
36:12Deus lá de cima
36:13olhando,
36:14já sabe o que...
36:15Já.
36:16Isso se já sabe
36:18antes ou não,
36:18eu nem entro
36:19na discussão.
36:19Mas o certo é
36:20que ele
36:20sabe que
36:21o que
36:22acontecer
36:24é resultado
36:26de relações
36:27causais
36:28inapeláveis,
36:29inexoráveis,
36:30é o que vai acontecer
36:31e, portanto,
36:32de certo modo,
36:33acontece sempre
36:35o que tem que acontecer.
36:36Agora,
36:37no nosso caso,
36:39dada a nossa
36:40ignorância
36:41de tudo
36:43o que acontece,
36:44então,
36:45para nós,
36:46a surpresa,
36:48a surpresa que resulta
36:50de não entender muito bem
36:51por que aquilo aconteceu
36:52daquele jeito.
36:53Então,
36:53para mim,
36:54o professor de geografia
36:55é acaso,
36:57para Deus,
36:57com certeza não.
36:59É,
36:59maravilhoso.
37:00Está aqui,
37:00ó,
37:01o Rap Hour
37:02é na segunda.
37:03Está aqui,
37:04ó,
37:04mais um lançamento aqui
37:05do professor
37:06Clóvis de Barros,
37:08o filósofo,
37:09e está também
37:10o Instagram aí
37:10para você,
37:11arroba
37:12Clóvis de Barros.
37:14já é um dos mais vendidos,
37:16né?
37:17Olha,
37:17eu,
37:17já está no...
37:19Eu me empenhei
37:19para que isso acontecesse,
37:21porque o livro,
37:22ele é uma espécie de
37:23reunião dos principais temas
37:26que os meus contratantes
37:27me pedem
37:28para falar a respeito
37:29nas palestras.
37:30Então,
37:31esse livro cuida
37:32de um tema
37:32delicadíssimo
37:34que é a questão
37:35da meritocracia,
37:36outro tema
37:37delicadíssimo
37:37que é a questão
37:38da motivação
37:39no trabalho,
37:40outro tema
37:40delicadíssimo
37:41que é a questão
37:42do propósito,
37:43né?
37:43Então,
37:44são temas sensíveis
37:45e muito...
37:46E atual, né?
37:47Muito queridos
37:47no mundo das corporações
37:49que estão
37:50trabalhados aí
37:51e de uma maneira
37:52absolutamente
37:53fluida
37:54e gostosa de ler.
37:57Exatamente.
37:57Gostosa de ler.
37:58Você sabe que
37:59eu sou muito fã
38:01do professor,
38:02tem as aulas
38:03dele no YouTube.
38:05Muito boa.
38:05É, muito boa.
38:07É um craque.
38:08É um...
38:08É show, né?
38:10Eu queria até então...
38:11E tem você falando
38:11da vida de Chuck
38:13do filme.
38:14Foi, foi, foi.
38:14Maravilhoso.
38:15Tá no...
38:16Foi.
38:16Na rede aqui.
38:17Eu gostei.
38:18Eu gostei também
38:18desse filme.
38:19Eu gostei muito.
38:20Eu gostei muito.
38:21Eu queria fazer um convite
38:22entrando no meu Instagram
38:25arroba
38:25clóvis de barros.
38:27Aí você vai lá
38:27no link da Bill, né?
38:29E lá no link da Bill
38:31tem os links
38:33e lá tem um link
38:35para um curso
38:36que tem
38:37trocentas coisas,
38:39mas um curso
38:40eu queria recomendar
38:41em especial
38:43porque fiz com muito carinho
38:45e adorei ter feito
38:47e adorei assisti-lo depois
38:48que é um curso
38:49de introdução
38:50ao pensamento
38:51de Nietzsche.
38:51porque Nietzsche
38:53é um filósofo
38:53muito querido,
38:55muito lido,
38:57muito citado,
38:58mas muito difícil
38:59de ser lido.
39:01Então,
39:02esse curso
39:04oferece
39:05algumas chaves
39:07para entrar
39:08no castelo
39:09da filosofia
39:10nietzscheana.
39:11Com essas chaves
39:12você entra
39:13com mais facilidade
39:14e tem a condição
39:15de uma leitura
39:17de deleite
39:18que é a leitura
39:20das grandes obras
39:21de Nietzsche.
39:22Então,
39:22eu queria
39:23recomendar
39:24em especial
39:25esse curso
39:26aos nossos
39:28ouvintes.
39:29E tem uma promoção
39:30especial aí,
39:31para vocês aí.
39:32Sempre é bom
39:34receber o professor
39:35e convidar todo mundo.
39:37Se você quiser comprar,
39:38você já compra agora
39:39o livro,
39:40o Happy Hour
39:40na segunda,
39:41já venda aí na Amazon,
39:43tem todas,
39:43tem essas livrarias aí.
39:45Você compra na hora
39:45e entrega na sua casa.
39:47Professor,
39:48obrigado.
39:48Muito legal
39:50quando você vem,
39:51a audiência também
39:52adora aqui o seu papo.
39:53E queria retomar a ideia,
39:56o mundo é um espelho
39:57para você.
39:59Portanto,
40:00trate de
40:01aproveitar
40:03as informações
40:04que o mundo
40:05oferece
40:06sobre você,
40:07que sem o mundo
40:08você não poderia saber.
40:11Uma delas
40:11é que vir aqui
40:12ao pânico
40:13e conversar
40:14com a galera aqui
40:15é extremamente
40:16prazeroso.
40:17aprendi isso
40:18vindo aqui.
40:19É preciso dar
40:20uma chance
40:20ao mundo
40:21pro mundo
40:22te explicar
40:22quem você é.
40:24Boa.
40:24Muito bom.
40:25E a audiência
40:25adora também.
40:26Obrigado.
40:27Professor Clóvis de Barros
40:28aqui no Pânico hoje.
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