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  • há 5 semanas
O evento acontece no dia 18 de outubro com shows de Afoxé Orin Igbàdú, Briana Castilho, Fúria Negra, DJ Toinha e DJ Theewz no Beco do Calçadão Tenente Sabino

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Transcrição
00:00Sábado, dia 18 de outubro, acontece a Parada da Diversidade aqui na cidade de Cajazeiras.
00:07Não é isso, Joyce?
00:08É sim, a Parada. A gente estava conversando, a Idelana, a gente já vem falando ao longo do tempo.
00:14Para a gente, é importante ter a Parada, né?
00:17É onde a gente mostra os avanços dessas políticas públicas,
00:21mostra a nossa existência e resistência no Brasil, o país que mais mata, né?
00:27Pessoas LGBTQI e APNB+, no mundo, é o décimo ano consecutivo em assassinato as pessoas LGBTQI e APNB+,
00:35e o Nordeste é campeão em assassinato as mulheres trans e travesti com requinte e crueldade, né?
00:40Uma porcentagem grande de pessoas LGBT cometem suicídio, principalmente pessoas trans e travesti,
00:47também faz o ato de cometer o suicídio com sua vida por não ser aceita na base da família.
00:52A gente sabe da evasão escolar, que é os dados que a Antra tem feito agora,
00:57porque não é respeitar o nome social, a identidade de gênero das pessoas trans e travesti dentro da escola,
01:03e elas têm saído da escola não aguentar, né?
01:06Sofrer tanta violação de direito e bullying.
01:09Então, essa parada é um ato de existir, né?
01:13De resistir e seguir dentro da sociedade, mostrando que essas pessoas merecem respeito,
01:19que elas devem ocupar os espaços e lugares, e a gente tem esse direito constitucional aprovado
01:25pelo Supremo Tribunal Federal, por leis, decreto, súmula, tantas outras coisas que acontecem,
01:31a gente está resguardado por isso.
01:33Então, dentro de Cajazeiras, que bom que a gente tem uma gerência LGBT a nível municipal ativa, né?
01:40A gente tem um conselho ativo, que não é todas as cidades.
01:43Quando a gente começa a andar, Priscila, em outros estados, outras cidades,
01:47quando a gente começa a falar do que a gente tem como política pública,
01:50as pessoas ficam em choque.
01:51Joyce tem tudo isso, o Laude, tudo isso.
01:54Eu digo, aqui a gente não pode sentar numa praça, se reunir dez pessoas LGBT
01:57para discutir alguma coisa, né?
01:59Porque a extrema-direita, o extremo ódio, né?
02:03Os novos movimentos aí, LGB, que está a aliança, que está aí tentando se criar,
02:09que não vai se criar, né?
02:11Para destruir ou retirar a pauta trans e travesti que foram as pioneiras,
02:16que foram as travesti que deram a cara a tapa, o corpo a tapa, a tiro e até a morte, né?
02:22Para poder seguir na sociedade, abrindo espaço para que essas pessoas LGBTs
02:27que estão aqui novas, né? Adolescentes, adultas, né?
02:31E até as mais velas que ainda resistem, garantindo que esses espaços
02:35sejam de todo mundo, né?
02:38Então, a gente não vai permitir, não vai aceitar que tentem visibilizar
02:42esses corpos e corpos e corpas trans e travesti dentro da sociedade
02:47e nem retire da pauta LGBTQI e a PNB+.
02:50Um ato político.
02:52A parada, não só a parada da diversidade, mas todo esse movimento
02:55que acontece aqui na cidade de Cajazeiras é um ato político.
02:59E para além do ato político, você acredita que esse movimento,
03:03a parada em si, agora falando do evento que acontece nesse sábado,
03:07ele de alguma forma ajuda a diminuir esse preconceito
03:11que existe na nossa sociedade?
03:13Priscila, além do ato político, como você fala, né?
03:16E a parada, ela tem um papel de despertar, de chamar a atenção,
03:23de ligar o alerta da comunidade.
03:26A comunidade, das autoridades, dos políticos,
03:29porque eles começam a nos enxergar, nos observar, né?
03:33E percebem que estamos organizados.
03:36Percebem, e todos sabem, né?
03:37Não tem como negar a nossa existência.
03:40Por mais que alguém não goste, por mais que alguém odeie,
03:43por mais que alguém não respeite, não tem como negar a nossa existência.
03:47E quando a gente se reúne num ato político,
03:51que é a parada da diversidade,
03:53a gente está mostrando para a sociedade que existimos,
03:57que resistimos, que estamos organizados e que queremos mais.
04:01E quando eu digo que queremos mais,
04:03a gente não quer mais direito do que você,
04:05mais direito do que quem está em casa.
04:07A gente quer apenas que o nosso direito seja respeitado.
04:10A Constituição Federal, no seu artigo 6º,
04:13diz que todas as pessoas têm direito à saúde,
04:18à educação, à moradia, à seguridade.
04:21Não diz que é apenas a pessoa hétera, cis e branca, não.
04:25Diz que todas as pessoas, todos e todas brasileiras,
04:30têm direito a isso.
04:31Então, a gente só está querendo que esse direito seja respeitado
04:35e que possa respeitar a nossa diferença, a nossa diversidade.
04:40Então, assim, o ato político, que é uma parada,
04:43e tem um dado muito importante, Priscila,
04:46no Brasil são quase 400 paradas que existem anualmente,
04:52quase 400 são realizadas.
04:54E dessas quase 400, Cajazeiras é a única cidade que organiza parada,
05:00que essa organização é de um departamento,
05:03de uma gerência ligada à prefeitura.
05:06Porque a gente, quando vai para esses encontros,
05:09que vai ter um encontro nacional dos organizadores de parada,
05:12a gente chega lá e tem pessoas que dizem que realizou parada
05:16através de uma liminar da justiça,
05:20que a polícia não quis deixar,
05:22que a prefeitura negou, fechou as portas, impediu.
05:26E a gente aqui em Cajazeiras, desde a primeira edição,
05:28a gente conseguiu esse apoio e consegue até hoje
05:31o apoio tanto da prefeitura quanto do governo do estado.
05:35De extrema importância para o movimento, para a diversidade
05:38e também para dar visibilidade,
05:40para que políticas públicas sejam feitas aqui no nosso município,
05:44na nossa região.
05:45E eu queria que vocês trouxessem para a gente agora a programação.
05:48Onde é que vai acontecer?
05:50Em que horas?
05:51Como é que faz para participar?
05:52Primeiro de tudo, a nossa programação.
05:58A gente veio ao longo do ano se programando
06:01e quem organiza eventos sabe que tem alguns contratempos,
06:06mas enfim, fechamos a programação praticamente agora.
06:09Quando a gente vinha subindo a escada aqui da TV Diário,
06:13uma DJ me ligou informando que não iria conseguir mais participar.
06:17Mas agora nós temos a programação montada.
06:20Nosso evento vai acontecer no Beco da Cultura,
06:25aquele beco cultural que tem no final do calçadão da Tenente Sabino,
06:29em frente ali, no centro de Cajazeiras.
06:33Próximo à prefeitura.
06:33Próximo à prefeitura.
06:35Vai acontecer sábado, dia 18, a partir das 20 horas,
06:40lá no Beco da Cultura.
06:41Nós teremos, inicialmente, a partir das 8 horas, concentração
06:46e logo em seguida, a apresentação da banda Orim Badu,
06:51que canta o melhor do axé dos anos 90 e anos 2000.
06:55Em seguida, teremos a nossa maravilhosa artista cajazeirense,
07:01que está ganhando espaço lá em Fortaleza
07:03e a gente conseguiu trazê-la,
07:06aproveitar que ela está aqui em Cajazeiras
07:08e ela arrumou um tempinho na agenda, né?
07:10Briana Castilho, que ela canta MPB, canta pop,
07:14canta samba, canta forró,
07:17cantou, inclusive, no Chamegão, esse ano, em ano passado, né?
07:20E Briana vai estar cantando também com a gente.
07:23Em seguida, teremos a cantora e compositora paraibana,
07:27que é parceira da nossa amiga Bicharte,
07:30mas ela, sábado, vai fazer o show solo,
07:33que é a cantora Fúria Negra,
07:35que ela é, como o próprio nome diz, uma fúria, um espetáculo.
07:39O show dela é babado, confusão e gritaria.
07:44E ela canta soul, canta jazz,
07:47canta essa pegada de música de Anitta, de Lesha.
07:51Enfim, ela faz uma misturada maravilhosa.
07:55Maravilhosa.
07:56Aí, depois, em seguida, nós teremos, né?
08:02A atração que a gente conseguiu confirmar ontem,
08:05que ela veio ano passado para a pré-parada,
08:08e esse ano vai vir para a parada de Cajazeiras,
08:12a nossa DJ Toinha.
08:14Toinha maravilhosa também.
08:17Ela tem um set list de músicas atuais
08:20e de músicas que puxam.
08:22Tem hora que ela puxa uma música lá
08:23e recorda a gente.
08:25Então, maravilhosa.
08:26E, para terminar, com a prata da casa também.
08:29Maravilhoso.
08:30O DJ Teus, que vai estar finalizando a nossa noite.
08:35Nós temos hora para começar.
08:37Às quatro, às oito horas da noite.
08:41Para terminar, a gente tem uma expectativa.
08:43Mas aí, como a gente deixou o Matheus por último,
08:45o Matheus se empolga,
08:46quando ele vê que o público está gostando,
08:48ele não quer parar, não.
08:49Dependendo da energia do público, já conheço.
08:52Então, sei como é.
08:53E a energia daquele beco ali
08:54parece que faz a gente querer ficar cada vez mais.
09:00Lá é um espaço, o beco, é um espaço público.
09:03O beco não é meu, não é de Joyce, não é de ninguém.
09:06O beco é da comunidade.
09:07E que ela tem uma identidade, tem uma cara da nossa comunidade LGBT,
09:13que é a PNB+.
09:14Um beco que a gente não pode deixar de relembrar, Delânio,
09:18que é um beco que foi palco de lutas de mulheres,
09:21das mulheres, da Marcha Mundial das Mulheres,
09:25do Maria Fumaça, do Levanto Popular da Juventude.
09:29Também aconteceu vários saraus lá, com poemas, com cantos,
09:36com apresentações de artes e artesanatos.
09:39E a gente fica feliz, porque existe uma história, né?
09:41Quem vê aquele espaço do beco, do final da Rua Tenente Sabino,
09:47do beco Tenente Sabino,
09:49não sabe que ali rolou muitas coisas de cultura e de arte.
09:51Aquele espaço é nosso.
09:53É um espaço bem cultural, né?
09:55Inclusive, fica ao lado do Museu do Futebol, né?
09:57O Museu do Futebol, aquele prédio gigantesco
10:00que tem ali no final da Rua Tenente Sabino,
10:02indo direto para a Prefeitura.
10:04É o beco que, inclusive, no Carnaval,
10:06acontece também o movimento Beco Cultural, né?
10:09Lá também é um dos eventos que acontecem no Beco da Cultura,
10:13esse beco tão emblemático e que reúne muita arte,
10:17muita cultura e também a comunidade se sente em casa, né?
10:22À vontade.
10:22À vontade.
10:24Delânio, Joyce, quero agradecer a participação de vocês aqui hoje, né?
10:28E deixar o convite para que toda a sociedade,
10:31toda a comunidade esteja presente na Parada da Diversidade, dia 18.
10:35E, Priscila, é dizer também, convidar a todas, todos e todes.
10:42Não precisa ser LGBTQIA e a PNB+.
10:45Se você é um aliado, se você gosta da diversidade,
10:48se você não tem preconceito,
10:51vista da sua cor, da cor que você quer,
10:54leve sua bandeira e venha aqui celebrar com a gente.
10:57Nossa comunidade é uma comunidade alegre,
10:59então, nosso palco de luta é um evento cultural cheio de cores.
11:04A gente também quer dizer que, a partir das 8 horas,
11:07está começando, você que é artesão,
11:10você que vende seu brigadeiro,
11:12você que vende sua trufa,
11:14você que vende sua cervejinha no isopor,
11:16está liberado para chegar lá.
11:18Chegue antes, nos procure,
11:20que a gente tenha um espaçozinho
11:22para organizar todo mundo,
11:24mas sem pagar nada.
11:26É chegar lá e ganhar seu trocadinho
11:27e se divertir com a gente também.
11:29Venha!
11:29E a Parada é aberta, né?
11:31Para toda a comunidade.
11:31O evento da Parada da Diversidade,
11:34a quarta Parada da Diversidade,
11:36é um evento gratuito,
11:37em parceria com a Prefeitura Municipal de Cajazeiras,
11:41em nome da Prefeitura Socorro Delfino,
11:44da Secretaria de Assistência Social Juliana Suassuna,
11:47e também do Governo do Estado da Paraíba,
11:50do Governo do Estado da Paraíba,
11:52em nome da Secretaria de Política Pública
11:54para as Mulheres e Diversidade Humana,
11:56em nome de Lídia Moura e...
11:59Centro Cultural.
12:01CCNB, Centro Cultural Bando do Nordeste de Sousa,
12:03em nome de Maicon Ramalho.
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