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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu por unanimidade abrir um processo administrativo disciplinar contra o desembargador Luis César de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). A decisão foi tomada nesta terça-feira (14), após o magistrado afirmar, durante uma sessão em julho de 2024, que “as mulheres estão loucas atrás dos homens”. A declaração ocorreu em meio ao julgamento de um caso de assédio contra uma menina de 12 anos.

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Transcrição
00:00E a gente segue adiante aqui até pra falar, pessoal, com toda a seriedade que merece,
00:04o caso do juiz que durante uma audiência promoveu falas um tanto quanto machistas, misóginas,
00:11é o que ele tá sendo acusado, né?
00:13E inclusive foi julgado pelo Conselho Nacional de Justiça.
00:17Jess Peixoto, você lembra desse caso aqui?
00:18A gente já vai falar dele, mas com a nossa reportagem lá no Paraná,
00:23mas eu quero te ouvir antes aqui.
00:24Dá uma bela contextualizada aqui pra nossa audiência, por favor.
00:27Então, se trata do desembargador Luiz César de Paula Espíndola
00:31e, no caso, durante uma audiência que era uma medida protetiva envolvendo uma menor,
00:37uma menina de 12 anos, que acusava seu professor de assédio, abre aspas, ele disse
00:43Se vossa excelência sair na rua hoje, quem está assediando, quem está correndo atrás de homens,
00:49são as mulheres, porque não tem homem.
00:52Hoje em dia o que existe é que as mulheres estão loucas atrás de homens,
00:55porque são muito poucos.
00:57A mulherada está louca atrás de homens.
00:59Pra quem acabou de pegar essa última frase aqui,
01:02é o final das aspas, onde Jess Peixoto, a representante feminina da bancada,
01:06que fique claro, disse que a mulherada está louca atrás de homens,
01:10e isso não fui eu dizendo, nem ela dizendo.
01:11Quem é que disse, Jess Peixoto?
01:13O desembargador lá da vara do Paraná, que agora foi afastado de uma decisão do CNJ,
01:18o Conselho Nacional de Justiça, e que está com um processo instaurado.
01:21Muito bem colocado, está aí o Abre Alas, mas é pra lá que nós vamos,
01:25diretamente do Paraná, ali com a nossa repórter da Jovem Pan Curitiba, Manuela Niklevics.
01:31Tudo bem, Manu? Obrigado pela presença.
01:33A Jess já relembrou pra nós aqui o que está em jogo, mas e as consequências?
01:37O que o desembargador está enfrentando nesse momento?
01:40O que ficou decidido, afinal? Palavra sua.
01:44Oi, Marinho. Bom dia pra você, pra Jess, pra todo mundo que está acompanhando o Morning Show.
01:47Antes, só pra gente relembrar e trazer aí mais reforço pra essas aspas que a Jess acabou de trazer,
01:53a gente separou um trecho do vídeo dessa sessão que aconteceu no primeiro semestre do ano passado,
01:57pra todo mundo entender exatamente o que foi, que esse desembargador Luiz Espíndola disse por aqui.
02:02Vamos ouvir.
02:03Quem está correndo atrás de homens são as mulheres, porque não tem homem, sabe?
02:10Esse mercado é um mercado que está bem diferente.
02:17Hoje em dia, sabe, o que existe, essa é a realidade.
02:22As mulheres estão loucas atrás dos homens, porque são muito poucos.
02:28A situação é ainda pior, claro, quando a gente esclarece que isso aconteceu em uma sessão de julgamento
02:33de um suposto caso de assédio sexual sofrido por parte de um professor pra uma aluna de apenas 12 anos de idade.
02:40Um caso que continua na justiça aqui do Paraná.
02:42Depois de toda a repercussão no ano passado, ele já foi afastado das suas funções no Tribunal de Justiça aqui do Paraná.
02:48Então, já há mais de um ano.
02:50Mas a OAB do Paraná entrou com uma representação no CNJ, o Conselho Nacional de Justiça,
02:55pedindo a abertura de um PAD, um processo administrativo disciplinar.
02:58E foi isso que aconteceu nessa semana, isso que foi julgado.
03:01E por unanimidade, esse processo agora está aberto.
03:04Ainda vamos ter ali todos os prazos pra apresentação de provas e também da defesa deste desembargador.
03:11Durante a sessão que aconteceu nessa semana, o presidente da OAB aqui do Paraná
03:14fez uma sustentação oral defendendo o afastamento desse desembargador
03:17e falando que esse caso, dessa fala que a gente acabou de acompanhar,
03:20foi apenas um de vários que já aconteceram no Tribunal de Justiça aqui do Paraná
03:24por conta deste mesmo desembargador.
03:26Relatou casos de mordida a assessoras, também passada de mão,
03:30e muitas outras falas de cunho ali de assédio sexual.
03:34O próprio ministro Luiz Edson Fachin, que hoje é o presidente do CNJ e do STF,
03:38também se manifestou sobre esse caso na sessão de abertura do PAD.
03:42Vamos ouvir o que ele disse.
03:44Me permito afirmar que juízes erram e devem ser responsabilizados.
03:52Nada obstante, como todos nós sabemos, as instituições são fundamentais.
03:57legisladores erram e devem ser responsabilizados,
04:01mas o poder legislativo também é fundamental para o Estado de Direito.
04:05Gestores erram e devem ser responsabilizados quando cometam atos de improbidade,
04:11mas as instituições de administração pública são essenciais
04:15para o funcionamento do Estado de Direito Democrático.
04:18Bom, a defesa do desembargador Luiz Espíndola diz que ainda não vai se pronunciar sobre o caso
04:24porque não teve acesso ao teor dessas provas, dessas investigações,
04:29até porque eles citaram que ele foi impedido de participar dessa sessão de julgamento
04:33que aconteceu nessa semana no CNJ.
04:35Para encerrar e devolver para vocês, eu falei que ele já está afastado do Tribunal de Justiça,
04:39agora permanece assim até que haja um entendimento sobre esse processo administrativo disciplinar,
04:44mas mesmo afastado, ele continua recebendo salário, tá?
04:47E o levantamento da equipe aqui da Jovem Pan News do Paraná
04:50mostra que a gente está falando de cerca de 140 mil reais aproximadamente por mês
04:55que ele recebe, mesmo sem estar trabalhando.
04:59Um valor bem acima do salário base de um desembargador do Tribunal de Justiça aqui do Paraná,
05:04que hoje é de 41 mil e 800 reais, e bem acima também do teto constitucional.
05:08mesmo que ele seja punido com a maior consequência no CNJ, ela é aposentadoria obrigatória.
05:14Então, ele pode continuar recebendo mesmo assim.
05:17Marinho, volto com vocês.
05:19O super Luiz Espíndola, hein, galera?
05:22Eita, é bem inacreditável.
05:24É o Luizão do pavê, né?
05:25Obrigado aí, minha querida Manu Neclevics, pela presença.
05:29André.
05:30Eu deixo você falar, Dias. Vai, querida.
05:31Não, é um total absurdo que a consequência pela fala e pelos possíveis assédios que estão sendo aí
05:38levantados pela OAB no Paraná das servidoras, seja aposentadoria compulsória,
05:44ficar em casa recebendo 100 mil meios, recebendo um salário assim absurdo,
05:49é totalmente disfuncional.
05:51E um detalhe, esse desembargador já foi condenado em 2018 pelo STJ,
05:57pela lei Maria da Penha, por agredir a mãe e a irmã.
06:01Então, assim, nós estamos diante de vários casos e de todo um sistema,
06:06e aí, mais uma vez, uma crítica ao CNJ, não ao CNJ, mas às punições aos juízes,
06:12que é, a consequência máxima pra ele é uma aposentadoria com salário.
06:17Isso é um total absurdo.
06:20Nós somos tratadas como palhaço nesse caso.
06:22Ele fala de mulheres loucas atrás de homens.
06:25Louca mesmo, loucura mesmo.
06:26São essas folhas de pagamento do judiciário
06:29e esses penduricalhos obscenos que a gente vê,
06:32que a gente enxerga aqui, completamente normalizados, né?
06:35Mas vamos aproveitar essa situação pra, enfim, talvez ver alguma mudança, né?
06:40Mano, brevemente, eu preciso seguir adiante.
06:41Ele tem certeza que tá acima da lei, porque tá mesmo, né?
06:44Ganha todos os meses acima do que a lei permite.
06:48É inacreditável, mas são as consequências que temos
06:52de fazer com que a lei seja um mero detalhe,
06:55que não valha de verdade pra quem deveria aplicar a lei.
06:59É um escárnio.
07:01É mais um tapa na cara do cidadão brasileiro.
07:04Concluindo, Guilherme Sugimori.
07:05O que sempre me choca nesses casos
07:07é que a gente, quando ele surge, tem as notícias de anos atrás,
07:11quer dizer, isso foi acontecendo...
07:13Exatamente.
07:13Só agora a gente tem a notícia da punição.
07:16Quer dizer, isso acontece no dia a dia.
07:18Não, e no caso, né, de uma adolescente de 12 anos
07:21que estava sendo assediada pelo professor.
07:23Aí, como é que você atribui isso a uma adolescente
07:26que estaria em cima de homem?
07:28Olha, é um tremendo absurdo.
07:31Essa é a verdadeira loucura.
07:32Eu não vou nem citar aqui no chat,
07:34mas tem gente concordando ainda com a fala do desembargador.
07:36Porque, assim, é absurdo isso.
07:38A gente vê no nosso país isso acontecendo,
07:40ainda mais envolvendo adolescente.
07:42Guarde pra si esse tipo de comentário.
07:44Não, adolescente e criança.
07:46Uma criança de 12 anos
07:48que está falando sobre uma situação de assédio.
07:50Nesse contexto, pragmática da linguagem,
07:53nesse contexto, a fala é muito mais abjeta e nojenta.
07:58Porque ele dá a entender que a criança está muitas vezes...
08:03Está culpando a criança por pedofilia.
08:05Na prática, é isso que ele está fazendo.
08:07É inacreditável isso.
08:09É isso aí, senhores.
08:11Assim, eu acho que a gente acabou de traçar a última linha de corte.
08:15Quando passa desse termo que começa com P,
08:19que a gente acabou de citar aqui,
08:20eu acho que aí a conversa encerra.
08:22Eu, pelo menos, deveria encerrar.
08:23Estou falando aí pro pessoal do chat
08:24que ainda não é conversa...
08:26No máximo, uma conversa de boteco sujo.
08:28Jamais.
08:30Jamais.
08:30Vindo da boca de um desembargador
08:31pago com o seu dinheiro e o nosso dinheiro.
08:33Vamos tentar retomar o mínimo de decência.
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