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NotíciasTranscrição
00:00Estados Unidos e Brasil têm reaproximação, presidentes voltam a conversar e Donald Trump indica Marco Rubio para negociar tarifácio.
00:10Israel e Hamas chegam a acordo para a primeira fase do plano de paz apresentado pela Casa Branca e iniciam troca de reféns por prisioneiros.
00:19Primeiro-ministro francês pede demissão menos de um mês após assumir o cargo e oposição pressiona por renúncia de Macron.
00:26Você vai ver também, governo norte-americano confirma envio da Guarda Nacional para as cidades de Chicago e Portland.
00:35Meu nome é Fabrício Nights, que pela próxima meia hora nós vamos navegar juntos pelos principais assuntos do mundo.
00:41O JP Internacional está no ar.
00:50Olá, seja muito bem-vindo, seja muito bem-vinda.
00:53A gente começa o programa dessa semana falando sobre fazer as pazes, porque depois da briga vem a reconciliação.
01:00Duas semanas depois do encontro na Assembleia Geral da ONU, Lula e Donald Trump conversaram por telefone nesta semana
01:08e abriram os caminhos para negociar o famoso tarifácio.
01:12O presidente brasileiro disse que se dispõe a viajar aos Estados Unidos e voltou a convidar Trump a vir ao Brasil, ainda mais com a COP30 em Belém.
01:20Se isso vai acontecer ainda é cedo para a gente dizer, mas o republicano já designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para liderar as negociações.
01:30Mas a pergunta que muita gente tem se feito nessa semana é, quem é Marco Rubio?
01:35E é isso que o correspondente Eliseu Caetano conta para a gente.
01:38Nascido em Miami em 1971 e filho de imigrantes cubanos, Marco Antônio Rubio é o atual secretário de Estado dos Estados Unidos.
01:50Escolhido por Donald Trump para negociar com o Brasil as questões envolvendo o tarifácio,
01:55o atual chefe da diplomacia norte-americana acumula uma experiência política de mais de duas décadas.
02:01Formado em Direito na Universidade de Miami em 1996, Rubio sempre esteve ligado ao Partido Republicano.
02:09Em 2000, ele assumiu o primeiro cargo público como deputado na Assembleia da Flórida.
02:15Onze anos mais tarde, Rubio deu um salto e foi eleito senador com larga vantagem sobre os outros candidatos.
02:22A vitória deu força para o congressista, que passou a ser um dos nomes com maior potencial entre os republicanos.
02:29Em 2015, Marco Rubio anunciou que não concorreria à reeleição no Senado e confirmou a pré-candidatura à presidência.
02:39No primeiro cálcus, realizado no estado de Iowa em fevereiro de 2016, ele ficou na terceira colocação, atrás de Ted Cruz e Donald Trump.
02:49Em meio a uma disputa marcada por troca de acusações entre os candidatos, Rubio e os outros republicanos não foram pários para a força de Donald Trump.
03:00Em março, ele anunciou a desistência da corrida eleitoral e retornou à candidatura ao Senado da Flórida, onde foi eleito naquele ano e também em 2022.
03:11De ex-crítico de Trump, Rubio passou a ser considerado um aliado do bilionário.
03:17Com a vitória republicana nas eleições presidenciais de 2024, o nome do representante da Flórida, que já havia sido cotado para o cargo de vice-presidente, voltou a ser especulado para integrar o governo.
03:30Em novembro, Trump confirmou a escolha de Marco Rubio como secretário de Estado, se tornando o primeiro chefe da diplomacia norte-americana fluente na língua espanhola.
03:42A nomeação foi aprovada por unanimidade no Senado, com noventa e nove votos a zero.
03:50Conservador convicto, a presença de Rubio na Casa Branca até o momento tem sido marcada por um forte alinhamento ideológico ao presidente Donald Trump.
04:00Com forte defesa a Israel, críticas ao governo da África do Sul, posições divididas em relação à Ucrânia, reaproximação com a Síria e pressão contra Cuba, que voltou a ser incluída na lista de países patrocinadores do terrorismo.
04:20Bom, e para falar mais sobre esse assunto, a gente recebe o professor de História Americana, Lucas de Souza Martins, que participa com a gente à distância e agora direto de Washington.
04:30Não é isso, professor? Seja muito bem-vindo.
04:35Perfeito, Fabrício. Muito bom falar com você mais uma vez e com todos os colegas aqui da URBAN.
04:41Olha, professor, essa é uma semana que tem mexido bastante com os ânimos tanto dos brasileiros quanto dos norte-americanos.
04:49A gente já falou sobre os impactos do tarifácio, vamos repercutir isso aqui ainda, mas eu queria começar te perguntando o seguinte.
04:57Marco Rubio, amigo ou inimigo? O que a gente pode esperar do atual secretário de Estado norte-americano,
05:06que tem uma postura, pelo menos tem nesses primeiros meses de governo, mostrado uma postura bastante ativa em relação aos países da América Latina?
05:14A gente viu na reportagem do Eliseu Caetano a questão de incluir Cuba novamente na lista de países patrocinadores do terrorismo,
05:22também a movimentação dos Estados Unidos envolvendo a Venezuela, os Estados Unidos que agora ajudam a Argentina financeiramente,
05:29que se envolvem muito proximamente com El Salvador, de Najib Bukele.
05:34O que a gente pode esperar, então, de Marco Rubio para o Brasil?
05:37Sem dúvida, é alguém que desperta bastante curiosidade, até porque ele vem de uma família cubana,
05:47sua família, inclusive, deixou Cuba um pouco antes da Revolução Cubana,
05:52que implementou a Revolução Socialista, que implementou um novo regime de governo.
05:58Ou seja, o que acontece com Marco Rubio, e isso existe desde a sua época de senador,
06:05depois candidato a presidente dos Estados Unidos, e agora também como secretário de Estado,
06:11ele é alguém que enxerga, pelo menos, a América Latina com um olhar bastante ligado a toda a política de Guerra Fria,
06:19em que havia esse embate entre Estados Unidos, União Soviética, o capitalismo, o comunismo, o socialismo.
06:27Então, ele enxerga regimes, enxerga governos, de acordo com esse espectro político que tem muita conexão com esse período histórico.
06:37E é por isso que há, por exemplo, uma resistência muito grande, pelo menos existia da parte dele especificamente,
06:43de fazer qualquer conexão ou relacionamento com o governo brasileiro.
06:48Não é à toa, e o ouvinte vai se lembrar também, que o discurso escrito pelo Departamento de Estado ao presidente Trump,
06:58que deveria ter sido lido na íntegra, nas Nações Unidas, na Assembleia das Nações Unidas em Nova Iorque,
07:06tinha ali fortes críticas ao Brasil com relação não só à questão econômica,
07:10mas também questões ligadas a como a questão da Casa Branca enxergar a distribuição e o governo brasileiro
07:20com relação a direitos humanos, direitos civis.
07:24Então, dá para dizer que Marco Rubio, ele é o mais ideológico do gabinete do presidente Trump,
07:31mas também ele é um funcionário da Casa Branca, ele é um auxiliar do presidente Trump.
07:37E o presidente Trump, nesse sentido, tem uma diferença com relação ao Marco Rubio.
07:42O presidente Trump é mais pragmático, é mais voltado à economia, aos negócios,
07:47não necessariamente pensando na ideologia, mas sobretudo no interesse dos Estados Unidos
07:52com relação a relacionamentos com outros países.
07:56Por isso que ele foi indicado, ele, Marco Rubio, para ser a pessoa responsável pela interlocução com o Brasil,
08:03é um funcionário de Donald Trump, seguirá com a negociação ao Brasil
08:08e terá, sim, que ceder o secretário de Estado, Marco Rubio,
08:11diante das preocupações e das prioridades de Donald Trump neste momento.
08:17Professor, você trouxe um ponto aqui que me parece bastante interessante,
08:20é uma análise que a gente tem feito já há algum tempo,
08:23de que Marco Rubio tem esse posicionamento,
08:25essa visão do mundo que remete mais à época da Guerra Fria,
08:28até por aquilo que você destacou, as origens dele, os pais que deixaram Cuba
08:32um pouco antes da Revolução, em 59.
08:36Agora, uma coisa é fato, o tarifaço, que teve um acréscimo para o Brasil de 40%
08:42por questões políticas, ele tem um impacto na economia norte-americana.
08:47O americano está pagando mais caro no café, está pagando mais caro na carne,
08:51que era importada do Brasil, e agora tem 50% de tarifas.
08:54Donald Trump, você destacou muito bem, tem uma visão mais pragmática,
08:59negocia com esquerda e com direita, independentemente de qualquer coisa.
09:04O que deve prevalecer, então? É realmente esse pragmatismo?
09:07A economia vai vir acima da ideologia na hora que os dois países sentarem para negociar?
09:14Claro, e o que já...
09:21Donald Trump é que o trampismo em si, ele supera qualquer motivação necessariamente ideológica
09:29ou conservadora.
09:31Isso já se observa, nós notamos, por exemplo, os diversos diálogos que Donald Trump manteve,
09:38por exemplo, com a China, acordos que foram estabelecidos, algumas vezes rompidos.
09:42Um dos poucos países que construiu um acordo comercial com os americanos neste momento
09:49foi o Reino Unido, que hoje tem um governo trabalhista, um governo mais ligado a uma política
09:54não tão conservadora.
09:57Por isso que dá para dizer que o pragmatismo econômico, lógico, com o viés do interesse
10:03americano, ele prevalece em qualquer relacionamento, seja com o Brasil, seja com qualquer outro país.
10:10E o Marco Rubio, é interessante também voltar àquele ponto de como ele observa a geopolítica
10:17mundial sob o espectro da Guerra Fria.
10:20Por exemplo, ele, dentro do gabinete do presidente Trump, ele sempre representou alguém que enxergava
10:27os russos.
10:28Vladimir Putin como um inimigo central, um inimigo perigoso aos interesses americanos, refletindo
10:36naturalmente o embate antigo com a União Soviética.
10:40Mas Marco Rubio, por mais que estivesse na posição do secretário de Estado, precisou
10:45ceder diante do interesse do presidente Trump de se encontrar com Vladimir Putin no Alasca.
10:51Era algo que não necessariamente o Marco Rubio tinha interesse ou enxergava com bons olhos,
10:57mas ele, como bom funcionário da Casa Branca, teve que ceder aos desejos do presidente
11:02dos Estados Unidos.
11:04Agora, professor, para a gente finalizar aqui esse tema, o que a gente tem visto em relação
11:08aos acordos econômicos fechados pela Casa Branca desde o tarifácio é o seguinte, uma
11:13redução parcial das tarifas, tarifas que eram, dependendo do país, de 25%, caindo para
11:1915%, um pouco mais, um pouco menos, a depender do país, mas sempre comprometimentos de investimentos
11:25nos Estados Unidos e prioridade da abertura dos mercados internos para produtos americanos.
11:32Agora, a situação do Brasil é um pouco diferente, é muito mais difícil a gente imaginar empresas
11:36brasileiras investindo em massa nos Estados Unidos.
11:39Onde que está, então, o espaço para manobra, o espaço para barganha nessa negociação?
11:44Bem, o Brasil é o principal fator e o principal parteiro comercial dos Estados Unidos na América
11:53do Sul.
11:54O tamanho da economia brasileira chama bastante atenção e afeta também os americanos.
11:59É um ponto crucial para o governo Trump, que é exatamente o dia-a-dia da economia, o
12:05dia-a-dia dos americanos.
12:07O Brasil exporta produtos muito importantes, a carne, o café, o suco de laranja e também
12:13o investimento de empresas brasileiras no exterior, que estão presentes também nessa
12:19área das commodities, da carne também, sobretudo, é um ponto crucial e também a participação
12:26da Embraer em construção e desenvolvimento de aeronaves.
12:32Ou seja, o tamanho da economia brasileira faz muita diferença nessa relação entre Donald
12:39Trump e Brasília.
12:40É diferente, por exemplo, de adotar sanções econômicas à Venezuela por questões políticas,
12:47por um espectro ideológico, até porque o tamanho da economia venezuelana é muito diferente,
12:53pensando no tamanho da economia brasileira.
12:56O Brasil tem, de fato, recursos para poder colocar também os seus interesses diante da
13:02mesa em Washington DC, pelo tamanho de sua economia.
13:07Mais uma vez, é o principal parceiro comercial, já há muito tempo, dos Estados Unidos dentro
13:12da América do Sul.
13:14Bom, vamos mudar de assunto aqui rapidamente no JP Internacional, porque é o seguinte, demorou,
13:19mas chegou.
13:20A primeira fase do acordo de cessar fogo entre Israel e Hamas foi assinado na última quinta-feira
13:26em uma reunião no Egito, em Sharm el-Sheikh, que contou com a mediação dos Estados Unidos,
13:31do Qatar e da Turquia.
13:33O Hamas deve libertar todos os reféns israelenses vivos e mortos, em troca da libertação de
13:39quase 2 mil prisioneiros palestinos, além da retirada parcial das tropas de Israel no
13:44enclave.
13:45Só na última sexta, 200 mil pessoas retornaram às suas casas, ao norte da faixa de Gaza,
13:52em meio à trégua.
13:53Agora, a questão é se esse acordo vai perdurar e se as próximas fases, que incluem a desmilitarização
13:58do Hamas, a criação de um comitê tecnocrata independente para a gestão da região, serão
14:04atingidas.
14:05E aí eu quero chamar de novo o professor Lucas de Souza Martins.
14:08Professor, Donald Trump fez uma pressão muito grande por esse acordo.
14:11Lá em janeiro, antes do Trump assumir a presidência novamente, foi fechado um acordo de cessar fogo
14:18ainda no governo Biden, que teve aquela disputa pela paternidade do acordo.
14:22O Biden chamou para si, o Trump também, e o acordo não perdurou por muito tempo.
14:27Agora, essa é uma cartada bem importante de Donald Trump, não é?
14:33Sim, e tinha, de fato, o interesse direto de ganhar o prêmio Nobel da Paz, o que acabou
14:41não acontecendo.
14:42Até porque o timing, ele tem muita relação com o que aconteceria na premiação.
14:48O presidente Trump tinha interesse de oferecer, mais do que rapidamente, uma ideia de um plano,
14:54uma série de propostas.
14:55Inclusive, havia a discussão de que ele mesmo viajasse ao Oriente Médio para estar presencialmente
15:01no momento da assinatura e de estabelecimento de qualquer acordo entre as duas partes, exatamente
15:08para forçar e também colocar diante da opinião pública a ideia de que mereceria realmente
15:14o prêmio Nobel da Paz.
15:17Mas o que também observamos, é bastante louvável também observar que nós chegamos mais uma
15:23vez, pelo menos até aqui, a um terceiro cessar fogo nesse conflito.
15:27O primeiro e o segundo ocorridos durante a gestão Biden, o segundo, aliás, acontece
15:34exatamente um dia antes da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, mas
15:40ainda nós temos muitas preocupações com relação à sustentabilidade de qualquer acordo
15:46de cessar fogo.
15:47Afinal, nós estamos falando de uma dificuldade muito grande por parte do Hamas de discutir
15:53e estar aberto à sua desmilitarização.
15:56Obviamente que o Hamas também tem uma abertura maior à ideia de deixar o governo, mas não
16:02deixar necessariamente a luta armada.
16:05Por isso que é muito complicado também de se pensar qual será efetivamente a durabilidade
16:10desse acordo que foi construído, sim, com interesse não só no cessar fogo em si, mas também
16:18com o objetivo pessoal do presidente dos Estados Unidos.
16:21Por isso que a esperança, logicamente, se renova através desses pontos que foram colocados,
16:26de um governo tecnocrata, do retorno dos reféns para os seus bares, da libertação dos presos
16:33de guerra, mas a preocupação continua porque certas bases ainda não foram consolidadas como
16:39deveriam.
16:40Professor, a gente já vai falar sobre essa questão das bases, que é interessantíssima
16:44a gente discutir aqui, mas eu queria focar um pouquinho na questão do Nobel da Paz.
16:47Porque, e rapidamente esse ponto, a vencedora foi Maria Corina Machado, oposicionista venezuelana,
16:54até causou uma certa revolta na Casa Branca, que foi acompanhada pelo Celso Amorim, assessor
16:59especial da Presidência da República.
17:01Mas dá para dizer que o timing, como você disse, seria pensando já no prêmio do ano
17:06que vem, seria mais fácil?
17:07Até porque aí a gente vai ter uma ideia de como que esse cessar-fogo caminhou, não é
17:11isso?
17:14Sem dúvida, funcionaria muito bem, do ponto de vista lógico, pensar no prêmio do ano
17:19que vem.
17:20Mas, quando nós pensamos em fatos políticos, até pensar, por exemplo, na eleição de mid-terms
17:26nos Estados Unidos, hoje pode até haver um desenho daquilo que pode acontecer nessa
17:32eleição, diante de uma impopularidade atual do presidente Donald Trump, conforme mostram
17:38as pesquisas.
17:39O que eu posso dizer é que, nesse mundo político presidencial, um ano é uma avenida de muitas
17:46emoções.
17:47Por isso que o presidente Trump, de fato, nutria esperanças para vencer este prêmio o quanto
17:53antes, até porque ele fez essa pressão para dinamizar este acordo o quanto antes, o quanto
18:00possível, considerando que, para o ano que vem, ainda não sabemos a respeito da durabilidade
18:06desse cessar-fogo.
18:08Não sabemos, inclusive, da manutenção do Benjamin Netanyahu, o premier de Israel, no cargo, ele
18:14que vive de uma maioria bastante pequena no Congresso israelense.
18:20Por isso que há uma avenida de emoções ainda pela frente, daqui a um ano, por isso
18:24a pressa de Donald Trump para, eventualmente, se castifar como vencedor do Prêmio Nobel da
18:30Paz, já em 2025, o que não aconteceu.
18:34Professor, agora sim, falando da questão da sustentabilidade do acordo.
18:37Os Estados Unidos estão enviando 200 tropas lá para Israel para garantir que a libertação
18:41dos reféns vá acontecer.
18:43Dá para a gente imaginar que esse acordo se sustenta sem a presença do exército americano
18:48ativamente na região, porque um deslocamento militar é sempre visto com o pé atrás pela
18:55população americana, que tem um histórico, Afeganistão, Iraque, enfim, a história recente
19:01não joga muito a favor de quem envia tropas para o Oriente Médio.
19:07Pois é, o envio de tropas a qualquer canto do mundo por parte dos Estados Unidos sempre
19:13vai gerar muita controvérsia.
19:16E, pelo menos neste momento que nós observamos, não somente a ideia de envio de forças militares
19:23ao Oriente Médio, tem também a questão deste governo tecnocrata, a própria ideia de se
19:29estabelecer quem estaria responsável, quem chefiaria este grupo de paz, não só os Estados
19:36Unidos, mas também quem seriam os nomes responsáveis por essa transição.
19:41E já surgiu, por exemplo, o nome do primeiro-ministro, o antigo primeiro-ministro britânico, Tony Blair,
19:48que era do Partido Trabalhista.
19:51E ele tem uma identificação, ele e Blair, com um passado bastante complicado dos Estados
19:58Unidos com relação à questão do Iraque, à questão da Afeganistão.
20:02é alguém que trabalhou com muita proximidade com George W. Bush, presidente dos Estados
20:07Unidos, à época, nessas missões que foram enviadas pelos americanos e também por outras
20:16forças europeias e que não trouxeram o resultado que se esperava para os americanos e para os
20:23parceiros dos Estados Unidos naquele instante.
20:27Por isso que dá para dizer que é muito complicado se pensar em avanços considerando esse ponto
20:34de vista histórico e também as pessoas que estão envolvidas neste engajamento, nesta
20:39proposta de um governo, de uma administração tecnocrata.
20:44Parece que nós estamos, mais uma vez, pelo menos pelas notícias e pelo prognóstico que
20:50se faz nesse momento, estamos vivendo, mais uma vez, o início do século em que empreitadas
20:55americanas similares contavam com pessoas com pensamentos muito similares.
21:00Bom, vamos ver as cenas dos próximos capítulos.
21:03Essa história, com certeza, ainda não acabou.
21:06Professor Lucas de Souza Martins, muito obrigado pela sua participação com a gente aqui no
21:10JP Internacional.
21:11Volte sempre.
21:14Obrigado, Fabrício.
21:15Boa semana a todos.
21:16Até a próxima.
21:17Bom, e agora é hora da gente conferir o que foi de estar aqui na semana no Radar Internacional.
21:25Radar Internacional já chegou.
21:29Vamos conferir quais foram as principais manchetes dos últimos dias.
21:33O mundo não está parando, né?
21:35E tem muita coisa acontecendo mesmo.
21:37A gente vai começar pela Venezuela.
21:40Porque a vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025 é Maria Corina Machado.
21:45A gente falava isso aqui com o professor Lucas.
21:47A líder da oposição da Venezuela recebeu o prêmio nesta última sexta pela defesa incansável
21:53da democracia diante do brutal governo de Nicolás Maduro.
21:57Palavras do próprio Instituto Nobel.
21:59A política de 58 anos dedicou o prêmio ao povo venezuelano e ao presidente dos Estados
22:05Unidos, Donald Trump, que era um dos cotados para faturar a edição desse ano.
22:09Aliás, a Casa Branca criticou a decisão do comitê.
22:12A gente trouxe isso aqui alegando que a política foi colocada acima da paz.
22:17Mensagem que recebeu apoio até mesmo do assessor especial da presidência da república
22:21para assuntos internacionais, Celso Amorim.
22:25Interessante isso, né?
22:26Porque Donald Trump é um árduo crítico de Nicolás Maduro.
22:30A Casa Branca, a Venezuela, não tem nenhuma relação nesse momento.
22:33Ainda assim, a maior crítica, a maior oposicionista de Nicolás Maduro acabou sendo criticada por
22:40Donald Trump pela Casa Branca por ter vencido o Prêmio Nobel da Paz.
22:43Esse prêmio será entregue em Oslo, lá na Europa, em dezembro e inclui uma medalha
22:50de ouro, um diploma e uma quantia de 1,2 milhões de dólares.
22:55Mais de 6 milhões de reais.
22:57Maria Corina Machado, inclusive, está vivendo na clandestinidade na Venezuela já há mais
23:02de um ano, desde as eleições do ano passado.
23:04Agora vamos para a França, porque olha só.
23:06Durou pouco o mandato de Sébastien Lecornu como primeiro-ministro da França.
23:12Para ser mais preciso, foram 27 dias.
23:15Ele pediu demissão horas após anunciar o gabinete, que foi muito criticado pela indicação
23:20de Bruno Le Maire, ex-ministro das Finanças, no cargo da defesa.
23:25Ele era o responsável, visto como um dos responsáveis, por fazer explodir a dívida
23:29pública da França.
23:30Com isso, a crise voltou a crescer no governo de Emmanuel Macron, que vai precisar do oitavo
23:35premier em oito anos de governo.
23:38Mas tem crescido também a pressão para que Macron renuncie e antecipe as eleições
23:42presidenciais, que só deveriam acontecer em 2027.
23:46Nessa sexta-feira, quem que Macron nomeou como primeiro-ministro?
23:50Sébastien Lecornu.
23:51Não é piada não, viu?
23:52Foi isso mesmo.
23:53Ele foi recolocado no cargo pelo presidente da França.
23:56A oposição tem várias críticas em relação a isso.
24:00Possivelmente, o governo não vai durar de novo.
24:03Situação delicadíssima por lá.
24:05Agora a gente vai para o Equador, porque o presidente equatoriano, Daniel Noboa, foi
24:10alvo de uma tentativa de assassinato enquanto passava de carro pela província de Canhar,
24:15no sul do país.
24:16Ele ia inaugurar obras por lá.
24:18Manifestantes cercaram a comitiva do presidente e jogaram pedras contra o carro.
24:23Segundo o governo, tiros também foram disparados.
24:26Mas as imagens são inconclusivas.
24:28Noboa conseguiu sair ileso e pelo menos cinco pessoas foram detidas.
24:32O Equador está passando por uma onda de protestos há mais de duas semanas, quando o governo
24:37anunciou o corte, o fim dos subsídios de combustíveis.
24:40O que, segundo a Federação Indígena Nacional, a CONAI, vai fazer disparar o custo de vida
24:46dos indígenas e também de pequenos produtores rurais.
24:50Violência política é um tema que está muito forte em toda a América Latina, mas principalmente
24:54no Equador.
24:56Vamos virar de página aqui no Radar Internacional?
24:59O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse que o ímpeto
25:04ou o timing para um acordo de paz com a Ucrânia após aquele encontro entre Vladimir Putin
25:10e Donald Trump em agosto, lá no Alasca, foi perdido.
25:14Ryabkov culpou países europeus por sabotarem as negociações com Kiev.
25:19A tensão voltou a crescer lá no leste europeu nas últimas semanas, principalmente depois
25:25do presidente Donald Trump afirmar que a Rússia é um tigre de papel e que membros do governo
25:31americano consideraram a venda de mísseis Tomahawk para países europeus, que aí repassariam
25:37esse armamento para os ucranianos lutarem contra a Rússia.
25:41A gente vai para a Dinamarca, porque por lá o governo confirmou que vai proibir o uso
25:46de redes sociais para menores de 15 anos.
25:49O projeto de lei ainda vai ser apresentado oficialmente, mas essa decisão já foi comentada
25:56pela primeira-ministra, Matt Frederiksen.
25:58O governo também não indicou como é que vai realizar o controle da medida, que não
26:02é exatamente inédita.
26:04A gente já falou disso aqui no JP Internacional.
26:06No ano passado, a Austrália aprovou também uma proibição das redes sociais para menores
26:12de 16 anos.
26:14Outros países também estão se movimentando nesse sentido.
26:17É um tema que dá um debate bem longo.
26:19A gente pode discutir isso aqui, quem sabe, em outra edição do JP Internacional.
26:23A gente vai agora para a Ásia, para a Indonésia.
26:25Uma força-tarefa confirmou 22 casos de contaminação por Césio-137 em fábricas na zona industrial
26:34próxima da capital Jakarta.
26:36O primeiro caso foi descoberto em uma carga de camarões que foram enviados para os Estados
26:41Unidos em agosto.
26:43As investigações continuaram e níveis elevados de radiação foram descobertos nessas fábricas
26:49que agora devem passar por um processo de descontaminação conduzido pela agência nuclear
26:54da Indonésia.
26:55O Césio-137 é aquele mesmo que causou o acidente em Goiânia em 1987 e que também
27:01foi registrado nas usinas de Chernobyl, na Ucrânia, e Fukushima, no Japão, depois
27:06dos acidentes nucleares por lá.
27:08Bom ficar de olho, pessoal, na Indonésia.
27:10Ainda bem que a fiscalização funcionou, porque senão isso causa um estrago muito grande.
27:15Muitos temas no nosso radar internacional que volta na semana que vem com mais notícias.
27:20O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta semana a prisão do governador
27:31democrata de Illinois, J.B.
27:33Pritzker, e do prefeito de Chicago, Brandon Johnson, por resistirem à campanha de deportações
27:39em massa.
27:40Os detalhes com a Amanda Nascimento.
27:42A declaração foi feita um dia depois do envio de tropas do Texas para o Estado, intensificando
27:50o confronto entre a Casa Branca e autoridades locais.
27:54Chicago, a maior cidade de Illinois e a terceira mais populosa do país, tornou-se o novo epicentro
28:01da ofensiva migratória conduzida por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados
28:06Unidos, o ICE.
28:07A operação, que envolve dezenas de agentes mascarados, tem provocado denúncias de abusos
28:13de direitos humanos, protestos diários e uma enxurrada de ações judiciais.
28:19O prefeito de Chicago deveria estar na prisão por não proteger os policiais do ICE.
28:24O governador Pritzker também publicou Trump em sua rede social, intensificando os ataques
28:30públicos a adversários políticos.
28:32Na noite de quarta-feira, centenas de soldados começaram a ser mobilizados para a área metropolitana
28:39de Chicago.
28:40Quase 200 integrantes da Guarda Nacional do Texas e mais de 300 de Illinois iniciaram
28:46operações sob o comando do norte dos Estados Unidos.
28:50Em comunicado, o órgão afirmou que as tropas foram destacadas para proteger o ICE e outros
28:56funcionários do governo federal no desempenho de suas funções e para garantir a proteção
29:01de propriedades federais.
29:03As autoridades locais contestaram a legalidade da medida e acionaram a justiça para tentar
29:09impedir o envio das tropas.
29:11O governador Pritzker, visto como possível candidato democrata à presidência em dois
29:16mil e vinte e oito, afirmou nas redes sociais que não vai recuar e questionou os rumos do
29:21governo Trump.
29:22O que mais falta no caminho para um autoritarismo completo?
29:26Devemos todos nos levantar e nos manifestar.
29:29O prefeito Brandon Johnson, por sua vez, anunciou a criação de zonas livres de ICE em propriedades
29:35da cidade, proibindo a atuação de agentes federais nesses locais após uma série de
29:40operações polêmicas.
29:43Incluindo uma incursão com helicópteros Black Hawk em um conjunto habitacional, Johnson acusou
29:49os republicanos de buscarem uma revanche da guerra civil.
29:52A ofensiva de Trump em Chicago faz parte de sua promessa de campanha de expulsar milhões
29:57de imigrantes em situação irregular, mas também tem enfrentado obstáculos legais.
30:03Um juiz de Oregon já havia bloqueado temporariamente o envio de tropas para Portland, outra cidade
30:10governada por democratas.
30:11Nesta quinta-feira, uma juíza federal suspendeu temporariamente a mobilização da Guarda
30:17Nacional em Chicago, cidade onde cerca de 500 soldados estavam, por considerar que não
30:23há risco de insurreição, como sustentou o governo americano.
30:27A medida da juíza distrital April Perry terá uma validade aproximada de 14 dias, segundo
30:33a imprensa americana.
30:34Nesta semana, Trump também sediou um evento na Casa Branca sobre os grupos Antifa, com
30:40foco em Portland e voltou a classificar os manifestantes de esquerda como terroristas.
30:46A secretária de Segurança Interna, Christine Owen, comparou os grupos à organização Palestina
30:51Hamas, dizendo que tem uma agenda para destruir os Estados Unidos, assim como outros grupos terroristas.
30:58E o JP Internacional dessa semana vai ficando por aqui, mas a gente segue de olho em tudo
31:05o que acontece ao redor do mundo.
31:07Eu estou saindo de férias, mas o seu próximo encontro, no sábado que vem, vai ser com
31:10Luca Bassani, não só na JP Internacional, mas claro, ao longo de toda a programação da
31:15Jovem Pan News.
31:16Muito obrigado pela sua companhia e até a próxima.
31:18A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan
31:28de Comunicação.
31:33Realização Jovem Pan
31:35Acrição Jovem Pan
31:36Acrição Jovem Pan
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