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O Secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, falou ao programa Em Minas, destacando avanços na saúde do estado, expansão de hospitais e programas inovadores, incluindo cirurgias eletivas, teleconsultoria e imunização em 853 municípios.

Baccheretti, médico do SUS há 15 anos, citou passagens por FEMIG e Júlia Kubitschek. A vivência na ponta influencia sua gestão e a tomada de decisões estratégicas. Ele ressaltou o sucesso do programa Opera Mais, com mais de 1 milhão de cirurgias eletivas anuais.

O secretário destacou a reestruturação do Hospital Maria Amélia Lins e a integração de João XXIII, Júlia Kubitschek e Sabará. Divinópolis e Teófilo Otoni abrirão hospitais em 2025. O Padre Eustáquio será o hospital mais moderno do Brasil, com R$ 2,3 bilhões em investimentos. A interiorização do atendimento no João XXIII e a expansão da hemodiálise também foram citadas.

Minas é referência nacional no combate à dengue com o projeto Vigidrone e mantém cobertura vacinal acima de 90%. A Secretaria aposta na transformação digital com a Rede Mineira de Dados em Saúde, teleconsultoria e uso de inteligência artificial para agilizar exames. Baccheretti destacou ainda desafios em transplantes e febre maculosa, incentivando a doação de órgãos e cuidados em áreas rurais.

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#SaúdeMG #FábioBaccheretti #OperaMais #HospitaisMG

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Transcrição
00:00Olá, sejam muito bem-vindos, está no ar o programa em Minas, programa transmitido pela
00:20TV Alterosa em parceria com o portal UAI e o jornal Estado de Minas.
00:24Hoje o nosso entrevistado é o Secretário de Saúde do Estado de Minas Gerais, Fábio
00:30Baqueretti.
00:31Bem-vindo mais uma vez ao programa em Minas, né?
00:34Obrigado, Carol.
00:35Prazer estar de volta.
00:36Fico feliz você estar falando com entusiasmo da minha presença, que nem sempre o Secretário
00:41de Saúde é bem recebido dessa maneira.
00:43Eu duvido, tá, Secretária?
00:45Eu duvido.
00:46Já começo falando um pouco sobre a sua trajetória.
00:48Foram sete anos como médico do SUS.
00:50Você tem aí um trabalho, né, de carreira na saúde em Minas Gerais.
00:56Isso foi importante, presidente da FEMIG, presidente do Júlio Kubitschek.
00:59Essa sua trajetória, ela foi importante pra hoje você estar à frente da Secretaria
01:03de Saúde do Estado?
01:04Sem dúvida, Carol.
01:05Faço 15 anos este ano de formado e até hoje eu dou plantão no SUS.
01:09Até hoje eu trabalho no SUS.
01:10Na Santa Casa, segundas-feiras à noite eu dou plantão.
01:14Então, tenho muito orgulho de trabalhar sempre no SUS.
01:17E, sem dúvida, o que eu sou hoje, né, como gestor, meu olhar de entender a ponta faz
01:23toda a diferença ter vivenciado.
01:25Desde o plantonista, lá na Júlia Kubitschek, a ver a coordenadora, diretor de hospital,
01:29o presidente da FEMIG, desde 2021, há quase quatro anos e sete meses, na Secretaria
01:35Estadual de Saúde.
01:36Então, essa minha vivência faz toda a diferença, especialmente com uma equipe que eu tenho,
01:40né, muito capacitada.
01:41Então, essa forma de trabalho surte um efeito positivo.
01:45Não posso deixar de perguntar, porque Minas Gerais, um Estado tão grande, 853 municípios,
01:50deve haver um desafio de ser o responsável, né, o secretário de saúde do nosso Estado.
01:55Qual que é o maior desafio?
01:57É pelas diferenças regionais, por esse tamanho do nosso Estado, pela quantidade de
02:01cidades?
02:01Qual é o grande desafio hoje da Secretaria de Saúde do nosso Estado?
02:05Olha, posso dizer que em quatro anos e meio, né, os desafios foram mudando, né, porque
02:10nós fomos vencendo também algumas etapas.
02:12Começou na pandemia.
02:14Eu entrei em março de 21 ali, era a pandemia, era o nosso desafio.
02:17Depois vieram as cirurgias eletivas e, sem dúvida nenhuma, a Pera Mais transformou.
02:21Hoje nós estamos batendo um recorde de cirurgias eletivas, mais de um milhão por ano, sendo
02:25que nós fazemos pouco mais de 500 mil, é dois anos em um.
02:28Então, cirurgias eletivas já foi um desafio vencido.
02:31E hoje eu acho que o desafio que nós temos é atenderem mais rapidamente os pacientes
02:37de urgência e emergência no nosso Estado, especialmente as fraturas.
02:42É um problema hoje, né, acidente de moto, acidente de carro em grandes centros urbanos
02:47e nas estradas e, muitas vezes, os pacientes demoram a conseguir.
02:50Então, esse é o próximo desafio que nós estamos atacando.
02:54Agora, certamente, será o último grande legado que deixaremos com os hospitais regionais,
02:59o novo hospital da Femiga aqui em Belo Horizonte, mas no somatório é poder atender
03:04mais rapidamente, resolver os problemas da urgência e emergência do nosso Estado.
03:08Então, já que você já deu uma pincelada, daqui a pouquinho a gente fala sobre os hospitais
03:11regionais, o fechamento ali do Amélia Lins, com a divisão dessas cirurgias ortopédicas
03:18nas outras unidades, inclusive região metropolitana, Sabará, isso também tem sido um desafio.
03:22Como fazer para que as pessoas sejam atendidas, para que a espera não seja grande,
03:26a remarcação, existe um planejamento?
03:28Existe exatamente o que a gente consta.
03:31Mudar do que sempre foi feito sempre é muito difícil.
03:35Temos vários interesses, desde o sindicato, mas também o senso comum,
03:40e nós sempre fomos inquietos.
03:44A gente acha que a Femiga pode fazer mais pela população.
03:49Então, se tomar a Amélia Lins, a nossa ideia é que o primeiro tempo cirúrgico no João T3
03:53seja ampliado, ou seja, a gente possa tratar no João T3, do início ao fim, uma fratura que chega lá.
03:59Mas o Júlia Kubitschek se somou a este processo, que nunca foi feito cirurgias ortopédicas,
04:05lá no Barreiro, uma região populosa, 350 mil habitantes moram ali.
04:09Então, temos um hospital ortopédico fazer lá e Sabará.
04:12Sabará depende exclusivamente de Belo Horizonte, até Lagoa Santa, que está um pouco mais distante.
04:17E a gente levando, então, nesses blocos ociosos, para que o Hospital Maria Melalins,
04:22ele possa fazer 500 novas cirurgias, que é o que nós vamos fazer.
04:27O Tribunal de Contas nos pediu algumas etapas, estamos cumprindo,
04:31e dessa maneira teremos de 250 cirurgias do Agamal, que é o Hospital Maria Melalins,
04:37sairemos de mil cirurgias, porque nós absorvemos essa demanda,
04:40ampliamos a demanda dos nossos próprios hospitais e faremos junto,
04:45que provavelmente quem deve vencer o edital deve ser a Santa Casa de Belo Horizonte.
04:50Sim. Agora, falando um pouquinho sobre os hospitais regionais,
04:54em 2019, ali, parece que eram... não, eram seis hospitais regionais com obras paradas.
05:01A gente tem Juiz de Fora, Governador Valadares, Divinópolis, Sete Lagoas, Teoflotone,
05:06e tem mais um aqui...
05:07Nossa, Sete Lagoas, Divinópolis, Governador Valadares, Conselheiro Lafayette e Juiz de Fora.
05:13Conselheiro Lafayette, que faltou.
05:14E aí nós temos dois que já vão começar a funcionar já em 2025,
05:17que já tiveram ali as obras avançadas, que é Divinópolis e Teoflotone.
05:21Então, assim, a Secretaria de Saúde também está trabalhando para colocar esses hospitais regionais em funcionamento, né?
05:26É, a obra é super importante, mas fazer aquele hospital funcionar é um desafio.
05:31Um desafio ainda maior.
05:32Teoflotone, teremos aí o Instituto Mário Pena, que venceu, né?
05:36Já estamos em tratativas finais.
05:38E, provavelmente, no início do ano já teremos os primeiros pacientes.
05:42E lá, dos hospitais regionais, Carol, o maior deles, mais de 420 leitos,
05:48vai revolucionar a região de Jequitonha e Mucuri, o Nordeste Mineiro.
05:52E Divinópolis, Costal Universitário, vinculado à Unidade Federal de São João del Rey,
05:55que não tem um campus próprio.
05:57Então, é uma parceria com o governo federal que vai fazer muito efeito.
06:00Mas ainda, no começo do ano que vem, Sete Lagoas, o governador Valadares e, por último, o Conselho Lafayette.
06:06Estes hospitais vão transformar a saúde dessas regiões, sem dúvida nenhuma.
06:10Agora, falando um pouquinho sobre imunização,
06:12a Secretaria de Estado tem uma preocupação muito grande com a imunização, né?
06:16Combate a...
06:17Vem ali desde a época da pandemia e depois a dengue, oferecendo a vacina da dengue.
06:20E tem também uma forma de combater aí, já que a dengue...
06:24A dengue é uma preocupação ainda do Estado?
06:26Sim.
06:26Esse ano não teve surto, né?
06:28Tivemos apenas o Triângulo Mineiro, mas como nós temos três sorotipos circulando ao mesmo tempo,
06:33tipo 1, tipo 2 e tipo 3, nós temos uma chance maior de mais uma epidemia no próximo ano.
06:39É sempre bom dizer, nós sempre nos preparamos para o pior.
06:42Se não vier o pior, é que surtiu um efeito positivo às nossas ações de forma premeditada.
06:46E lançamos o nosso plano de enfrentamento a arbovirose já em setembro,
06:51porque onde não se fala em dengue, nós já estamos sabendo que o preparo começa.
06:55E tem um Vigidrone, que é um projeto com drones para vigiar,
06:58e já tem acho que mais de 600 cidades, quase 700 já mapeadas com esse projeto,
07:03para poder identificar os pontos e essa é uma ação crucial, né?
07:07Crucial e inovadora, que Minas é o único Estado que fez isso em todo o seu território.
07:13E o drone tem duas ações muito importantes.
07:16A primeira, ela mapeia e fala para o agente de endemias onde tem um foco possível,
07:22para que ele faça uma visita assertiva.
07:24Porque vamos lembrar que uma caixa d'água destampada,
07:27o dono nem sabe que a chuva de ontem mexeu com a caixa d'água, com a tampa.
07:31Então ele avisa, olha, pode ir lá.
07:32Ou ali tem um entulho naquele terreno.
07:35E por fim, além dele avisar e mapear o risco, ele consegue acertar um copo desse aqui, ó.
07:40Ele mira e acerta uma pastilha de larvicida.
07:43Então se ele achar locais de difícil acesso, ele pode já jogar o larvicida.
07:47Ou lugares onde não tem nenhum morador, uma casa abandonada, alguém que esteja viajando.
07:52Então a gente já está surtindo neste ano um efeito positivo.
07:57A gente espera para o próximo ano da mesma maneira.
07:58Aí você falou que Minas Gerais conseguiu, é um Estado, é uma referência no Brasil?
08:03Você é presidente das Secretarias Nacionais de Saúde do Brasil, né?
08:06Fui presidente por dois anos. Graças a Deus, terminei meu ciclo na presidência em abril,
08:10mas continuo indo todos os meses discutindo e virou uma referência.
08:14O novo manual de arbovirose do governo federal lá fala de inovações.
08:19E nós, Minas Gerais, somos um Estado que será analisado e pesquisado os efeitos dos drones.
08:26E certamente vai virar uma política nacional.
08:28E sobre a vacinação, que está aí, tem os vacimóveis, tem aí das escolas,
08:33isso também tem surtido efeito? Como está a questão da vacinação no Estado?
08:36Está melhorando muito. Já vencemos a queda desde 2016, né?
08:41Onde nós vimos uma queda progressiva, se intensificou com a pandemia.
08:45Vencemos já o papel das fake news, né?
08:48Da desinformação na época de vacinação da Covid.
08:52Hoje nós estamos muito mais próximos de 2016 do que estávamos alguns anos atrás.
08:59Ou seja, tirando a vacina de varicela, que é uma falta do insumo internacional,
09:04nós estamos batendo recordes de vacinação acima de 90% e os vacimóveis e a vacinação na escola faz toda a diferença.
09:12Ok. Não posso deixar de falar, a febre maculosa é uma preocupação?
09:15É uma preocupação anualmente. Não é um surto, ela sempre acontece.
09:20Mas febre maculosa significa que temos o carrapato, estrela que pode contaminar e por isso que temos que orientar.
09:26Nessa época de seca, pessoas que estão aí em áreas rurais, especialmente, calças compridas, tampando toda a pele, especialmente claras,
09:35para você reconhecer o carrapato.
09:36Então não é um surto, né?
09:38Mesmo com esses casos da região metropolitana, teve duas mortes em Caeté, uma em investigação em Matuzinhos, não é preocupação para surto?
09:45Matuzinho já foi confirmada também.
09:47Essa morte não é um surto no número habitual que temos anualmente, os cuidados são os mesmos.
09:53E a Casa de Saúde de Padre Eustáquio?
09:55É um complexo hospitalar.
09:58Eu que estou há 15 anos como médico no SUS e que trabalhou muita parte na FEMIG, em hospitais antigos,
10:06aquele é o maior legado que deixaremos hospitalar.
10:09Porque lá nós estamos falando em pegar quatro hospitais antigos com mais de 90 anos, a maior parte deles,
10:14inconforme, cheio de problemas, para o hospital mais moderno do Brasil.
10:17Com ressonância, com oncopediatria, teremos serviço novo, leucemias, trataremos cirurgias pediativas,
10:23vai ter um novo laboratório central e teremos apartamentos no SUS.
10:28Você imagina nós sermos no SUS, poder ficar em um apartamento, lá teremos 130 apartamentos
10:32e o primeiro hospital preparado para pandemias.
10:35Ele pode dobrar o número de leitos de uma hora para outra.
10:37Ou seja, nós estamos entregando, aprendendo com a pandemia, entregando um hospital de 2,3 bilhões de reais de investimento,
10:45bi mesmo, de investimento.
10:46E a FEMIG merece.
10:47Os servidores que nós temos na FEMIG merecem um local digno de trabalho, especialmente a população.
10:52O acesso à população, ao hospital na região oeste, tem um planejamento?
10:58Isso será discutido.
10:58A gente sai da área hospitalar para ter um grande complexo.
11:01É, porque a área hospitalar é uma área muito fácil no deslocamento dos profissionais de saúde,
11:05que moram por ali, boa parte deles, em todos, né?
11:08Alguns médicos na região do centro-sul.
11:10Mas se você olhar a demanda mesmo, a demanda geralmente vem de transferência por ambulâncias e boa parte da região metropolitana.
11:17E lá temos a linha 1 do metrô e a linha 2 do metrô, que vai ser instalado ali.
11:22Nós temos a Amazonas e a Via Expressa.
11:25Então, teremos um fluxo muito facilitado.
11:27Ou seja, temos aí grandes ganhos.
11:29E o município já sabe da necessidade de a gente fazer melhorias viárias, né?
11:33No entorno da gameleira.
11:35Mas eu vejo só pontos positivos, né?
11:38Nós teremos aí um novo complexo hospitalar em Belo Horizonte, o mais moderno do Brasil.
11:43Eu não tenho dúvida disso.
11:44Estamos ansiosos por esse momento para ser mais uma referência no Brasil, também na área da saúde.
11:49Bom, o nosso bloco da TV Alterosa, do programa Em Minas, termina por aqui.
11:55Mas se você quer continuar esse bate-papo com a gente, a gente segue agora para o YouTube do Portal Uai.
11:59Você vem com a gente que tem mais entrevista com o Fábio Baqueretti, secretário de Estado de Saúde.
12:04Obrigada pela companhia de vocês e até semana que vem.
12:07Estamos de volta com o programa Em Minas, agora para um bloco exclusivo no YouTube do Portal Uai.
12:32Nós recebemos o secretário estadual de saúde, Fábio Baqueretti, para mais um bate-papo.
12:36Segunda vez aqui no programa Em Minas, né, doutor?
12:38Carol, é um ano e meio, a última vez que eu vim, a gente falava muito de pandemia à época.
12:42Agora a gente está livre para falar de muito mais coisas.
12:45De mais coisas, de novos projetos da Secretaria de Saúde.
12:48Agora, Minas Gerais tocou mais de 5 mil unidades básicas de saúde para atender esses 853 municípios.
12:56É um número ok, suficiente para a quantidade de cidades e para a população que a gente tem no Estado?
13:01Nós temos um objetivo de ter 100% de cobertura. Carol, estamos em 97%. Estamos quase lá.
13:08Então, em número de unidades básicas de saúde, falta muito pouco.
13:11Nós estamos, neste momento, junto com os municípios, construindo mais de 300 novos UBS.
13:16Parte dela para ampliação, para chegar no 100%.
13:19Outra parte, para melhorar. Temos UBS sem acessibilidade, alugadas.
13:24Então, temos uma cobertura ótima, mas a gente está com o objetivo de 100% e vamos chegar lá.
13:31É o 100% das cidades.
13:33Agora, Minas Gerais, o Hospital João XXIII é uma referência no setor de queimados.
13:38Agora, esse atendimento, ele evoluiu bastante de 2019 para cá, não é isso?
13:42É isso. Isso faz parte da minha vivência como presidente da FEMIC, né?
13:46Eu lembro que eu ficava lá sempre tendo que absorver o estado inteiro de queimados.
13:52O João XXIII tem uma limitação física e até médios queimados, que a gente chama,
13:56poderia ser tratado no interior. É o que nós fizemos.
13:59Quando a gente foi para o Secretário de Saúde, quando eu virei secretário,
14:01nós criamos a nossa rede de queimados.
14:04Então, hoje nós temos 16 hospitais do interior aptos a abrir atendimento de queimados.
14:09Vou dar o exemplo.
14:11São Sebastião do Paraíso, lá no Sudoeste Mineiro.
14:13Poço de Caldas, também no Sudoeste Mineiro.
14:16Bom Despacho, aqui no Oeste Mineiro.
14:18Estes hospitais já estão prontos e atendendo boa parte dos queimados.
14:23E o João XXIII vai ficar com aquele grande queimado, aquele politraumatizado associado,
14:28que só aqui tem condições de tratar.
14:30Mas nós interiorizamos esse tratamento.
14:32Perto de casa é melhor para o paciente, para os seus familiares, para a recuperação.
14:36E especialmente, a gente utiliza melhor o nosso leito aqui em Belo Horizonte.
14:39E a hemodiálise, o paciente que precisa da hemodiálise em Minas, também houve um avanço na infraestrutura, né?
14:44É, o outro orgulho que nós temos, eu falo que esse é o governador mais gosta, né?
14:48O governador, ele tem um grande exemplo aí em Minas Novas, Carol.
14:51Um paciente que, ele nos emocionou muito no dia da abertura da hemodiálise em Minas Novas,
14:56que ele fazia em Diamantina.
14:59Ele era da zona rural, que é muito ampla, é característica dos municípios mineiros.
15:03Ele demorava cerca de cinco horas para chegar em Diamantina, fazia quatro horas de sessão,
15:08esperava todos acabarem, para se juntar no ônibus e mais quatro horas, cinco horas para voltar.
15:14Ele gastava cerca de dezessete horas, três vezes por semana, terça, quinta e sábado.
15:18Um desgaste.
15:19É um desgaste enorme.
15:20E no dia seguinte, ele estava lá para descansar dessa rotina, ele não conseguia fazer mais nada.
15:25E a partir do momento que nós levamos para Minas Novas, ele falou que ele pôde realizar um sonho da vida dele,
15:30que é voltar a tomar um suco na feira com a filha.
15:33Olha o sonho desse cidadão mineiro, é tomar um suco com a filha.
15:37E agora nós estamos levando para diversos municípios mineiros a hemodiálise,
15:42para que a gente consiga dar mais qualidade de vida.
15:46Lembrando que nós estamos crescendo nos transplantes.
15:48E o transplante, nós passamos agora pelo setembro verde,
15:52o transplante é a forma também de sair de forma definitiva da hemodiálise.
15:55Então, estamos investindo no controle, investindo em levar mais humanização pela hemodiálise,
16:00mas também aumentando o transplante, para que a gente consiga tirar essas pessoas desse processo que é desgastante.
16:06O setor de transplantes em Minas Gerais ainda continua sendo onde está ali concentrado o maior número de transplantes feitos?
16:13Nós temos a MG Transplante, a maior parte fica em Belo Horizonte.
16:16Voltamos a fazer transplante de pulmão nos salas clínicas,
16:19mas estamos crescendo muito no interior, para córnea, para rim.
16:23Nós temos interiorizado boa parte.
16:25O nosso problema hoje, até aproveito a oportunidade para dizer,
16:30é a taxa de doação de órgãos, de conversão em doação.
16:34Metade dos familiares e amigos das pessoas que são potenciais doadores,
16:42negam a doação.
16:44Então, é importante dizer, para cada um que nos vê, que nos escuta,
16:48fale com a sua família, fale com o seu amigo, que você é um doador de órgãos.
16:52Porque uma pessoa é capaz de salvar cinco vidas.
16:56Então, se nós aumentarmos a taxa de conversão de doação,
17:00sem dúvida nenhuma, a nossa fila seria menor ainda,
17:02especialmente de córnea, de rim, que são as maiores filas do Estado.
17:06Agora, falando um pouquinho sobre saúde e sobre o digital,
17:10como que a IA pode auxiliar a Secretaria de Saúde?
17:14O que tem sido feito?
17:15Tem algum plano, projeto, para poder ampliar a saúde por meio do digital?
17:18Temos. Essa, de fato, a gente chama de maior transformação silenciosa do SUS.
17:24Silenciosa porque não é um grande hospital, não é um grande posto de saúde.
17:28É, de fato, uma organização de todo o arcabouço que faz o SUS funcionar.
17:35Então, nós temos a Rede Mineira de Dados em Saúde, a RMDS,
17:39que está sendo construída.
17:40Entre elas, todos os dados de um usuário do SUS,
17:44mesmo indo no setor privado, a gente vai concentrar aquele dado,
17:48como antigamente fosse um prontuário único,
17:50mas não é um prontuário, é informação que a gente possa acessar toda ela.
17:54Se você, Carol, foi num hospital particular, numa clínica privada,
17:58ou atendeu no SUS, todo o seu percurso será acessado numa nova consulta.
18:04Saberemos por onde você passou e que exame você fez.
18:06Isso reduz o custo de ficar fazendo exame que você já fez,
18:10especialmente a tomada de decisão.
18:12Poderemos, por exemplo, garantir que uma mamografia alterada
18:16seja proativamente reconhecida e já marcada a etapa de biópsia,
18:22sem que você precise voltar no posto de saúde para tentar passar para a nova etapa.
18:27Faz isso de forma automática.
18:29E a IA faz parte desse processo.
18:31Então, é uma organização de todo esse fluxo
18:34que estamos fazendo um grande investimento, milionário,
18:37e certamente vai mudar a forma de a gente interagir com o usuário
18:42e garantindo um conceito, um princípio fundamental do SUS,
18:46que se chama integralidade.
18:47A integralidade é você garantir o início ao fim, no momento oportuno.
18:52O paciente que precisar de cada etapa, entre uma consulta,
18:55entre o exame e o tratamento, nós vamos garantir aquilo de forma rápida,
18:59utilizando tecnologia.
19:00Já tem um prazo aí para ter essa unificação dessas informações?
19:06A expectativa nossa é que em 2026, no próximo ano,
19:09a gente já está trabalhando nisso há muito tempo,
19:12nós estamos falando há três anos trabalhando nesse projeto,
19:15a gente já tem isso.
19:16Mas a teleconsultoria, que é a utilização de ferramentas de telesaúde,
19:21já está acontecendo.
19:23São 130 mil teleconsultas, consultorias,
19:26que podemos utilizar hoje no Estado.
19:28Então, todas as regiões remotas que não têm acesso a um especialista,
19:31consegue o médico discutir com outro médico aqui,
19:34no Hospital das Clínicas em Belo Horizonte,
19:36ou no FMG, ou na própria Feluma,
19:37e tomar a decisão.
19:38E nós temos bons indicadores.
19:40Apenas 17% das teleconsultorias que gerou uma consulta presencial.
19:46Então, 83% foi resolvido,
19:48sem o paciente precisar sair de onde ele está,
19:51com uma taxa de aprovação próxima de 90%.
19:53Ou seja, a gente já tem o que está acontecendo hoje,
19:56e mais nós temos aí um grande projeto que fica para o próximo ano.
20:00Para 2026.
20:01Uma otimização enorme do atendimento à população.
20:04Vamos atender melhor.
20:05Agora, vamos falar sobre o antigo CGP.
20:07João Paulo II, tem uma demanda muito grande o hospital.
20:10Existe algum plano para o CGP,
20:13para melhorar tanto para os pacientes,
20:15quanto para os funcionários?
20:15Tem um anexo que ainda está em obras ali?
20:18Qual que é a situação, o planejamento para o CGP?
20:19Temos. O CGP, o João Paulo II, é o nosso hospital estadual pediátrico.
20:24Ele vai se juntar ao Hospital Padre Eustáquio,
20:27onde será uma grande referência.
20:29Hoje, o João Paulo II, ele não faz cirurgias pediátricas.
20:33Se chegar uma pencite agora no João Paulo II, no CGP,
20:36a gente tem que transferir.
20:37E no novo hospital, ele vai ser feito no próprio hospital.
20:40Leucemias, o Hospital Alberto Cavalcante com oncológico,
20:42se junta, não trata criança pediátrica.
20:45É pediatria oncológica.
20:46E o João Paulo II trata pediatria, mas não trata oncologia.
20:50Quando eu juntar os dois hospitais,
20:52a oncopediatria vai ser tratada no SUS.
20:54As leucemias, as doenças graves oncológicas na criança.
21:00Mas até lá, que é em 2029, 2030,
21:03o João Paulo II, nós vamos terminar aquele prédio anexo,
21:06o recurso é garantido,
21:07já está na fase final dos projetos complementares
21:11e nós não vamos deixar de investir. Por quê?
21:13Até lá, precisamos melhorar o João Paulo II,
21:15como estamos fazendo, o João Paulo II está em obra.
21:18E depois, quando o João Paulo II for para o novo hospital,
21:21Padre Eustáquio, o João XXIII vai incorporar aquele prédio
21:25para ampliar o João XXIII.
21:27Então, todo o recurso investido é bom para agora,
21:30mas é bom para o futuro também.
21:31Para o futuro também.
21:32Comecei essa entrevista no bloco anterior,
21:34perguntando sobre o desafio de ser secretário
21:36de um estado de 853 municípios.
21:38E aí eu quero encerrar perguntando ao Fábio Baqueretti,
21:42ao doutor, ao secretário,
21:44qual é o seu maior orgulho, né,
21:46dessa média de quatro anos,
21:48à frente da saúde do nosso estado?
21:50É difícil, né?
21:52É tanta...
21:52A gente não consegue parar para pensar, né, Carol?
21:55A gente vai vivendo.
21:56Mas acho que o maior orgulho,
21:57orgulho que eu acho que nossa equipe está fazendo,
22:00então, falou pela minha equipe, né,
22:02liderados pelo governador,
22:03meu zeme, nosso vice-mateus,
22:05mas a minha equipe são 5 mil funcionários
22:07que trabalham comigo,
22:09é que nós estamos conseguindo levar
22:11saúde de qualidade para os 853 municípios, né?
22:16Nós temos, dia após dia,
22:20cuidando melhor do paciente,
22:23gerando qualidade de vida,
22:25gerando uma forma de empática,
22:28em que o paciente hoje,
22:30para pegar um medicamento,
22:31não precisa sair de casa,
22:32ele consegue, para longe,
22:34ele consegue medicamento
22:34perto da casa dele,
22:36nós temos SAMU no estado inteiro,
22:38sem entender,
22:39Vespasiana aqui do lado,
22:40não tinha SAMU,
22:40hoje tem SAMU no estado inteiro,
22:42metade não tinha,
22:43a rede hospitalar está toda ela
22:46no interior,
22:47fazendo cirurgias eletivas,
22:49então, o que,
22:50a vacinação crescendo,
22:52e tudo isso,
22:53então, levar saúde de qualidade
22:55para cada cantinho mineiro,
22:57e não concentrado apenas na capital,
22:59ou em grandes centros,
23:00demonstra um olhar coletivo de saúde,
23:03então, acho que,
23:04eu fico muito orgulhoso,
23:06de, junto com a minha equipe,
23:07estar podendo transformar a saúde,
23:09de forma,
23:10de forma conjunta,
23:11nos 853 municípios.
23:13Muito bom,
23:13e a gente continua acompanhando,
23:15os próximos passos,
23:16os próximos projetos,
23:17da Secretaria Estadual de Saúde,
23:18obrigada pela entrevista,
23:20volte sempre,
23:21o Em Minas está de portas abertas,
23:22para o senhor secretário.
23:23Ai, Carol,
23:24prazer estar aqui,
23:24obrigado,
23:25são quatro anos e meio,
23:26sem entender,
23:27nunca um secretário,
23:28ficou tanto tempo,
23:29de forma contínua,
23:30na Secretaria de Saúde,
23:31e poder fazer essa,
23:32essa revisão aqui,
23:35relembrar tudo que nós fizemos juntos,
23:37isso nos traz ânimo para continuar,
23:39né,
23:39ainda temos aí,
23:40um ano e pouquinho,
23:41e pela frente,
23:42até o final,
23:42do governo Zema,
23:45tem muito a fazer,
23:47e a gente continua muito animado,
23:48muito obrigado pela oportunidade,
23:49e sempre conte comigo.
23:50Seja bem-vindo,
23:51as portas estão abertas,
23:53o programa Em Minas de hoje,
23:54fica por aqui,
23:55obrigada pela companhia de vocês,
23:56eu agradeço ao secretário,
23:57Fábio Baqueretti,
23:59e espero vocês,
24:00no próximo programa.
24:01Tchau, pessoal.
24:01Música
24:02Música
24:03Legenda Adriana Zanotto
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