O governo dos Estados Unidos enfrenta uma paralisação, o shutdown, a partir desta quarta-feira (1º), após o Congresso não aprovar um orçamento provisório. Com o impasse sobre gastos com saúde, milhares de servidores serão afastados ou trabalharão sem salário até que haja um novo acordo. Fabrizio Neitzke analisa.
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NotíciasTranscrição
00:00Gente, eu quero falar um pouquinho agora de governo dos Estados Unidos que entrou em paralisação
00:04depois do Congresso não aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal.
00:09Está havendo um impasse entre republicanos e democratas e quem vai explicar tudo isso, como sempre,
00:13é o nosso querido Fabrício Naitzky. Seja muito bem-vindo, Fabrício.
00:17Boa tarde, Evandro Cini.
00:18Boa tarde. Quer dizer que a máquina está parada e já há, inclusive, consequências para vários serviços públicos, né?
00:25Vários serviços públicos, Evandro. Por exemplo, os parques nacionais lá nos Estados Unidos,
00:29o Parque de Yellowstone, muito conhecido, Yosemite, vários, vários parques nacionais que tem lá no país,
00:35eles continuam abertos, mas os serviços, por exemplo, de vigilância e limpeza, suspensos.
00:40A NASA está completamente fechada. As contas de embaixadas em redes sociais, por exemplo,
00:47também vão parar de funcionar. Aliás, sobre isso, a gente até separou o tweet da Embaixada dos Estados Unidos
00:53aqui no Brasil para trazer para a nossa audiência, mostrando exatamente isso,
00:58que eles não estão mais operando, não vão mais fazer publicações.
01:01Imagino que a gente tem para colocar aqui na tela.
01:04Vamos dar uma olhadinha?
01:05Ah, tá. Aí vai entrar.
01:07Olha só.
01:08A Embaixada e consulados dos Estados Unidos no Brasil afirmam o seguinte,
01:12que devido a uma falta de verbas, as atualizações do site serão limitadas
01:16até que as operações sejam retomadas integralmente.
01:20O que está acontecendo? Isso é o famoso shutdown.
01:23É o 15º shutdown nos Estados Unidos desde 1981.
01:28Esse shutdown é nada mais que uma paralisação por falta de acordo no orçamento do país.
01:34Hoje você tem uma divisão lá no Senado, lembrando que são 100 senadores nos Estados Unidos,
01:40e eles não conseguem chegar a um acordo para um orçamento, nem que seja um orçamento temporário.
01:44Os republicanos querem empurrar o orçamento atual, pelo menos até novembro desse ano,
01:49e tentar lá em novembro negociar um outro orçamento pensando mais um longo prazo.
01:54Os democratas dizem que só aceitam votar isso se conseguirem expandir os créditos
01:58para a saúde pública lá nos Estados Unidos,
02:01que é um país que não tem um sistema universal de saúde como o SUS aqui no Brasil, por exemplo.
02:07Então eles têm outros serviços, outras formas de tentar promover a saúde pública.
02:10É o caso do Medicare, Medicaid, por exemplo.
02:12E aí o que acontece?
02:14Para aprovar um orçamento lá no Senado americano, você precisa de 60 votos.
02:19Os republicanos, na maioria, eles têm 53 assentos.
02:23Então eles precisam de 53 mais 7, e eles não conseguem chegar nesse número.
02:27E aí é decretado, então, o shutdown.
02:30O que acontece?
02:31Os trabalhadores públicos, funcionários públicos federais,
02:35ficam sem receber pagamento nesse período.
02:37A gente está falando aqui, segundo o levantamento da própria Casa Branca,
02:41de 750 mil funcionários públicos que podem ter uma demissão temporária,
02:48podem ficar sem receber, estão já sem receber.
02:51Algumas agências nem abrem as portas, é o caso da NASA, como eu falei,
02:55outras que são consideradas essenciais.
02:57Até funcionam, mas em escalas reduzidas e sem os trabalhadores receberem salário por isso.
03:03A última vez que teve shutdown foi em 2018 e 2019.
03:07O governo Trump, o primeiro governo Trump, foi o segundo shutdown naquele governo,
03:11teve dois, e durou 35 dias.
03:14Foi um custo estimado de 400 milhões de dólares.
03:19A gente está falando aqui de 2 bilhões de reais de perda para a economia norte-americana,
03:24porque essas pessoas ficam sem receber, os serviços deixam de funcionar,
03:29o mercado também vai reagir mal em relação a isso.
03:31Agora, Fabrício, eu queria saber com você sobre o quanto isso mexe com a popularidade,
03:35porque toda vez que há suspensão de serviços, a sociedade norte-americana é muito sensível a isso.
03:41Em outros momentos, a gente já viu acordos acontecerem a partir da queda de popularidade
03:47desses parlamentares que, de alguma forma, geram um impasse que faz com que os serviços federais
03:53sejam suspensos.
03:55Isso pode acontecer novamente ou os democratas estão, digamos, mais firmes agora nesse posicionamento,
04:05mesmo que ele indique algum problema político eleitoral lá na frente?
04:09Três senadores democratas já votaram a favor do orçamento,
04:13mas não é o suficiente ainda para esse número mágico de 60 senadores.
04:18Então você tem essa divisão.
04:20Os democratas dizem que não vão arredar o pé.
04:22O presidente Donald Trump, inclusive, já anunciou que vai congelar 26 bilhões de dólares
04:28para estados de dinheiro que deveria ser enviado para estados de maioria democrata.
04:34Um estado, por exemplo, como a Califórnia, que é um estado tradicionalmente democrata.
04:38Esses estados vão deixar de receber pelo menos 26 bilhões de dólares
04:42porque o governo está vendo onde que vai fazer os cortes para conseguir manter o orçamento atual
04:46e mais do que isso, quais são as prioridades de pagamento agora.
04:51E aí na lista de prioridades, os estados democratas vão ficar por último para a Casa Branca,
04:57na avaliação da Casa Branca.
04:59Isso pode pesar claramente contra os democratas,
05:01mas é claro que também pesa contra o próprio governo republicano.
05:04Até porque é importante a gente lembrar,
05:06os republicanos têm controle de todo o Congresso,
05:09do Senado e também da Câmara dos Deputados,
05:12Câmara dos Representantes lá nos Estados Unidos.
05:14Então, se mesmo com esse controle eles não conseguem aprovar um orçamento,
05:17o que isso pode acabar dizendo para a população em relação à governabilidade lá nos Estados Unidos?
05:23Ano que vem tem eleições legislativas, meio de mandato,
05:26tem uma preocupação muito grande da Casa Branca sobre isso
05:29porque a popularidade já anda em baixo, os índices de aprovação de Donald Trump,
05:33Evandro, são os menores da história para um presidente norte-americano
05:37nessa altura do campeonato, com pouco menos de um ano de governo.
05:41Então, situação periclitante, delicada.
05:44E rapidamente, no momento em que ele está no poder,
05:47a gente não sabe se a população vai conseguir dividir entre quem seria o responsável ou não,
05:51se seriam os democratas que estariam provocando,
05:54já que se trata de um embate que envolve ambas as partes
05:58e que tem o governo de turno que é republicano.
06:01No momento em que o problema aparece, obviamente que o responsabilizado seria aquele que está no poder.
06:07O pessoal da rádio já chegou aí para a gente dar um alô?
06:10Daqui a pouquinho o pessoal da rádio vai se juntar a gente também em todas as plataformas
06:13para que a gente possa avaliar um pouco mais dessa situação
06:16e ouvir também os nossos comentaristas sobre o quanto isso mexe com a economia,
06:21não só dos Estados Unidos, mas no mundo todo,
06:23porque ao longo dessa semana, o Torinho, o Pablo Speyer,
06:26que faz a análise da Bolsa de Valores aqui no nosso 3 em 1,
06:30já havia dito que havia uma grande preocupação do mercado
06:34e isso já estava provocando movimentos financeiros e também em relação ao dólar
06:40por causa da possibilidade de paralisação de serviço.
06:43Da mesma maneira que a gente acompanha os contingenciamentos aqui no país com preocupação,
06:47né Fabrício Nights, que nos Estados Unidos não é diferente.
06:49Exatamente.
06:50A gente lembra que há pouco mais de um mês o governo Trump aprovou a One Big Beautiful Bill,
06:54que é um projeto orçamentário lá nos Estados Unidos,
06:57que ele disse que vai ajudar a reconstruir o país, fortalecer o controle de fronteiras,
07:02mas que inclusive foi o motivo da desavença inicial dele com o Elon Musk,
07:06porque o Elon Musk já alertava,
07:08olha, esse projeto orçamentário aí que o Trump está apresentando
07:11vai fazer a dívida americana explodir,
07:13vai ser uma coisa trilionária, completamente impagável,
07:16sendo que a gente está fazendo de tudo para tentar reduzir gastos.
07:19Isso vai aumentar, os gastos não vão ter como pagar.
07:22Então, por isso que há esse confronto nesse momento nos Estados Unidos.
07:25Agora, 5 e 1, quem nos acompanha pela rádio,
07:28seja muito bem-vindo e bem-vinda, é bom ter vocês por aqui
07:30para a gente debater e trazer opinião crítica no nosso 3 em 1.
07:33Quem fala com vocês somos eu, Evandro Cine,
07:36e também Fabrício Nights, nosso editor de Internacional,
07:39que está trazendo toda a situação relacionada ao shutdown
07:42que é registrado nos Estados Unidos por conta de um impasse ali
07:46no Congresso Norte-Americano entre os parlamentares republicanos e democratas
07:51que trava o orçamento e faz com que a máquina pública pare
07:55com que os serviços federais também sejam suspensos.
07:59E aí, eu quero saber de você, Bruno Muzo,
08:01o quanto isso tem mexido com os ânimos no mercado,
08:03você que acompanha tanto todos os dias.
08:05Veja, eu acho que, por enquanto, ainda o movimento foi bastante delicado.
08:10Até porque, como o Fabrício falou,
08:11foram 15 desde 1981 shutdowns.
08:15E todos os anos acontecem e chegam até o limite, não é, Fabrício?
08:18Todos os anos.
08:19E aí a gente vê essa coisa se negociando e acontece.
08:24Agora, tem um ponto importante, se me permite aqui,
08:27que eu comecei a ver uma determinada discussão.
08:30Veja, vou tentar fazer da forma mais simples possível.
08:32Começou a ser noticiado que o que os Estados Unidos têm,
08:35de quantidade de ouro, e vou fazer o link já com o shutdown, tá?
08:38De ouro nas reservas do Banco Central Americano,
08:41chamado Federal Reserve, ultrapassou 1 trilhão de dólares.
08:43Como é que você chega nesse 1 trilhão de dólares?
08:45Pega a quantidade de ouro, de tonelada de ouro,
08:48e multiplica por 4 mil dólares a onça tral,
08:50que é o preço de hoje, 3.800 e alguma coisa, tá?
08:53Isso dá 1 trilhão.
08:54Quando você olha o balanço do Banco Central Americano,
08:56eles mostram que eles têm 11 bilhões.
08:58Onde está a diferença entre 11 bi e 1 trilhão?
09:01A diferença está o seguinte,
09:03a precificação da quantidade de ouro nos Estados Unidos
09:06é, por lei, desde 1973,
09:09que é calculada em 42 dólares e 22 centavos.
09:13Então, 42 dólares e não 4 mil dólares,
09:15que é o preço de hoje do ouro,
09:17dá essa diferença entre 11 bi e 1 trilhão.
09:19O que acontece?
09:20Em 1933, vocês vão entender já essa relação,
09:24que muitos colocam, e eu concordo,
09:27que foi o primeiro confisco que teve nos Estados Unidos,
09:29Franklin Delano Roosevelt falou,
09:31ninguém mais pode ter ouro,
09:33devolvam o ouro para os Estados Unidos,
09:35para o governo.
09:36E quanto ele pagou o ouro?
09:3720 dólares a onça tral para cada um das pessoas.
09:40Se não, tinha uma multa de 10 mil dólares,
09:42que hoje seria um valor muito maior, obviamente, tá?
09:45Então, um ano depois dele confiscar esse ouro,
09:48ele falou, a onça tral não vale mais 20 dólares,
09:51vale 35 dólares.
09:52Então, o preço do que ele tinha pegado da população subiu demais.
09:56Agora está em 42 dólares desde 1973.
09:59O que começa a discussão agora,
10:01que tem a ver com o shutdown, é,
10:03será que a gente pode mudar por ordem executiva presidencial
10:07o quanto vale o nosso ouro?
10:09Uma lei desde 1973.
10:11Por quê?
10:12Aí o governo poderia vender o ouro na quantidade de 1 trilhão,
10:16isso é impressão de dinheiro,
10:18injeta dinheiro na economia,
10:19que estimula o consumo, desvaloriza o dólar
10:22e isso traz uma necessidade,
10:26uma falta de necessidade do governo americano
10:28emitir novas dívidas
10:30e consegue fazer os seus gastos correntes.
10:32Então, veja como a coisa pode ser mais complexa do que isso
10:35e, obviamente, estimular a dívida dos Estados Unidos
10:38que ultrapassou 37 trilhões de dólares
10:40está em máximas históricas.
10:42Fala, Fabrício.
10:43Evandro, são 5 horas e 4 minutos agora,
10:46o Dow Jones e o S&P 500 acabaram de fechar,
10:49bateram um recorde lá nos Estados Unidos.
10:51Certamente o Pablo Spire vai vir aqui daqui a pouco
10:54explicar o porquê disso tudo.
10:56Tem muita coisa por trás também,
10:58mas é um momento bastante...
10:59E é interessante porque o shutdown nos Estados Unidos,
11:02o Bruno trouxe isso,
11:03geralmente todos os anos ele bate na trave.
11:06Quase todo ano tem shutdown nos Estados Unidos.
11:08Parece político, né?
11:09Vai até a trave e depois chega no acordo.
11:10Exatamente.
11:11Vai até onde dá, a água bate no pescoço
11:13e aos 49 do segundo tempo costumam chegar a um acordo.
11:16E, geralmente, quando há paralisação, ela é curta.
11:19Um dia, dois dias, e aí o pessoal vê que a coisa vai dar problema
11:23e corre para fechar um acordo com o que é que seja.
11:26Um dos mais longos foi justamente o último, lá em 2018 e 2019.
11:31Foram 35 dias.
11:32Então é um período que mexe, por exemplo,
11:34quem vai viajar para os Estados Unidos
11:36pode ter o voo atrasado ou cancelado,
11:38porque os controladores de tráfego aéreo
11:40param de trabalhar, eles não estão recebendo, né?
11:43Então, assim, é natural que isso aconteça.
11:44Só serviços essenciais permanecem, inclusive, com colaboradores sem receber, né?
11:48Sem receber, exatamente.
11:50E aí, quem é que gosta de trabalhar sem receber, né?
11:52Tem gente que não gosta de trabalhar nem recebendo, imagina você.
11:56Muito bom.
11:57É verdade.
11:58Não é o meu caso.
11:59Um abraço para você, meu amigo.
12:05Ótimo trabalho remunerado, Fabrício.
12:07Remunerado, ainda bem, né?
12:08Obrigado, meu amigo.
12:09Deixa eu continuar aqui, então, depois desse comentário trazido pelo Fabrício,
12:12porque eu acho que a gente traz tudo para a nossa realidade.
12:15Se a gente falasse de um shutdown ou de paralisação da máquina pública aqui
12:19e das condições para reverter essa situação,
12:21obviamente que elas são muito diferentes das condições
12:24que hoje os Estados Unidos têm para fazer essas manobras,
12:27inclusive a exemplo do que contou aqui para nós o Bruno Musa.
12:31Ou seja, é preciso que a gente guarde a proporção,
12:34a devida proporção do que é a economia dos Estados Unidos
12:37em relação ao seu endividamento,
12:39do que a gente tem aqui no Brasil, né, Alangani?
12:41Exatamente, Evandro.
12:42E isso chama atenção também do problema fiscal que hoje vive o mundo inteiro, né?
12:47Então, o shutdown é apenas um sintoma de algo muito maior.
12:52Os Estados Unidos, apesar de serem a nação mais rica do mundo, Evandro,
12:56eles têm a maior dívida do planeta,
12:59tanto a dívida interna quanto a externa, em valores absolutos.
13:04E é claro que eles conseguem financiar essa dívida
13:08porque eles têm o dólar como reserva,
13:10portanto, os países com seus excedentes de dólares,
13:13eles emprestam para os Estados Unidos.
13:16Isso cria uma vantagem muito grande para os Estados Unidos, né?
13:20O americano médio não precisa poupar,
13:23o governo não precisa poupar,
13:24o mundo poupa pelos Estados Unidos.
13:26Isso dá dinheiro para o orçamento militar,
13:29para a seguridade social,
13:30para subsídio para as empresas, etc.
13:33Agora, é claro que isso, a longo prazo,
13:35é insustentável.
13:37Em algum momento,
13:39e aí talvez, né, casa com a fala aqui do Bruno,
13:42com a ótima explicação aqui que ele trouxe,
13:44em algum momento,
13:45os Estados Unidos vão ter que adotar uma saída
13:48para resolver ou, pelo menos,
13:50minimizar o seu problema fiscal.
13:53Assim como lá,
13:54a gente também tem problemas aqui.
13:56O problema fiscal não é algo exclusivo do Brasil,
14:00mas do mundo inteiro.
14:01Criou-se essa ideia moderna de que,
14:04ah, é possível imprimir dinheiro,
14:07imprimir dívida a rodo,
14:08como se isso fosse a de eterno
14:11e a conta nunca fosse chegar.
14:13A conta chega
14:14e vários países, em algum momento,
14:17vão ter que fazer ajustes fiscais.
14:19E isso significa, Evandro,
14:21sacrifício.
14:21Exatamente.
14:22Fala, seu Zé.
14:24Essa palavra, ela é da humanidade, né,
14:27sacrifícios e renúncias.
14:29Mas os Estados Unidos não chegaram ainda a esse ponto
14:32e eu nem sei se eles saberiam lidar com isso.
14:36Fazendo algumas comparações,
14:37a gente aqui no Brasil
14:39se submete a sacrifícios,
14:41a inflações, a dificuldades,
14:43a inseguranças,
14:44que os americanos não estão acostumados.
14:48Então, não se pode esperar do americano aceitar,
14:52por exemplo, a inflação,
14:54o mesmo desemprego maior.
14:56Ou seja, é completamente diferente.
14:59Essa dívida norte-americana vai chegar a um ponto, né,
15:03que vai complicar a situação.
15:05Mas, por enquanto, não.
15:06E comparando a situação aqui do orçamento brasileiro,
15:10no início do ano não se aprovou o orçamento de 2025.
15:15E aí o governo pôde gastar,
15:17mas de uma forma muito limitada.
15:19E eu vi aqui,
15:20acompanhei vários setores,
15:22inclusive forças armadas, né,
15:24já faltando recursos para vários tipos de atividades.
15:29Não para pagar salários,
15:31isso não falta,
15:32porque a legislação brasileira garante
15:34a aplicação de um dozeavos, né,
15:39do orçamento,
15:40e isso aí abrange salários
15:42e os gastos emergenciais
15:44e os gastos obrigatórios.
15:46É completamente diferente,
15:48mesmo assim,
15:49já incomoda vários setores aqui.
15:51Imagina uma paralisação total.
15:53Trata-se de uma ação política.
15:55Trata-se de uma atuação política.
15:59E a gente não sabe exatamente qual é o limite,
16:02até quando, até que horas
16:03eles estão dispostos a continuar nessa queda de braço
16:06com o governo Donald Trump.
16:09Agora, que a dívida norte-americana
16:11cresce de uma forma muito grande,
16:13cresce.
16:14E desmente ali aquela teoria
16:16de que um país precisa se endividar
16:19para provocar o crescimento
16:20e melhoria das condições econômicas, né?
16:25E do quanto a queda de popularidade
16:29ou a reclamação, né,
16:32do cidadão norte-americano
16:33pode mexer também com essas decisões.
16:36E também ressaltar que o impasse principal
16:39está justamente em cima da oferta
16:42do serviço público,
16:45ou, digamos, né,
16:47de você ter mais pessoas
16:49que hoje não podem pagar
16:51pelos serviços médicos norte-americanos
16:53terem acesso a esse benefício.
16:56Algo que os democratas querem
16:57e que enfrenta resistência também
16:59pelos republicanos, Fábio Piperno.
17:02Esse é um embate que já vem de longe,
17:06que se acentuou muito no governo Obama, né?
17:09Quando se discutia bastante
17:10Obama quer,
17:12que depois foi parcialmente desmontado,
17:14aí vem o presidente Biden,
17:16acaba de alguma forma
17:18restaurando parte do que havia sido
17:21enfim, dilapidado.
17:24Vem o presidente Trump,
17:26anuncia novos cortes
17:27e os democratas não se conformam com isso.
17:30Até porque
17:31há cortes significativos
17:35nesse setor,
17:36há, em compensação,
17:37investimentos em outras áreas.
17:39Ontem, por exemplo,
17:40houve lá uma reunião
17:42capitaneada aí
17:44pelo, enfim,
17:46general,
17:46que é o secretário da defesa
17:48e na qual,
17:51pasmem, né?
17:52Uma das principais críticas
17:54que ele fez
17:55foi para militares
17:56e generais gordos,
17:57obesos,
17:58que, enfim,
17:59quem está acima do peso
18:01ou fora de forma
18:02não pode servir
18:03às forças armadas americanas,
18:04o que, obviamente,
18:05também causou
18:06um estremecimento muito grande.
18:08Então, às vezes,
18:09dá a impressão
18:10de que os Estados Unidos
18:11estão adiando
18:12o enfrentamento
18:12de alguns problemas
18:13muito sérios.
18:15Na semana passada,
18:16todo mundo viu
18:17imagens e comentários
18:18do presidente Trump
18:20reunido com
18:21o presidente Milley
18:22lá na ONU
18:23e eles tratando aí
18:26de um novo empréstimo
18:28para a economia argentina.
18:30Ora,
18:31esse movimento agora,
18:33esse shutdown
18:35atrapalha também
18:37esse tipo de ação política,
18:39de ajuda.
18:40porque se o orçamento
18:42não está liberado,
18:44como é que ele vai ter
18:45dinheiro
18:45para, então,
18:46prestar esse tipo
18:47de auxílio também?
18:49Então, percebam
18:49que esse movimento
18:51ele é muito grande,
18:53não diz respeito
18:54apenas
18:55a parte dos serviços
18:57básicos,
18:58ele é
18:59a mais visível,
19:01só que tem
19:01outras implicações
19:02para uma economia
19:04que há muito tempo
19:05também
19:06convive com déficit.
19:07O último presidente
19:09a dar superávit
19:11nominado,
19:12inclusive,
19:12foi o presidente Clinton,
19:14mas isso já faz tempo.
19:15De lá para cá,
19:17quase sempre
19:17a economia americana
19:18vem sendo deficitária.
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