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Vice-governador de Minas defende ampliação de investimentos estaduais, repasses por produtividade hospitalar e integração de dados dos pacientes para evitar gastos duplicados; também destaca que as políticas ambientais precisam de mais fiscalização para aplicar as leis já existentes.
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NotíciasTranscrição
00:00Governador, como é que é o grande desafio na saúde?
00:03Saúde é outra coisa também que Minas avançou, mas ainda precisamos avançar mais.
00:10Lávio, nós temos um problema na saúde no Brasil, que tem a ver com o pacto federativo.
00:16No Brasil, a saúde é um resultado do município.
00:18O município tem que resolver todos os problemas de saúde.
00:20Mas ele não tem o dinheiro para resolver o problema.
00:22Então, acontece uma coisa em Minas Gerais que me deixa penalizado
00:26é ver o município gastar 40% do orçamento dele para manter os hospitais deles abertos.
00:31Isso inviabiliza o resto da infraestrutura.
00:34O que a gente fez?
00:35Bom, primeiro, eu parei de pagar o hospital porque ele existe.
00:39Eu agora só pago o hospital porque ele produz.
00:42E aí você pode falar, mas o hospital não se ressentiu disso, porque como é que eu faço hoje?
00:46Antigamente, o hospital abria.
00:48Ah, quantos leitos são? 40.
00:50Então, por leito eu pago tanto, você vai receber tanto.
00:52Falaram aqui o seguinte, todo aumento daqui para frente,
00:55eu só te dou dinheiro a mais por produção.
00:57E produção é velocidade de liberação de leito,
01:00porque eu não quero paciente internado há muito tempo,
01:01é índice de reinfecção, porque eu não quero paciente tendo que voltar para tratar de novo,
01:05e é número de procedimentos realizados.
01:07E aí, quanto mais procedimento, quanto mais rápido e quanto menos reinfecção,
01:10mais dinheiro eu te dou.
01:12E os hospitais estão muito satisfeitos com isso.
01:14Quem produz ganha mais dinheiro,
01:15quem não produz tem que pensar outra coisa para a vida.
01:18Consegui diminuir drasticamente as filas de cirurgia por conta disso,
01:21porque hoje paga um prêmio por operação de cirurgia eletiva.
01:25Consegui universalizar o SAMU no Estado,
01:28tem serviço de emergência no Estado como um todo,
01:30não tinha, era metade do Estado só coberto por isso.
01:33E vamos inaugurar cinco hospitais regionais para reforçar a rede,
01:37mais um hospital novo em Belo Horizonte,
01:38com investimento de dois bilhões e meio de reais.
01:40O ROUP também está sendo leiloado essa semana na B3.
01:43O que isso significa?
01:46Eu ponho a infraestrutura à disposição do município
01:49e melhoro a produtividade dos hospitais.
01:53O que continua me preocupando?
01:54Como é que os municípios vão financiar a saúde primária?
01:58Eu estou repassando, e não é obrigação do Estado,
02:01quase dois bilhões de reais por ano para os municípios,
02:04para a saúde primária, Davila.
02:05Para o BS, posto de saúde.
02:07Cadê o governo federal?
02:09Essa pergunta que eu falei, cadê o governo federal?
02:11Ah, estou gastando muito dinheiro com outras coisas.
02:14Então, para de gastar.
02:15E gasta com saúde, porque saúde é essencial.
02:18O governo federal gasta 12% do orçamento dele com saúde,
02:21o município gasta 40%.
02:23Isso não é justo.
02:24O médico de família, que tem um papel fundamental nisso,
02:27é possível fazer um prontuário eletrônico desses médicos de família
02:31para que nós possamos ter essa informação disponível
02:33e, inclusive, melhorar a qualidade da saúde primária?
02:36Em Minas, nós tomamos uma decisão muito dura para mim,
02:40porque eu sempre achei que o melhor era a gente ter um prontuário eletrônico universal.
02:44Só que, como cada município decide como é que ele coleta os dados,
02:47e eu não posso obrigar o município a adotar o prontuário,
02:51e aí o município de oposição não quer que adotar um...
02:53Nós vamos criar um sistema integrador, que vai me resolver.
02:57O que ele faz?
02:57Ele lê qualquer sistema.
02:59Usa o sistema que você quiser,
03:00mas o seu sistema tem que estar aberto para o meu integrador ir lá,
03:03pegar os dados e alimentar pelo CTF,
03:05para eu poder ver o que está acontecendo.
03:06Porque não tem cabimento, eu repeti exame...
03:09Exatamente.
03:09Já está diagnosticado,
03:11o médico não ter acesso ao laudo do outro médico sobre o paciente que ele está atendendo,
03:15isso faz com que os procedimentos demorem mais, mas pior do que isso.
03:18Isso prejudica muito a saúde do paciente,
03:20que muitas vezes tem diagnósticos que são incompatíveis,
03:23está usando medicamentos que são incompatíveis,
03:25ou está repetindo exames que já podiam ter sido aproveitados de experiências anteriores.
03:29Então, a gente está trabalhando no integrador,
03:31o protótipo deve começar a rodar no começo do ano que vem,
03:34a gente vai começar com alguns municípios e alguns procedimentos.
03:37Mas eu estou muito animado.
03:39Agora, é duro para mim, viu?
03:40Porque eu sempre achei que era melhor ter um documento só para todo mundo,
03:43mas aí o problema é você ter autonomia municipal,
03:45não estou reclamando da autonomia municipal,
03:47mas cada prefeito faz o sistema que quer e eu fico...
03:50Aí eu desisti.
03:51Me convenci a falar,
03:51Matheus, para de bater cabeça num problema que você não resolve.
03:54E tem o integrador e agora você resolve o integrador.
03:56O integrador resolve o problema.
03:57Vamos assim, deixa o prefeito usar o sistema que ele quiser.
03:59Fico, tá bom.
04:00Então, especialmente porque em Minas, diferente de São Paulo e Rio,
04:02os meus hospitais são, na maior parte, filantrópicos.
04:06Eu tenho 450 hospitais SUS no Estado.
04:08Só 20 são do Estado.
04:10Todos os outros são ou municipais, são 40 e poucos, ou filantrópicos.
04:14O nosso sistema filantrópico é muito importante.
04:16A saúde pública em Minas já é tocada pela iniciativa privada.
04:20Eu sempre chamo a atenção do pessoal falar,
04:21vai privatizar a saúde lá em Minas, está funcionando bem,
04:23porque quem toma conta é Santa Casa, viu?
04:25Que já é privada há muito tempo.
04:27E aí é que eu não consigo controlar o sistema que eles usam mesmo.
04:31Eu vou falar para a Santa Casa, não, você tem que usar o meu sistema.
04:33Eu vou usar o da Federação.
04:36Então, usa o que você quiser.
04:38O integrador vai nos ajudar.
04:39Tem tido bons resultados, eu estou animado com a ideia.
04:43Agora, um dos segredos de Minas, que pouca gente sabe,
04:47mas a gente que acompanha muito o Estado conhece,
04:49é a política ambiental em Minas.
04:51Vocês estão fazendo uma revolução ambiental lá,
04:54que está passando meio desapercebido da grande imprensa,
04:57mas que é algo que vai ter grande impacto na vida dos mineiros.
05:01Conta um pouco para a gente.
05:02Eu falei que a COP, agora eu quero ver como é que o governo federal vai fazer
05:06com o fato de que todos os prêmios internacionais sobre política ambiental
05:10são do governo de Minas Gerais, que é um governo de direita.
05:12Eles acham que a pauta ambiental é monopólio da esquerda,
05:15que, aliás, não faz nada em meio ambiente,
05:18além de promover invasão de beirada de rio,
05:21desmatamento em beirada de rio, com o sem terra.
05:23O que a gente fez?
05:26Nós aderimos ao Race to Zero, com o apoio do governo inglês, em 2020,
05:32que é a corrida por carbono neutro até 2050.
05:35Os governos nacionais não têm conseguido avançar.
05:38A gente vê que COP atrás de COP, Paris,
05:41eles não conseguiram se mobilizar para fazer as metas de descarbonização andarem.
05:47Nenhum deles conseguiu.
05:48E aí os subnacionais, os estados, os municípios, começaram a engajar na pauta.
05:53E não é porque a União é ruim nisso, não.
05:55É porque realmente é difícil, né?
05:56Você pensa, a União está muito distante da empresa.
05:59Está muito distante do produtor.
06:00Então, ela lança política lá,
06:02o portão está nem sabendo o que ela está falando aqui.
06:04E a União também tem a menor ideia de como é que o território acontece.
06:07Então, a gente começou a tomar a dianteira disso.
06:10E nós somos hoje o único estado do Brasil
06:12que, um, tem um plano de ação climática completo,
06:15tem um inventário de emissão completo
06:17e já tem o monitoramento de todas as metas que foram estabelecidas
06:21para o cumprimento do carbono zero.
06:24Para cada setor, eu já disse como é que as coisas devem ser feitas
06:27e ao invés de fazer como o resto do mundo começou a fazer
06:31e agora já começou a mudar,
06:33e é por isso que nós somos premiados na ONU,
06:34nossa, Escócia e Califórnia.
06:36Nós chamamos o setor produtivo e falamos aqui,
06:38deixa eu te falar,
06:39como é que você vai resolver o problema da emissão do seu carbono?
06:42Porque não adianta, Dava, eu dizer
06:44que a agricultura vai emitir menos carbono.
06:46Não, como?
06:48Você tem que chamar o cara.
06:49Ah, não, a construção chama a indústria.
06:52Então, nós assinamos o nosso compromisso
06:54com a Federação da Indústria
06:55e a Federação da Agricultura assinando juntos.
06:58Nós fizemos um inventário junto com eles,
06:59eles participam do comitê de monitoramento.
07:01Isso muda muito a forma como a gente se relaciona
07:03com cada uma das indústrias.
07:04Temos desafios?
07:05Temos.
07:06Zerar o carbono de aço,
07:07e Minas é o maior produtor de aço do Brasil,
07:09é um desafio.
07:10Zerar o carbono do cimento,
07:12e Minas é o maior produtor de cimento do Brasil,
07:13é um desafio.
07:14E zerar a produção,
07:16nós temos outros dois muito dramáticos,
07:18que são a emissão de metano pelo gado
07:21e a emissão de CO2 pelos veículos pesados.
07:26Mas estamos trabalhando com cada um dos setores,
07:29mão dada para falar qual que é a solução.
07:32Lembrando para todo mundo que está em casa aí,
07:33que gosta do tema ecológico, viu gente?
07:35Carro elétrico é solução para o europeu, tá?
07:38A nossa solução aqui chama etanol.
07:40Você não precisa nem trocar seu carro.
07:42Basta separar no posto e colocar etanol
07:44ao invés de colocar gasolina.
07:46Dado para quem gosta de número,
07:48um carro a gasolina tem 80% de eficiência energética
07:52de um carro elétrico
07:53e custa 40% do preço de um carro elétrico.
07:57Então não tem sentido a gente falar em eletrificação de frota,
08:00nós temos que falar em consumo de etanol.
08:02Tem muita gente discutindo o carro 100% de etanol?
08:04Não, pode fazer, eventualmente,
08:06para dar algum privilégio tributário,
08:09mas os nossos carros já são todos flex.
08:10É só nós abastecer, abastecer só com etanol.
08:13O nosso desafio no Brasil, na matriz energética,
08:15não está no carro leve,
08:17é no veículo pesado.
08:19Como é que a gente faz?
08:20E aí também, uma ignorância.
08:22Ah, o governo federal está colocando 350 milhões de reais,
08:25por exemplo, em Belo Horizonte,
08:26para comprar um ônibus elétrico.
08:28Vai comprar 100 ônibus elétricos.
08:30Com 350 milhões de reais,
08:31ele conseguia comprar 700 ônibus novos
08:34com motor Euro 6.
08:36A idade média dos ônibus em Belo Horizonte
08:38é de 17 anos.
08:40O que significa que eles não têm nem classificação euro
08:42nos motores deles.
08:42Eles poluem 8 vezes mais do que um motor Euro 6.
08:46Se o governo, ao invés de comprar 100 ônibus elétricos,
08:49comprasse para a gente 700 ônibus Euro 6,
08:53a gente tinha resolvido um problema muito maior
08:55do que o que eles vão resolver.
08:56A lógica de uso do dinheiro no Brasil
08:58é muito maluca.
09:01Parece que ninguém faz conta.
09:03A gente é movido por modinha.
09:05O poder público tem que parar e fazer conta.
09:07É igual a dona de casa.
09:08Na hora de comprar a televisão
09:10para assistir o jogo da Copa,
09:12não é só saber se a televisão grande
09:14cabe na sua casa.
09:14é olhar qual que você dá conta de comprar.
09:17E comprar aquela que faz sentido para você.
09:19Ah, mas eu vi no filme.
09:21Não, não, esquece o filme, meu filho.
09:22Qual que é o seu orçamento?
09:23Resolve o problema da sua casa.
09:25Mas isso é uma coisa muito importante,
09:27essa pauta ambiental de Minas.
09:28Porque é por meio do mercado
09:31que se resolve a questão ambiental.
09:33E não por meio do Estado
09:35se intrometendo em temas.
09:38É trazendo a iniciativa privada.
09:40Por isso que eu acho que o caso de Minas
09:41é exemplar.
09:42E precisa ser mais divulgado, viu, governador?
09:44Nós temos que divulgar mais.
09:46O mineiro é igual pato, né?
09:49Bota ovo grande,
09:50mas num cacarejo igual galinha.
09:53Eu vou te falar mais, viu?
09:55Acho que a gente tem um desafio
09:56para o próximo mandato federal
09:57que é a gente tentar discutir
09:59uma coisa que é uma lenda no Brasil.
10:01A gente acha
10:02que quanto mais burocrático
10:03for o processo de licenciamento ambiental,
10:06maior a segurança.
10:07Sendo que, na verdade,
10:08a segurança não vem do licenciamento,
10:10vem da fiscalização.
10:10Se o empreendedor
10:12está dizendo para mim
10:13que vai cumprir a lei.
10:15Se eu tenho técnicos
10:16assinando os laudos dele,
10:17dizendo que a lei está sendo cumprida.
10:19Muito mais importante
10:19que o papel mostrar
10:21que está cumprindo
10:22é alguém ir lá olhar
10:23para ver se aquilo está acontecendo.
10:25O Brasil,
10:25ele mira muito
10:26na burocracia
10:27do procedimento de aprovação
10:29e não se preocupa
10:30com fiscalização.
10:31As nossas barragens
10:33em Minas romperam.
10:34Não é porque elas não
10:35estavam licenciadas.
10:36Elas foram licenciadas.
10:37No papel,
10:37elas eram lindas,
10:38maravilhosas e seguras.
10:41Só que ninguém
10:41da Agência Nacional de Mineração
10:42foi lá olhar
10:43a situação de cada uma
10:44das barragens.
10:45Então,
10:46a gente precisa começar
10:47a discutir licenciamento
10:48no Brasil
10:48numa outra lógica,
10:49sabe, Dávila?
10:50Parar de olhar
10:51para o empreendedor,
10:52para o particular,
10:53como se ele fosse
10:53necessariamente um criminoso
10:55e começar a fiscalizar
10:57para ver se ele está fazendo
10:58o que ele se comprometeu a fazer.
11:00Menos burocracia
11:01no licenciamento,
11:02mais rigor
11:02na fiscalização.
11:03E aí
11:08E aí
11:09E aí
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