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  • há 2 dias

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Transcrição
00:00Pois é, dessa vez o furto foi inusitado aqui no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife.
00:07Foi contra uma funerária, uma casa funerária.
00:10Tudo foi filmado por aquela câmera ali, aquela câmera de segurança aqui do próprio estabelecimento.
00:15Quando esse homem chega com dois sacos pretos, abaixa aqui, tira uma garrafa de água e começa a catar, sabe o quê?
00:24Os peixes aqui da fonte.
00:25Eram 13 peixes que ficavam aqui nessa fonte há muitos anos, que a casa funerária, os funcionários cuidavam com muito carinho.
00:35E agora, como vocês podem observar, só ficaram três peixinhos solitários, porque os outros dez da espécie japonês foram levados.
00:45Gente, se a gente for parar para pensar no absurdo, parece cômico, mas é trágico, né?
00:50Até peixe de uma fonte, de uma casa funerária está sendo levado.
00:53Cada peixinho desse aqui, ó, 40 reais.
00:56Então, se levaram 10, 400 reais de prejuízo.
01:00A gente conversa agora com a Josélia Dias, que é auxiliar administrativa aqui da funerária,
01:04porque está todo mundo, Josélia, sem acreditar, levaram os peixes da funerária mulher.
01:09Com certeza.
01:10Pela manhã, quando eu cheguei para trabalhar, geralmente sou eu que faço a reposição da alimentação dele pela manhã.
01:16E entrei, deixei a bolsa aqui e fui pegar a sementezinha dele.
01:21Quando a ração, quando eu cheguei aqui e olhei, de imediato já dei por falta.
01:27Aí, fiquei transtornada, porque a gente não sabe o que tinha sido, poderia ser, eu achei que fosse um gato,
01:32eu achei que fosse um cachorro, eu achei tudo.
01:34Menos esse absurdo de ter sido uma pessoa, de subtrair esse peixinho.
01:40Fiquei assim, abismada.
01:41Vocês puxaram as câmeras de segurança.
01:43Não, vamos ver se foi um gato, se foi um cachorro, enfim.
01:46Enfim, o que foi, quando a gente viu, a gente ficou sem acreditar, porque realmente é absurdo.
01:52Como vocês viram na imagem...
01:53Pega uma garrafa, coloca peixe por peixe, ainda dá tempo de escolher aqui.
01:57Esse aqui está maiorzinho, esse está menorzinho.
01:58Isso, ainda botou dentro do saco para ninguém ver, saiu segurando com a garrafa dentro do saco,
02:03aquele saco de lixo escuro e foi embora.
02:05E aí ficou uma surpresa para todo mundo.
02:07O pessoal aqui, que é muito ligado um ao outro aqui, ficaram revoltados.
02:12Pegar o peixinho, pegar o peixinho sem necessidade alguma.
02:17Faz quanto tempo que essa fonte funciona aqui com esses peixes?
02:20Faz muito tempo já, faz mais de 15 anos.
02:22Isso nunca tinha acontecido?
02:23Não, nunca tinha acontecido.
02:25E aí, o que vocês vão fazer agora?
02:27Vão repor os peixinhos, porque estão três ali tudo triste, solitário.
02:31Vão repor sim, porque assim, já é uma coisa que já é daqui da empresa,
02:37da gente fazer isso e desses peixinhos.
02:40Traz uma leveza para a pessoa que está naquele momento de dor.
02:42Momento de dor, às vezes vocês vão com criança,
02:44conseguem distrair um pouco as crianças e elas ficam olhando
02:47e tiram um pouco esse momento tão pesado, né?
02:50Até a chegada dos companheiros ali, dos outros três que ficaram solitários,
02:55agradecer aqui a Josélia.
02:56Vou me sentar por aqui para fazer companhia os bichinhos, né?
02:59Porra, rapaz, se aperreio não, viu?
03:02O seu irmão vai voltar, vai, vai voltar.
03:05Os outros dez.
03:07Mas até lá, vocês vão ter que lidar com a solidão aí,
03:10até chegar os outros dez.
03:12Enquanto isso, eu vou ficar aqui conversando com os bichinhos, né?
03:14Vai aqui, né?
03:14Trazer um certo conforto.
03:16Eu volto com você.
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