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  • há 2 dias
Mesmo dois meses após o fim das tradicionais férias de julho, quando o chamado "verão amazônico" costuma movimentar o comércio, biquínis, maiôs e saídas de praia continuam saindo das prateleiras. Para algumas marcas, o segredo está na conexão com as raízes culturais do Pará e na capacidade de se reinventar.

Repórter: Jéssica Nascimento
Imagem: Ivan Duarte
Edição: Karla Pinheiro (Supervisão Tarso Sarraf)

Categoria

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Notícias
Transcrição
00:00Música
00:00Normalmente aqui nós, paraenses, temos o verão amazônico, que é em julho, né?
00:17Nossa alta temporada. Então, eu brinco que é o meu momento.
00:21Só que o que que fez diferenciar mais do mesmo? As minhas estampas autorais.
00:26Então, a ideia de fazer o regional fez com que eu vendesse o ano todo e saísse da sazonalidade.
00:32Eu comecei há mais de 11 anos na moda praia e, com o decorrer do tempo, a gente entrando no mercado
00:38e vendo a necessidade de diferenciar dos outros, eu vi que o regional chamava muita atenção.
00:45Então, meados de 5 anos atrás, eu comecei a fazer o regional.
00:49Quem mais consome meu produto são paraenses. Paraenses que moram fora e até fora do estado, né?
00:56E até fora do país. São os meus clientes raízes que sempre adquirem meu produto.
01:02A gente fala sobre a cultura. Então, eu pego músicas, minhas referências são músicas de brega,
01:07são o nosso cotidiano, né? As nossas gírias.
01:10Então, elas me inspiram para eu poder fazer as minhas estampas.
01:14Então, tem até top escrito égua, com a bandeira do Pará, trechos de música.
01:20Então, isso que impulsiona as minhas vendas. É sempre estar ali fazendo novas estampas que atraem meus clientes.
01:27Hoje, o nosso estado, a gente está hypado, está no topo.
01:31Então, todo mundo quer saber o que tem no Pará.
01:34E isso, claro, que impulsionou as vendas desde o início do ano, com o carnaval,
01:39que no Rio de Janeiro teve o tema que foi sobre as nossas lendas, né?
01:44Então, desde o início do ano, impulsionou as vendas.
01:47E hoje, terminando o segundo semestre com a COP.
01:51Então, isso está impulsionando muito as vendas para todos, tanto os paraenses quanto os turistas.
01:56Hoje em dia, eu procuro fornecedores que tenham algum tipo sustentável no fornecimento, na fabricação.
02:04Desde malhas que se degradam mais rapidamente no meio ambiente.
02:09Então, eu procuro ir atrás desses fornecedores.
02:13Então, até os resíduos das malhas, que eu faço os biquínis, eu faço brindes,
02:18eu faço chuchinha de cabelo, saquinho para poder trabalhar com toda a malha
02:25e descartar o mínimo possível no meio ambiente.
02:29Então, a gente transmite essa ideia para o cliente e ele super compra, né?
02:34E a gente não passa isso para o valor final do biquíni, ou da peça que a gente está ali construindo.
02:41É uma forma de ajudar o meio ambiente, né?
02:44Procurando fornecedores que tenham esse tipo de trabalho.
02:47E até a produção final, que é pegando todo o restante e transformando em outras coisas
02:53para diminuir o impacto no meio ambiente.
02:55Cinco anos atrás, eu comecei e eu veio só fortificar agora com a COP,
03:01a gente sediando esse grande evento na nossa cidade.
03:05Então, eu acho que veio só valorizar ainda mais e fortificar o que o paraense estava guardadinho ali no coração.
03:12Então, eu acho que vai permanecer, sim.
03:14E a pegada paraense vai permanecer.
03:18E isso que me tira da sua anualidade para poder continuar vendendo durante os 12 meses.
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