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  • há 2 meses
Um símbolo gastronômico do Círio de Nazaré, a maniçoba se destaca como um dos pratos mais aguardados e celebrados pelos paraenses. Presença obrigatória no almoço da grande festa religiosa, a receita carrega não apenas um sabor único, mas também um significado de união familiar e devoção que atravessa gerações
Vídeo com Maria de Fátima Silva de Araújo, a Fafá, que prepara maniçoba há 40 anos, dos quais há 28 trabalhando no centro comercial.

REPORTAGEM: DILSON PIMENTEL
IMAGENS: CARMEM HELENA
EDIÇÃO: KARLA PINHEIRO (SUPERVISÃO TARSO SARRAF)

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Transcrição
00:00Aqui nesse ponto são 28 anos, mas eu tenho 40 de rua.
00:05Eu vou no Vero Peso comprar folha, né?
00:08É, comprar o jambu, essas coisas que eu compro no Vero Peso.
00:12Mas pra maniçoba mesmo eu vou comprar folha, já precozida, por três dias.
00:18Quando chego em casa eu ponho mais cinco dias pra ferver, que é pra completar os sete.
00:22E depois vêm coisas boas, charque, chouriço, toicina, bacon, um pouquinho de bucho, porque nem todo mundo gosta de bucho.
00:35E o passo a passo é cortar na véspera, fazer tudo direitinho, escaldar tudo, quando é no dia só é pra fazer.
00:43Por exemplo, eu cortei isso tudo ontem, né?
00:45E hoje a gente faz a maniçoba, porque senão ela pode dar uma infecção intestinal.
00:52Ela fica com muito caldo debaixo do aôs e não dá aquela liga que tem a maniçoba.
01:00O que eu faço hoje, no sírio eu tenho que fazer três, quatro vezes a mais.
01:06Botar tudo bom, tudo fresquinho, é a coisa melhor que tem e fazer com muito cuidado.
01:12Muito cuidado, com muito carinho.
01:14A melhor parte do sírio é a maniçoba.
01:17Quase todas as casas, né?
01:19Você passa e tá sentindo aquele cheiro da folha ferguida.
01:23É o aroma do sírio e de todos os dias.
01:25Final de ano, todos os dias a maniçoba é o carro forte da minha vida.
01:30Tchau.
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