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Uma nova diretriz, endossada por três sociedades médicas, passa a enquadrar a pressão de 12 por 8 como pré-hipertensão, que até então, era considerado normal.Para entender a mudança, a Jovem Pan News recebe o cardiologista Dr. Eugênio Moraes.
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Transcrição
00:00A gente segue então com uma entrevista agora contando sobre a classificação arterial de risco
00:06que foi atualizada segundo uma nova diretriz respaldada por sociedades médicas.
00:12Valores a partir de 12 por 8 que agora sejam considerados como o início de uma hipertensão.
00:19E para entender, para falar mais sobre esse assunto, recebemos aqui o doutor Eugênio Moraes.
00:26Uma ótima tarde ao senhor, seja muito bem-vindo aqui a Jovem Pan.
00:30Uma informação que nos ajuda muito realmente sobre saúde.
00:35Para entendermos então essa atualização e até quando se vai a um hospital para fazer um levantamento inicial,
00:44uma certa análise ali, quando vem esse número, acha que está tudo bem, tudo normal.
00:50Mas agora aparentemente com essa atualização, esse número já não é mais considerado algo tão simples, doutor.
00:56Ótima tarde.
00:58Uma ótima tarde, pessoal.
01:00Obrigado pela oportunidade de estar aqui falando sobre um tema tão relevante e que atinge a população como um todo.
01:08Essa atualização, eu acho que é interessante que a gente entenda essa atualização como um convite
01:14as pessoas prestarem mais atenção na sua saúde e o que elas poderiam fazer para melhorar a sua saúde como um todo.
01:25Para que no futuro esses níveis não venham a aumentar e você consiga reduzir seu risco cardiovascular.
01:35Então, só dizendo que 12 por 8 não é considerado pressão alta, o número ainda continua o 14 por 9, né, para considerar hipertensão.
01:45Mas o que eu posso fazer como paciente para que eu consiga modificar e melhorar a minha saúde?
01:53Então, eu tenho que prestar atenção em algumas coisas.
01:57Por exemplo, será que eu estou dentro do peso?
02:00Será que eu estou praticando atividade física o suficiente?
02:05Como anda a minha qualidade do sono?
02:07Como está o consumo de tabaco e álcool?
02:10Enfim, eu tenho que prestar atenção num conjunto de fatores para que esse número não venha a aumentar com o tempo.
02:19E assim eu consiga reduzir meu risco cardiovascular ao longo do tempo.
02:26Eu vou também aproveitar e chamar na conversa o nosso comentarista aqui, a analista, o Rodolfo Maris.
02:33Doutor, boa tarde. Obrigado por participar conosco aqui do Fashion News.
02:37Olha só, doutor, eu estou aqui aberto com a pesquisa da Unifesp aqui em São Paulo,
02:43onde aponta que 31% da população brasileira está acima do peso ou sofre de obesidade.
02:50E esse estudo 12 por 8, onde o aferimento da pressão está 12 por 8, é considerado pré.
02:56Tem muito relacionado a esse estudo.
02:58Isso faz sentido para o senhor ou não?
03:02Faz, faz muito sentido.
03:03Pessoal, um dado super relevante e é um alerta, a gente já vem prestando atenção nisso há um tempo.
03:10Na última década, o número de obesos dobrou.
03:14E se a gente não tomar atitudes, na próxima década, esse número vai dobrar novamente.
03:19E sabidamente, perder peso vai fazer você reduzir tua pressão arterial e o contrário também é verdadeiro.
03:28Quanto mais peso eu tiver, maior, mais aumenta a chance do aumento da pressão arterial,
03:35bem como outros riscos cardiovasculares associados, como diabetes, apneia do sono,
03:41entre outros, para não me estender demais, que aumentam teu risco cardiovascular.
03:46Então, a resposta é sim.
03:48Obesidade e pressão alta andam de mão dadas.
03:51E é algo que eu tenho que prestar atenção, sim, para que eu possa reduzir meu risco ao longo do tempo.
03:58E esse risco, doutor, da hipertensão, na verdade, o que ser realizado no dia a dia?
04:05Atividade física seria um ótimo início para tentar equilibrar esse resultado?
04:14Essa é uma ótima pergunta, pessoal.
04:16A resposta é categoricamente sim.
04:19Infelizmente, por mais clichê que isso seja, vale a máxima que a gente tem que ter uma dieta adequada.
04:26Aqui, para a hipertensão propriamente dita, isso implica em redução do consumo de sal.
04:33O sal na dieta tem que ser reduzido.
04:35Atividade física, no mínimo, no mínimo, 150 minutos por semana.
04:41Se eu fizer mais, eu tenho mais benefício.
04:44Se eu tiver mais intensidade, eu tenho mais benefício.
04:48redução do consumo de álcool, redução do tabaco, possivelmente, cessação do tabagismo.
04:54Enfim, por mais clichê que possa parecer, a máxima dieta equilibrada, redução do consumo de álcool,
05:02atividade física é extremamente relevante para a construção da saúde.
05:09A saúde é algo a ser construído.
05:12Pense na saúde, a população tem que pensar na saúde como se ela fosse uma poupança,
05:17e que você vai guardando e vai trabalhando de pouquinho para que você consiga adquirir muito ao longo da sua vida.
05:26Rodolfo?
05:27Doutor, e olha só, segundo o IBGE, a média da população brasileira para se viver é de 72 a 82 anos.
05:36E esse estudo vem agora mostrando que talvez nem seja possível chegar a esses 72 anos.
05:42Nós falamos aqui da apneia do sono, nós falamos aqui agora da hipertensão, a questão da obesidade,
05:48e as pessoas que não sofrem nenhum tipo dessa comorbidade.
05:52Como elas podem pensar em relação a essa pressão 12 por 8 não ser mais indicada como a normal?
05:59O que eu acho que as pessoas têm que olhar é um conjunto de fatores.
06:03Então, por exemplo, citei a questão da atividade física, citei a questão do peso.
06:08Mas elas devem olhar consumo do álcool, algo muito relevante,
06:13e que a gente tende a normalizar pelo fato da bebida ser liberada.
06:17Então, consumo do álcool.
06:19Tabatismo.
06:20A pessoa tem que olhar se ela tem, por exemplo, uma dieta adequada do ponto de vista de sal,
06:26quantidade do sal.
06:27Agora, se ela tem um 12 por 8 e ela não tem nenhum fator de risco associado,
06:34ela deve apenas monitorar.
06:36O intuito é que ela monitore.
06:38Mas, se procurar bem, a gente sempre vai achar algum fator que possa interferir para melhorar.
06:44Exemplo.
06:45Será que está fazendo um bom manejo do estresse?
06:48Isso interfere.
06:49Então, pessoal, quando a gente soma os fatores, cada um contribui com um pouquinho.
06:55Mas, quando você soma todos eles, você vai ver que o impacto disso não é pequeno.
07:01Então, só para dar um exemplo numérico.
07:03Se eu faço atividade física, eu tenho condições de reduzir 5 a 7 milímetros da pressão arterial.
07:11Quando eu mexo no sal, eu reduzo mais um pouco.
07:153 a 8 milímetros, média 5.
07:18Quando eu vejo um sono, eu vou mexer um pouquinho mais.
07:21Para cada um desses que eu for otimizando, eu vou conseguir reduzir um pouco.
07:27Eu não preciso de grandes reduções, mas eu preciso de uma pequena redução que somar,
07:32pequenas reduções que somadas vão me dar um resultado mais impactante.
07:37E com essa, então, doutor, atualização, como fica esse número?
07:43Qual é o número ideal para ter uma saúde, uma qualidade de vida melhor?
07:50E esse número para não poder gerar nenhuma complicação.
07:53Com essa atualização, qual é o número a ser esperado, então?
07:58Eu acho que a gente pode pensar aqui no número, vamos dizer assim,
08:04o número que o pessoal aí considera o número ideal, seria o número 11 por 7.
08:10Mas veja bem, se você tiver 119, que seria 11,9 por 7,9,
08:17isso daí estaria menor do que o 12 por 8.
08:19Então, se a gente for pensar no número para facilitar para as pessoas,
08:23esse número seria o número 11 por 7.
08:26Esse aí seria, vamos dizer assim, a vedete aí no momento.
08:3011 por 7.
08:31Então, agora, essa é a atualização.
08:34Difícil, né?
08:34Com essa juventude aí, Rodolfo, ansiosa, na correria, dia a dia, né?
08:39Tudo isso, quase não tem cobrança de chefe, de líder, nada, né?
08:43Ficar em 11 por 7, doutor, vai ser um grande desafio, né, Rodolfo?
08:47Doutor, o Bruno Pinheiro leu meus pensamentos aqui,
08:50porque eu ia falar justamente sobre isso, né?
08:52O fatoridade.
08:53Até que ponto fatoridade implica nisso?
08:55Porque nós estamos vendo, de fato, como o Bruno colocou,
08:58jovens cada vez mais tentando performar todos os dias
09:02de uma forma significativa, até talvez para ser aceito,
09:05talvez de uma forma, sei lá o que dizer aqui,
09:08dessa juventude que está toda hora buscando algo novo
09:12e sofrendo com cada vez mais depressão, ansiedade,
09:15tomando remédio.
09:16Hoje, parte da nossa população, 90% da nossa população,
09:19é medicada, toma algum tipo de remédio,
09:22está com uma dor de cabeça, arruma um paliativo,
09:24está com dor, não sei onde, arruma um paliativo.
09:26E a questão da pressão para essa juventude, doutor?
09:30Não, a pessoa vai... o valor é mais ou menos semelhante, entendeu?
09:35E aí as pessoas vão ter que, de fato, prestar atenção um pouco mais.
09:39Eu volto lá, né, na primeira coisa que eu disse,
09:42que na verdade essa atualização, ela é mais assim,
09:45um chamado para que as pessoas se atentem mais
09:48a sua saúde como um todo.
09:51Então, veja bem, pessoal, hoje em dia, ser saudável
09:54não significa apenas não ter doença,
09:56esse é um conceito antigo já, né?
09:59É um bem-estar psíquico, físico e social.
10:03Então, o que você tem que se atentar?
10:05Pô, você é ansioso? Você tem depressão?
10:08Começa a fazer atividade física,
10:10porque isso vai impactar nessa condição.
10:13Como é que são suas relações sociais?
10:14Você tem boas relações sociais?
10:16Não tem? Construa boas relações sociais.
10:20Você... o teu peso não está adequado?
10:24Presta atenção no seu peso.
10:25É mais para que você se atente à sua saúde
10:30do que o valor propriamente dito.
10:33O objetivo da atualização não é deixar as pessoas paranoicas com o valor.
10:38A gente precisa colocar os valores para que as pessoas tenham parâmetros,
10:42até para que a gente, nós médicos, tenhamos parâmetros.
10:45Mas o objetivo principal é que a pessoa comece a olhar para a sua saúde
10:50de uma forma global.
10:52E entenda que saúde não é sinônimo de ausência de doença.
10:58E sim, um conjunto que engloba
11:01bem-estar físico, psíquico e social.
11:05Se você atuar nesses três pontos,
11:09dificilmente você não vai conseguir um controle adequado.
11:13E se esse controle não for possível apenas com modificações de hábitos
11:18e estilo de vida,
11:20aí sim eu vou poder, eventualmente,
11:22a depender do seu risco,
11:25que é classificável,
11:27existem scores para isso,
11:29atuar com medicações.
11:31Mas eu acho que essas coisas são todas possíveis sim
11:34de serem atingidas.
11:36E o objetivo principal da diretriz,
11:40das atualizações,
11:41é que os profissionais da saúde,
11:44bem como a população,
11:45bem como os pacientes como um todo,
11:48foquem mais em algo que de fato é mais difícil,
11:52mas que tem muito benefício
11:54e com pouco efeito colateral,
11:57que é mudança de hábito
11:58e estilo de vida.
12:00A gente vai seguir acompanhando
12:02e acredito que nos próximos dias
12:04voltaremos a conversar,
12:05porque é um assunto que acaba sendo novo
12:08e que gera muitas dúvidas ainda
12:11em relação a essa atualização.
12:13Agora é meio-dia e 44,
12:14agradeço ao doutor Eugênio Moraes,
12:18especialista,
12:18e também nos ajudando a entender um pouco
12:21sobre essa atualização
12:23e seguiremos aí na tentativa
12:24de alcançar o 11 por 7, doutor.
12:26E aí
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