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Em meio às incertezas globais e a uma possível desaceleração econômica no Brasil, o Banco Central manteve a taxa de juros em 15% ao ano. Para falar sobre o impacto da Selic no consumo, no acesso ao crédito e em investimentos, a Jovem Pan News entrevista o economista Alex André.
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NotíciasTranscrição
00:00Em meio às incertezas globais e uma possível desaceleração econômica no Brasil,
00:05o Banco Central manteve a taxa de juros em 15% ao ano.
00:09E para falar sobre o impacto da Selic no consumo, no acesso ao crédito e investimentos,
00:15o Jornal da Manhã deste sábado recebe o economista da Sara Invest Research, Alex André.
00:22Alex, muito bom dia para você, obrigada pela entrevista.
00:26Bom dia, Soraya, é um prazer estar aqui no Jovem Pan.
00:28Bem, Alex, a semana foi marcada pela super quarta, né?
00:32Não só resultados do Copom aqui no Brasil, mas também nos Estados Unidos.
00:36Portanto, os juros ainda mexem com o mercado e com os ânimos dos investidores.
00:42A Bolsa renovou o recorde, o dólar aí permanecendo estável.
00:47Agora, analistas já apontam que o Copom pode repetir a dose já na próxima reunião.
00:53Que fatores podem reforçar, então, essas expectativas pela manutenção
00:58e o que pode mudar, de repente, aí no meio do caminho.
01:00Perfeito, Soraya.
01:02Eu acho que começando rapidamente pelos Estados Unidos, né?
01:05O mercado já esperava uma queda de juros por lá, algo que não acontecia próximo aí
01:10de um ano e dez meses, um ano e nove meses, que os juros não caíam nos Estados Unidos.
01:14Então, o mercado já antecipou esse movimento.
01:16Nós estamos vivendo uma semana, quase duas semanas de altas recordes, né?
01:21A Bolsa Americana, recordes atrás de recordes.
01:23E a Bolsa Brasileira também tem acompanhado esse movimento.
01:26Medido pelo Ibovespa, né?
01:28As principais ações aqui do Brasil também têm registrado recordes.
01:31Já pelo Copom, né?
01:32O nosso banco central, né?
01:34Ou seja, a nossa taxa básica de juros, que manteve em 15%,
01:37que é, lembrando, é a maior taxa ao longo dos últimos 20 anos.
01:41Acho que a surpresa do Copom, Soraya e todos que nos acompanham aqui na Jovem Pan,
01:46é a relação da expectativa de corte que o mercado colocava para dezembro.
01:50Ou seja, o mercado já esperava que os juros iam começar a cair a partir de dezembro.
01:54Por quê?
01:55Porque a economia está desacelerando, até a apreciação do real.
01:58Ou seja, nós estamos vendo aí o dólar também registrar mínimas ao longo dos últimos meses.
02:02Estão ali na faixa de R$ 5,30.
02:04Isso ajuda também em relação à inflação, ou seja, o preço dos alimentos.
02:08O preço dos produtos acaba ficando mais barato.
02:11Se grande parte é dolarizado, o dólar mais barato acaba trazendo preços mais baixos, naturalmente.
02:16E, mas, ao mesmo tempo, nós não vimos essa movimentação por parte do Banco Central.
02:20O Banco Central que manteve os juros, que isso já era consenso, mas colocou uma perspectiva ainda desafiadora.
02:26Por quê?
02:27Aí já tiramos no radar o corte de juros para dezembro até para janeiro.
02:32E a explicação fica o seguinte.
02:34Primeiro movimento, ou seja, nós vimos uma inflação medida pelo Fox, ou seja, a expectativa dos economistas,
02:40que está em torno ali de 4,83% de inflação.
02:44Tudo bem, a inflação vem caindo ao longo do tempo, a expectativa de inflação também,
02:47mas ainda segue acima da meta do Banco Central.
02:50O que é a meta do Banco Central?
02:51Porque ele quer buscar de meta de inflação onde ele deseja que a inflação esteja.
02:56Então, ele busca ali em torno de 3%, lembrando que pode chegar um pouquinho acima disso,
03:01e a inflação de hoje, o que a gente chama de inflação corrente, está acima disso.
03:05Então, ele pretende continuar com uma taxa de juros muito alta.
03:08O que significa na prática? Significa que os juros mais altos vão continuar com um cenário de crédito mais caro,
03:15de um consumo mais reprimido e de uma economia ainda que deva sofrer esses movimentos de juros mais altos.
03:23Então, isso está passando por juros altos, esse movimento acaba sofrendo investimentos,
03:27já que a renda fixa por parte de investimentos é mais atrativa e aí tira dinheiro da produtividade.
03:33Ou seja, o empresário tende a alocar capital muito menos em relação a investimentos,
03:38já que pegar um empréstimo no banco, o capital de juros está caro e também a renda fixa está mais atrativa.
03:43E as explicações que o Banco Central, o porquê o Banco Central não cortou juros,
03:48primeiro movimento, ele vê uma inflação de serviço muito alta,
03:51o desemprego ainda está muito baixo, ou seja, a economia por parte do emprego está bem aquecida.
03:56Então, quando a gente pega aqui a inflação de serviços, especificamente, está em 3,17%, está alta.
04:00E também, por outro lado, quando a gente pega os números do IPCA, que é o número da inflação,
04:04mesmo que tenha uma deflação, ou seja, uma queda de preços, explica-se por dois motivos.
04:08Primeiro, o bônus de Itaipu, que é uma questão de energia e a sazonalidade dos alimentos.
04:13Temos agora uma questão de safra, ou seja, mais oferta, isso acaba trazendo queda de preço de alimento
04:19e aí acaba trazendo um número de inflação menor.
04:22Então, o Banco Central está de olho para colocar uma taxa de juros ainda mais alta,
04:26eu digo, não subir a taxa de juros, mas continuar com os 15% por mais tempo
04:30para aí sim, reduzir o ritmo da economia e trazer com maior segurança
04:34em relação a um aspecto de inflação mais baixo
04:37e aí sim, mudar esse discurso e começar a reduzir os juros a partir do ano que vem.
04:42Bom dia, Alex. Prazer tê-lo conosco.
04:45Alex, inclusive o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo,
04:48ele sempre é questionado, porque como você disse, é a maior taxa em décadas.
04:52E mesmo assim, a atividade econômica vai mostrando resiliência, o desemprego baixo,
04:58o PIB também crescendo.
05:00Então, ele sempre é questionado o que está acontecendo, porque era um remédio que era aplicado
05:03e a eficácia era mais rápida e agora fica realmente para 2026, num ano de eleição.
05:11E aí, a questão política pode interferir, infelizmente, para baixar juros,
05:16porque uma questão política ou uma questão econômica?
05:18Perfeito, Marcelo. É um prazer falar contigo.
05:22Em relação à política, é uma pergunta muito importante,
05:26porque o aspecto político, todo ano eleitoral,
05:28um governo, independentemente de ser de direito ou de esquerda,
05:31tende a gastar mais no ano eleitoral.
05:33Então, num ano que o governo gasta-se mais,
05:36acaba trazendo uma pressão na dívida pública.
05:38Porque se nós temos uma pressão na dívida pública,
05:40o Banco Central fica mais restrito em cortar juros,
05:43ou seja, ele fica mais temeroso em cortar juros.
05:45Se cortar, não vai cortar tanto quanto até mesmo ele deseja,
05:49já que as contas públicas estão no patamar muito alto.
05:52Quando a gente fala de patamar alto, a gente mede muito pelo PIB.
05:55Então, ou seja, hoje as nossas contas públicas,
05:58ou seja, as nossas despesas do governo,
06:00está próximo ali de 77%, 78% do PIB.
06:03Inclusive, tem um outro assunto,
06:05que eu não vou entrar tão a fundo aqui,
06:08mas é um projeto, inclusive lá no Senado,
06:11da Relatoria de Renan Calheiros,
06:12que limita o teto da dívida pública em 80%,
06:16ou 6,5% da receita corrente líquida,
06:19que é uma relação que acaba trazendo
06:20um possível risco de moratória.
06:22Ou seja, o governo talvez não consiga honrar
06:24e pagar os seus juros e a sua dívida.
06:27É uma questão à parte.
06:29Eu quero dizer o seguinte,
06:30nesse assunto do Banco Central.
06:31Se nós temos um assunto fiscal,
06:33ou seja, se o governo mantém as contas públicas
06:36de um lado muito difícil,
06:38o Banco Central, no ano eleitoral,
06:40ele vai ter uma escolha realmente mais complicada.
06:42Ou seja, não basta cair a inflação,
06:45não basta a economia desacelerar.
06:46Você disse, Marcelo, muito bem, inclusive,
06:49que o PIB está resiliente, o desemprego está baixo.
06:52Sim, o que se espera, pelo menos agora,
06:54nesse ano, no final do segundo semestre,
06:56é que a economia comece a desacelerar ainda mais.
06:59Ou seja, que ela está aquecida,
07:01mas que ela comece a trazer uma trajetória de aceleração.
07:04A inflação, como eu falei,
07:05grande parte está sendo contaminada
07:07por um real mais valorizado,
07:08ou seja, o dólar está caindo no mundo inteiro,
07:10o real valoriza e outras moedas emergentes também.
07:13Então, a gente está favorecendo
07:14por um real mais apreciado.
07:16A economia desacelerando,
07:18mas, por outro lado,
07:18a gente tem contas públicas
07:20que sempre estiveram ali no radar dos investidores,
07:23como uma preocupação do Banco Central também.
07:25Mas no ano eleitoral, Marcelo, é difícil,
07:27porque no ano eleitoral,
07:28o governo tende a gastar mais
07:29e aí o Banco Central precisa ficar de olho nisso.
07:32Alex, nossos comentaristas também participam
07:35dessa entrevista,
07:36começando pela pergunta do Henrique Kriegner.
07:39Alex, bom dia.
07:41Prazer em falar com você.
07:42Justamente você mencionou agora
07:44a relação dívida pública e PIB.
07:46O Tesouro Nacional soltou essa semana
07:48a projeção de que em 2028
07:50essa relação pode chegar a quase 85%.
07:53É bastante preocupante.
07:55Quais seriam as medidas
07:56que seriam mais emergenciais
07:58quando a gente olha para o governo brasileiro
08:01para serem adotadas,
08:03para a gente conseguir um equilíbrio fiscal
08:04e ter mais certeza
08:06de que a taxa de juros pode, de fato,
08:08ser reduzida?
08:10Obrigado pela pergunta, Henrique.
08:12Prazer em falar contigo também.
08:13Acho que respondendo um pouco
08:15do que precisa ser feito,
08:17lógico, não é só cortar gastos,
08:19cortar gastos.
08:21Muitas das vezes a gente vê aqui
08:23nas notícias
08:24que o mercado financeiro,
08:26enfim, diversos entes aqui do mercado,
08:28empresários, pedem, clamam
08:30para o governo cortar gastos.
08:31O que a gente precisa ter
08:32é uma eficiência das contas públicas.
08:34Ou seja, nós temos aqui
08:36uma despesa, como você comentou muito bem,
08:38que ainda está muito pressionada.
08:39E quando a gente fala de contas públicas,
08:41de uma forma bem leida
08:42para quem nos assiste,
08:43a gente separa por duas vertentes.
08:45Primeiro, a despesa obrigatória,
08:47ou seja, aquele que o governo
08:48não consegue cancelar a despesa,
08:50que é pagamento de pensões,
08:52saúde, educação,
08:53que são as verbas que são
08:54definitivamente obrigatórias de se pagar.
08:56e tem a despesa discricionária,
08:58que é uma despesa que o governo
08:59pode cancelar,
09:00ele pode adiar,
09:01que é uma despesa que não é obrigatória.
09:03Cada vez que o governo
09:04aumenta seu endividamento,
09:05a sua despesa obrigatória sobe.
09:07E aí a sua despesa discricionária,
09:09que ela tem uma opção
09:10de subir esse investimento,
09:13esse caso gasto,
09:14acaba diminuindo.
09:15Então, esse cobertor curto,
09:16ou seja, o governo cada vez mais
09:18começa a observar
09:19que ele tem menos opções
09:21de flexibilidade no seu orçamento.
09:23E para isso, de novo,
09:25não basta só cortar gastos,
09:26porque não adianta você cortar gastos
09:28da saúde,
09:28da educação,
09:29da segurança,
09:30de outras faltas,
09:31que pode ser cortado.
09:32Não estou falando só
09:33dos gastos obrigatórios,
09:34que é um pleito
09:34que a gente não consegue entrar.
09:36Mas no ponto de vista
09:37de eficiência.
09:38E como você fala de eficiência?
09:40São reformas.
09:40Reforma administrativa,
09:42eu acho que é um grande assunto
09:43que está sendo debatido,
09:44mas no plano eleitoral
09:45é difícil ser emplacado
09:46com a questão de capital político.
09:48Nós temos também,
09:49a gente novamente debater
09:51a relação das aposentadorias,
09:54como foi feita a reforma lá atrás.
09:55Então, a gente realmente precisa
09:58ter reformas estruturantes
10:00para o Brasil.
10:01Logicamente,
10:01eu estou falando aqui
10:02de uma questão
10:03do que precisa ter feito,
10:04não definitivamente
10:05que é o que será feito,
10:07mas de quatro em quatro anos
10:08muda esse governo,
10:09fica esse governo,
10:10mas a gente precisa discutir
10:11projetos de longo prazo
10:12para realmente o Brasil
10:13ter produtividade.
10:14Reformas é um ponto importante,
10:15que é uma pauta de governo,
10:17ou seja,
10:18não é de mercado.
10:19E aí, claramente,
10:20nós tivemos vários avanços
10:22aqui no Brasil,
10:23marcos regulatórios,
10:23enfim,
10:24em relação a investimentos,
10:25mas aí,
10:26ao mesmo tempo,
10:26a gente precisa olhar para mim
10:28e seria o principal ponto,
10:29que seria um reformas.
10:30Começando pela reforma administrativa,
10:32eu acho que é o principal ponto.
10:33Nós tivemos aí agora
10:34a simplificação dos tributos,
10:35agora a gente já começa
10:36a observar a partir de 26,
10:38com a relação para 26, 27,
10:41isso também ajuda
10:42ao longo do tempo,
10:43porque traz
10:44uma menor morosidade
10:45em relação ao mercado,
10:46e, ao mesmo tempo,
10:48a gente precisa ter
10:49um pouco de cautela,
10:50porque as contas públicas
10:51são altas,
10:52mas essa trajetória
10:54precisa ser feita
10:54com muito cuidado.
10:56Alex,
10:57agora a pergunta
10:57do Acácio Miranda.
11:01Alex,
11:01bom dia.
11:02Para nós que não somos
11:03do universo econômico,
11:05a gente sempre encara
11:06com muita dificuldade
11:08esse tripé
11:09inflação,
11:11emprego
11:12e taxa de juros.
11:13Você disse que
11:15nós estamos numa fase
11:17em que o número
11:18do desemprego
11:18tem diminuído,
11:20em compensação,
11:22em compensação,
11:23o Banco Central
11:24tem mantido
11:25as taxas de juros
11:27num patamar elevado.
11:29E a inflação,
11:30você disse que ela
11:31teve um aumento
11:32de subida,
11:33mas nos últimos tempos
11:34a gente tem enfrentado
11:35a deflação.
11:37De forma bem objetiva,
11:39eu gostaria que você
11:40explicasse essa relação,
11:42porque sempre que a gente
11:43olha para um subindo,
11:45outro descendo,
11:46há essa dificuldade
11:48de compreensão
11:49para quem não é
11:50da área econômica.
11:52Ótimo, Acácio.
11:53Obrigado pela pergunta,
11:54sendo bem objetivo
11:54aqui na resposta.
11:56Esse tripé,
11:57sendo bem direto,
11:59não existe uma resposta
12:01que seja binária,
12:02ou seja,
12:03um número específico,
12:04o Banco Central
12:05vai cortar os juros.
12:06Mas se a gente
12:06precisa entender,
12:07é um equilíbrio
12:08entre esses três pilares
12:10que você comentou.
12:10crescimento, inflação
12:12e também que elas
12:14são desemprego,
12:14enfim, a questão do emprego.
12:16Então, acho que o principal
12:16ponto aqui, respondendo,
12:18o Banco Central,
12:18ele está olhando
12:19para a inflação de serviços,
12:21ou seja,
12:22ele está olhando muito
12:22ali para o parte de emprego.
12:24Se nós observarmos
12:25a inflação,
12:25por parte do serviço,
12:27está em 6,17,
12:28está muito acima do IPCA,
12:30que está colocando ali
12:31para 4,83.
12:32O que significa isso?
12:34Significa que ele espera,
12:35com essa taxa de juros
12:36tão alta,
12:37ou seja,
12:37se a taxa de juros
12:38está alta,
12:38ela desestimula o crescimento.
12:40Se a gente estimula o crescimento,
12:41a economia desacelera.
12:42Se ela desacelera,
12:43vai ter mais demissões.
12:45Tendo mais demissões,
12:46o mercado acaba trazendo
12:47um desemprego maior
12:48e uma taxa de inflação
12:50de serviços menor.
12:52Então,
12:52o que ele quer trazer?
12:53No final do dia,
12:54o que o Banco Central
12:54quer fazer com essa taxa
12:55de juros alta,
12:56que é a maior taxa
12:57ao longo dos últimos
12:575 anos?
12:58É desacelerar a economia
13:00num ponto
13:01que consiga concentrar
13:03uma inflação
13:04que seja dentro
13:05da sua meta,
13:06ou seja,
13:06aquele número
13:07que a gente fala ali
13:07de 3%,
13:084,5%,
13:09porque justamente
13:10se o Banco Central
13:11cortar juros cedo,
13:13ou seja,
13:13se ele cortar muito rápido
13:14e ele cortar antes
13:15do que ele definitivamente
13:17acha,
13:17o que vai acontecer?
13:18A economia vai acelerar muito.
13:19Isso é bom?
13:20É bom.
13:20Vai trazer mais arrecadação
13:22para o governo
13:22porque a economia
13:23vai acelerar?
13:24Sim,
13:24mas os preços
13:25vão subir também
13:26de uma forma galopante.
13:28E aí o Banco Central
13:28vai ter que devolver
13:29todo aquele corte
13:30que ele fez,
13:31ele vai ter que subir
13:31muito mais
13:33do que ele já tinha cortado.
13:34Então,
13:35esse que é um ponto importante.
13:36Na pandemia,
13:37nós vimos taxa de juros
13:38e o Banco Central
13:39cortou para 2%,
13:40hoje estamos em 15%.
13:41O que aconteceu?
13:42Cortou porque teve
13:43uma questão de demanda,
13:44ou seja,
13:44ninguém saía de casa
13:45e tudo mais,
13:46e inclusive teve que subir,
13:47subir, subir,
13:48e foi para 15%
13:49pela aceleração
13:50da economia.
13:51Então,
13:51esse tripé,
13:52só para responder aqui,
13:53Acácio,
13:54não existe uma resposta
13:55binária,
13:57uma resposta que
13:57se um número,
13:58se a inflação
13:59estiver num número,
14:00o Banco Central
14:00vai cortar,
14:01porque ele tem que olhar
14:01para todos os fatores
14:02da economia brasileira
14:04e até nos Estados Unidos.
14:05O Banco Central,
14:06inclusive,
14:07na parte da sua ata,
14:08seja na sua carta,
14:09ele olha o cenário
14:09macroeconômico mundial
14:11para tomar uma decisão aqui.
14:12Nós somos uma economia
14:13globalizada,
14:13o mundo é globalizado
14:15como um todo,
14:16as tarifas de Trump,
14:16tem vários assuntos aqui,
14:18mas se responder
14:18de uma forma objetiva,
14:19nós temos um desemprego
14:21que precisa
14:21aumentar ligeiramente,
14:24nós precisamos ter
14:24uma inflação
14:25que precisa continuar
14:25a cair,
14:26como você comentou,
14:27está caindo,
14:27precisa cair mais um pouco,
14:29e aí sim,
14:30o Banco Central
14:30vai ter uma liberdade
14:32de começar
14:33os cortes de juros.
14:34Bom dia,
14:34em que posso ajudar?
14:36Recebemos o economista
14:38da Sarah Invest Research,
14:40Alex André,
14:41que tentou nos ajudar
14:43um pouco
14:43todo esse cenário
14:44da economia,
14:45né?
14:45Semana foi recheada
14:47de assuntos
14:48em relação ao Copom
14:49aqui no Brasil
14:50e também nos Estados Unidos.
14:52Obrigada, André,
14:52mais uma vez
14:53pela sua participação.
14:54Bom final de semana.
14:56Dória,
14:56é sempre um prazer
14:57estar aqui com toda a audiência
14:58da Jovem Pan.
14:58Grande abraço a todos.
14:59E aí,
15:00e aí,
15:01e aí,
15:02e aí,
15:02e aí,
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