A morte de Charlie Kirk, um dos principais nomes do conservadorismo nos Estados Unidos, reacende o debate sobre a escalada da violência política no país. Segundo a agência Reuters, entre 2021 e 2024 foram registrados ao menos 300 casos, o maior número desde a década de 1970. Para falar sobre o assunto, a Jovem Pan entrevista Natalia Fingermann, professora de relações internacionais.
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00:00Um dos casos que mais chamou a atenção nesta semana foi a morte do ativista e influenciador norte-americano Charlie Kirk.
00:07Ele foi assassinado em um evento em uma universidade no estado de Utah na última quarta-feira.
00:13O suposto atirador Tyler Robinson, de 22 anos, foi detido na noite de quinta, 33 horas depois do crime.
00:20Ele deve ser indiciado formalmente na terça e a polícia ainda está investigando a motivação do crime.
00:28Segundo fontes ligadas ao interrogatório, Tyler Robinson tem se negado a falar com os investigadores, a explicar o porquê que ele cometeu esse ataque.
00:38Então, nesse momento ainda, muitas incógnitas, muitas perguntas sem respostas.
00:43O certo é que esse caso chocou o país, mais um caso de violência armada nos Estados Unidos e mais um caso de violência política.
00:52Segundo a agência Reuters, desde o ataque do Capitólio, isso em janeiro de 2021, durante a certificação da vitória de Joe Biden e Kamala Harris nas eleições do ano anterior,
01:04foram pelo menos 300 casos de violência política registrados nos Estados Unidos desde então.
01:12Professora Natália Fingerman, os Estados Unidos têm uma história democrática invejável.
01:17A gente está falando aqui da maior economia do mundo, a maior força militar do mundo e tudo isso passa por uma democracia que sempre foi muito estável,
01:26que sempre foi uma grande referência, um farol para o resto do mundo, aqui no Ocidente pelo menos.
01:33Agora, esses números, por exemplo, 300 casos de violência política desde o ataque do Capitólio,
01:39que foi algo praticamente sem precedentes na história americana, pelo menos na história recente.
01:43Isso indica que a democracia norte-americana passa hoje por um dos seus momentos de maior dificuldade?
01:52Me parece que tem uma crise na democracia norte-americana.
01:56A democracia norte-americana, ela vive uma crise, eu diria que desde o primeiro governo do Donald Trump.
02:04E o grande problema é que hoje o presidente Donald Trump tem, em certa medida, com as suas falas, impulsionado essa crise.
02:15Então, quando a gente pensa em toda a discussão que está sendo feita em torno do assassinato,
02:24e as suas falas, elas intensificam ainda mais esses conflitos,
02:29essa possibilidade de um grupo querer se armar contra o outro grupo,
02:35essa polarização extrema.
02:37A polarização extrema, Fabrício, ela não é boa para a democracia.
02:43Para a democracia é importante que haja, sim, diversidade, pluralidade de opiniões.
02:50Mas quando a gente tem uma polarização na qual eu não consigo aceitar o outro,
02:54ou o outro não consegue me aceitar, a gente tem esse cenário onde a violência se torna um mecanismo
03:01muito utilizado e, infelizmente, várias vidas são perdidas.
03:08É uma situação bastante delicada nos Estados Unidos e em vários países do mundo.
03:13Essa questão da polarização, da violência política tem crescido em praticamente todos os lugares.
03:19Aqui no Brasil, por exemplo, a gente viu isso acontecer várias e várias vezes nas eleições de 2022,
03:24agora também em 2024, um cenário bastante delicado.
03:29São 5 horas e 54 minutos.
03:32A gente conversou com a professora de Relações Internacionais da SPM, Natália Fingerman,
03:36a quem eu agradeço muito a participação.
03:39Tenho certeza que ela vai voltar muito em breve aqui no JP Internacional para conversar com a gente.
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