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  • há 2 meses

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Transcrição
00:00Acendi um pagode e aí eu fiquei um pouco mais lá na frente e foi quando ele me abordou, queria minhas pertences.
00:11Ele simplesmente não falou nada, ele foi colocando a mão no meu bolso e tentando tirar minhas pertences.
00:18E aí eu não deixei, aí foi quando eu segui, continuei seguindo o destino,
00:23quando eu fui surpreendido com ele, com duas pedras, uma pedra que ele deu na minha cabeça e a outra que ele deu no meu rosto.
00:34E se eu não reagisse, se eu me invadisse, ele realmente ia me matar.
00:39E realmente eu só não morri, porque eu ia invadir, eu saí correndo.
00:46E ele veio na viatura, inclusive, dizendo que a próxima vez vai ser facada na minha cabeça.
00:52Ele queria me matar mesmo, ele disse para mim que ia me matar, não conseguiu minhas pertences e ia me matar.
00:58Isso foi acontecer em plena Praça do Carmo, você viu policiamento ali na hora?
01:03Não, na hora não teve policiamento nenhum.
01:06Quem parou ele foi o pessoal que estava lá na frente, a população.
01:11Quem te socorreu?
01:13Quem me socorreu foi a população também.
01:15Aí eu fui lá, a delegacia próxima, jogar o água, limpar o meu corpo e me levaram para a emergência.
01:28E aí a gente seguiu para cá, né?
01:32O que passou na sua cabeça na hora?
01:34É, tanta coisa, sabe?
01:39Assim, a gente se sente impotente, sabe?
01:44Às vezes se sente seguro, às vezes se sente...
01:48Não tem palavra, não tem explicação quando a gente passa uma situação dessa, sabe?
01:51Porque...
01:51Você achava que ia morrer?
01:54Realmente, eu achei.
01:55E ele foi para fazer isso comigo.
01:57Obrigado.
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