00:00É mais um caso chocante, terrível, revoltante, que envolve criança sendo vítima de agressão de violência por parte de quem deveria ter o papel,
00:11a missão extremamente importante de proteger, de cuidar, de dar amor.
00:15Nesse caso, uma menina de 7 anos que chega na escola com o braço enfaixado e dizendo que tinha se queimado ao fazer, ao cozinhar o macarrão,
00:24mas logo depois a verdade começa a aparecer.
00:27Ela revela para uma vizinha que tinha sido queimada de garfo pela própria mãe e aí é que vem à tona outras situações que foram verificadas já aqui no Conselho Tutelar de Olinda.
00:38Esse episódio aconteceu em Águas Cumpridas, estou acompanhado de Cláudia Roberta, conselheira tutelar, que foi até a casa dessa menina para verificar a situação de perto.
00:47Olha o que se descobriu que essa menina já sofreu.
00:50E aí quando a gente chega aqui, que ela vem com a gente, junto com a menina, a gente pede para fazer a escuta primeiro com a criança,
00:57e depois de insistir e mostrar que ela estaria protegida, que ela poderia falar, que a gente seria a proteção dela naquele momento,
01:04a menina relata para a gente que a mãe tinha pedido a ela que não dissesse nada e que quem perguntasse se queimadura fosse aquela,
01:11teria dito que ela foi cozinhar um miojo.
01:13Só que na ferida da menina, na queimadura da menina, é uma demonstração de um garfo quente na mão.
01:22E o que foi que aconteceu?
01:23A menina disse para a gente que por ela ter perdido uma borracha, a mãe esquentou um garfo e queimou a mão dela como forma de castigar para que ela não perdesse mais e depois ela deu mais dois lápis com borracha à menina.
01:34Não para por aí, já tinha havido agressões anteriores, inclusive nas partes íntimas dessa menina.
01:39É, e aí a gente perguntou à menina se teria uma outra situação que a mãe teria feito, porque através do próprio relatório da escola, a gente identificou um novo fato.
01:49E aí a gente perguntou à menina se esse fato realmente existiu.
01:52A menina disse que existiu, que ela estava dormindo e que a mãe pegou o fósforo.
01:57Enquanto ela estava dormindo, a mãe queimou as partes íntimas dela e no dia seguinte a menina sentiu dor e aí dizendo à mãe o que tinha sido e a mãe tinha dito à menina que tinha sido ela.
02:06Tem um detalhe, gente, que a vizinha só chegou a falar o seguinte, que escutava muitas vezes a mãe cometer ali uma violência psicológica terrível contra as crianças,
02:14dizendo o seguinte, eu não arrumo um marido por causa de você, porque se eu colocar um homem aqui em casa, você vai dizer que eu abuso, que ele abusa de você.
02:23Então eu estou sozinha por culpa sua, atribuindo ao fato de ter filha, de ter crianças em casa, estar sozinha por isso.
02:30Ou seja, tudo muito absurdo. Para finalizar, a Cláudia diz para a gente qual o destino dessa criança e das outras dessa casa.
02:37Quando a gente terminou de fazer a escuta da menina, a gente chamou a mãe, momento nenhum ela negou.
02:44E a gente já ouviu ela fazer uma outra ligação para uma pessoa, dizendo que ela teria perdido a filha porque ela teria queimado e ela afirmou que queimou.
02:52Então, mediante esses fatos que ocorreram no próprio conselho, e aí a gente decidiu, as três crianças, porque ela tem a menina e mais dois filhos,
03:00os três, ontem à noite mesmo eu peguei e retirei, e os três meninos estão acolhidos na casa de passagem e só vão sair após a decisão judicial.
03:09Por quê? Procuramos a família extensiva e a família informou que não teria condição de ficar com nenhum dos três.
03:15Que fiquem protegidas para evitar que o pior aconteça.
03:17Com imagem de Gabriel Ferreira, Rodrigo de Luna para o TV Jornal Meio Dia.
03:22Que fiquem protegidas para evitar que o pior aconteça.
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