Pular para o playerIr para o conteúdo principal
Em um cenário de juros a 15% e tensões comerciais com os EUA, o melhor investimento hoje no Brasil é a "renda fixa". A afirmação é do CEO e sócio da Galapagos Capital, Marco Bologna, em entrevista ao Show Business. Segundo ele, o alto "juro real" (diferença entre a Selic e a inflação) torna essa modalidade a escolha mais óbvia para o investidor.

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Olá, boa noite, está no ar o Show Business, o mais tradicional talk show de negócios da TV brasileira.
00:07E no programa de hoje vamos receber Marco Bolonha, sócio fundador e CEO da Galápagos Capital,
00:15fundada em 2019 com 30 bilhões de reais sob gestão.
00:21Vamos receber também Márcio Fabri, CEO da Niu, uma nova empresa de tecnologia
00:26que fornece soluções de internet fibra com uma base de cerca de 4 milhões de clientes.
00:34Eu sou Bruno Meier e seja muito bem-vindo ao Show Business que começa em instantes.
00:40Ele é formado em engenharia pela Universidade de São Paulo, passou pelos mais variados bancos estrangeiros
01:01e é sócio fundador da Galápagos, uma gestora com mais de 50 mil investidores.
01:10Nós vamos conversar neste bloco do Show Business com Marco Bolonha, CEO e sócio da Galápagos Capital.
01:20Obrigado, Bolonha, pela presença aqui em nosso estúdio.
01:23Hoje eu já vou direto, você lidando, você é um engenheiro, mas lida com o mercado financeiro há muitos anos.
01:32Juros a 15% ao ano e no meio de um Brasil sendo taxado em 50% pelos Estados Unidos, qual que é o melhor investimento hoje?
01:44Primeiro, boa noite. Obrigado pelo convite estar aqui com vocês.
01:47Eu diria que o Brasil tem uma taxa de juros, como você colocou logo no início, são 15%.
01:53Se você olhar a inflação, olhar da ela para frente, estamos falando, vai de 4,5%, 5%.
01:59Então, acho que o investimento mais óbvio hoje é a renda fixa, dado o juro real que a gente está praticando na economia.
02:08Nós estamos fadados a ser o país da renda fixa, Bolonha?
02:13O Brasil tem um problema estrutural histórico. É difícil a gente ver uma taxa de juros, quando você olha as previsões das curvas,
02:21haver algo abaixo de 10%. Então, a gente acha que está meio amarrado a ser um país de dois dígitos.
02:28A gente teve poucos momentos de um dígito, dura pouco.
02:31E aí, obviamente, que isso vem de um problema estrutural da área fiscal, que acaba pressionando os gastos,
02:38acaba pressionando a inflação, que leva a ter que ter uma política monetária ativa.
02:43Então, acho que a gente está praticando uma estrutura que requer uma política monetária ativa.
02:50Pela análise de vocês, a queda de juros no Brasil começa quando?
02:57Nós entendemos, pelos dados que têm saído mais recentes, até o próprio IPCA, o último dado que a gente teve,
03:05já mostra que os efeitos da política monetária começaram a sentir efeitos.
03:11São efeitos em termos de redução de atividade, na margem.
03:15Então, o nosso call é de que a taxa de juros deverá iniciar sua queda no final deste ano ainda.
03:21Isso em dezembro?
03:22Dezembro.
03:22Dezembro, é isso.
03:24No último copom.
03:26No último copom.
03:27E deve ser o quanto?
03:28A aposta aí de vocês?
03:290,25?
03:30Do que a gente olha hoje é meio.
03:32Meio possível.
03:33É que merece meio.
03:34Então, vai para 14.
03:35É porque, como eu falei, o juro real é muito alto.
03:38Então, acho que 25 ou meio não vai fazer a diferença, mas na ponta o meio ajuda.
03:43Agora, deixa eu trazer um tema que movimenta o setor financeiro.
03:47Não só o setor financeiro, mas, sobretudo, o setor financeiro nas últimas semanas.
03:52Tarifácio de Donald Trump.
03:55Você acredita que o Brasil vai ser afetado quanto?
04:00Ou não vai ser afetado?
04:03Mesmo com a imposição ali dos 50% em vários setores?
04:08Perfeito.
04:08Então, vamos lembrar primeiro que nós estamos falando de 40, né?
04:11Porque 10% foi o que foi...
04:14Exatamente.
04:14No começo, exatamente.
04:15No começo era 10%.
04:15Na totalidade ali...
04:17Que estava na conta, né?
04:18Porque eu acho que tinha um desequilíbrio tarifário entre os Estados Unidos e outros
04:22países.
04:22Havia já um clima de que isso iria acontecer.
04:25O que foi surpreendente foi o adicional de 40% em função não de um critério econômico,
04:32mas muito mais uma discussão política do que econômica, né?
04:35Porque o Brasil não tem superávit na balança.
04:40Aproveitando, já pegando esse gancho, o que você acha que foi determinante para essa
04:43decisão de Donald Trump?
04:45Eu acho que é uma discussão geopolítica.
04:47É geopolítica.
04:48Geopolítica.
04:48Na minha opinião, em função discussão de BRIC, todo esse tema que a gente vem vendo
04:53pela indiscussão, né?
04:56Então, isso provocou esse adicional tarifário de 40%, que inicialmente todo mundo imaginava
05:02que era cross the board, né?
05:03Que seriam todas as exportações brasileiras.
05:05Aí saiu aquela lista de exceções, começou a tirar vários itens de pauta que reduziu o
05:11escopo para perto de 32%, 35% do que é exportado para os Estados Unidos e que foi afetado pela
05:18tarifa.
05:19Então, quando você faz essa conta toda, eu acho que o impacto, se falar, o impacto de
05:23PIB, né?
05:23Porque a exportação brasileira, o 12,5% é exportado para os Estados Unidos da pauta
05:28de exportação brasileira.
05:29Então, se você fizer essa conta e chegar naquilo que foi afetado, eu acho que 0,5% no
05:33PIB é um bom número.
05:340,5%.
05:350,5%.
05:36Óbvio que isso é um pouco conta do contente, porque isso no geral, né?
05:41Mas quando você vai a alguns setores específicos que estão afetados, que contribuem para esse
05:46meio, aí o efeito é muito forte, né?
05:48É muito forte.
05:49Exportadores, pequenas, médias empresas que dependem de exportação muito...
05:52É, o que a gente tem escutado aqui no show business mesmo é que vai afetar muito pequeno
05:57produtor.
05:58Com certeza.
05:59Que é quem exporta maciçamente para os Estados Unidos.
06:02Tem algumas indústrias que, basicamente, produzem únicamente para ir para lá.
06:06Então, quando você fala, bom, coloca no preço, a demanda vai cair lá, né?
06:11Ele pode até tentar passar no preço, mas a demanda vai cair e, muitas vezes, o preço
06:15que ele coloca lá abre espaço para outros países que não têm a tarifa ter preços mais
06:20competitivos para o mesmo tipo de produto.
06:22Agora, tirando o tarifaço que impacta, né?
06:26Impacta, de certa forma, lógico, mesmo com uma queda aí de 0,5, 0,2 no PIB brasileiro,
06:36tirando o tarifaço de Donald Trump, como anda a economia brasileira?
06:40É, a economia, como você disse, ao início, 15% de taxa de juros, mas ela vem resiliente,
06:45né?
06:46Vem crescendo, o Brasil vem crescendo, né?
06:48Ao redor aí de 2%, né?
06:50Que a gente aí olha um pouco, fazendo a média para frente, e com baixíssimo desemprego,
06:54né?
06:54Porque eu acho que esse é o cenário que mostra bastante a resistência de ter que ter uma
06:59política monetária ativa.
07:00A gente tem um cenário ainda de atividade econômica aquecida.
07:03E isso vem muito pela própria dinâmica daquilo que vem as alterações do setor econômico.
07:09Nós temos um agro muito pujante, né?
07:11O agro brasileiro, esse ano, tem uma perspectiva muito boa de safra.
07:15Então, o agro sempre, que representa 30% do PIB, tem sido bastante, e até a parte
07:21climática, né?
07:22Está dando um sossego para a nossa agricultura.
07:25Você tem a parte de serviços, que vem crescendo, a área de tecnologia, a área de serviços
07:30em geral, e também a infraestrutura, né?
07:32Investimento em infraestrutura.
07:33Então, isso tudo mostra, o Brasil continua crescendo, continua com baixíssimo, acho
07:37que é historicamente um dos menores índices de desemprego, apesar de uma taxa de juros
07:41alta, porém, o outro dado que me deixa um pouco otimista com a redução de taxa de
07:46juros é o câmbio não está criando, ele está até cedendo o câmbio.
07:50Se ele continuar, não tem porquê.
07:52O grande impacto da inflação vem muito para o repasse cambial num efeito que foi no passado.
07:58Hoje, a gente tem um câmbio muito mais comportado.
08:00Bolonha, você falou em agronegócio, você falou em infraestrutura.
08:06Quais os setores que vão estar aquecidos nesse segundo semestre desse ano?
08:12E eu acho que você já pode dar uma adiantada aí para 2026.
08:17Ah, é infraestrutura no Brasil, acho que todo mundo olha para cá olhando a infraestrutura,
08:21dado a necessidade de investimentos que a gente tem.
08:24E, obviamente, que isso teria uma velocidade maior de investimento se a gente tivesse os
08:30regulatórios mais estáveis.
08:31Então, a gente está tendo hoje algumas discussões importantes no setor elétrico, mexendo em
08:37marco regulatório, em posição que inibe um pouco, mas esse setor, na nossa forma de
08:41ver, tanto seja em energia, tanto seja em saneamento, que é outro dado que vem como uma realidade,
08:50veja a aproveitação da Sabesp, acho que vai ter outros movimentos no setor, e veja
08:54também a parte de mobilidade.
08:56Então, tem muita coisa acontecendo na área de mobilidade, metrô, rodovias.
09:00Então, esse é um setor que eu diria que vai manter e é um setor que ele olha a longo
09:05prazo.
09:05A gente não fica olhando muito a economia que vai acontecer no próprio semestre.
09:09São investimentos de longo prazo.
09:11Na parte de serviços, tem toda essa...
09:13Eu acho que nós estamos vivendo próximo do que seria uma revolução industrial, que
09:17é a inteligência artificial.
09:18Então, isso tudo está provocando várias coisas em termos de tech, de investimentos
09:23em tech, da necessidade das empresas estarem.
09:26Hoje não é mais uma opção, é um tem que estar com inteligência artificial nos
09:31seus negócios.
09:31Isso gera também bastante demanda de serviços e tecnologia.
09:35Mas falando especificamente de inteligência artificial, o Brasil, as empresas brasileiras
09:40estão acompanhando esse frenesi da AI no mundo todo?
09:45Sim, o volume de...
09:49O próprio chat do GPT soltou uma estatística do número de acessos de brasileiros a ele
09:53é bastante significativo.
09:55Nós estamos falando aí de coisas de mais de 100, 250 milhões de acessos.
09:59Então, porque o Brasil sempre foi tecnologicamente um país bastante conectado.
10:04A gente é muito conectado na internet, a gente é muito conectado no WhatsApp, muito mais
10:09até que o mercado americano, o WhatsApp começa a trazer inteligência artificial na sua organização.
10:14A gente é muito buscador, então acho que a gente está assim.
10:18Eu acho que o empresariado sabe da importância disso e a gente tem que estar.
10:23Não tem outra alternativa.
10:24Não tem outra alternativa.
10:24Não tem outra alternativa.
10:24Não tem outra alternativa.
10:24Não tem outra alternativa.
10:25Não tem outra alternativa.
10:25Não tem outra alternativa.
10:25Não tem outra alternativa.
10:25Não tem outra alternativa.
10:25Não tem outra alternativa.
10:26Não tem outra alternativa.
10:27Não tem outra alternativa.
10:28Não tem outra alternativa.
10:29Não tem outra alternativa.
10:30Não tem outra alternativa.
10:31Não tem outra alternativa.
10:32Não tem outra alternativa.
10:33Não tem outra alternativa.
10:34Não tem outra alternativa.
10:35Não tem outra alternativa.
10:36Não tem outra alternativa.
10:37Não tem outra alternativa.
10:38Não tem outra alternativa.
10:39Não tem outra alternativa.
10:40Não tem outra alternativa.
10:41Não tem outra alternativa.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado