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Os mananciais de água da região metropolitana de São Paulo encerraram o mês de agosto com apenas 37,2% de sua capacidade, segundo dados do governo do estado. Apesar da queda nos níveis dos reservatórios, a Sabesp e autoridades estaduais afirmam que não há risco de uma nova crise hídrica como a registrada entre 2014 e 2015, mantendo a população informada sobre o abastecimento e medidas preventivas.
Reportagem: Danúbia Braga

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Transcrição
00:00Antes da gente seguir aqui lançando luz, investigando ponto a ponto,
00:03realmente trazendo a importância de tantos temas ali que estão aquecendo
00:07e muito o tabuleiro político e jurídico em Brasília,
00:10vamos aqui realmente nos focar, focarmos aqui nesse momento agora
00:13num assunto aqui a nível São Paulo, que realmente está dando o que falar
00:18e pode gerar uma grande preocupação, porque olha só,
00:20mesmo com as ações do governo de estado que reduziu a pressão da água
00:24das 21 horas às 5 horas da manhã em todos os imóveis da grande São Paulo,
00:29os reservatórios terminaram o mês de agosto com 37% da sua capacidade convencional, padrão, né?
00:37E nesse sentido todo, a Sabesp, companhia das águas aqui de São Paulo,
00:41anunciou que irá retirar menos água do sistema cantareiro a partir dessa segunda-feira.
00:46Ninguém melhor que Danúbia Braga, nossa repórter Danúbia Braga,
00:49chegando ao vivasso com as atualizações.
00:51Fala, Danúbia, bom dia.
00:51Bom dia, na prática aqui, o que essa medida implica para a população de São Paulo?
00:56Bom dia.
00:59Olha, Marinho, bom dia para você, bom dia a todos.
01:02O que isso implica?
01:03O objetivo, na verdade, da Sabesp é que afete pouco a população,
01:08além dessa redução já na pressão da água das 9 da noite,
01:11até as 5 horas da manhã.
01:13No entanto, como o sistema cantareiro, que é o principal reservatório
01:17por abastecer ali a região metropolitana de São Paulo,
01:19ele já está em 34,6% do seu volume operacional,
01:23a ideia agora, com essa retirada menor de água,
01:27seja compensada pelo reservatório Jaguari no Rio Paraíba do Sul.
01:33Então, esse é o objetivo da Sabesp.
01:35E por que isso acontece?
01:37Porque desde que a gente teve uma crise hídrica, lá em 2014, 2015,
01:41alguma resolução foi criada com alguns patamares
01:44para que os reservatórios possam ser retirado água,
01:49quando chega em 60% é normal.
01:51De 40% a 60%, restrição.
01:54De 20% a 40%, ali tem uma atenção e uma restrição especial abaixo de 20%.
02:02Como o reservatório cantareiro está em 34,6%,
02:06por isso começa a retirar menos água.
02:08A Sabesp tem que fazer esse movimento.
02:10Mas vamos acompanhar junto, que a gente separou ali uma arte
02:14para mostrar como que está o volume operacional, então,
02:17de outros mananciais.
02:19Primeiro a gente traz o Cantareira com 34,6%,
02:22na sequência Alto Tietê com 29,5%
02:26e depois Guarapiranga com 53,7%.
02:30Medida que passa a valer a partir de hoje,
02:33então, essa retirada de menos água do reservatório Cantareira,
02:36do sistema Cantareira.
02:37Mas, desde a semana passada, a Sabesp começou, então,
02:41a reduzir a pressão da água das 9 da noite às 5 da manhã,
02:45como você bem disse,
02:46com uma expectativa de economia de 4 mil litros de água ali por segundo.
02:51A ideia é justamente, também, de acordo com o governo do Estado,
02:55ter um plano de contingência em relação a isso
02:58e um consumo consciente por parte da população,
03:02uma vez em que a gente teve um agosto muito seco.
03:05também, de acordo com a Sabesp,
03:08tem obras previstas até 2027,
03:11que vão ali investir em torno de 1,2 bilhão de reais,
03:15justamente para trazer mais segurança hídrica para a cidade de São Paulo.
03:20Volto com vocês no estúdio.
03:21É isso aí, Danúbia Braga.
03:22Bom trabalho por aí.
03:23Obrigado pelos esclarecimentos, as informações.
03:25E é isso, né?
03:26Segura um pouco a água para, talvez, salvar a cidade.
03:29Isso aí já é fruto de manhã.
03:30A integração entre diferentes agências,
03:32regulamentação esperta, inteligente e prevenção,
03:35na medida do possível, né?
03:37Até porque, enfim,
03:38é salvar a capacidade de abastecimento hídrico urbano
03:41antes que o problema realmente fique irreversível, né, David?
03:44Não, sem dúvida.
03:45E precisa de investimento mesmo,
03:46porque a gente tem ainda um trabalho muito extenso
03:49que precisa ser feito em relação à recuperação de rios.
03:52A gente tem dois exemplos claros aqui em São Paulo.
03:55Total.
03:56Marginal Pinheiros, né, ali o rio Pinheiros e também o rio Tietê.
04:00Que há anos, muitas promessas são feitas,
04:02mas nada de concreto tem resolução.
04:04E, principalmente, também o tratamento, né,
04:06do esgoto que muitas comunidades ainda não contam com esse tratamento.
04:10E, diante das privatizações, é o mínimo que a gente espera.
04:13É o mínimo que a gente espera, Manu Fê?
04:15Exato.
04:15É, inclusive, o que está pactuado no projeto
04:19que levou à privatização da Sabesp
04:21e também o que receitua o marco legal de saneamento básico,
04:25que foi aprovado ainda no governo Bolsonaro
04:28e que prevê com esses investimentos que vêm
04:31por meio das privatizações e também investimentos públicos
04:35a universalização do acesso ao saneamento até 2033.
04:40Esse é o objetivo.
04:41O Brasil ainda, apesar de ter visto um aumento muito expressivo
04:45do volume de investimentos,
04:47desde a aprovação do marco legal de saneamento básico,
04:51o ritmo ainda não nos permite ter a esperança
04:54de que essa meta de 2033 será cumprida.
04:58Mas, sem dúvida alguma, o Estado de São Paulo,
05:00com a privatização da Sabesp,
05:02deu passos importantes nessa direção.
05:05O que nos resta agora é cobrar o cumprimento do contrato
05:09e seguir fiscalizando a capacidade da Sabesp
05:13de avançar com a sua missão de garantir segurança hídrica
05:18e coleta do esgoto com o tratamento dos resíduos
05:22para, com isso, evitar doenças e poluição.
05:26Menos retirada ali da água,
05:27menos pressão ali de 9 da noite a 5 horas da manhã
05:30tende a poupar 4 mil litros de água por segundo,
05:34por minuto, melhor dizendo.
05:35Então, isso pode realmente,
05:36até que a chuva realmente venha a voltar,
05:39realmente aparecer como tem que aparecer.
05:41O Cantalheira, que é o coração desse esquema todo,
05:44fica ali mais preservado, com muita...
05:46Até porque vai aprendendo, a gente faz questão
05:48sempre quando dá algum problema,
05:49problemaça, alguma catástrofe climática,
05:51a gente fala assim, cadê a prevenção, cadê a prevenção?
05:542014 a 2017 teve muita crise hídrica aqui em São Paulo
05:57e esse protocolo mudou.
05:58Talvez a gente está diante aqui
06:00de um protocolo calibrado, melhorado
06:02e talvez evitando uma tragédia maior na hora certa.
06:05Então, vamos esperar para ver como
06:07os próximos capítulos se darão,
06:08que na Jovem Pan você sempre vai ficar bem informado
06:10e vai saber como que tudo vai acontecer.
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