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  • há 4 meses

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00:00Fundo preto revelando à esquerda o logotipo do Ministério da Cultura,
00:04à direita, governo federal, abaixo em branco, união e reconstrução,
00:08e a palavra apresenta.
00:10Logo do Mídia para Todos, com três figuras humanas,
00:13vermelho, azul e amarelo, acima microfone, TV e balão.
00:18De dentro para fora, logo da TV Serio, TV comunitária do Rio de Janeiro.
00:23Aparece com uma frase em branco, acima uma realização.
00:27Nos episódios 1 e 2, Mídia para Todos resgatou a realização
00:33da primeira e única Conferência Nacional de Comunicação, realizada em 2009.
00:38Mostrou também a ampla mobilização social que preparou a primeira Confecon,
00:43no Rio de Janeiro, a Conferência Municipal, e no Estado, a Conferência Estadual.
00:49Nos próximos episódios, a série vai destacar os depoimentos dos participantes da primeira Confecon,
00:5515 anos depois e como eles analisam os novos desafios da luta pela democratização da mídia.
01:01Fundo preto e íconos quadrados com desenhos de redes, mídias e comunicação dispostos de forma dinâmica à esquerda.
01:08Em branco, o texto diz, resgatar e atualizar a temática da primeira Conferência Nacional de Comunicação,
01:1415 anos, em base preta, escrito em rosa, episódio 3.
01:20Depoimentos de participantes, 15 anos depois da primeira Confecon.
01:25Beto Almeida, diretor da TV Comunitária do Distrito Federal.
01:30Cláudia de Abreu, jornalista.
01:32Francisco Soriano, diretor da TV Serio.
01:36Depoimentos da primeira Confecon.
01:38Beto Almeida, coordenador da TV Comunitária de Brasília, representante de Telesur no Brasil.
01:47Naquela Conferência Nacional de Comunicação com o FECOM, em 2009,
01:53foram feitos precisos diagnósticos sobre a enorme dívida informativa e cultural
01:59que se acumulou contra o povo brasileiro ao longo de décadas e décadas.
02:04Foi a primeira Conferência, foi a única Conferência e foi também uma Conferência em que as suas
02:12teses não foram implementadas, mas foram engavetadas.
02:17Em razão disso, aquela dívida informativa e cultural, ela continua.
02:25Até hoje ela continua.
02:26Se nós tínhamos ali pouquíssimas alternativas para a prática de uma comunicação não hegemônica,
02:35ou seja, TVs comunitárias como essa, TVs universitárias, a TV Brasil, que na época tinha recém ainda
02:48nascido, e a própria TVT, mas essas duas, TV Brasil e TV TVT, continuam com uma escassa visibilidade no cenário
03:00nacional das comunicações.
03:02As TVs comunitárias, elas têm um alcance ilimitado por estarem confinadas no sistema de lei do cabo por enquanto.
03:11Então, isso limita muito a sua visibilidade, até porque o preço da assinatura do cabo, da TV a cabo,
03:22TV por assinatura, não é realmente barato.
03:28Mas é lamentável que não tenham sido implementadas outras daquelas propostas que foram aprovadas na Confecó.
03:37foram aprovadas, talvez, propostas que não dependiam da vontade do presidente da República ou de um governo
03:45para serem implementadas, como, por exemplo, a regulamentação no que tanja monopólio, oligopólio,
03:53que está enunciada na Constituição, mas a regulamentação significa um jogo de poder político violentíssimo.
04:00E esses setores altamente empoderados da comunicação hegemônica continuam assim.
04:09Tanto é que apenas duas das grandes empresas de comunicação na época participaram da Confecó,
04:16atendendo uma convocação, um convite do presidente da República.
04:21Isso já diz alguma coisa.
04:23E, de lá para cá, as verbas publicitárias da SECOM continuam sendo prioritariamente destinadas
04:34às grandes empresas de comunicação, que são as que mais praticam uma comunicação tirânica,
04:41não horizontal, não plural, antidemocrática, que passaram a defender com unhas e dentes,
04:48não só naquela época, mas posteriormente também à privatização de outros setores da economia,
04:56e que passaram, inclusive, a uma aberta defesa do candidato que sucedeu ao golpista Michel Temer,
05:09que implementou uma série de medidas com apoio da comunicação hegemônica,
05:15para, por exemplo, destruir a BR distribuidora, para implementar uma série de leis,
05:24mudando a lei do petróleo, que nacionalizava o petróleo pré-sal na época que ele tinha saído.
05:29E isso foi uma campanha muito forte da mídia hegemônica, da mídia do capital,
05:36para levar a sociedade brasileira a aceitar, goela abaixo, uma imposição, que foi, portanto,
05:45essas medidas que são antinacionais.
05:48Mas, fora isso, nós continuamos, durante o governo de Bolsonaro,
05:56que contou com o apoio também dessa grande mídia para ser eleito,
06:00com uma clara usurpação do debate, com uma sonegação da informação,
06:07com uma manipulação de teses que não correspondiam à verdade,
06:13como, por exemplo, para lembrar uma delas,
06:16acusando o candidato Haddad, em 2018, de defender o kit gay,
06:22era uma das, apenas das ideias que ajudaram a formar uma visão negativa
06:29em torno do candidato da esquerda.
06:33Então, isso continuou ao longo dos quatro anos do governo Bolsonaro,
06:39com uma hegemonia cada vez maior dos meios de comunicação do capital,
06:45de oligopólicos e monopólicos, de tal sorte que,
06:51mesmo medidas que já tinham sido aprovadas com legislação,
06:58inclusive com a sua regulamentação, como é a questão dos canais da cidadania,
07:04não puderam ser implementadas porque aquele ex-presidente
07:09se negou a implementar pelo Ministério das Comunicações.
07:15Mas, se nós tivermos que falar das dívidas informativas e culturais
07:20que continuam até hoje, eis aí uma.
07:23Até hoje, dois anos do terceiro governo Lula,
07:27com o Lula já com dez anos na presidência da República,
07:34mais de dez anos o presidente Lula é presidente da República,
07:38leis como essas dos canais da cidadania ainda não foram implementadas,
07:42apesar de que, durante a campanha eleitoral, em 2022,
07:47ele se comprometeu com a TV comunitária de Brasília
07:51em implementar os canais da cidadania.
07:56Então, o que é notoriamente negativo,
08:01passados 15 anos da Confecon,
08:03é que as principais dívidas informativas e culturais
08:10que existiam naquela época contra a sociedade brasileira,
08:15contra o povo brasileiro,
08:16contra o direito de informação do povo brasileiro,
08:19contra a cultura brasileira, inclusive,
08:22continuam ainda aí, estão se acumulando,
08:26permanecem.
08:27E nós temos uma fragilidade
08:29para que, nas próximas eleições,
08:34inclusive na eleição de 2026, por exemplo,
08:37há uma margem de incerteza
08:39sobre que papel esses meios de comunicação,
08:42agora que poderão ser reforçados tremendamente
08:45pelas big techs,
08:47poderão praticar uma manipulação de tal sorte
08:51que leve o país,
08:54pode ser que sim, pode ser que não,
08:56a enveredar novamente por uma etapa
08:58de sonegação da democracia ao povo brasileiro.
09:02Então, essa Confecon,
09:06a sua não implementação,
09:08o engavetamento das suas teses,
09:11elas pairam até hoje como uma sombra
09:13na forma de uma dívida informativa e cultural
09:17contra o povo brasileiro.
09:18A situação se tornou muito mais grave
09:21porque as big techs de alcance planetário
09:25ou quase planetário,
09:27elas têm um poder maior, muitas vezes,
09:30que os próprios governos,
09:31que as próprias legislações nacionais.
09:33Essas ameaças e práticas tirânicas
09:36das big techs,
09:39já demonstradas amplamente no seu malefício,
09:43elas exigem,
09:45como capacidade de defesa da democracia,
09:47maior regulamentação.
09:49Mas não bastam um ou outro país,
09:52porque muitas vezes essas grandes empresas
09:54têm orçamentos superiores
09:57aos orçamentos de vários países individualmente.
10:02Portanto, nesse momento em que o presidente Lula
10:05é o presidente dos BRICS,
10:07vale a pena buscar colocar em prática
10:10uma ideia do presidente Vladimir Putin,
10:14da Federação Russa,
10:15que defende a criação de uma plataforma dos BRICS.
10:20Ou seja, nós só podemos e só poderemos reagir
10:25a essa tirania que as big techs estão
10:29pouco a pouco implementando mundialmente
10:32por meio de associações de vários países
10:35em bloco,
10:37com regulamentações cada vez mais rigorosas,
10:40de acordo com o espírito democrático
10:43de cada Constituição.
10:44Isso não é censura,
10:46isso é regulamentação,
10:47é defesa dos direitos
10:50de cada nacionalidade,
10:52de cada povo,
10:53de cada sociedade.
10:54É muito diferente de censurar,
10:57mas isso deve ser feito
10:59em comum acordo com vários outros países,
11:01que também estão defendendo
11:03essa mesma tese.
11:04diante da ameaça tirânica das big techs,
11:08mais regulamentação democrática
11:11em que eles,
11:12esses grupos hegemônicos das big techs,
11:16sejam obrigados a respeitar
11:19a legislação nacional de cada um dos países.
11:22E será muito mais forte
11:24essa capacidade de reação
11:26se houver, no âmbito dos BRICS,
11:29uma plataforma tecnológica
11:31acompanhada de regulamentação
11:33que seja válida
11:35para todo o campo,
11:37digamos,
11:38daquele grupamento de países
11:40que pretende construir
11:42um mundo multipolar,
11:44portanto,
11:45com regras
11:47para o cumprimento
11:48da legislação democrática
11:50no âmbito internacional.
11:53Depoimentos,
11:54primeira com FECOM,
11:55Cláudia de Abreu,
11:56jornalista e ativista
11:58na luta pela democratização da mídia.
12:01A conferência de comunicação
12:02vocês devem lembrar
12:03que foi a última
12:05a ser realizada,
12:06ou seja,
12:06o último tema
12:07a se tornar uma conferência.
12:10Houve uma luta muito grande
12:11dos movimentos sociais
12:13reivindicando
12:14a realização
12:16dessa conferência.
12:18E, enfim,
12:19foi um processo
12:20bem difícil.
12:22As resoluções
12:24foram muitas
12:25e, infelizmente,
12:26a gente não viu
12:27se concretizar.
12:29As muitas propostas
12:30propostas não foram
12:31sequer discutidas
12:32pelo governo federal
12:34para que se tornassem,
12:36efetivamente,
12:37uma política pública
12:38de comunicação.
12:39Mas está faltando
12:39uma interação
12:40entre as ações
12:41do governo
12:42e o que a sociedade civil
12:44vem discutindo
12:46no momento.
12:47Às vezes,
12:48parece até que o governo
12:49está um pouco perdido
12:49porque se fala
12:50em soberania digital,
12:52mas, ao mesmo tempo,
12:53se cria,
12:54se fala em data centers
12:56com apoio das big techs.
12:57Quem participou na época
12:59vai lembrar
13:00que aconteceu
13:00uma coisa curiosíssima.
13:01Os empresários
13:02estavam divididos
13:03porque a Rede Globo
13:04não queria a realização
13:05da conferência,
13:06mas outras empresas,
13:07como a, por exemplo,
13:08a Bandeirantes,
13:08queriam a realização
13:09da conferência.
13:10E houve um racha
13:12muito interessante
13:13que fez com que
13:13várias denúncias
13:14sobre a Rede Globo
13:15saíssem em outras emissoras,
13:17porque era uma briga interna
13:18do empresariado
13:20da comunicação.
13:21Tanto que,
13:22no final das contas,
13:23apesar de toda
13:23a protesta da Rede Globo,
13:25a Bandeirantes
13:26e outras emissoras
13:26participaram
13:27da construção
13:29da conferência
13:30de comunicação.
13:31Então,
13:31foi uma conferência
13:32que, assim,
13:33o governo demorou
13:34a tomar coragem
13:36de realizar
13:37e mesmo os empresários
13:39brigaram internamente
13:40porque um grupo queria
13:41e outro
13:41e um grupo não queria.
13:43Olha,
13:43a realidade hoje
13:45da comunicação
13:46é completamente diferente
13:47daquela época, né?
13:48O peso das redes sociais
13:50faz uma grande diferença.
13:52E das big techs também
13:53com isso, né?
13:54A gente viu agora
13:57essa questão do Trump
13:58fazendo a taxação,
14:02falando a Bolsonaro,
14:03mas também colocando
14:04no mesmo documento
14:04a questão das big techs.
14:06E é o que muitos dizem
14:08que é a verdadeira questão
14:09do Trump com o Brasil.
14:10Gente,
14:11ótimo que a gente
14:11venda os dados,
14:13mas não é só isso,
14:14isso é simplificar demais
14:16a questão, sabe?
14:17A questão não é só econômica,
14:18não é só botar o imposto
14:19para as big techs,
14:20são as informações
14:21que elas levam de nós, né?
14:23Porque, assim,
14:24são os nossos dados pessoais
14:26e a sua navegação pessoal,
14:28sabe?
14:28Eu vi,
14:28de você que está nos ouvidos,
14:29o que você gosta,
14:31o que você vê.
14:32Enquanto isso estava sendo
14:34usado apenas
14:36para fins comerciais,
14:37as pessoas não estavam
14:38se incomodando.
14:39Mas, na verdade,
14:40hoje em dia,
14:40são usados
14:41para muitos fins, né?
14:43Essa concentração
14:45de informação
14:46faz com que
14:47essas empresas
14:47tenham um grande poder
14:49em nível internacional, né?
14:51Elas podem mandar
14:52em governos, né?
14:53Elas podem fazer
14:54muitas coisas.
14:55E tem a questão
14:56dos algoritmos
14:56que elas utilizam
14:57entre muitas coisas
14:58nas redes sociais.
14:59Aí vou falar
15:00das redes sociais
15:00que as pessoas
15:01mais utilizam, né?
15:03Então, por exemplo,
15:03quando você publica
15:04uma coisa,
15:05Facebook, Instagram,
15:06o que seja,
15:07não vai chegar
15:08em todas as pessoas
15:09que você é amigo,
15:10vai chegar
15:11em algumas pessoas.
15:13E esse algumas
15:13é definido
15:14pela empresa,
15:16pela rede social,
15:17com base
15:18nos seus algoritmos
15:19que tem determinados
15:19princípios
15:20que nós desconhecemos, né?
15:22Porque essa coisa
15:22da distribuição
15:23do conteúdo
15:24define tudo, né?
15:25Porque você pode
15:26distribuir mais conteúdo
15:27do seu interesse
15:28se você molda o mundo
15:29ao seu interesse, né?
15:30Mas, enfim,
15:31de Niterói, né?
15:32Na verdade,
15:33foi uma conferência livre,
15:34não,
15:34foi uma conferência oficial,
15:35chamada pela prefeitura,
15:37com participação
15:38oficial mesmo.
15:40Foi um processo
15:41que durou mais de um ano,
15:43foi, inclusive,
15:44a única conferência
15:46que discutiu,
15:47até hoje,
15:48pelo menos,
15:49discutiu exclusivamente
15:50políticas municipais
15:52de comunicação,
15:54porque,
15:55claro que isso aconteceu,
15:56esse debate lá atrás,
15:57na época da conferência,
15:58mas existia uma pauta nacional.
16:00Então,
16:00todas as conferências,
16:02às vezes,
16:03pegavam um pedacinho
16:03do tempo
16:04para discutir
16:04a questão local,
16:05mas a maior parte
16:06do tempo
16:06era a pauta nacional.
16:08Então,
16:09esses debates mesmo
16:09sobre o que fazer
16:10nos municípios,
16:11mesmo na época
16:12da Conferência Nacional
16:13de Comunicação,
16:13não foi feito a contento,
16:15né?
16:15Então,
16:16em Niterói,
16:17a gente fez
16:19esse encontro,
16:22aconteceu inicialmente,
16:23a abertura foi lá
16:24na Câmara dos Vereadores,
16:25depois a gente fez
16:26boa parte dele
16:27pela internet,
16:29fazendo não só
16:30uma reunião
16:30por assunto,
16:31mas fazendo mais de uma,
16:32porque, às vezes,
16:32uma reunião,
16:33todo mundo dá um monte de ideia,
16:34vê umas lindas palavras
16:35de ordem,
16:36mas a gente não consegue
16:36concretizar, né?
16:38Então,
16:38a gente fez
16:39mais de uma reunião
16:40por assunto,
16:41a conclusão
16:43também se deu
16:44na Câmara
16:44de Vereadores
16:45de Niterói
16:47e conseguimos
16:49elaborar
16:5040 propostas
16:52municipais
16:53para a cidade
16:55de Niterói,
16:55que a gente ainda
16:56está aí
16:57num debate
16:57com o Poder Executivo
17:00sobre a realização,
17:01sobre a concretude
17:02disso, né?
17:03Porque, na verdade,
17:03eles participaram,
17:05mas ainda falta
17:06a implementação,
17:08iniciar a implementação,
17:09porque são 40 propostas,
17:10é bastante coisa,
17:12mas iniciar a implementação
17:13do que foi colocado ali.
17:14O que a gente precisa agora
17:15é abraçar essa pauta
17:17da questão da regulação
17:18da internet,
17:20porque isso é
17:21o que vai garantir
17:24um futuro realmente
17:26democrático para nós,
17:27porque com esse controle
17:29que as redes sociais
17:29estão amplificando
17:30e com o que vai acontecer
17:32em breve
17:33nos canais de TV aberto,
17:35as perspectivas
17:36não são boas.
17:37Então, o mínimo
17:38que a gente precisa agora
17:40é se organizar
17:41para exigir
17:42essa regulamentação
17:43para que ela garanta
17:44o equilíbrio mínimo
17:47de informações
17:49e de ideologias, né?
17:52Porque a gente
17:53não pode ter
17:53essa dominância,
17:55essa predominância
17:55da extrema-direita,
17:56porque não é nem só a direita,
17:58é muito pior,
17:59a extrema-direita,
18:00nas redes
18:01que conseguem
18:04cada vez mais
18:05chegar em mais lugares
18:07por conta
18:07dessa política
18:08de ódio, né?
18:11De incentivo
18:12ao ódio.
18:13Então, eu acho
18:14que essa é uma luta
18:15que todo mundo
18:16tem que participar.
18:17Assim como no passado
18:17é importante a luta
18:18da democratização
18:19da comunicação,
18:20é importante
18:21que a gente tenha
18:21movimento sindical,
18:23movimentos populares
18:24em geral
18:24nessa luta.
18:27Lá em Brasília,
18:28no evento
18:28de soberania digital,
18:29a MST estava,
18:30o MTST também estava.
18:32Então, existem organizações
18:33que já estão,
18:35Marcha das Mulheres,
18:37teve uma boa participação.
18:38Então, assim,
18:39tem vários movimentos
18:40que já acordaram
18:41para essa questão
18:42e estão nessa luta.
18:43E eu acho
18:44que a gente precisa
18:45acordar quem
18:46acha que o STF
18:47vai resolver tudo,
18:48entendeu?
18:48Não vai não.
18:49A gente vai ter que
18:50reivindicar aí a luta.
18:51depoimentos.
18:54Primeira Confecom.
18:55Francisco Soriano,
18:57diretor da TV Comunitária
18:59do Rio de Janeiro,
19:00TV Serio.
19:02A primeira Conferência Nacional
19:04é de 2009, de dezembro,
19:08em que se debateu
19:09exatamente de que maneira
19:11a gente poderia furar
19:13essa bolha,
19:15porque uma coisa é o fato
19:16e outra é a versão do fato.
19:18e a gente sempre tem
19:20essa preocupação
19:21com relação a...
19:23Hoje, podemos falar
19:24mais de oligopolização
19:25do que de monopólio,
19:27porque tem outros atores aí,
19:32além da Globo,
19:35agora entrando aí
19:36e também ocupando o palco
19:39a CNN,
19:40em que a gente,
19:41por exemplo,
19:42o Vitor Gianotti
19:43já nos advertia,
19:44olha,
19:44se vocês não criarem
19:45a própria mídia de vocês,
19:48as próprias condições
19:49de comunicação de vocês,
19:52vocês...
19:53Eu me lembro que
19:54eu gostava muito
19:56de conversar com Barbosa
19:57ali, meu sobrinho,
19:57no Modécon,
19:59me permita fazer também
20:00aí uma participação
20:01muito grande
20:02que a Olga teve
20:03nessa época, né,
20:04junto à TV Comunitária,
20:05lembrar isso daí,
20:06ela que junto com você
20:08lá em Brasília,
20:09mas é sempre bom
20:11a gente render
20:11essa homenagem
20:12à nossa companheira,
20:13que era brava,
20:14entusiasmadíssima,
20:15ela é uma das responsáveis
20:18por eu ter
20:18deslocado um pouco
20:20da área sindical
20:21para a área também
20:21de comunicações,
20:22você também é meu mestre,
20:24assim eu considero,
20:26então,
20:26o que nós temos
20:27que levar em conta
20:29é o seguinte,
20:29o Vitor,
20:30então,
20:30o Gianotti fala
20:30vocês são bobinhos,
20:33só porque a Globo
20:34um dia entrevista vocês
20:35ou dá uma cobertura
20:37na greve de vocês,
20:38espera dois dias de greve,
20:39vocês vão ver
20:40o que acontece, né,
20:41então a oligopolização
20:44aqui é terrível,
20:45eles estão em toda parte
20:47e com muito mais força,
20:49com muito mais dinheiro,
20:51financiamentos, né,
20:52então,
20:53efetivamente,
20:55foi um divisor de águas.
20:57Eu acho que a primeira
20:58Confecon também
20:59foi muito em função
21:01da regulamentação
21:02dos artigos da Constituição,
21:04220, 221,
21:06e precisava ser efetivamente
21:09colocada em prática
21:10e até hoje
21:11não se acha
21:13a nossa Constituição
21:15sendo aplicada.
21:17Não existe democracia
21:18sem uma imprensa livre
21:20e democrática, né,
21:22e todos têm um acesso,
21:23não só gerando conteúdo
21:25para também receber, né,
21:27então,
21:28em cima do que você falou,
21:30acho que de lá para cá
21:31nós tivemos
21:33essa importância que foi
21:36e os temas foram abordados
21:38a da regionalização,
21:41né,
21:42das emissoras todas,
21:45não seja do grupo,
21:47de um grupo só,
21:48ou de família,
21:50alguma coisa,
21:51um conteúdo regionalizado
21:52e multicultural,
21:55participação da sociedade
21:56nas discussões,
21:58sobre a programação
21:59e produção,
22:00a gente às vezes
22:01subestima o inimigo,
22:03ele não é bobo também,
22:05eles,
22:05eles,
22:06não é à toa que eles são
22:08o poder, né,
22:09a parte do capital
22:11e isso,
22:13isso é um,
22:14uma,
22:15uma preocupação
22:16que tem
22:17de muito tempo atrás,
22:19o,
22:20o,
22:20as comunicações
22:23estão ligadas,
22:23inclusive,
22:24à instrução,
22:25então,
22:26quando,
22:27eu,
22:27eu,
22:28recentemente comemoramos aí
22:29o aniversário de Moçambique,
22:31quando Moçambique
22:33se tornou independente,
22:3597% da população
22:37era analfabeta,
22:39vocês,
22:40não lembram de 64,
22:43vocês não lembram de 54,
22:44vocês não lembram
22:45do que houve agora,
22:46o que faltou
22:47para a Dilma
22:49se defender?
22:50Uma mídia independente,
22:52forte,
22:53é realmente
22:53com grandes penetrações,
22:56e não é somente
22:57comunitária,
22:58ela é também
22:59sindical,
23:01ela é associações,
23:04não é só
23:05a televisão
23:06e o rádio,
23:07também é o jornal,
23:08são os bulletins,
23:09então,
23:10eu acho que a gente
23:11precisa ser mais
23:11agressivo
23:13nessa postura aí
23:15de cobrar,
23:17afirmar a comunicação
23:18como direito humano,
23:20a gente tem que combater
23:21a concentração
23:22do setor,
23:23isso que eu falava
23:23da,
23:24da propriedade
23:26horizontal,
23:26vertical e cruzada,
23:27com a determinação
23:30de limites
23:31para essa propriedade
23:33horizontal,
23:34vertical e cruzada,
23:35que é essa,
23:35essa do,
23:36do apadrinhamento
23:38de um com o outro
23:39e com isso
23:39o monopólio
23:40é quem dita,
23:41né,
23:42é preciso,
23:42acho que combater
23:43o monopólio da mídia
23:44dessa forma,
23:46não dá para um único dono
23:47seja proprietário
23:48de 20 concessões,
23:50que até aumentou aí,
23:51recentemente,
23:53garantir o espaço
23:54para produções regionais,
23:56isso é muito importante
23:57a gente ter também
24:00em cada,
24:01em cada segmento,
24:03seja,
24:03seja,
24:04inclusive,
24:05por categoria,
24:05né,
24:06garantir o espaço
24:07regionais independente
24:09da grade de programação,
24:11das emissoras
24:11de rádio difusão,
24:13em consonância
24:14com os princípios
24:15constitucionais,
24:17está lá o artigo 220,
24:19221,
24:20a ser regulamentado,
24:21que nunca foi,
24:22por isso a gente não pode
24:22enquadrar, né,
24:23buscar a definição
24:25de regras,
24:26regras mais democráticas
24:28e transparentes
24:30para concessão
24:32e renovação
24:33de autorgas,
24:35visando a ampliação
24:36da pluralidade
24:37e diversidade
24:38de conteúdo
24:39no rádio e na TV, né.
24:40A saída é essa,
24:42a gente,
24:44é um poder,
24:45a mídia é um poder,
24:46a gente tem que tomar
24:47esse poder,
24:48a importância já é essa
24:50de a gente ter conseguido,
24:51como você falou,
24:53depois de 500 anos
24:54de Brasil,
24:56confitei a nossa
24:57primeira confecor,
24:59que a gente não pode
25:00deixar se perder
25:01e eles enterrarem,
25:04eles arquivarem.
25:05Em base preta,
25:06o logotipo do Mídia
25:07para Todos
25:07se posiciona à esquerda,
25:10a base fica laranja
25:11e dizeres em preto
25:12à direita aparece.
25:14Pesquisa e auxilia
25:15a gravação,
25:16comunica dados.
25:17Carlos Osório,
25:18contato,
25:19arroba comunicadados.com.br
25:22Roteiro,
25:23edição e acessibilidade,
25:25Três Brasis,
25:26Maurício Correia da Silva,
25:28maurício,
25:29arroba
25:29trêsbrasis.com.br
25:31Gravação e divulgação,
25:34HRN Systems,
25:36Henrique Roque Neto,
25:38hrn,
25:39arroba
25:39hrnsys.com
25:43Gerenciamento de projetos,
25:46Jade Parovski Assessoria,
25:48Jade Parovski,
25:49jadeparovski,
25:51arroba
25:51otlook.com.
25:53Coordenação adjunta,
25:54Francisco Soriano de Souza Nunes,
25:57franciscosori,
25:58arroba gmail.com.
26:00Coordenação geral,
26:02Moisés Chitniquiarro Correa,
26:05moisescc,
26:07arroba
26:07pm.me.
26:09A tela escurece,
26:11escrito em branco,
26:12Mídia para Todos é uma produção audiovisual independente de responsabilidade da TV comunitária do Rio de Janeiro,
26:20viabilizado a partir da celebração com a União de Termo de Fomento,
26:25MINC nº 965639-2024,
26:31decorrente da emenda parlamentar nº 44560017,
26:37de autoria do deputado federal Raymond,
26:40PT-RJ.
26:42Logotipo do Ministério da Cultura e do Governo Federal aparecem paralelos em uma base preta.
26:49Logotipo da TV C-Rio surge de dentro para fora.
26:53Em branco, embaixo, TV comunitária do Rio de Janeiro.
26:56A tela escurece, fim da audiodescrição.
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