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00:00Fundo preto revelando à esquerda o logotipo do Ministério da Cultura, à direita governo federal, abaixo em branco união e reconstrução, e a palavra apresenta, logo do Mídia para Todos, com três figuras humanas, vermelho, azul e amarelo, acima microfone, TV e balão.
00:16De dentro para fora, logo da TV Serio, TV comunitária do Rio de Janeiro, aparece com uma frase em branco, acima uma realização.
00:26Nos episódios 1 e 2, Mídia para Todos resgatou a realização da primeira e única Conferência Nacional de Comunicação, realizada em 2009.
00:36Mostrou também a ampla mobilização social que preparou a primeira Confecon, no Rio de Janeiro a Conferência Municipal e no Estado a Conferência Estadual.
00:46No episódio 3, a série destacou os depoimentos de Beto Almeida, Cláudia de Abreu e Francisco Soriano, sobre a primeira Confecon 15 anos depois e os novos desafios da luta pela democratização da mídia.
00:59No episódio 4, falaram Laurindo Laro Leal, Orlando Guilhom e Sônia Lager.
01:06E neste último episódio, o de número 5, Altamiro Borges, Paulo Miranda e Moisés Correia.
01:12Fundo preto e ícones quadrados, com desenhos de redes, mídias e comunicação dispostos de forma dinâmica à esquerda.
01:20Em branco, o texto diz, resgatar e atualizar a temática da primeira Conferência Nacional de Comunicação, 15 anos.
01:29Em base preta, escrita em rosa, episódio 5.
01:33Depoimento de participantes, 15 anos depois da primeira Confecon.
01:38Altamiro Borges, presidente do Barão de Itararé.
01:42Paulo Miranda, presidente da TV Comunitária de Brasília, barra Distrito Federal.
01:48Moisés Correia, diretor da TV Comunitária do Rio de Janeiro.
01:54A tela escurece e revela dizeres em rosa.
01:57Depoimentos, primeira Confecon.
02:01Altamiro Borges, presidente do Barão de Itararé.
02:05A Conferência de Comunicação, acho que foi um momento importantíssimo na luta pela democratização da mídia no Brasil.
02:12Como diz o presidente Lula, pela primeira vez na história desse país,
02:16se debateu comunicação numa conferência institucional.
02:19Nunca teve isso.
02:21Nunca teve isso.
02:21Sempre que se tentava debater o papel da mídia, a mídia aparecia, vinha com o mimimi vitimista de que era censura, de que era perseguição e bloqueava totalmente o debate.
02:35Isso foi com o João Goulart, isso foi com todos os governos.
02:37E o Lula, já na reta final do seu governo, teve a ousadia e a coragem de convocar essa primeira conferência para debater comunicação.
02:49Então, foi um evento importantíssimo.
02:50Era uma demanda dos movimentos sociais.
02:52Destaque aqui para a demanda do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, que reúne todas as entidades que lutam por esse tema.
03:01Era uma demanda e o presidente Lula, então, pela primeira vez na história desse país, convocou a conferência.
03:09A conferência foi um processo riquíssimo, que é isso.
03:13O coroamento dela foi em dezembro, mas o mais importante foi a preparação dela,
03:18que foi quase durante o ano inteiro, com conferências municipais, conferências estaduais, conferências regionais, até chegar à Confecom.
03:28Isso, então, envolvendo vários setores da sociedade, envolvendo setores da própria mídia tradicional.
03:34Alguns resolveram boicotar, mas uma parte participou, destacou o papel da Band, que participou.
03:40Setores da mídia tradicional, governo e sociedade civil.
03:44Então, foi uma intensa participação.
03:47Chega-se a falar que nesse processo, a FENAG fez um cálculo, que nesse processo envolveu cerca de 30, 40 mil pessoas
03:54debatendo comunicação no Brasil, debatendo o papel estratégico da comunicação,
04:01como democratizar, como dar maior diversidade, maior pluralidade à mídia no Brasil.
04:07Então, foi um processo muito rico de muitas coisas.
04:09Eu tive a oportunidade de participar, participei aí no Rio de Janeiro, na cidade,
04:13tive a oportunidade de participar de mais de uma dezena de conferências em estados, municípios,
04:19e servia aquela riqueza, o debate acalorado, várias propostas e tal.
04:23A Confecom foi o coronamento.
04:25A conferência de dezembro em Brasília foi o coronamento.
04:29Quatro dias de debate intenso, deu dois em grupo, debate intenso.
04:33Muita tensão, muita tensão, porque você teve um processo de sabotagem da conferência,
04:39encabeçado pela Rede Globo.
04:41A Rede Globo fala tanto em democracia, se recusou a participar da conferência, se recusou.
04:47Outros veículos de mídia bombardearam a conferência o tempo inteiro,
04:51dizendo que era uma conferência chapa branca, que era uma conferência de censura.
04:56Outros veículos, Estadão, Folha, bombardearam a conferência,
05:00feijam, bombardearam a conferência, mas a conferência saiu tenso.
05:05Ficou um momento que quase a conferência não se dava.
05:08Em função da sabotagem desses veículos, quase que a conferência agorava.
05:14Então a conferência foi muito importante, é isso, tirou 600 propostas,
05:18mais de 600 propostas em todas as áreas.
05:21Desde internet, que a gente ainda estava engatinhando,
05:24mas já então aparecem várias propostas no sentido da liberdade de expressão,
05:28da defesa da ampliação da internet, desde a internet até importantíssimo.
05:34E aí as TVs comunitárias, as rádios comunitárias, a PCcom, a Abraço,
05:40tiveram um papel importantíssimo, essas entidades,
05:44no debate sobre como fortalecer a rádio comunitária, a TV comunitária.
05:50Então são várias propostas nesse campo,
05:52várias propostas no campo de como garantir o que está escrito na Constituição.
05:56E nisso, ministro, na época, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência,
06:02teve um papel muito ativo nesse processo, o Franklin Martins,
06:06nós não queremos nada além da Constituição.
06:08A Constituição tem lá os ativos que definem qual deve ser o papel da mídia,
06:14o que é proibido, é proibido o monopólio, está escrito na Constituição.
06:17O Franklin Martins vivia repetindo, nós não queremos nada além disso,
06:21vamos regulamentar o que está na Constituição.
06:23Então, várias propostas no sentido de estimular a diversidade,
06:27de estimular a produção regional, de estimular a maior pluralidade,
06:33das concessões públicas de rádio e televisão terem um papel mais educativo,
06:39menos de estimular a violência, o ódio, de educação midiática, várias propostas.
06:46Então, foi riquíssimo, foi riquíssimo.
06:49Ali foi o coroamento.
06:51Você teve um monte de conferências municipais, um monte de estatuais,
06:54todos os estados, basicamente,
06:56e ali, então, coroou com a aprovação dessas propostas.
07:00A Globo saiu desmoralizada por ter sabotado.
07:05E, falando em democracia, apesar que apoia a ditadura,
07:08mas, vira e pousando de democrata, saiu desmoralizada.
07:11E eu acho que foi uma contribuição importante, uma contribuição importantíssima.
07:18Essa mídia monopolista, ela não aceita que se debata de comunicação.
07:22Ela considera, quase como um direito sagrado dela.
07:26Ela não trata como liberdade de expressão, trata como liberdade de monopólio.
07:29O monopólio tem total liberdade.
07:31Ela não aceita.
07:32Você lembrou bem, na Constituição,
07:34a Constituição, porque esse foi um dos temas que mais demorou a ter acordo
07:38e não teve acordo.
07:40Não teve acordo.
07:41A deputada Cristina Tavares, do FDB de Pernambuco,
07:45que foi a relatora, não teve acordo.
07:47Uma estrutura muito ativa, muito combativa da Cristina.
07:51Mas não se chegou a acordo.
07:52Foi no último minuto para aprovar os termos que estão lá na Constituição,
07:58que são termos muito avançados,
08:00avançados, mas que exigiriam regulamentação que nunca foi feita.
08:04Nunca foi feita.
08:05Então é isso.
08:05Eles sempre sabotaram.
08:07Eu não sou da opinião, Moisés, que a Confecon não deu em nada.
08:10Muita gente é isso.
08:11Tem leituras diferentes, faz parte.
08:13Muita gente diz, não, mas a Confecon aprovou várias coisas e nada em dúvida.
08:17Não sou dessa opinião.
08:18Acho que várias coisas andaram.
08:20Várias coisas andaram.
08:22Propostas, por exemplo, no sentido da inclusão digital,
08:25que resultaram no plano nacional de banda larga.
08:29Foi importantíssimo, né?
08:31No sentido do que está na Constituição,
08:33da chamada complementariedade de sistemas.
08:35Então você, nas concessões públicas de rádio e televisão,
08:38você tem o privado?
08:40Tem o privado.
08:41O país capitalista tem o privado.
08:43Tem o estatal?
08:45Tem o poder executivo, o legislativo, o judiciário.
08:47Mas tinha que ter o público.
08:49Eu acho que se avançou nesse terreno a Constituição da empresa Brasil de Comunicação,
08:54da IBC, da TV Brasil, com a Agência Brasil,
08:56isso foi um avanço.
08:57Então eu acho que tem coisas positivas que foram frutos dessa luta pela democratização da comunicação,
09:04com a Constituição, coroada na Confecon, que deram um passo.
09:09Contras estão, permanecem como estavam.
09:12Você não teve mudanças.
09:14Existe regulação da mídia no mundo inteiro, só não existe no Brasil.
09:19É um absurdo o que ocorre no Brasil.
09:21No mundo inteiro, você tem, já que a mídia brasileira gosta tanto de um complexo de vira-lata tão grande com os Estados Unidos,
09:31devia adotar o modelo dos Estados Unidos.
09:33Não nos Estados Unidos, lógico que o Trump está desmontando,
09:36mas nos Estados Unidos tem uma agência reguladora de mídia, FCC.
09:40Não é isso?
09:42Nos Estados Unidos tem leis rigorosas para entretencer monopólio.
09:48Você não pode ter, nos Estados Unidos, uma mesma empresa, uma mesma família que domine TV aberta, TV fechada,
09:55rádio AM, rádio FM, revistas, jornais.
09:58Lembra alguma coisa aqui no Brasil?
10:00Nos Estados Unidos não pode ter propriedade cruzada, exatamente.
10:05Cartel, né, do setor.
10:08Nos Estados Unidos tem até téticos de audiência em alguns estados,
10:12exatamente para evitar o pensamento único e engorrecedor, totalitário.
10:18Mas a mídia brasileira nunca aceitou esse debate.
10:21Essa mídia monopolista nunca aceitou esse debate.
10:23E isso é um desserviço para a democracia.
10:27É um desserviço total para a democracia.
10:30É isso que possibilitou dar um golpe contra a presidenta Dilma.
10:35Criar, você vê, a mídia teve um papel importantíssimo na mobilização de camadas manipuladas
10:42para o golpe contra a presidenta Dilma.
10:46Segunda conferência.
10:47Acho que, inclusive, o movimento social precisa estar mais atuante com relação a isso.
10:52Às vezes, o movimento social pode cometer o erro de cada um ficar nas suas lutazinhas fragmentadas,
10:57importantíssimas, fundamentais, a luta corporativa, economicista, o sindicato,
11:04a luta das mulheres, a luta dos negros, da moradia, da terra, tudo importante.
11:10Agora, a luta pela democratização da comunicação é uma luta transversal que pega tudo isso.
11:16Nós não vamos avançar na luta econômica, sindical, se não democratizar a comunicação no Brasil.
11:23A tela escurece revelando dizeres em rosa.
11:47Essa conferência só existiu por nossa presença lá dentro, porque os grupos do movimento social,
12:02até um certo momento, radicalizados de um lado, e os empresários e o governo radicalizados por outro lado.
12:12Na época ainda do Hélio Costa, que não tinha o menor interesse em uma conferência nacional de comunicação
12:18dentro do Ministério das Comunicações.
12:21E a nossa presença foi a coluna do meio.
12:27É um voto nosso que pendeu pelo lado dos empresários e do governo.
12:33Fechamos, ficamos com um voto a mais do que a sociedade civil, apesar de nós sermos participantes, membros da sociedade civil.
12:44Mas nós entendemos que naquele momento, que poderia decretar a morte da conferência,
12:53que era melhor uma conferência em qualquer formato do que nenhuma conferência.
12:59Tanto é que a gente, até hoje, só tivemos uma conferência.
13:04E o lado da sociedade queria, ah, uma conferência do nosso jeito ou não tem conferência?
13:10Falei, não, galera, não é assim.
13:12Aí eles foram todos lá para uma sala.
13:15Eu fiquei na sala com a galera do governo, né, do governo Lula.
13:21E a galera empresarial, voltei com eles e fizemos a conferência possível.
13:29E que foi excelente, uma excelente conferência.
13:33Aprovamos tudo que nós queríamos aprovar.
13:36E se não tivesse a conferência, não teria nem aprovado nada.
13:40Só que, de lá para cá, quase nada andou.
13:45Muita pouca coisa foi adiante, né.
13:49Então, o primeiro mar que eu coloco é essa nossa presença de TVs comunitárias
13:54dentro da comissão oficial de organização da conferência.
14:02E aí, a partir disso, andamos o Brasil inteiro, fizemos todos os nossos cursos,
14:06como olheiros, como incentivadores, como palestrantes, como fiscais, elegendo os delegados.
14:14Então, o Brasil parou nos moldes de todas as outras conferências
14:19para fazer uma conferência de comunicação e discutir comunicação.
14:23Isso é que foi importante nessa conferência.
14:25É um marco histórico muito importante para ser recuperado,
14:30como você está fazendo agora no seu trabalho aí de formiguinha.
14:36E é a única pessoa que eu conheço que está preocupado com essa importantíssima conferência que houve.
14:43Agora, o legado dela, o mais importante que eu vejo até hoje, foi a criação da IBC.
14:50O Lula cumpriu realmente o papel ali de prometer,
14:55prometeu transformar a Rádio Brás,
15:00que era um braço que já vinha há muito tempo do regime militar.
15:05existia a IBN, a Empresa Brasil de Comunicação,
15:09porque eu trabalhei na IBN na época, nos melhores repórteres, tudo,
15:14a comunicação pública.
15:16O Tancredo Nels prometeu que a IBN seria fortalecida no governo dele,
15:20mas morreu.
15:21E o Sarney, pressionado,
15:24porque a Empresa Brasileira de Notícias
15:28era o Boca Livre com as principais notícias para o mundo todo,
15:32para o Brasil todo,
15:34como é hoje a Agência Brasil que está dentro da IBC.
15:39A Agência Brasil hoje fornece notícias
15:42do governo e as importantes setores da sociedade civil
15:46para o Brasil inteiro, gratuitamente.
15:49Então, houve uma pressão muito grande
15:50das agências que queriam lucrar com o mercado,
15:55Agência Globo, Agência Folha, Agência Estadão, etc.,
15:58para vender matérias.
16:01E queriam acabar com a IBN e conseguiram acabar com a IBN.
16:05Mas nós fomos incorporados na Rádio Brás,
16:08estava na Lúcia na Rádio Brás,
16:09então eu conheço bem o que era uma Rádio Brás
16:12e o que é hoje uma IBC,
16:14e o que pode vir a ser uma IBC, ainda não é,
16:18mas só de ter criado a IBC,
16:19é um importante braço, hoje inclusive,
16:23até para que organize uma segunda conferência.
16:27Eu lembro bem que a principal reivindicação nossa
16:31das TVs comunitárias,
16:33e eu como presidente da TV comunitária,
16:36você, como dirigente de uma TV comunitária,
16:39também no Rio de Janeiro,
16:42a proposta mais importante aprovada por unanimidade lá,
16:49sem nenhum empecilho,
16:53foi a criação de um fundo nacional de desenvolvimento
16:58das rádios e TVs comunitárias no Brasil.
17:03Então nós temos aí 120 TVs comunitárias no cabo,
17:06nós temos uma TV comunitária com o Brasil TV por satélite,
17:12que a gente precisa muito desse fundo.
17:16Nós não podemos continuar sendo mídias comunitárias sem sede,
17:22uma estrutura precária,
17:25mas o governo brasileiro ainda não sabe o que ele quer
17:29com as mídias alternativas com rádios e TVs comunitárias
17:32e estar aí apanhando adoidado contra as big techs,
17:37apanhando as big techs,
17:39apanhando da mídia tradicional,
17:43e dando dinheiro só para esses cabras,
17:45entendeu?
17:45Não tem esse fundo nosso até hoje,
17:47da Comissão Organizadora da Conferência Nacional.
17:53Eu lembro que eu fui para o Amapá,
17:57fui também em Pernambuco, lá em Recife,
18:03estive também nos dois outros estados,
18:07mas eu não lembro agora mais quais,
18:09e aqui em Brasília também.
18:10Então, o mais importante de tudo
18:13dessa Conferência Nacional
18:15foi a mobilização nos territórios,
18:18na base da comunicação.
18:21Todo mundo ali com seus grupos de interesse legítimos,
18:26fazendo pressão e querendo aprovar suas propostas.
18:30E o embate muito grande, Moisés,
18:36era para eleger delegado,
18:37porque o delegado era um número restrito
18:40de pessoas que vinham representando
18:42cada estado aqui para Brasília, né?
18:46E com passagem paga, com hotel pago,
18:49uma estrutura muito grande
18:50de convocação do próprio governo,
18:54de financiamento da conferência
18:56do próprio governo.
18:57Se quiser fazer uma comunicação boa brasileira,
19:01está tudo lá nas decisões
19:03dessa primeira Conferência Nacional de Comunicação.
19:05TV Record, TV Band,
19:07a Band teve uma participação bastante efetiva,
19:10que tinha interesse nessa quebra de monopólio, né?
19:14Ter uma atuação conjunta,
19:15fazer um congresso paralelo
19:17e tentar pautar de novo esse assunto
19:21na sociedade e mostrar que existe saída.
19:26A tela escurece e revela dizeres em rosa.
19:29Depoimentos Primeira com FECOM.
19:31Moisés Correia,
19:32diretor da TV Comunitária do Rio de Janeiro.
19:35A primeira CONFECOM foi um instrumento importante
19:40de debate público sobre a comunicação social.
19:46A única vez que na República
19:48se debateu isso de forma coletiva,
19:52não só dentro das universidades
19:53ou nos setores empresariais.
19:56A CONFECOM aprovou mais de 600 propostas,
20:00fez encontros em todos os estados,
20:03que nos envolveu, segundo a FENAG,
20:05mais de 30 mil pessoas
20:07e foi um evento que podemos considerar um evento histórico.
20:11A única vez que a comunicação foi debatida de forma ampla.
20:15Por que a comunicação precisa ser debatida de forma ampla?
20:20Porque o debate público é decisivo para a democracia.
20:30Sem debate público, a democracia fica capenda.
20:33A democracia fica nas mãos de poucos setores
20:37que controlam os meios de comunicação
20:39e pode influenciar e pautar o debate público.
20:45Veja bem, quando o Brasil foi chamado
20:48para discutir o plebiscito
20:52sobre presidenciarismo e parlamentarismo,
20:55aconteceram debates públicos,
20:58aconteceram horários gratuitos
21:00e a mídia que defendia o parlamentarismo perdeu.
21:05Então, é fundamental que a gente entenda
21:11que o debate que a TV comunitária está trazendo
21:14de atualização da discussão sobre democratização da mídia
21:21é um debate muito importante
21:23que a gente deve aprofundar,
21:26debater, refletir,
21:28recuperar e atualizar a primeira Confecon.
21:32Porque agora, novos desafios
21:33se colocam para a comunicação pública.
21:37É necessário fazer
21:38o debate sobre as Big Techs,
21:42como a proposta do deputado Orlando
21:46do Congresso Nacional foi bloqueada.
21:50Por que foi bloqueada?
21:51Porque elas têm um poder enorme,
21:54inclusive um poder sobre países,
21:59destruindo a própria soberania do país.
22:04Ela arrecada os dados,
22:07as informações dos brasileiros
22:09e fica no território deles.
22:13E agora o Trump tem que colocar medidas contra o país
22:17e esses elementos e esses dados
22:20podem ser usados.
22:21Então, nós precisamos da soberania digital.
22:25E para ter a soberania digital,
22:27tem que haver debate público.
22:29Portanto, é fundamental se discutir
22:33a segunda Conferência Nacional de Comunicação,
22:36a segunda Confecon.
22:37A TV comunitária está de parabéns ao realizar
22:41esse resgate da primeira Confecon 15 anos depois.
22:45Exatamente para permitir que se possa refletir
22:48sobre como realizar a segunda Confecon.
22:52E não tem nada de conversa fiada
22:56de que isso representa censura, etc.
22:59Quem apoiou a ditadura foi a Globo,
23:02que depois fez a autotrítica,
23:0330 anos depois.
23:05Lá tinha censura e a Globo o apoiou.
23:09Agora vem dizer que o debate sobre comunicação e censura
23:13é uma saída lateral para fugir do debate.
23:17A Confecon também demonstrou isso,
23:20que tudo que era dito sobre a necessidade desse debate
23:25ficou patente lá em dezembro de 2009.
23:29Saíram 600 propostas.
23:31Que censura?
23:32Não tem censura nenhuma.
23:34Então é fundamental estimular o debate público,
23:39porque a gente viu aí as tentativas de golpe, certo?
23:42E a gente sabe que alguns assuntos importantes,
23:47alguns acontecimentos no país
23:48só ocorreram porque o debate público é limitado,
23:54porque há um sequestro do debate público
23:56pela Rede Globo,
23:58que impede que haja um debate.
24:00A Rede Globo e todas essas mídias,
24:03principalmente TV e rádio,
24:05que manipulam o espaço eletromagnético
24:10e não permitem que haja um debate.
24:12Só tem, só é exposta a opinião
24:15daqueles que concordam, certo?
24:17Então, o fim da partilha no petróleo, certo?
24:23A derrubada de várias leis fundamentais do direito do trabalho, certo?
24:30O próprio impeachment da Dilma
24:32não teria ocorrido, certamente, da forma como ocorreu,
24:36se houvesse um debate público,
24:38se houvesse a diversidade de opiniões,
24:42porque a democracia se faz com uma exposição livre
24:46de todas as opiniões dos segmentos organizados,
24:50dos partidos, dos movimentos e tal,
24:53perante toda a sociedade,
24:54para que a sociedade, de forma esclarecida,
24:57possa chegar às suas conclusões.
24:59Da mesma forma que a gente viu
25:01que em diversos outros debates,
25:03nas próprias eleições, que tem horário gratuito e tal,
25:06a população se posiciona de forma correta,
25:11como foram em cinco eleições
25:13do presidente Lula e da Dilma
25:18e do debate mais amplo.
25:20Rumo à segunda com o FECO.
25:22Em base preta, o logotipo do Mídia para Todos
25:26se posiciona à esquerda.
25:28A base fica laranja.
25:29E dizeres em preto à direita aparece.
25:32Pesquisa e auxiliar gravação comunica dados.
25:34Carlos Osório
25:36Contato
25:37Arroba ComunicaDados.com.br
25:40Roteiro, edição e acessibilidade
25:42Três Brasis
25:43Maurício Correia da Silva
25:45Maurício
25:46Arroba Três Brasis.com.br
25:49Gravação e divulgação
25:50H.R.N. Systems
25:53Henrique Roque Neto
25:55H.R.N. Arroba H.R.N. S.Y.S.
26:00.com
26:01Gerenciamento de projetos
26:03J.A.D. Parovski Assessoria
26:05J.A.D. Parovski
26:07J.A.D. Parovski
26:08Arroba Otlook.com
26:10Coordenação adjunta
26:12Francisco Soriano de Sousa Nunes
26:14FranciscoSori
26:15Arroba Gmail.com
26:17Coordenação geral
26:19Moisés Chitniquiarro Correia
26:22Moisés
26:23C.C.
26:24Arroba PM
26:25.me
26:26A tela escurece
26:28Escrito em branco
26:30Mídia para Todos
26:31é uma produção audiovisual
26:33independente de responsabilidade
26:35da TV comunitária do Rio de Janeiro
26:37viabilizado a partir
26:39da celebração
26:40com a união de termo de fomento
26:43minc número
26:43965639
26:46barra 2024
26:48decorrente da emenda
26:50parlamentar
26:51número
26:5144560017
26:54de autoria do deputado
26:56federal
26:57Raymond
26:57PT
26:58barra
26:59RJ
26:59Logotipo do Ministério
27:02da Cultura
27:02e do Governo Federal
27:04aparecem paralelos
27:05em uma base preta
27:06Logotipo da TV
27:07C.Rio
27:08surge de dentro
27:09para fora
27:10em branco
27:11embaixo
27:11TV comunitária
27:12do Rio de Janeiro
27:13A tela escurece
27:18Fim da audiodescrição
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