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No Planeta, Carol Barcellos te guia pela Índia em um conteúdo exclusivo CNBC diretamente de Goa, Bangalore e Mumbai. A apresentadora também conversa com o casal dono do tradicional restaurante Tandoor, um dos mais famosos de São Paulo, e se aventura nos sabores intensos da culinária local. É uma imersão cultural única!

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Transcrição
00:00O Planeta hoje faz uma viagem pela Índia e a nossa viagem vai ser completa.
00:22A gente tem material exclusivo CNBC produzido lá na Índia.
00:30Mas a gente também vai te levar para passear pela presença da cultura e da gastronomia indianas no nosso país.
00:42Falando um pouco da potência que é a Índia, a Índia esse ano deve assumir a quarta colocação entre as maiores economias do mundo,
00:49passando o Japão, com um PIB que deve chegar a 4,18 trilhões de dólares.
00:54Então a gente vai falar de negócio, vai falar de negócio, de economia, mas a gente também vai falar de moda, falar de cultura, falar de religião
01:03e, claro, fazer uma deliciosa viagem pela gastronomia indiana.
01:08A gente veio para um dos restaurantes indianos mais tradicionais de São Paulo, seremos recebidos pelo seu LAC e a Dona Masha,
01:20que são considerados embaixadores da Índia no nosso país.
01:25Olha só, a porta foi trazida da Índia.
01:27Hoje a gente faz uma viagem completa pela Índia aqui no planeta.
01:38Tem a nossa jornada, que a gente vai estar lá com material exclusivo para vocês,
01:44mas a gente também tem uma jornada guiada aqui no Brasil.
01:49Seu LAC, Dona Masha, muito obrigada.
01:52Serão nossos guias hoje.
01:54Namastê.
01:55Namastê.
01:56O Deus que mora em mim, sauda o Deus que mora em vocês.
02:02Agora, sabiam-se um pouquinho da história do casal?
02:05Vieram juntos para o Brasil?
02:07Como?
02:07Não?
02:07Não era?
02:09Não conhecia.
02:10Casamento aranjado.
02:12Ah, é?
02:13Então tá, que ano o senhor veio?
02:16Eu vim aqui 51 anos atrás.
02:19Por que o Brasil?
02:22Destino.
02:23Destino.
02:24A Índia, eu nasci três anos depois que a Índia se liberou dos britânicos.
02:31E também a independência da Índia e meus pais, por exemplo, nós morávamos em Paquistão hoje.
02:41Em um dia, meus pais tiveram que sair de Paquistão, largar a casa, deixar tudo e vir para a Índia sem nada.
02:49E aí, depois de três anos, eu nasci.
02:53A Índia era um dos países mais pobres do mundo.
02:57Os ingleses deixaram a Índia com 2% do PIB mundial e, você sabe, a Índia não tinha nada para crescer.
03:09E aí, depois, eu fui para quatro anos na África.
03:12Quando eu voltei, não tinha futuro para os jovens da Índia.
03:17Por isso, você tem tantos indianos em Londres, Nova Iorque, porque não tinha nada.
03:24E minha casta é comerciante.
03:27A única coisa que eu sabia.
03:28E me falaram que Manaus tem uma zona franca.
03:34Mas não era Manaus meu destino.
03:36Era a última etapa.
03:39Mas a preferência era Londres.
03:42Quando eu fui a Londres, a Índia foi independente recentemente.
03:48Aí eu vi um certo racismo, um certo, sabe, desprezo contra indianos e tudo.
03:55Aí eu falei, eu não vou começar a minha vida em um lugar assim.
03:58E eu cheguei em Manaus, eu adorei esse mundo, o povo.
04:03Inclusive, eu falo para todo mundo que o melhor país do mundo é o Brasil.
04:07Quer dizer, tem uma religião, uma língua e não tem briga na fronteira com nenhum país.
04:15E o povo é muito, muito alegre, é muito bom.
04:19E nós dois estamos muito, quer dizer, amamos o Brasil.
04:24O senhor Lack, para a gente aproveitar que é um canal de negócios, o senhor trouxe uma informação sobre o PIB.
04:30Qual era o valor do PIB quando ainda era uma colônia inglesa.
04:34E aí esse PIB teve um salto.
04:37O PIB de ano.
04:37Na Índia, quando os ingleses vieram, o PIB mundial, a Índia, era 36%.
04:44Por isso, Cristóvão, Columbus e todo mundo foi para lá.
04:49A Índia era o destino do mundo inteiro.
04:52E quando deixaram a Índia, deixaram com 2% do PIB mundial.
04:56E hoje, bom, naquela época a Índia era um dos 5 países mais pobres do mundo.
05:02E hoje está um dos 5 mais ricos, prósperos.
05:07E vai chegar no quarto.
05:08Acho que chegou no quarto.
05:10O Japão está derrubado já.
05:13E o encontro, quando aconteceu?
05:15Então, ele vai explicar.
05:18Então, durante...
05:19Ele começou negócios lá e sempre tinha que viajar para a Índia.
05:25Um dia ele decidiu casar.
05:27Aí...
05:27Eu não, não, não, não.
05:31Bom, era regra.
05:33Os pais dizem, já está com a idade, tem que casar, tem que casar.
05:37E nosso casamento...
05:38Quantos anos?
05:39Eu tinha 27.
05:40Já era avuto.
05:41E a senhora?
05:41Eu tinha quase 26.
05:45Aí nós nos encontramos e casamos e 15 dias...
05:48Conhecemos só por 2 meses.
05:52E a...
05:52É isso.
05:53Eu morava na Índia, ele veio para uma das viagens para fazer compras.
05:58Ele me viu, eu vi ele.
06:01A gente...
06:02Conversamos um pouco.
06:05Ele tinha muito senso de humor.
06:07Falei, ele faz isso, vamos.
06:09E não sabia onde era o Brasil, para dizer a verdade.
06:13E Manaus, tampouco.
06:15Para mim era a mesma coisa, Manaus ou Rio de Janeiro.
06:19E como foi sua chegada?
06:21Como assim, quando chegou casamos?
06:22Então, aí casamos e 24 de agosto e acho que dia 9 ou 10 de setembro já estava em Manaus.
06:31Aí foi...
06:32A gente não perdeu tempo.
06:34Foi um choque.
06:35E depois começou o nosso...
06:38Não falava nem o outro nome.
06:40Em português.
06:41Professor.
06:42E o calor.
06:45Não, mas vamos completar 48 anos.
06:48Ainda rindo?
06:50Ainda rindo.
06:50Mas o rito é o melhor remédio.
06:52E é de graça.
06:53Eu não sei porque a pessoa é economida.
06:55Quando era a chegada ao Brasil para abrir um negócio, qual era a maior dificuldade?
07:01A maior dificuldade que vocês sentiram ali nesse início, né?
07:04O restaurante foi aberto...
07:06Não, não.
07:06Isso é há 31 anos.
07:08Quando eu cheguei no Brasil, eu não falava uma palavra de português.
07:13Eu não conhecia ninguém e eu não tinha muito dinheiro, né?
07:19E três meses depois, eu não sei o que aconteceu, eu fiquei paralítico.
07:24Então, três meses, como eu não conhecia ninguém e tinha uma lavadeira,
07:30todo dia ela trazia dois sanduíches para mim e enchia o tanque de filtro,
07:34que é o recipiente de água.
07:37E isso era...
07:38Eu não sabia o meu futuro, não mencionei para ninguém.
07:41Mas aí, depois, eu comecei a recuperar.
07:44E nove meses depois, eu abria o negócio.
07:48E eu introduzia a moda indiana para o Brasil.
07:51Então, toda segunda-feira, o Air France trazia uma tonelada por avião para Manaus.
07:57E eu vendia em duas horas.
07:59Roupas.
08:00Roupas.
08:02Blusas e saias.
08:04Ainda era solteiro.
08:06Depois, eu abri cinco lojas na Zona Franca.
08:08E nasceram dois filhas.
08:12Aí, eu queria colocar na Índia, o importante é a educação.
08:16É muito importante.
08:18Você pode ser rico ou pobre.
08:20Por isso, a Índia tem um software, médicos, no mundo inteiro.
08:25E no Brasil também tem muitos indianos no software.
08:28O Tata tem uma empresa grande.
08:32E isso é, como chama, a coluna do país.
08:39Educação.
08:39É o que sustenta o país.
08:40Sustenta o país, o pilar.
08:42Então, a educação na Índia.
08:43Eu também não tive tempo de estudar ou ir para a universidade por causa da dificuldade na Índia.
08:50Mas a nossa sempre meta era as filhas, educá-las para nós continuar em lua de mel.
08:58E vocês entram para a gastronomia juntos?
09:01Não.
09:01Abre um reparamento juntos?
09:02Ela rodinha lá muito bem.
09:03E aqui no Brasil, a inflação era absurda.
09:06Aí, mudamos para São Paulo.
09:08Quando os meninos tinham três e cinco anos, ele ainda tinha negócio na Zona Franca.
09:14Ele viajava cada mês, assim.
09:18Mas depois, a Zona Franca acabou, muita coisa se mudou.
09:24Acabou, mas a inflação era todo dia 3%, 4% desvalorização do dólar.
09:31Como é que você vai pagar as suas faturas?
09:34Depois eu comecei a exportar.
09:35Os clientes não pagavam.
09:37Então, como o banco também cobrava.
09:40Então, aí todo mundo falava que ela cozinhou muito bem.
09:44Aí, vamos abrir restaurante também.
09:46A gente abriu.
09:47Do nada, vamos abrir um restaurante.
09:50Aí, todos os meus amigos que forçaram-me a abrir restaurante, eles pararam de vir.
09:55Porque em casa não pagava conta, né?
09:57Então, no restaurante, para não pagar, não viria.
10:01Mas deu certo.
10:02Mas, primeiros dois anos, pensávamos em fechar o restaurante todo dia.
10:05Mas tudo, você tem que ter qualquer negócio, você tem que ter persistência.
10:12Por quê?
10:12Porque você tem muita gente que conhece o ramo.
10:15Mas hoje, nós temos 31 anos.
10:19Ter o restaurante, além do sistema do trabalho, é uma forma também de vocês estarem sempre conectados com a origem e com o país.
10:38Com certeza, né?
10:40Você mantém os laços com a Índia.
10:44E todo mundo fala.
10:46Aí, vem muitas pessoas da Índia.
10:49Quando vem aqui, eles falam.
10:51Nós somos embaixadores da Índia aqui.
10:54Porque estamos divulgando a comida e cultura.
10:57Porque aqui vem muitos indianos.
11:00Muitos indianos.
11:02Se você vem à noite, tem 40 indianos à noite.
11:05E quando eles vêm, eu também ajudo eles.
11:10Sobre o Brasil, o que eles precisam, informações.
11:14Então, o consul geral, ele também fala que aqui é a embaixada da Índia.
11:20Porque no consulado, ninguém vai.
11:22Só para passaporte ou alguma coisa.
11:25É melhor aprender conversando e comendo, né?
11:27Exato.
11:28Aí, todo mundo vem.
11:29A gente orienta eles.
11:31Dá aquele apoio.
11:33Isso ajuda.
11:34E a gente vai poder passar pela cozinha também, é isso?
11:37Sim, sim, sim.
11:38Pode ser, então.
11:38É liberados?
11:40Não, mas nós gostamos, por exemplo, quando todo mundo vem aqui, aprecia a nossa comida.
11:47E eu acho isso muito importante.
11:50E nosso restaurante cresceu por causa de boca a boca.
11:54Isso ajuda.
11:54Dá uma satisfação muito grande.
11:57E estamos aqui, né?
12:00Trinta anos, anos depois também.
12:03Muito legal isso.
12:04Ela adora a comida também.
12:06Brasileira também?
12:08Também.
12:08A comida brasileira?
12:09Também.
12:09Como de tudo.
12:11Acho que é um bom encontro.
12:13A gente vai continuar a nossa viagem pela Índia.
12:17E daqui a pouquinho a gente vai, ó, vizinha.
12:20A gente vai aproveitar que eles nos deram permissão para entrar na cozinha, né?
12:32Isso é raro a gente entrar na cozinha.
12:47Quando a gente entra, na verdade, é uma experiência, né?
12:51Porque o aroma, né?
12:52Os aromas são fortes.
12:54É uma culinária muito rica em cor e sabor.
12:59E tudo isso faz parte da essência da culinária indiana.
13:02Na realidade, a comida indiana é medicinal e científica.
13:09No século XII, tinha medicina ayurvédica.
13:14E era através de condimentos, ervas e plantas.
13:19Até hoje, na farmácia, existem remédios que usam plantas e ervas.
13:26Esses condimentos não é para sabor, é para saúde.
13:31Por exemplo, o alho é bom para coração.
13:35Gendibre para circulação de sangue.
13:40Hortelã para fígado.
13:42Cebola para tômago.
13:46E o iogurte para faena.
13:49Mas o mais importante é a cúrcuma.
13:52Que aumenta a imunidade do corpo.
13:54E isso se usa em tudo.
13:56A cúrcuma também aqui.
13:59A gente usa a cúrcuma pura.
14:07Hoje, vamos fazer um cordeiro.
14:11A receita é do século XII.
14:14E a receita só foi divulgada.
14:16Quando os ingleses vieram e derrubaram o Império Mogul.
14:22E a receita sempre passava de pai para filho.
14:26Então, a comida indiana é muito relaxante.
14:30E esse vicia.
14:32Quem vem aqui, a gente vê a mesma pessoa cada 15 dias.
14:36Às vezes, no dia seguinte.
14:37Então, quem vem aqui, prepara-se.
14:41Você vai voltar.
14:42É uma comida que alimenta e cuida do corpo?
14:46É para corpo e alma.
14:48Eu sempre falo.
14:48A comida faz parte da nossa vida.
14:53E não é pelo só sabor ou enxerga.
14:58Mas vamos fazer, como falei, uma receita de século XII.
15:02Que é muito famoso.
15:04Os pratos que vamos preparar hoje.
15:07São os dois pratos, por exemplo, que saem muito aqui.
15:10E estão em todos os restaurantes indianos do mundo.
15:13E esse aqui é um sucesso, né?
15:14Sim.
15:15Esse pastel, na realidade, faz tempo.
15:17A Folha escolheu como o melhor pastel de São Paulo.
15:21E esse é famoso no mundo inteiro.
15:23A samosa.
15:25Aqui nós temos samosa de vegetais.
15:27Que você viu o recheio.
15:30Tem também de frango e cordeiro.
15:33E os três.
15:34Sai bem, mas é interessante.
15:36O que mais sai é de verdura.
15:39E hoje, você vai se surpreender.
15:41Quase 9% dos brasileiros, quase 20 milhões, são vegetarianos.
15:48E temos um cardápio extenso de pratos vegetarianos.
15:52E veganos também.
15:55Então o Brasil está também mudando.
15:59É uma comida para a alma.
16:01É um alimento para a alma.
16:02É um alimento para o corpo.
16:04Para cuidar do corpo, né?
16:05Entender que a comida, ela não é só o sabor.
16:09Mas o sabor é uma consequência deliciosa da comida de vocês.
16:13Sim.
16:14Com certeza.
16:16Eu acho que a comida indiana, você sente o sabor, sim.
16:23Tão diferente.
16:25E realmente vicia.
16:27E se você não come comida indiana, somos indianos.
16:30Assim, gostamos muito.
16:33Vamos dizer, viajamos para outro país.
16:36Você sente falta dos condimentos, dos temperos.
16:41Mas falta.
16:42Acho que ela consegue preencher de uma forma diferente.
16:46É uma culinária que, por sorte, a gente tem muitos restaurantes indianos hoje no Brasil.
16:50Mas eu acho que você vivencia dessa forma, né?
16:54Você tem o olfato que fica ali aguçado.
16:58Ela é bonita.
16:59É uma culinária bonita, né?
17:00Pela variedade de cor.
17:02Ela tem colorido.
17:03E a sensação é essa também.
17:06Ela parece que traz uma satisfação, um aconchego também.
17:10Então eu entendo a sua saudade.
17:11Eu vou aproveitar para dar saudade de hoje de comida indiana.
17:14Tem diferença das regiões, dos locais na Índia?
17:17Porque é um país muito grande.
17:19Por exemplo, Mumbai, tem algo da culinária que seja característico de Mumbai.
17:25Na Índia, por exemplo, Mumbai tem o mar, Calcutá tem o mar.
17:30Então lá come muito peixe.
17:32No norte, não tem o mar.
17:34Eles comem cordeiro, frango.
17:38E o porco e carne bovina, mais ou menos, é difícil.
17:44Porque temos a segunda maior população muçulmana do mundo.
17:47E eles não comem porco.
17:50E o hindu não come carne de bovina.
17:53E nós, no cardápio, no restaurante, não temos essas duas carnes.
17:57Então, tudo é geográfico.
17:59Por exemplo, em Manaus, eu morei 11 anos.
18:03E lá come muita carne.
18:04E lá o peixe é o melhor do mundo.
18:06O peixe é incrível.
18:07E a carne vem de Boa Vista, 800 quilômetros do calor.
18:10Não tem refrigeração.
18:12Então, isso causa muitas doenças.
18:15E na Índia é a mesma coisa.
18:17Por exemplo, a Itália tem sua comida.
18:19A França tem outra.
18:21Na Índia, cada estado tem outra comida, outra língua.
18:24Outro filme de Índia, de língua deles.
18:30E outra língua, outra roupa, outra dança.
18:33Então, eu vou convidar seus pais para a gente fazer uma viagem agora para Mumbai.
18:38Um material exclusivo, CNBC.
18:41Olha só, para a gente complementar o nosso passeio.
18:45Localizada na costa oeste do país, é o lar de 21 milhões de pessoas.
18:50Frenética, mas funcional, essa é a potência econômica da Índia e o lar de Bollywood.
18:55De arranha-céus luxuosos a algumas das maiores favelas da Ásia, todos aqui vivem com pressa.
19:01Essa é uma das cidades mais densamente povoadas do mundo.
19:05E andar pelas ruas não é muito fácil.
19:07Então, vamos pegar o trem.
19:10É muito movimentado.
19:19Ok.
19:20Vamos lá.
19:20Não é tão ruim.
19:23O trem suburbano de Mumbai é rápido, mas lotado, com 11 milhões de pessoas usando o transporte público da cidade todos os dias.
19:30Mas a experiência do ombro a ombro pode chegar ao fim.
19:33Uma nova rede de metrô de Mumbai, com mais de 160 quilômetros de extensão, está sendo construída.
19:38O objetivo é aumentar a capacidade ferroviária e reduzir os congestionamentos.
19:42Tudo bem aí?
19:46Lindas rosas, posso sentir?
19:47Perfeitas.
19:51Estão cheirosas.
19:56Bem, não foi tão ruim.
19:58Nada pior do que a Central Line, em Londres.
20:00Agora estamos no centro de Mumbai, prontos para explorar a cidade.
20:03Para me ajudar a fazer isso e entender de onde essa cidade tira sua energia, vou me encontrar com um colega jornalista.
20:10Kevin?
20:10Como você está?
20:13Prazer em conhecê-lo.
20:14Bem-vindo a Mumbai.
20:15Muito obrigado.
20:16Kevin Lee é repórter da CNBC TV 18 e mora e trabalha na cidade há vários anos.
20:22Conseguiu conhecer um pouco da cidade?
20:24Sim, eu vim de trem.
20:26Você foi empurrado no vagão?
20:27Só um pouquinho.
20:27Isso faz parte do charme da cidade.
20:30Você comeu alguma coisa?
20:32Não, mas eu gostaria.
20:33Vem ver o que tem de bom aqui.
20:34A reputação da comida de rua de Mumbai é lendária, mas sua famosa comida nasceu, na verdade, da necessidade.
20:42A prosperidade da cidade veio das fábricas têxteis e os trabalhadores precisavam de comida rápida e barata.
20:49As fábricas podem ter sumido no passado, mas as refeições baratas não.
20:52E nessa mega cidade que funciona 24 horas, as ruas estão cheias de ambulantes que oferecem especialidades até tarde da noite.
21:00Haugali significa literalmente rua de comida.
21:02Tem em toda parte em Mumbai.
21:03Não é uma comida sofisticada.
21:05É apenas comida funcional que você pode comer em 10, 15 minutos.
21:08Você pode fazer uma refeição completa.
21:10Vamos experimentar um pouco de chate primeiro.
21:12Chate é uma coisa famosa aqui.
21:13Não sei como definir.
21:15É uma mistura de vários sabores.
21:16Salgados, doces, picantes, etc.
21:18Tudo misturado.
21:19É picante em que nível?
21:20Oh, isso não é muito picante, mas pega leve.
21:23Ok, vamos devagar então.
21:25E bota tudo numa mordida.
21:26Ok, vai tudo de uma vez.
21:27Sim, sim, manda ver.
21:33Tem muita coisa junta, certo?
21:36Não dá pra isolar uma coisa.
21:38Muitas texturas diferentes também.
21:40É só uma pequena cozinha aqui.
21:43Como esta pequena barraca e ele conseguiu criar algo que é bonito e gostoso.
21:47E agora vamos experimentar algo chamado pav baje.
21:52Esse é outro prato famoso em Bombaí.
21:54Esse prato envolve um pouco de cozimento, ao contrário do chate.
21:58É um molho feito com batatas, tomates, um pouco de pimentão e cebola.
22:02Tudo é bem amassado.
22:04E ele serve com muita manteiga e pav, que é basicamente pão.
22:07É muita manteiga.
22:08Sim, eu não estava exagerando.
22:10Ele usou muita manteiga.
22:12Foi quase meio quilo.
22:14Muito bom.
22:24Kevin, muito obrigado por me mostrar o Mumbai.
22:27Espero que seu estômago esteja bom amanhã cedo.
22:29Eu também espero, tá?
22:34Reabastecido, estou indo para a próxima parada no coração de Mumbai.
22:37Mas como o transporte público é limitado, vamos pelas ruas.
22:41E esta é uma cidade famosa por seu trânsito.
22:44Talvez você não perceba, mas na verdade há semáforos nesse cruzamento.
22:48Os caras que instalaram devem estar dando risada, sim, porque não existem regras.
22:56Um pouco menos barulhento, mas não menos movimentado, é Daravi, lar de um milhão de pessoas.
23:01Essa é uma das maiores favelas do mundo.
23:03E como o resto da cidade é cheia de energia e indústria.
23:06Eu contratei a ajuda de Nainesh Salvi, um guia turístico ligado à ONG Reality Gives.
23:12O dinheiro dos passeios é usado para sustentar famílias e ajudar programas educacionais
23:17para pessoas que não concluíram a escola e aumentar suas chances de encontrar emprego.
23:21A própria palavra favela é cercada de negatividade.
23:27As pessoas sempre tentam relacioná-la com favelas, sabe?
23:29Basicamente esse tipo de coisa.
23:30Mas quando elas vêm para cá, quando veem esse tipo de coisa, é algo diferente do que esperam.
23:35Existem empresas prósperas na favela, não é mesmo?
23:38No total, Daravi tem cerca de 10 mil empresas diferentes.
23:43E se lhe dissermos que o valor anual da receita gerada por essa favela, somente pelas empresas,
23:49é de quase 60 milhões de dólares por ano.
23:5260 milhões de dólares.
23:54E isso é incrível.
23:56Esse dinheiro vem de setores como a produção de cerâmica, que começou em Daravi nos anos 40.
24:01A favela também abriga um próspero setor de reciclagem,
24:03do qual a cidade tem se tornado cada vez mais dependente para gerenciar o lixo, principalmente o plástico.
24:10Por dia, as pessoas reciclam cerca de 13 a 14 toneladas de plástico.
24:15Trabalho duro aqui.
24:16Aqui se trabalha muito.
24:1815 horas por dia.
24:20A produção de couro, no entanto, é o aspecto pelo qual Daravi é mais conhecida.
24:23E tudo começou aqui, na primeira fábrica da cidade.
24:27Além de desenvolver sua própria marca, a fábrica também fornece couro para casas de moda de todo o mundo,
24:32garantindo que Mumbai mantenha seu status de epicentro da moda na Índia.
24:37O dono introduziu a produção de couro na cidade.
24:39Ele começou a trabalhar quando tinha 12 anos de idade.
24:41Existem peles mais finas ou mais grossas.
24:44Elas precisam ter a forma da superfície com a espessura esperada.
24:47Então, existem níveis?
24:49E também a superfície torna as peles mais macias.
24:52E há muitos homens aqui, com seis homens para separar.
24:57Também é preciso separar por tamanho e espessura.
24:59Eles precisam verificar se as peles precisam ser escovadas ou não.
25:05Mesmo andando por uma das ruas laterais, você não imagina que há, sabe,
25:0920 caras aqui trabalhando hora após hora para produzir alguns desses couros.
25:14Quer dizer, é incrível que tudo isso esteja escondido nesses pequenos cantos da favela.
25:18Quando dizem, eu estive em Darab, isso significa que eles realmente passaram por algumas das ruas.
25:23Mas eles não viram o que você pode ver hoje.
25:26E é uma grande favela mesmo, é isso.
25:28Mas para romper essa barreira, para fazê-los perceber, na verdade, o que eles estão perdendo,
25:33é por isso que estamos aqui.
25:36Esta cidade parece não parar.
25:38E eu também não.
25:39Tenho uma última visita ao centro até o fim do dia.
25:42Um pouco de terapia de varejo, mas diferente do que experimentei antes.
25:47Ah, então por isso fui ao Crawford Market, possivelmente um dos lugares mais malucos em que já estive.
25:53Mas espero encontrar uma pechincha, algo para levar para casa.
25:56Uma pequena lembrança da nossa viagem.
25:59O Crawford Market é o maior e mais famoso de Mumbai.
26:02Começou como um mercado atacadista de frutas e verduras no século XIX.
26:06E muitos restaurantes ainda vêm aqui para comprar seus alimentos.
26:10Mas se estiver procurando roupas e souvenirs, é nas ruas ao redor que você encontrará.
26:16Eu adoro isso.
26:17Posso lhe dar 100 por isso?
26:19Não, essa custa 150. É mais cara.
26:21Essa é mais cara.
26:22Não tenho certeza. É meio assustadora.
26:25É um presente para minha filha.
26:27É bem grande. Acho que não cabe em minha mala.
26:30Quanto custa isso?
26:31100.
26:32Você acha que isso vai caber em mim?
26:34Valeu, amigo. Obrigado.
26:38Eu devia comprar algo para outras pessoas, mas acabei comprando para mim.
26:45É uma criança de um ano. Menina.
26:47Menina, o que você quer?
26:50Algo tradicional. Talvez um pequeno sari ou algo assim.
26:55Bonito. Acho que minha esposa não vai deixar minha filha usar isso, mas acho divertido.
27:00O que você acha? Quanto custa?
27:021,75.
27:03Quantas peças você quer?
27:05Eu só compro uma. Só tenho uma filha.
27:07Certo. Pegue.
27:09Eu não disse que vou comprar, mas ele meio que me deu.
27:131,75?
27:15Que tal 1,50?
27:17Estou com sorte.
27:19Que tal 1?
27:20Eu sou péssimo em pechinchar. Obrigado. Obrigado, obrigado. Quero comprar um cachecol.
27:30Tem 40 metros.
27:31Que tal este aqui?
27:34Que tal este aqui? Mostre quantos metros tem.
27:39Talvez eu devesse comprar uma camiseta.
27:41Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. Até mais.
27:45Até mais.
27:46Obrigado, pessoal.
27:48Gostei muito.
27:49Tudo bem.
27:51Se eu fosse descrever minhas impressões sobre Mumbai, diria que é agitada e movimentada.
27:57Pode ser assustador no início, mas conhecer as pessoas que vivem e trabalham aqui me ajudou a entender que todas elas prosperam com essa energia e ela é contagiante.
28:06Todas as compras já foram feitas e acho que já conheci um pouco de Mumbai. Até a próxima.
28:18Pedir pra vocês, ó, vamos nessa com a gente? Comenta o nosso Instagram, arroba o Times Brasil.
28:23A gente aceita a dica de viagem também, mas hoje a gente segue passeando pela Índia.
28:28Bengaluru, ainda comumente chamada de Bangalore, é a capital do estado de Karnataka.
28:33Essa cidade cosmopolita é amplamente reconhecida como um dos maiores centros de tecnologia da Índia.
28:42Então chegamos a Bangalore.
28:45Foi uma noite bastante longa, com muitas paradas, muitas pessoas entrando e saindo.
28:50Mas estamos aqui e estamos ansiosos para explorar a cidade.
28:54Bangalore já foi o destino preferido dos aposentados, mas agora é a quarta cidade mais populosa da Índia.
29:02E tem enfrentado crescimento rápido, causando congestionamentos e aumento da poluição.
29:09No entanto, longe das ruas movimentadas, há vários parques espalhados pela cidade.
29:14Estamos caminhando por um dos espaços verdes no coração da cidade.
29:17Ele se chama Cubbon Park.
29:19Na verdade, não parece que você está na cidade.
29:21É muito tranquilo.
29:23E é quase como uma selva lá atrás.
29:24Há uma curta caminhada está o KR Market, fundado em 1921, um dos maiores mercados atacadistas de flores da Índia.
29:35Centenas de caminhões de entrega e vendedores descem ao centro de Bangalore ao amanhecer, criando um caos colorido com suas flores.
29:43A vibração é diferente na feira de flores, é bem movimentada, é um mercado de flores diário, flores lindas, mas muito agitado.
29:54Quero descobrir por que esta cidade é conhecida como o Vale do Silício da Índia para muitos ocidentais.
30:01Tomei banho e troquei de roupa.
30:06Sinto-me fresco para o encontro sobre tecnologia promissora em Bangalore.
30:12Divya.
30:13Oi, sou o Tom. Prazer em conhecê-la.
30:16Divya Hegde é cofundadora da Namalore, criando jogos interativos para enfrentar temas sociais, como a desigualdade de gênero.
30:24Percebendo que financiar projetos pessoais é essencial, criamos uma empresa de jogos, AR e VR.
30:32Estamos lançando um jogo chamado Reality Check.
30:35Estamos ensinando crianças e jovens a importância de tratar todos os gêneros corretamente, não apenas as mulheres.
30:45A ideia do Reality Check é que cada jogador tenha um personagem cujas escolhas sociais e interações com outros personagens determinem seu progresso no jogo.
30:55Não podemos ficar gritando por mais leis.
30:58E você não pode esconder mulheres em casa.
31:01Mas se começasse ter hábitos sociais desde cedo?
31:04D. As escolas têm sido receptivas?
31:06Há um pouco de atrito porque você está dizendo a eles que temos de mudar o processo de pensamento.
31:12Mas houve escolas que se mostraram abertas à nossa visita e à entrevista com as crianças.
31:18Há professores que são receptivos com relação aos problemas que enfrentam.
31:22A influência dessas startups de tecnologia é positiva para você?
31:28Sim, definitivamente é uma influência positiva.
31:32Suponha, como exemplo, que uma startup solucione o trânsito.
31:36Ótimo.
31:37Mas espero que sim, que toda essa repercussão positiva vire mais ideias e apoio nos empreendimentos.
31:44Desde a startup de Divya até as grandes corporações internacionais, a tecnologia faz parte da estrutura dessa cidade.
31:50Mas há outro setor pelo qual Bangalore se tornou famosa.
31:55A Kingfisher, uma famosa cerveja da Índia e controlada pela United Breweries com sede em Bangalore,
32:03enfrenta forte concorrência das micro cervejarias.
32:07Para saber mais, estou indo para a Toit.
32:11Ela foi uma das primeiras micro cervejarias de Bangalore.
32:15Tom, prazer em conhecê-lo, cara.
32:17Aaron George cofundou a Toit, uma das várias micro cervejarias em Bangalore.
32:24Para ele, o crescimento da cerveja artesanal não foi surpreendente.
32:28Tinha uma cultura muito forte de consumo de cerveja.
32:32Então, essa parecia ser a progressão natural para mudar de cervejas comerciais para algo interno,
32:37com um pouco mais de personalidade.
32:39Agora, isso está se espalhando por toda a cidade.
32:43E isso significa que a concorrência é uma coisa boa ou ruim?
32:46É boa.
32:48Mantém todos nós atentos.
32:49O fator novidade estava presente nos primeiros anos,
32:52mas agora é a boa cerveja que faz com que as pessoas voltem ao lugar.
32:55Como é viver nessa cidade para os jovens?
32:59Bangalore, cidade onde cresci, sou tendencioso de modo óbvio.
33:03Clima ótimo, pessoas amigáveis.
33:05Geralmente é uma cidade mais descontraída se comparada a muitas outras.
33:09A cultura de startups é muito forte aqui,
33:12tornando-a mais vibrante e cosmopolita do que era há 10 anos.
33:16O que é bom para os negócios é bom para todos.
33:18Agora há um mercado para a cerveja artesanal crescendo além de Bangalore.
33:23Então, vemos lugares como Calcutá com cervejarias agora
33:27e ouço todos os dias que há uma nova fábrica sendo aberta, o que é bom.
33:32Isso é como uma sala de máquinas, por assim dizer.
33:36Todos os maltes são servidos aqui.
33:39Também sentimos um cheiro forte aqui, quase como uma padaria.
33:42Aqui que a mágica acontece.
33:44As pessoas podem ver suas cervejas sendo feitas como uma cozinha ao vivo.
33:49A levedura é adicionada e os açúcares são convertidos em álcool.
33:54Uma vez terminada a fermentação, ela é resfriada.
33:58Assim, você garante uma cerveja gelada?
34:00Com certeza.
34:01A coisa mais importante?
34:02Sem dúvida.
34:02Vamos provar algumas cervejas depois da visita.
34:06Essa é a Bavarian Hefeweizen, uma típica cerveja de trigo alemã.
34:17Talvez não seja do seu gosto, mas essa é a nossa Stout.
34:21Nós a chamamos de Dark Knight.
34:25Muito boa.
34:26Isso é muito bom.
34:27Muito obrigado.
34:27O violão é tão legal que as pessoas fingem tocá-lo.
34:34Se você vai a um show, todo mundo fica tipo...
34:38Você já viu alguém fazendo isso no teclado?
34:43Amir Piran é comediante há sete anos.
34:46Nascido na Arábia Saudita, filho de mãe paquistanesa e pai indiano,
34:50ele usa sua herança como fonte de material cômico.
34:53Fale mais sobre sua comédia.
34:55Falo muito da minha terra natal.
34:57Inicialmente, escrevia acerca da família e do sítio onde cresci.
35:02Atualmente, sou conhecido pelo humor controverso.
35:06Recentemente, testei novo material no palco e obtive sucesso.
35:10Agora, as pessoas pensam, ele é o tal.
35:14Por que Bangalore é vista como um lugar para comediantes?
35:17Existem muitos comediantes que começaram aqui e se tornaram muito talentosos rapidamente.
35:23A primeira vez que subi no palco foi em Bangalore.
35:27Eles proporcionam um ambiente descontraído durante as apresentações.
35:32Se você assistir a um show, perceberá as diferenças entre os comediantes.
35:36Algo em sua cultura, talvez?
35:39Acredito que seja a energia dos imigrantes indianos.
35:42Eles vêm de culturas tão diferentes.
35:46Então, todos estão em um espaço único.
35:49Mas, ainda assim, torcemos uns pelos outros.
35:52Comédia, cerveja e tecnologia.
35:55Bangalore tem tudo isso.
35:57Uma cidade moderna que atrai pessoas de todo o país e do mundo.
36:01Com uma força de trabalho talentosa e ambiciosa, a cidade continua crescendo e se desenvolvendo de maneira dinâmica, voltada para o futuro.
36:11Falei que nossa viagem pela Índia vai ser completa, né?
36:23Mancha, a senhora apresenta os pratos para a gente, por favor.
36:26Tá bom.
36:27Aí, aqui é o naan, o pão mais famoso da Índia, que é feito na parede do tandoor.
36:35Aqui são os chutneys.
36:37Esse aqui é chutney de papaya, chutney de tamarindo e iogurte com hortelã para comer com o pão.
36:46Aqui são os vegetables samosas, são os pastéis de legumes.
36:51Aqui, o cordeiro mais famoso da Índia, que é roganjosh.
36:58Aqui é murgamakani, também o prato mais comido na Índia.
37:05E esse aqui é murtika, com o que esse prato é feito.
37:11O que faz parte do dia a dia é isso aqui, né?
37:15Isso mesmo.
37:15Norte da Índia.
37:16Norte da Índia.
37:17Porque tem essa variação, seu lá.
37:19Tem essa variação.
37:19Esse cordeiro é do século XII, a receita.
37:24Receita, tá?
37:25Não cordeiro.
37:28E qual é a história da origem desse prato?
37:31Bom, na Índia foi invadido pelos monguls, né?
37:36De Ásia Central.
37:39Por 500 anos, eles dominaram a Índia.
37:43Eram musulmans, musulmanes.
37:46E eles, os imperadores, queriam viver por muitos anos.
37:50Então, eles queriam comer comida saudável.
37:53Então, naquela época, tínhamos medicina ayurvédica, através das plantas e ervas.
37:59Então, os imperadores tinham cozinheiro para cada um prato.
38:04E as receitas foram passadas de pai para filho.
38:07E depois, quando os ingleses vieram no século XVII, quando as receitas foram divulgadas e conhecidas.
38:16Existe também uma relação com a religião, quando a gente fala da alimentação.
38:21A Índia tem maioria hindu, mas tem a segunda maior população musulmana do mundo.
38:24Também.
38:25E isso reflete nos pratos.
38:28Alguns...
38:29Na verdade, algumas carnes não são utilizadas.
38:31Não, por exemplo, como temos a segunda maior população musulmana do mundo.
38:35Claro, porco, nem falar.
38:39E os hindus não comem carne bovina.
38:43Por isso, em nosso restaurante, a gente não serve essas duas carnes.
38:48É tradicionalmente a comida local.
38:52Que a gente estava brincando que, às vezes, chega num restaurante aqui no Brasil e tem couvert.
38:56Então, falam, não, a gente não come couvert, né?
38:58Na verdade, vem um não para abrir.
39:00E ele vem puro justamente porque depois você tem uma variedade de condimentos, de sabores, de temperos, para equilibrar.
39:09Sim, é verdade.
39:10Porque é assim, na Índia, como é um país grande e comidas diferentes em cada estado,
39:21norte da Índia come mais pão.
39:24Sul da Índia come mais arroz.
39:26Então, se você vê aqui, você não vê arroz.
39:29Porque é comida da norte da Índia.
39:33A gente coloca arroz porque brasileiro gosta de comer comida com arroz.
39:40Mas, geralmente, na norte da Índia, comemos com pão.
39:44Couvert, não.
39:45Na Índia, não.
39:46Aqui no restaurante, temos tudo como na Índia.
39:51O couvert, por exemplo, se tem na Índia em alguns lugares, não é cobrado.
39:56E aqui tudo é cobrado.
40:00Por isso, a gente não tem cobrado.
40:02Aqui no Brasil, o senhor diz.
40:03Não, aqui no Tandu.
40:05Ah, no Tandu tudo é...
40:06Não tem cobrado.
40:07A gente quer, se o cliente quer cobrado, ele escolher.
40:11Temos pastéis, temos os grelhados, temos os pães de vários tipos.
40:15Temos outros tipos de entradas.
40:17E, na Índia, por exemplo, a maioria dos hindus são vegetarianos.
40:23E essa comida é apenas no norte da Índia.
40:26No sul, por exemplo, tem mar.
40:29Então, só comem peixe.
40:31É difícil.
40:31Tem frango, mas a mesma coisa é em Mumbai.
40:35O peixe de lá é muito famoso.
40:38E, geograficamente, a Índia, como a cultura é muito antiga,
40:42eles seguem essa tradição.
40:45A Índia é uma grande viagem.
40:47E a gente hoje está aproveitando para fazer essa viagem completa.
40:50A gente vai assistir mais uma parte do nosso Jornada pela Índia.
40:54O material exclusivo, CNBC, a gente vai para Goa.
40:57Tem praias, um dos atrativos, né?
41:00Ano passado atraiu 10 bilhões de turistas.
41:03Pelas praias, mas, claro, também por toda essa delícia.
41:08E eu acho que o que é muito incrível é que a gente,
41:10através da gastronomia e da comida,
41:12a gente vai aprendendo sobre a história, sobre as relações, sobre a religião.
41:16Vou convidar vocês, enquanto eu vou aproveitar aqui para experimentar,
41:19para já começar, para ir para Goa com a gente agora.
41:24Nada mal, não é?
41:25Eu poderia passar uma semana apenas sentado numa praia em Goa.
41:28Mas estamos aqui na baixa temporada, então é um pouco tranquilo.
41:32Mas ainda há muito para ver e fazer nessa bela parte da Índia.
41:36A alta temporada em Goa vai de outubro a janeiro.
41:39Mas se você não se importar com as chuvas,
41:41a baixa temporada é uma boa época para encontrar quartos mais baratos e praias desertas.
41:46Mas, independentemente da época de sua visita,
41:49há uma coisa que permanece a mesma durante todo o ano.
41:52A melhor maneira de se locomover por Goa é numa scooter.
41:57Há lojas de aluguel de scooters em toda Goa,
41:59e alugar uma por um dia custa cerca de 300 rupias,
42:02ou seja, menos de 5 dólares, e já vem com o capacete.
42:07O que você acha? Ficou bom?
42:10Não há instruções como dirigí-las.
42:14O indicador está ligado, então isso é bom.
42:16Então é isso.
42:21Goa é dividida em dois distritos distintos,
42:24Norte e Sul.
42:25O Norte tende a atrair um público mais animado,
42:28enquanto o Sul tem um ritmo de vida mais lento.
42:31Nos dois, você encontrará belas praias de areia dourada
42:34e estradas que serpenteiam por colinas verdejantes.
42:38Cuidado com os carros que estão ultrapassando.
42:43A que velocidade estou indo?
42:4515 quilômetros por hora.
42:52Isso sim é uma vista.
42:55Isso é o melhor de Goa.
42:58O belo litoral de Goa tem atraído visitantes desde os anos 60.
43:05Nos últimos cinco anos, no entanto,
43:07o número de turistas que vêm à Goa quase triplicou.
43:11Esse crescimento notável atraiu hoteleiros e donos de restaurantes de toda a Índia,
43:15interessados em investir no Estado em meio à sua crescente popularidade.
43:19Oi, Sartak, como vai?
43:21Tudo bem, prazer em conhecê-lo.
43:24Há vários anos, Sartak Gupta veio a Goa com amigos de férias
43:28e gostou tanto que decidiu abrir um bar no topo de um penhasco.
43:32O local é ótimo.
43:33O lugar é conhecido pelo pôr do sol.
43:35Adoramos as festas em Goa.
43:37Éramos jovens quando começamos.
43:39E para nós, Goa era uma desculpa para virmos para cá.
43:42Nenhum de nós é, de fato, dono de restaurante ou hoteleiro por profissão.
43:47Então, aprendemos da maneira mais difícil.
43:49Estamos abrindo em algumas horas.
43:51Tudo está sendo preparado neste momento.
43:54Então, vocês estão esvaziando as caixas de bebidas e tudo mais.
43:58E você serve um martini roxo?
44:00Esse é o drink exclusivo.
44:02O que tem nele?
44:03É um drink à base de vodka, mas não posso compartilhar a receita.
44:06É uma receita secreta.
44:08Sei que há muitos lugares, deve haver muita concorrência.
44:11Isso é muito difícil?
44:13Só nesta rua, há cerca de vinte e tantos restaurantes.
44:16Portanto, em Goa, leva tempo para construir uma marca.
44:18E você precisa se destacar, porque todos os restaurantes estão oferecendo algo.
44:22Portanto, para nós, trabalhamos muito e tentamos nos destacar ao longo do tempo.
44:27E agora, nos tornamos uma marca, felizmente.
44:30Mas a concorrência é imensa.
44:33Dando as costas para o mar, estou indo para o interior, em direção à velha Goa,
44:37para ver a arquitetura colonial e as catedrais católicas
44:40que fazem parte da distinta herança portuguesa da região.
44:45Em toda Goa, você encontrará belas igrejas como esta,
44:48construída no século XVII, quando Portugal governava Goa.
44:51Essa igreja é chamada de Basílica do Bom Jesus
44:54e não é apenas um patrimônio mundial da Unesco,
44:57mas também é onde estão os restos mortais de São Francisco Xavier.
45:00Goa teve uma grande variedade de governantes ao longo de sua história,
45:07mas é o legado dos portugueses que ainda vivem.
45:09O reinado de 450 anos foi um reinado cheio de obstáculos.
45:13Embora tenham estabelecido hospitais e escolas,
45:16eles também converteram os habitantes locais ao cristianismo.
45:19Por meio das mansões da era colonial, das igrejas, da culinária e até mesmo do idioma,
45:23o domínio português deixou uma marca histórica vívida.
45:26Talvez você não saiba, mas meu tataravô era de Goa e católico,
45:30então ele pode ter vindo a esta igreja.
45:32É muito bom voltar ao local de origem de seus ancestrais.
45:37Terminada a aula de história, é hora de experimentar algo que é sinônimo da cultura local, a música.
45:44Em toda a região, mas principalmente no norte,
45:46você pode assistir a apresentações ao vivo de tudo,
45:48desde trance até o tradicional, conkani.
45:51Para saber mais sobre a cena musical de Goa,
45:53me encontrei com Vivek Philipp, um artista e produtor musical
45:57que vive em Goa há mais de uma década.
46:00Vivek! Tom!
46:01Oi!
46:02Prazer em se conhecer.
46:02Prazer em se conhecer.
46:05O pão da comunidade musical de Goa não é apenas local ou indiana,
46:10ela é muito global.
46:11Temos pessoas de todo o mundo que vêm para cá e fazem música,
46:15e nós interagimos, trocamos ideias, e isso é comovente.
46:19Muitas pessoas a reconheceriam como uma grande cena de música eletrônica,
46:24uma cena EDM.
46:27Sim, e isso é interessante porque Goa tem sido sinônimo de trance e técnico,
46:31não apenas em Goa, mas em toda a Índia.
46:33Toda a cena de música ao vivo está voltando,
46:35e agora há essa fusão interessante entre música eletrônica e ao vivo que está acontecendo.
46:42Muitas pessoas criativas que trabalham com música estão saindo de Mumbai
46:45e indo para lugares como Goa.
46:48No início eu dizia a muitos dos meus amigos que este era o lugar para onde deveriam se mudar agora,
46:52e vendo o número de pessoas que estão se mudando para cá,
46:54dá vontade de dizer a eles.
46:56Beleza, pessoal, já chega.
47:02Que homem interessante é o Vivek, e que lugar fantástico tem sido Goa.
47:06Eu adorei, mas esta deve ser minha última bebida.
47:09Tenho que pegar um trem pela manhã.
47:10Para muitas pessoas, Goa é um destino de férias para os frequentadores de praia que querem se divertir.
47:21É isso, mas também muito mais.
47:23A história e a arquitetura de Goa a tornam única em relação ao resto da Índia,
47:27e se você vier na baixa temporada, não tema.
47:29É o momento perfeito para apreciar sua cultura descontraída
47:32e experimentar a verdadeira vida de Goa.
47:34Hoje a gente faz uma viagem pela Índia.
47:42Quem está acompanhando, estamos seguindo o processo.
47:45Como é que eu começo?
47:46Pode ser?
47:49Tirar um pedaço.
47:52Pode provar essa aqui.
47:54Eu adoro experimentar o de vocês, mas...
48:11E tudo é feito aqui.
48:15Você estava me explicando que tem uma referência árabe também,
48:18porque muita gente, eu acho que quando olha, fala assim,
48:19poxa, lembra de alguma forma aquele pão folha, o pão árabe.
48:22Mas na origem da receita tem farinha, água...
48:28É.
48:29Aqui tem gordura, leite, ovo...
48:35Mais um pouquinho?
48:35É com esse que eu como ou posso comer com os outros?
48:38Pode comer com esse também.
48:40Esse aqui é tamarindo.
48:42Tamarindo.
48:42E para a pessoa que não quer doce, esse aqui é salgado.
48:53É iogurte com hortelã.
48:58Obrigada.
48:58É o que eu mais gosto.
49:10Pode iogurte com hortelã.
49:11É isso.
49:14Vou comer sozinha não, né, gente?
49:15Eu tô com vergonha.
49:16É.
49:16Aqui é o pastel, pode pegar um, corta no meio para ver o recheio.
49:25E geralmente o pastel nós comemos com...
49:30O tamarindo.
49:31O tamarindo.
49:32Essa é a especialidade da casa, não é?
49:35Que pode ser feito de legumes, mas tem também outros recheios?
49:41Sim, recheio de cordeiro e recheio de frango.
49:46Tem um hotel sem costelas aqui, que sempre pede 500 pastéis desses.
49:52Quando eles têm um evento grande, para variar, eles pedem esse pastel.
49:59Esse recheio aqui é o que?
50:00Batata.
50:00É batata, ervilha e os temperos, especiarias.
50:11Esse é incrível.
50:16Esse é muito tradicional, né?
50:17Sim, sim.
50:17Aqui sai muito.
50:18É que o pastel já é uma adaptação para falar, para a gente entender o prato, né?
50:22Samuça.
50:23Samuça quer dizer pastel.
50:25Samuça e pastel.
50:25E incrível.
50:26Nós temos pastel de verdura, frango e cordeiro.
50:29O que sai mais é de verdura.
50:31E agora, Mancha, para onde vamos?
50:34Então vamos para os pratos principais, certo?
50:37Aqui é o Ruben Josh, cordeiro com muitas especiarias e a receita do século XII.
50:47Aqui é Murk Makani.
50:50Murk Makani quer dizer frango no molho de manteiga e creme.
50:56E aqui é o frango assado, frango murtica, que é colocado dentro do molho.
51:08Aí vamos degustar esse aqui.
51:11Então eu vou colocar.
51:13E a gente pode ir com o pão ou com o arroz.
51:15Com o arroz.
51:16Varia do gosto ou varia da região?
51:18Varia da região e do gosto também.
51:21Aqui eu já sei que a gente tem uma diferença no casal.
51:24Um prefere com o pão e o outro com o arroz.
51:28Pode pegar um pouco de molho.
51:29Molho.
51:29Sim.
51:35Obrigada.
51:36E aí vou no nam de novo.
51:45Vou provar primeiro o molho.
51:46Na Índia, geralmente, eles comem vários pratos de uma vez só.
51:53Toda culinária asiática é dividida.
51:56Dividida.
51:58Por exemplo, comida indiana não é individual.
52:03É sempre para compartilhar.
52:05Então a gente pede para a área.
52:06Isso.
52:07O japonês, tudo é dividido.
52:10Como que está esse prato de século XII?
52:13Delícia.
52:14Eu nunca tinha, pelo menos, eu não sabia que eu já tinha provado um prato do século XII.
52:18A receita é do século XII.
52:20Então, mas o charme é esse, né, Monatia?
52:24Bem, vou continuar aproveitando.
52:26Muito obrigada por nos levarem a conhecer mais sobre a história do país de vocês,
52:32a história dessas delícias que a gente já usou há muito tempo, né, no Brasil.
52:38Assim, os restaurantes indianos atraem muita gente aqui.
52:41Foi um prazer saber um pouco mais sobre a Índia.
52:46Muito obrigada.
52:46E acho que uma sorte é nossa de estar aqui com vocês.
52:48Muito obrigada.
52:49Obrigada.
52:50Namastê.
52:51Namastê.
52:52A gente se vê de novo no fim de semana que vem,
52:54com mais uma viagem pelo planeta aqui no Times.
52:57Licenciado, exclusivo, CNBC, líder mundial em negócios, agora no Brasil.
53:02Beijo.
53:02E aí
53:17E aí
53:18E aí
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