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Após 48 horas de ocupação, parlamentares da oposição liberam a sessão remota na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. A bancada do Linha de Frente debateu os desdobramentos dessa crise política e o impacto no funcionamento do Congresso.

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Transcrição
00:00Acompanhando aí nos últimos meses uma questão vivida diretamente com o Supremo,
00:04com os posicionamentos do Alexandre de Moraes e um Supremo muito ativo.
00:08E o momento no Brasil é de colocar em xeque qual é o poder dos três poderes.
00:14A gente tem um poder executivo que está um pouco omisso dos seus deveres,
00:19então a gente tem um governo que não quer entrar em debate com o Congresso,
00:22um Congresso que é totalmente oposto na questão ideológica
00:26e que também acaba levando tudo para uma pauta jurídica
00:29e um Supremo que está tomando uma frente constitucional,
00:32porque alguém tem que tomar essa frente de tomada de decisão.
00:35Então são três poderes que não se conversam.
00:37E aí de um lado a gente tem também uma polarização da política brasileira.
00:41No cenário pré-campanha eleitoral tudo vira um palanque político.
00:45Então é um cenário que a gente precisa reorganizar essa estrutura de poderes no Brasil
00:51e pensando também na estratégia do Bolsonaro também como um palanque eleitoral.
00:55Para o ano que vem a gente teve os atos e o comportamento dentro do Congresso dos deputados
01:01ele é um comportamento muito similar ao que aconteceu no ato de 5 de janeiro, 8 de janeiro.
01:068 de janeiro.
01:078 de janeiro.
01:07Foi 5 de agosto o outro agora e esse 8 de janeiro.
01:10Então a gente está vendo o mesmo comportamento sendo repetido na história do Brasil
01:15e uma política muito voltada para essa questão midiática, uma grande performance.
01:23Você voltar de uma recessão aí, a gente tiver um recesso nos últimos meses,
01:27foi um mês de recesso, então você voltar agora e juntamente um ato político,
01:32uma paralisação da Câmara dos Deputados, é uma questão que coloca verdadeiramente
01:37como a gente está num conflito ideológico político constante dentro do Congresso
01:41e dentro da Câmara dos Deputados, do governo brasileiro e colocando o Supremo,
01:45o Poder do Supremo em cheque como um todo.
01:48Mariana, e essa discussão ela acaba deixando outras pautas para depois, né?
01:53A gente não tem então os deputados, os senadores conversando sobre projetos
01:59que deveriam ser aprovados, que deveriam realmente estar em pauta
02:02num ano que é importante, porque a gente fala muito que antes do ano da eleição
02:06é o ano normalmente que os deputados, senadores e até o governo federal
02:09querem aprovar tudo, porque ano de eleição é difícil, né?
02:12Boa tarde a todas novamente.
02:15De fato, é muito importante a gente prestar atenção daqui para frente,
02:19houve até uma discussão nos últimos dois dias, durante esse momento de paralisação,
02:23de que era mais importante a gente pensar em um projeto de país
02:28do que efetivamente em pautas pessoais, né?
02:32Mas por enquanto não é o que a gente vê acontecendo, a gente está em um cenário,
02:37especialmente olhando aqui do ponto de vista econômico,
02:41a pauta fiscal ainda bastante conturbada, a gente não sabe exatamente quais são as decisões
02:47que se tomam daqui para frente, a Isadora e a Lu falaram muito bem, né?
02:51A gente não tem essa definição exata do que cada poder, do papel que cada poder
02:56vai tomar daqui para frente e isso só coloca mais fogo no risco político.
03:02Então, quando a gente pensa no cenário eleitoral daqui para frente,
03:06a gente não sabe nem de qual direita estamos falando na eleição,
03:11de qual esquerda estamos falando e todas as pautas importantes
03:16que estão cada vez mais presentes aí nas discussões dos economistas
03:20continuam pausadas.
03:22É, eu até pedi para a Nátaly completar um pouco essa discussão fiscal.
03:25A gente tem orçamento, a gente tem arcabouço para ser cumprido
03:28e tudo isso fica mesmo em segundo plano.
03:31E para a população, qual que fica o recado?
03:34Isso está sendo deixado de lado ou para a população realmente é mais interessante
03:37o espectro político nesse momento, será?
03:39A população está preocupada com o bolso, né?
03:42Com o dinheiro ali que ele vai ter no final do mês, né?
03:45E quando a gente não tem o ajuste das contas públicas,
03:48inclusive tratando aí de créditos extraordinários, né?
03:51Você tem uma brecha aí muito grande no orçamento
03:54que a gente não consegue controlar o fiscal.
03:56Toda essa situação macroeconômica começa a ficar mais difícil
04:00da gente ter um certo contorno, né?
04:03Melhorar a nossa situação fiscal, a própria condição política
04:07está levando isso a uma distorção das contas públicas no seguinte sentido.
04:11Ano que vem é ano de eleição.
04:13Então, o que nós vamos ter?
04:14Um aumento ainda maior dos gastos.
04:16E se o fiscal já não estava controlado,
04:18desse ponto de vista macroeconômico,
04:20significa justamente que nós vamos ter uma maior inflação.
04:23Então, no bolso das pessoas, isso vai acabar afetando.
04:26Sem contar na situação interna,
04:28a gente também tem que olhar para o tarifácio,
04:30que também vai afetar a população no geral.
04:33Lu, essa discussão toda no Congresso,
04:35aquelas cenas que, inclusive, ganharam as redes sociais,
04:38os parlamentares ali com boca coberta, olhos cobertos,
04:41enfim, todos ali aglomerados perto da mesa.
04:44Essa discussão, você falou até que os parlamentares
04:48estão até usando isso nas redes sociais.
04:50Isso aproxima, então, o eleitor?
04:52Como que você acha que o eleitor está vendo esse movimento?
04:56Eu vejo que temos duas situações.
04:58Uma delas está relacionada àqueles que são filiados à extrema direita.
05:03Todo esse movimento começou através de uma ordem lá que veio do PL.
05:07O mesmo partido, o seu presidente, o Aldemar Costa Neto,
05:11pediu uma ordem no qual ele fala assim,
05:14há uma proibição expressa para que os seus mandatários,
05:20aqueles que estão no exercício de cargos públicos,
05:22se aproximem do quê?
05:24De candidatos de outros partidos que estão aí já pleiteando
05:28uma reeleição ou mesmo se lançaram um novo cargo.
05:33E aí, nós temos que usar como exemplo quem?
05:36Tarciso.
05:37Tarciso de Freixo, governador de São Paulo,
05:39até então foi um dos mais cotados ao cargo de presidente da República.
05:43Hoje, um candidato que ele é pré-candidato em 2026,
05:48que esteja afiliado ao PL ou que esteja dentro do PL,
05:53ele não vai poder fazer campanha política
05:55ou se apresentar a qualquer manifestação,
05:58porque ele pode ser punido, inclusive com a perda do cargo.
06:01Isso está aqui na nota que foi soltada.
06:03Tá, e quem está do outro lado, que é o eleitor,
06:06ele fala assim, peraí, eu não sou extrema-direita,
06:09eu sou uma direita moderada e eu não consigo entender o comportamento,
06:13porque a gente vê ali o Marcelo von Rathen do Novo,
06:16que tomou a frente, porque ele é pré-candidato a senador pelo estado dele,
06:21hoje ele é um deputado lá pelo estado que ele atua,
06:26e ele está lá ganhando espaço.
06:27Aí vem o outro que é do Republicanos, vem o outro que é do PL.
06:30Em quem eu vou acreditar? Quem é o meu candidato?
06:33Em quem eu devo apoiar?
06:34E por outro lado, nós temos a esquerda que vai sim explorar
06:40e muito este comportamento, porque envolve o quê?
06:43Gasto público, envolve a paralisação,
06:46nós temos uma necessidade de aprovação de um novo código eleitoral
06:49que está na Comissão de Constituição e Justiça,
06:51que ia ser votado nesta semana e simplesmente saiu de pauta.
06:56E isso é extremamente prejudicial para o bolso da população brasileira,
07:01porque somos nós que pagamos esses custos.
07:03O que vai acontecer?
07:04Nós vamos ter mais uma eleição com custos altos,
07:07porque esse novo código não foi sancionado, não foi aprovado.
07:12Isso vai repercutir, sim, negativamente.
07:14Eu acho que vão ter aqueles que vão colher bons frutos,
07:17mas, de um modo geral, eu não vejo isso com bons olhos.
07:21Isa, queria completar?
07:22Sim, não, completando a fala, é legal a gente também,
07:26100% aderente, porque é legal a gente observar também
07:29que se construiu nos últimos anos desse cenário da direita bolsonarista
07:34uma certa impunidade estrutural.
07:37Então, era um comportamento que veio com falas, com atos,
07:41com um posicionamento de impunidade,
07:44que sempre foi legitimada pela instituição brasileira,
07:46sempre foi permissivo.
07:48E aí, desde o ato de janeiro e agora, de novo,
07:51novamente, esse comportamento muito similar
07:53de uma impunidade, de podemos nos posicionar,
07:55podemos falar o que a gente quer,
07:57essa cultura de extremismo e radicalismo,
08:00ela está começando a ser pressionada a retroceder.
08:04E isso não vem somente da parte da esquerda,
08:07isso vem também de uma direita,
08:08uma direita que está se colocando à parte desse bolsonarismo
08:12e que volta a perpetuar pautas econômicas
08:14e que volta a bater na tecla de que a gente não está tão mais interligado
08:18a esse bolsonarismo, porque existe esse movimento de ruptura.
08:22A gente vê a prisão da Zambelli, o Bolsonaro preso,
08:24o Eduardo lá nos Estados Unidos.
08:26Então, é um grande, infelizmente, a palavra é um grande circo.
08:30Não tem uma proteção ali, realmente,
08:33a uma ideologia política e econômica.
08:35E a própria direita se desvinculando desse espaço.
08:38Tanto que o Hugo Mota, que é presidente da Câmara,
08:40ele é republicano, ele também é uma pessoa,
08:43ele que está dentro desse posicionamento
08:44e buscando um pouco mais se aproximar do centro,
08:46aproximar da direita.
08:47Então, acho que tanto para a esquerda quanto para a direita,
08:50tanto essa política quanto esse comportamento
08:52desse tipo de posicionamento já não funciona mais.
08:56Está todo mundo percebendo o palanque eleitoral,
08:58a vontade disso aparecer e reverberar ali nas redes sociais.
09:02Só que é isso, foi construído em cima,
09:04dentro de uma impunidade estrutural,
09:06que sempre foi permissivo, sempre passou batido.
09:09Agora está começando a ser reprimido.
09:11Então, vamos ver aonde vai chegar.
09:14A Lu citou que esse discurso poderia ser usado
09:16pelo governo federal por conta de gastos públicos,
09:20perda de tempo.
09:21E nessa quinta-feira também,
09:22depois que a oposição desocupou ali o Senado,
09:26eles conseguiram aprovar para manter a isenção
09:28do imposto de renda para quem ganha
09:29até dois salários mínimos.
09:30Era uma proposta que estava ali para vencer,
09:33podia caducar.
09:34E agora, então, com a desocupação, ela foi aprovada.
09:37Aí, Nátaly, aproveito para te perguntar.
09:39Isso pode ser um discurso usado,
09:41pautas ali importantes para a população,
09:43como, por exemplo, manter a isenção,
09:45que podem, sim, ser utilizadas nesse discurso,
09:48então, contra a direita nesse caso.
09:50Sim, sem sombra de dúvidas.
09:52É até uma medida que acaba sendo popular,
09:54ela acaba trazendo mais voto,
09:56mas ela tem um impacto também fiscal.
09:58Embora seja mínimo, vamos pensar assim,
10:01você tem um impacto fiscal.
10:02Não vamos esquecer que a gente também teve aumento de IOF.
10:06Então, tudo isso está reverberando nas questões fiscais do país,
10:09que a gente já está com as contas deterioradas
10:11e tudo vai se acentuando justamente porque a gente está caminhando
10:14para um cenário político de reeleição.
10:17Então, tudo culmina, tudo tem caminhado
10:19para essa deterioração das contas públicas,
10:21o que é extremamente complicado,
10:24porque, mais uma vez, isso vai acabar gerando inflação,
10:27vai acabar caindo no bolso dos próprios e futuros eleitores.
10:30É, e a gente tem, então, tarifácio rolando,
10:34todos esses problemas que a gente citou,
10:36um tentando jogar para o colo do outro.
10:39E aí, Mariana, te pergunto, no meio dessas jogadas,
10:41porque tudo que a gente fala de finanças
10:42mexe diretamente com o eleitor,
10:45pode ser, então, que um centro ganhe espaço
10:47ou não tem mais espaço para isso no país?
10:50Olha, eu acho que a gente pode ter esse espaço
10:54do ponto de vista econômico
10:57e que é importante a gente prestar atenção daqui para frente.
11:00Acho que a Nathalie trouxe esse ponto
11:03até para complementar.
11:04A gente tem uma pressão fiscal acentuada,
11:08a gente tem famílias com alto endividamento.
11:11Nessa semana, o Banco Central soltou a ata
11:14enfatizando esses fatores.
11:16A gente ainda está num cenário de muita incerteza,
11:20muita pressão sobre a demanda agregada.
11:22Então, ainda que você consiga passar uma pauta como essa,
11:26que ela é praticamente de senso comum,
11:27quem quer cobrar mais imposto de pessoas
11:30que ganham até dois salários mínimos.
11:32Acho que, apesar de ser algo que todo mundo concorda,
11:35a gente vê cada vez mais pressão
11:38em cima dessa demanda agregada.
11:40E, ao mesmo tempo que você tem pautas
11:42que podem influenciar as decisões do eleitor,
11:46do outro você tem pressões inflacionárias.
11:49O próprio Comitê de Política Monetária já reforçou
11:51que ainda não vê um cenário possível
11:54para iniciar o seu ciclo de corte de juros.
11:57Ou seja, por mais que a gente ache
12:00que uma pauta como essa pode agradar,
12:03no final das contas, as pessoas vão sentir isso no dia a dia.
12:07Inflação, que tem essa dificuldade de arrefecer,
12:10apesar de um mercado de trabalho forte,
12:15então, isso continua trazendo ainda muita incerteza para o cenário.
12:20Obrigado.
12:21Obrigado.
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