Ministério Público do Pará explica motivo da operação contra Daniel Santos

O Liberal

Coordenador do Centro Integrado de Investigação, o promotor de justiça Arnaldo Azevedo concedeu entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (5/8). Azevedo disse que o prefeito de Ananindeua é suspeito dos crimes de improbidade administrativa, lavagem de dinheiro e corrupção.  REPORTAGEM: Gabi Gutierrez IMAGENS: Cristino Martins EDIÇÃO: Karla Pinheiro (Supervisão Tarso Sarraf)

Transcript

00:00O que originou foi que, no primeiro grau, se buscou a evidência de que haviam fraudes

00:09em direcionamento às empresas que prestavam serviço ao município de Aranho-Deu

00:16através de procedimentos citatórios fraudados, inclusive com depósitos de empreiteiros

00:23nas contas do pregoeiro do município. Isso por si só já põe em dúvida a visura do procedimento citatório

00:33que a referida empresa ganhou. E a partir do momento em que se descobre o curso da investigação,

00:41estes desmandos todos que já foram relatados, como aquisição de patrimônio com empresas

00:46que tenham contratos ativos com a municipalidade, pagando bens para servidores ou agentes políticos

00:53de município, isso efetivamente demonstra uma improbidade administrativa para o crime

01:00de corrupção e de lavagem do dinheiro.

01:02Nenhuma empresa ingressa em um certame licitatório, nenhuma empresa ingressa em um certame licitatório,

01:10pagando o pregoeiro do certame para oferir a vantagem de ter um contrato administrativo.

01:17Isso é fraude, isso lesa a concorrência das demais empresas que querem prestar serviços

01:28à municipalidade, de igual qualidade ou às vezes com preço até mais elevado e com

01:34qualidade melhor, ou às vezes de menor preço e de uma melhor qualidade. O importante no processo

01:42licitatório é que não se mature a concorrência pública do processo. E há diversas evidências

01:53de que inclusive os editais lá eram entregues às empresas que participavam do certame na própria

02:07prefeitura, o que viola a publicidade do certame licitatório.

02:12Meio milhão.

02:13Você tinha falado meio milhão.

02:15Quinhentos milhões?

02:16Quinhentos?

02:17É.

02:18Você disse que do prefeito seriam cento e quarenta milhões.

02:21Aí seria isso?

02:22Meio milhão sendo cento e quarenta só do prefeito?

02:25É mais ou menos isso.

02:27Só que seja assim.

02:33Isso é bem bloqueado, né?

02:35É de bens bloqueados.

02:36É de bens bloqueados.

02:37É de imóveis e bens.

02:38Não é dinheiro, tá?

02:39Não.

02:40Não é dinheiro.

02:41É de imóveis e bens.

02:42Bens.

02:43Bens.

02:44Bens.

02:45Aeronaves.

02:46Tá?

02:47É...

02:48Veículos.

02:49Embarcações, se houverem.

02:51A fazenda, então é a situação de bloqueada.

02:54A fazenda, a indisponibilidade do bem, o sequestro da fazenda e desses bens que

03:01venham, na verdade, a suprir o erário, né?

03:09Em primeiro lugar, eu acredito que todo investigado tem o que ele diz e aquilo que pensa e o que quer.

03:15Existe uma diferença muito grande entre falar certo e que se pode provar as coisas dominamente.

03:24Eu quero dizer aos senhores que aqui existem provas dominantes.

03:28provas dominantes.

03:31O que eu posso dizer a qualquer um dos senhores é que se os esclarecimentos que forem trazidos

03:38a esse processo apontarem pela inocência de qualquer um deles, certamente é esse o

03:45caminho que o Ministério Público do Estado do Pará vai tomar.

03:48Tá?

03:49Certamente é esse o caminho que ele vai tomar.

03:52Mas pelo que está se vendo aqui e pelo que foi mostrado aos senhores, isto está bem

03:57longe de acontecer neste processo.

03:59Qual é o outro?

04:00Tchau.

04:01Tchau.

04:02Tchau.

04:03Tchau.

04:04Tchau.

04:05Tchau.

04:06Tchau.

04:07Tchau, tchau.

04:08Tchau.

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