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João Carlos Mansur destaca que o principal diferencial da REAC está em sua visão estratégica de aquisições e expansão, mesmo em tempos de incerteza econômica. Para o empresário, a capacidade de identificar oportunidades únicas e agir de forma decisiva é essencial para garantir a competitividade da empresa nos setores financeiro, imobiliário e de entretenimento.
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Transcrição
00:00Olá, boa noite! Está no ar o Show Business, o mais tradicional talk show de negócios da TV brasileira.
00:08E no programa de hoje vamos receber João Carlos Mansur, fundador e presidente da REAG,
00:15uma das mais importantes gestoras independentes do Brasil, com 310 bilhões de reais sob gestão
00:24e que atua nos mais variados setores, das finanças ao seguro e até no entretenimento.
00:33Eu sou o Bruno Meyer e seja muito bem-vindo ao Show Business, que começa em instantes.
00:39Ele é formado em ciências contábeis, começou como trainee de auditoria externa
00:56e se tornou um dos mais relevantes empresários do setor financeiro, real estate e entretenimento do Brasil.
01:06Nós vamos conversar nesta edição do Show Business com João Carlos Mansur, fundador e presidente da REAG.
01:16João Carlos Mansur, obrigado pela presença em nosso estúdio.
01:21João, você tem demonstrado um apetite, eu vou chamar de um apetite feroz,
01:27para aquisições nos últimos tempos, especialmente nos últimos meses.
01:32E num momento de certo desânimo de investidores, eu vou só citar a abertura de capitais,
01:40você faz o oposto, você investe.
01:45O que você tem visto que os outros empresários, os empresários brasileiros e empresários estrangeiros não estão enxergando?
01:54Boa noite, Bruno. Obrigado pela oportunidade de estar contigo aqui nesse bate-papo.
01:58É bem bacana, é um programa excepcional.
02:02Na verdade, a gente tem que enxergar oportunidade a todo momento.
02:08A gente já há três anos atrás, um pouquinho antes da pandemia,
02:11a gente já tinha enxergado que o mercado ia passar por alguma consolidação muito forte.
02:16E a gente tinha que tomar uma decisão se a gente ia ser consolidado ou se a gente ia ser um consolidador.
02:22E a nossa opção, lá antes da pandemia, em 2020, começo de 2020, foi criar um projeto dentro de casa chamado B323.
02:32Ou seja, nós gostaríamos de estar na B3, como empresa listada, como companhia listada, no ano de 2023.
02:39Fizemos um plano de três anos.
02:42E dentro desse plano, você tinha crescimento orgânico, normal, do dia a dia, e o inorgânico por aquisições.
02:49E isso faz com que você enxergue oportunidades complementares.
02:55A pandemia atrasou o programa por dois anos, então a gente empurrou ele para 2025.
03:02E a gente manteve forte e firme o objetivo de estar como uma companhia aberta, listada, novo mercado em 2025.
03:11E a gente conseguiu, com um pouco de dificuldade, com todas as barreiras que tem,
03:18mas sempre olhando oportunidades de consolidação em verticais que a gente tenha complementariedade.
03:26Mais do que isso, que tenha gente boa.
03:29A gente não tenta consolidar só negócios.
03:32A gente tenta consolidar bons profissionais, boas equipes, gente formada, bem formada, que possa agregar na companhia.
03:42Você está falando de abertura de capital e foi muito comentado no mercado financeiro,
03:48porque a sua abertura de capital foi diferente.
03:52É conhecida no mercado como IPO reverso.
03:57Quer dizer, você comprou companhias que já estavam listadas, de certa forma conectou com a sua companhia
04:06e virou, consequentemente, uma abertura de capital.
04:12Esse foi um objetivo seu desde o início ou você tinha um outro objetivo de realmente ir para a B3 e abrir o capital da REAC?
04:23O objetivo era o tradicional.
04:26A companhia já é uma companhia aberta desde 2021, 2021.
04:33Companhia aberta, mas fechada, sem negociação de valores.
04:37E a gente estava na preparação para que ela fosse a mercado de forma tradicional.
04:44Com o advento de, entre aspas, algumas crises, a gente percebeu que algumas companhias que abriram seu capital em 2021,
04:53aquela onda dos IPOs, algumas perderam muito valor.
05:00Companhias novas, recém-auditadas, recém-dirigenciadas.
05:03Ou seja, já tinham passado por esse processo e que seu valor de mercado tinha caído muito.
05:10Então a gente identificou três ou quatro companhias nessa situação
05:13para tentar montar essa posição do IPO reverso como uma oportunidade de mercado.
05:20Nosso objetivo era uma abertura tradicional.
05:23A gente optou por fazer um IPO reverso por uma oportunidade de mercado.
05:27E qual a sua avaliação depois de meses do IPO reverso?
05:31É desafiador, porque a gente cortou alguns caminhos, normal, porque a gente estava num fluxo natural de transição e governança.
05:43A gente acabou cortando alguns caminhos.
05:45Cortar caminho, você chega mais rápido, mas às vezes você pode se machucar no caminho,
05:50às vezes você pode tropeçar, cair, escorregar.
05:53Então a gente ainda está num processo de aprendizado.
05:58A gente vem aprendendo muito, todo dia.
06:01Todo dia é um desafio entender como é que funciona o mercado, as lógicas, as sistemáticas,
06:08o relacionamento com o regulador, o relacionamento com a própria bolsa.
06:13Você ter uma governança mais pesada, isso faz com que você tenha que subir o sarrafo.
06:21Então, tem sido divertido.
06:24Tem sido divertido?
06:25É.
06:25O mercado financeiro, esse mercado volátil?
06:29Isso não é divertido.
06:30Não, isso não é divertido.
06:32Isso daí você envelhece alguns anos e poucas horas.
06:35Deixa eu chamar a atenção do início da REAG e o início também do crescimento da companhia
06:43fundada e gerida pelo João Carlos Mansur.
06:46Porque vocês começaram com fundos imobiliários.
06:50Esse foi o início de vocês, é isso?
06:52Sim, na verdade, lá em 2011, 2012, até um pouco antes disso, a gente já tinha...
06:59Eu trabalhei numa incorporadora grande, americana, lá no começo dos anos 2000.
07:05E eu percebi que o mercado ainda estava incipiente, ainda estava nascendo o mercado de fundos imobiliários.
07:12E toda vez que eu queria montar uma estrutura para a nossa companhia, o mercado queria me vender alguma coisa.
07:20Então, a gente...
07:21Olha, eu não quero comprar nada, eu quero usar essa ferramenta para a montagem desse projeto.
07:27E batia na casa A, batia na casa B, batia na casa C.
07:30Todo mundo tinha que...
07:31Ah, eu tenho um produto para você.
07:32Eu falei assim, eu não quero o produto, eu quero a solução.
07:36E aí eu percebi que tinha um espaço para entrar nesse mercado.
07:41Aí saí dessa incorporadora, fui para outra, daí vem a minha origem no mercado imobiliário.
07:46Depois fui fazer um projeto de entretenimento no Allianz Parque.
07:53E quando saí do projeto do Allianz, eu retomei essa vontade de olhar aquela oportunidade que tinha de prestação de serviços financeiros, primeiramente dentro do mercado imobiliário.
08:07E aí a gente começou primeiro como consultor imobiliário, ou seja, ajudando os clientes, as famílias, as empresas a terem acesso...
08:17É isso que eu ia perguntar, quem eram os clientes nesse momento?
08:20Nossa base de clientes até hoje são famílias, indivíduos de alta renda e empresas.
08:26De altíssima renda, né?
08:28Sim, infelizmente ainda o Brasil ainda tem essa grande concentração.
08:33Então a gente é uma empresa, entre aspas, de atacado.
08:36A gente já trabalha com grandes grupos familiares, grandes companhias e indivíduos de alta renda.
08:44Então a gente percebeu que tinha ali um espaço para ocupar.
08:48Então a gente entrou, primeiramente, como consultor imobiliário,
08:52dando consultoria para essas famílias, para essas empresas em montagens de estruturas lastreadas nos seus imóveis.
09:01E aí a gente foi percebendo que o cliente precisava de mais coisa.
09:05E de consultor a gente virou gestor, de gestor a gente virou administrador,
09:09de administrador a gente virou financeira, financeira seguradora, seguradora securitadora.
09:16Ou seja, a gente foi trazendo para todo esse ecossistema o que o cliente precisava.
09:21Nada diferente do que a demanda do cliente traz.
09:25Quem sente isso, essa necessidade do segmento, do setor, é você?
09:32Você tem um time focado para isso?
09:36Ou é só você? Você usa a sua intuição?
09:39Não, na verdade, a gente conversa muito com a equipe.
09:44Hoje temos equipe em crédito, temos equipe em fusões e aquisições,
09:48temos equipe em mercado de capitais, temos equipe em tesouraria,
09:53temos equipe de seguros, ou seja, a companhia hoje é um pouco maior.
09:58A gente começou com seis pessoas, a gente tem 900.
10:02Seis pessoas em que ano?
10:04Seis pessoas em 2012.
10:05Doze.
10:06Três pessoas, depois seis, em 2012.
10:09E hoje a gente está aí com perto de 900 pessoas.
10:11Claro, a gente escuta muito o que o cliente traz.
10:18Muito.
10:18A gente tenta estar do lado do cliente, sentar na cadeira dele.
10:24Tudo que a gente sempre faz, hoje de manhã, estava num cliente,
10:27num potencial cliente grande, uma organização muito grande,
10:31eu falava, olha, eu vou estar do teu lado.
10:34Nossa posição, eu nunca vou te vender nada.
10:36A gente vai sentar do teu lado e vai ver o que é bom para você.
10:39Às vezes o nada é a melhor situação para você.
10:43E por ali a gente tenta encaixar a necessidade
10:46que aquele conjunto de indivíduos tem naquele momento
10:51ou ao longo da sua carreira.
10:52Então, pelo que você está falando, você escuta muito mais,
10:56usa a intuição e vai fazendo negócios.
11:00É isso, Mansur?
11:01É isso.
11:01Eu aprendi ao longo desses anos todos
11:04que a gente tem dois ouvidos, dois olhos e uma boca.
11:07Ou seja, quando a gente escuta mais, observa mais,
11:13a chance de errar é menor.
11:14Vai errar, todo mundo erra,
11:17mas a chance de você errar é muito menor.
11:21E se colocar no lugar do cliente,
11:23que é o que a gente chama hoje da empatia.
11:25Ou seja, na hora que você está sentado na sua cadeira,
11:28estou usando o seu sapato,
11:29eu sei onde aperta, eu sei onde dói,
11:32se o ar está frio, se o ar está quente.
11:34Então, as instituições, se ela começar a escutar o cliente,
11:41muitas escutam com primazia e algumas não.
11:44Algumas vendem produtos.
11:46Então, a gente admira aquelas que olham para o cliente
11:51e resolvem o problema do cliente.
11:53Como eu apresentei você,
11:55você é um dos grandes nomes hoje do setor financeiro,
12:00de real estate e de entretenimento do Brasil.
12:05Eu queria que você definisse,
12:06você já definiu brevemente,
12:08mas eu queria entender,
12:10eu queria que você mostrasse para a nossa audiência,
12:12quais são hoje os braços de negócios da REAG.
12:16O que é a REAG?
12:18Ela não é só uma gestora independente.
12:21Ela é muito mais do que isso.
12:22Não, não.
12:23Hoje nós temos quatro, cinco grandes verticais.
12:29Nós temos uma vertical de gestão de recursos,
12:32gestão de patrimônio.
12:34Ela se divide em dois polos centrais.
12:38Produto, ou seja, produtos que a gente vende a mercado.
12:43Ou seja, você tem ali um fundo imobiliário,
12:46você tem ali um fundo de participações,
12:48você tem um fundo de crédito.
12:49São teses que a gente tem em casa,
12:51que a gente coloca isso em produtos e vende ao mercado,
12:55vende aos nossos clientes.
12:56E gestão de patrimônio, propriamente dito.
12:59Famílias, empresas, indivíduos de média e alta renda,
13:03que a gente faz essa gestão patrimonial.
13:05Então, isso é uma caixinha chamada REAG Investimentos.
13:09É o maior negócio de vocês hoje?
13:12Não.
13:13Não.
13:13É um negócio relevante, mas não é o maior negócio.
13:15Então, essa caixinha é uma caixinha muito importante,
13:20porque ela gera as demandas das outras caixinhas,
13:23que é o cliente que está aqui.
13:25Então, ela gera as oportunidades que a gente tem dos dois lados,
13:30porque às vezes eu tenho um cliente com uma oportunidade X,
13:32e eu tenho um investidor com apetite Y.
13:35Então, a gente junta os dois dentro de casa.
13:37A gente gosta muito de fazer isso.
13:39Então, essa é uma vertical.
13:41A gente tem uma vertical de serviços financeiros,
13:44que ela veio no segundo momento.
13:47Então, a gente era consultor, virou gestor,
13:51depois virou administrador.
13:53Serviço financeiro no Brasil era o patinho feio.
13:57Ninguém gostava de fazer.
13:59Era um negócio jogado do lado,
14:01não tinha tecnologia,
14:03era muito braçal,
14:05era uma coisa sem charme.
14:07Com o advento da mudança tecnológica nos últimos 10, 15 anos,
14:13com a subida disso,
14:15o serviço financeiro tomou uma importância muito grande
14:19e cresceu em escala.
14:21Claro, automatização, informatização.
14:23Então, você acaba fazendo com que aquele processo
14:26que era muito manual,
14:28que era muito bookkeeping, que a gente fala,
14:31descrever contabilidade,
14:33ele passa a ser um viés importante
14:35para aquela caixa do lado da gestão.
14:39E muitas vezes para o cliente.
14:42Porque, às vezes, o cliente precisa de uma solução
14:44e o seu parceiro de serviço financeiro
14:47ou não entende, ou não sabe,
14:49ou não quer fazer.
14:51Então, essa caixa do serviço financeiro,
14:53ela cresceu junto com a caixa de gestão,
14:57cresceu muito.
14:58A gente é uma empresa relevante em serviço financeiro.
15:01A gente é a maior empresa administradora
15:03de recursos independente do Brasil.
15:04Independente, né?
15:05Independente.
15:06Abaixo dos bancos...
15:08Os bancos são os bancos.
15:09Os bancos são os bancos.
15:10Eles são grandes.
15:11São os bancos tradicionais e tal.
15:13Vocês estão...
15:14A gente, no geral,
15:15a gente é a oitava companhia pelo ranking
15:17da Ambima em volume, geral.
15:19Em volume.
15:20Né?
15:20Acima da gente tem um estrangeiro,
15:23que era um independente,
15:24ele foi comprado por uma companhia estrangeira,
15:26e os bancos, né?
15:28Abaixo também tem alguns bancos,
15:30mas a gente está ali no primeiro decente.
15:32Para ver o tamanho da ascensão de vocês
15:35em pouco tempo, hein, Mansur?
15:37Trabalho, né?
15:38Trabalho.
15:38Você escuta o cliente, vai e trabalha.
15:41Cliente bem atendido,
15:42fala para o amiguinho do lado.
15:43E teve muito banco que caiu nesse tempo?
15:45Sim.
15:46Teve.
15:47É que este não é o negócio principal do banco.
15:50Sim, é.
15:51A gente tem que lembrar que esse é o negócio acessório do banco.
15:53E para nós é o negócio principal, né?
15:55Mas aí você está falando de serviços financeiros
15:57e você tem mais outros braços também, né?
15:59Isso.
15:59Então, essas duas verticais são verticais abertas,
16:02companhias abertas listadas na B3.
16:04Tá.
16:05Tá.
16:05Aí nós temos uma vertical que a gente chama,
16:09que ela se quebra em duas,
16:10que a gente chama de BCS.
16:12Banco Central, SUSEP.
16:13Né?
16:14Ou seja, a gente tem uma financeira,
16:16uma participação relevante numa financeira,
16:19a gente tem uma IP, uma instituição de pagamento,
16:22e a gente tem uma participação minoritária
16:24num banco comercial.
16:26Parra.
16:27E do lado de cá, a gente tem uma seguradora.
16:30Basicamente, uma seguradora de crédito, né?
16:32Risco de crédito.
16:33Então...
16:34Que é aquela que em outubro de 2024
16:36você bateu o sino, não foi?
16:38Não, não.
16:39Você tem outra ainda?
16:40Não.
16:41É, tem outra.
16:43A gente vai descobrindo a...
16:45Vai aparecendo.
16:45Vai aparecendo os negócios aí de João Carlos Mansur.
16:49Vai aparecendo.
16:49E tem uma vertical de investimentos.
16:51Tá.
16:52Essa vertical de investimentos,
16:53a gente tem participação numa companhia aberta
16:55de infraestrutura e concessões públicas,
16:59que é a ZV do Travassos,
17:00uma empresa secular, né?
17:04Uma das mais antigas listadas da Bolsa,
17:0640 e poucos anos.
17:07Fizemos uma cisão dela na área de petróleo,
17:10separamos esse braço.
17:12Nós temos uma incorporadora
17:14que a gente juntou dentro de casa
17:16com alguns clientes.
17:19E aí vem a questão do real estate,
17:22que está na minha veia.
17:23Então a gente tem uma incorporadora relevante hoje,
17:26que trabalha só com empreendimentos horizontais,
17:30econômico e alta renda.
17:32Tá.
17:32Temos verticais?
17:33Temos, com parceiros.
17:35Tá.
17:35Nossa especialização hoje é horizontal.
17:38Temos uma companhia de real estate entertainment,
17:41ou seja, imobiliário de entretenimento.
17:44Eu quero falar já, já, desse.
17:46Isso.
17:46É interessantíssimo.
17:47Também companhia listada, né?
17:49Chama Revi.
17:51Trouxe algumas pessoas que a gente fez o projeto lá atrás, né?
17:54Do Allianz.
17:56E temos uma...
17:59Ih, o Mansur até se perde aí.
18:01Não, temos uma ali que eu não posso falar,
18:02porque a gente não saiu com ela ainda.
18:05Ué, você não vai contar pra nossa audiência?
18:07Ainda não posso, porque a gente está em pedido de silêncio.
18:09Mas eu trago primeiramente aqui.
18:11Por favor, por favor.
18:12Ô, Mansur, deixa eu pegar, talvez, um dos inícios aí de vocês,
18:19que é a gestão de fortunas, né?
18:21De grandes fortunas, de pessoas, de instituições.
18:26Você tem falado que você escuta muito as pessoas, as instituições.
18:31O que elas têm falado do atual momento econômico do Brasil?
18:36É um desafio, né?
18:39Todo mundo fala que a gente está vivendo um período de desafio.
18:43Não só local, como desafio global.
18:47A gente tem que olhar por vários prismas os desafios.
18:51Tem o desafio de inflação global, pós-pandemia.
18:55A gente já, naturalmente, já tem o desafio do pós-pandemia.
18:58Ou seja, saímos de uma situação complexa para uma situação pós-pandemia.
19:04A gente está dois, três anos fora daquela situação que a gente viveu.
19:09Então, a gente tem o desafio de inflação global.
19:11A gente tem o desafio de taxa de juros globais mais altas.
19:16A gente tem desafios de guerras comerciais,
19:20de embates comerciais muito fortes entre nações.
19:23Ninguém fala, mas o acordo Mercosul-Europa tem 20 anos,
19:30que está na mesa, por conta de embates econômicos.
19:35Então, você tem aí um ambiente geopolítico se redesenhando.
19:42Então, se a gente olhar com calma,
19:44a gente está vendo um redesenho,
19:46eu ia falar uma palavra errada aqui,
19:49um redesenho da geopolítica.
19:50Você tem aí a geopolítica indo um pouco mais para o Oriente,
19:57o Ocidente se enfraquecendo um pouco mais,
20:01consumo, demanda.
20:03Tem países importantes e populosos no Oriente hoje.
20:06Antigamente era só Japão, então você tem Japão, China, Índia,
20:10toda a parte de Indonésia, você tem a Rússia para o lado de cá.
20:13Então, você tem um peso de consumo populacional importante no Oriente.
20:17E o Ocidente ainda muito lastreado em Europa, Estados Unidos,
20:24a África ainda não deu aquela decolada que esperava ser há 20 anos atrás.
20:30Pode ser que a gente ainda tenha alguma novidade na África nos próximos anos,
20:35mas você tem um redesenho de geopolítica.
20:38Mas essas famílias e essas instituições brasileiras que você administra,
20:45voltando a falar, são altíssimos patrimônios no Brasil,
20:49eles estão cautelosos, eles estão otimistas ou estão pessimistas?
20:57Bruno, o Brasil é um navio muito grande.
21:00Para você virar esse navio, ou mudar a direção dele, demora.
21:07Mas também se você insistir muito, ele vira.
21:10A gente fala, você pega um transatlântico grande, ele se move devagar.
21:15O Brasil não é diferente.
21:1815% de juros, todo mundo tem que estar cauteloso.
21:22Juros básicos.
21:23Na hora que você vai ao mercado, você não consegue viabilizar nada.
21:28Você não tem capacidade de investimento com juros tão caros.
21:32Você não tem capital de longo prazo com juros caros.
21:35Então, isso tudo bate não só no investidor, mas isso bate na economia como um todo.
21:42Você não consegue fazer planejamento de longo prazo.
21:46Por mais que o Brasil seja uma seara de oportunidades,
21:50sempre foi,
21:51você ainda tem muitos desafios jurídicos, políticos, econômicos, fiscais, principalmente.
22:00Então, a gente tem aí uma feijoada...
22:03Mas essa turma está indo para onde? Para a renda fixa, nesse momento?
22:07O Brasil é o país da renda fixa.
22:09É o país da renda fixa.
22:11Infelizmente, o país da renda fixa é o Brasil.
22:14Você fala isso...
22:14Mudou um pouquinho ali na pandemia, quando os juros estavam em chegar a dois.
22:19Em real, né?
22:20É, em real, é verdade.
22:22Em real.
22:22Aquilo ali estava fora...
22:24Em real.
22:25Mudou, claro, mas a gente que é um pouquinho mais antigo,
22:31a gente lembra de inflações galopantes.
22:3580% ao mês.
22:37Quem tem mais de 50 anos lembra, sabe como é que é isso.
22:40Quem tem abaixo de 50% não lembra disso, não está acostumado com isso.
22:46Então, quando você tem inflação mais alta, como a gente está vivendo,
22:51mais alta para os nossos padrões recentes, né?
22:54nesses últimos anos, e taxa de juros reais muito alta, a gente, infelizmente, a gente não consegue olhar para frente.
23:02A gente não consegue capital de investimento de longo prazo.
23:05Aí você tem que fazer o seu recurso e seu reinvestimento por dentro da sua infraestrutura.
23:12Nem todas as companhias conseguem fazer isso, nem todas as famílias conseguem fazer isso.
23:17Então, você acaba se retraindo mais, você acaba segurando mais.
23:22Você vai, você atravessa a rua, entra num banco, literalmente aqui na Avenida Paulista, né?
23:27Você entra num banco e tem alguém te dando 15% ao ano, você vai pensar duas vezes
23:32se você vai colocar o seu capital em risco para ganhar 16, 17, 20, né?
23:39E qual é o negócio que tem margem para pagar 20 de custo financeiro?
23:44Então, a gente está num momento muito desafiador.
23:47Você bateu muito na tecla do momento geopolítico.
23:50Você inserido no setor financeiro, na sua avaliação, o que explica a fúria de Donald Trump contra o Brasil?
24:00É, acho que o Brasil é o bode expiatório.
24:04Eu acho que, minha opinião pessoal é que ele está mirando o BRICS, né?
24:09É, claramente ele está vendo formar um bloco econômico de 40% do PIB mundial, né?
24:16Com grandes populações, Índia, China, Rússia, Brasil, né?
24:21Ou seja, com bom poder de consumo, né?
24:25E aí ele olha para a China e fala, não vou brigar com esse cara que ele é do meu tamanho.
24:29A gente, vou bater, mas vou apanhar.
24:31Ele olha para a Rússia e fala, bom, eu vou jogar uma briguinha ali, ele vai jogar um míssel aqui e vai ficar ruim, né?
24:38Ele olha para a Índia, maior população do mundo.
24:42Então, ele bate em quem ele pode bater, né?
24:46Como a gente estava conversando antes, né?
24:47Briga de rua.
24:49Quando você tem uma briga de rua, você pega o menor e bate nele, né?
24:52Você derruba um primeiro, né?
24:54Mas eu acredito, eu pessoalmente acredito que ele está mirando muito a questão dos BRICS, né?
25:00Foi aqui a reunião dos BRICS, foi no Brasil, né?
25:04Nosso presidente fez alguns comentários que batem no bolso americano direto,
25:10moeda única, moeda transação direta entre os países dos BRICS.
25:15O BRICS abriu para algumas outras nações não muito alinhadas com o Ocidente, né?
25:21Você tem Irã, no BRICS, você tem algumas nações não tão alinhadas com a política ocidental, né?
25:29Diríamos assim, um pouco mais polêmicas, né?
25:31Então, na hora que a gente olha essa geopolítica, ele está mirando no bloco, ele não está mirando...
25:37Não no Brasil, não é?
25:37Ele não está mirando no magrinho.
25:38Ele foi...
25:39O que é o Brasil?
25:40Ele está mirando no grupo, né?
25:43Ele está vendo três fortões ali e o magrinho, né?
25:46Então, deixa eu bater no magrinho, o magrinho leva o recado ali para o fortão, né?
25:52Você tem um palpite do final dessa história?
25:54Eu acho que o final dessa história é a implosão do BRICS.
25:57Implosão do BRICS?
25:58É, eu acho que...
25:59Eu pessoalmente acredito que a política americana, hoje, atual, é a implosão do BRICS.
26:07Simples, né?
26:07Claro, ele bate também no Brasil porque...
26:11Vamos lá.
26:13A questão do PICS, ela é muito importante, né?
26:16É uma ferramenta excepcional.
26:18E quando você tem o PICS parcelado, você acaba com cartão de crédito.
26:21Você tem 220 milhões de habitantes no Brasil.
26:24Então, é um mercado a menos.
26:27Só que se ele está num bloco econômico com 40% da economia global e com muita população como tem,
26:33você exportar essa tecnologia para um amiguinho do lado, né?
26:38Não é nada complexo, não é nada difícil, né?
26:40Então, quando a gente começa a olhar a geopolítica instalada, a gente passa a ver que tem um pano de fundo maior do que tarifa, né?
26:48Maior do que a parte política, né?
26:51Que vem falando, não, você não está sendo bacana com o ex-presidente.
26:55Não, isso daí é tudo desculpa para que ele não tenha problema interno, para que ele não tenha problema dentro da sua casa
27:03para tarifar ou para usar isso como pressão, como instrumento de pressão.
27:09Mansur, eu já ouvi de você que no Brasil só bancos e seguradoras conseguiram se tornar grandes empresas corporativas.
27:24Não tem espaço para outros segmentos?
27:26Não tem.
27:27Nós tínhamos no passado grandes grupos industriais, né?
27:33Votorantim é um exemplo, né?
27:35Grupo Votorantim, secular, né?
27:38Entrou por vários lugares e no final do dia acabou tendo um banco, né?
27:42Você tem a JTF, né?
27:45Que nasceu com o JBS, né?
27:48É um grande grupo empresarial, muito grande, né?
27:51Que também tem um banco, né?
27:53Então, quando a gente olha os grandes industriais brasileiros, migraram para o sistema financeiro, né?
27:59O próprio Unibanco, ele vem, nasce como uma casa bancária,
28:03mas ele tem uma área toda industrial grande.
28:07O Itaú tem uma grande, grandes investimentos industriais, inclusive, né?
28:12Então, acabam, né, cruzando muito, né?
28:17O sistema bancário, mundialmente, é conhecido como um fluxo de recursos, né?
28:24Você vê oportunidades e vende ou compra essas oportunidades quando você tem, compra e vende dinheiro, né?
28:31Deixa eu sair um pouco da economia.
28:33Eu apresentei João Carlos Mansur como um dos grandes nomes do entretenimento do Brasil.
28:40E talvez a nossa audiência deve estar se perguntando, se questionando, entretenimento.
28:46Mas o João Carlos Mansur é um dos idealizadores do Allianz Parque,
28:51Arena de São Paulo, que se transformou em um verdadeiro polo de grandes eventos da capital paulista.
29:00Por que você investiu na Arena?
29:04Na verdade, eu não sou investidor do Allianz, né?
29:08A gente fez a estruturação do Allianz lá atrás.
29:12Então, a sua participação foi como?
29:14No Allianz.
29:14No Allianz.
29:15No Allianz, especificamente no Allianz.
29:16A gente tem uma companhia de imobiliário de entretenimento.
29:20Tá.
29:21Ela é uma companhia listada, companhia aberta em bolsa também, né?
29:24Ela tá num processo de investimento forte, né?
29:30A gente tem ali a parceria no IMB, a gente tem parceria em algumas arenas no Brasil, em Recife, em Brasília, em Belo Horizonte.
29:38Então, a gente já vem montando um portfólio de imobiliário voltado ao entretenimento.
29:44Isso é um negócio recente.
29:46Isso é um negócio recente.
29:46De você pegar várias arenas brasileiras.
29:48Ele nasceu com o Allianz, com o conceito do Allianz.
29:51Tá, tá.
29:51Lá atrás, né?
29:52E pelo sucesso que o Allianz tem feito, sobretudo com shows, eventos, agora, foi o impulso aí para expandir para outras arenas?
30:03Na verdade, a gente já confiava neste mercado quando eu levei o negócio para o Walter.
30:10O que aconteceu?
30:13Walter Torre.
30:14Walter Torre.
30:15É, eu tava já envolvido na política do Palmeiras, né? Já tô lá há muitos anos, né?
30:22E num momento ali...
30:23O que será, hein?
30:25É legal.
30:27Esse é palmeirense mesmo, hein?
30:30Depois você fala do seu amor aí pelo Palmeiras.
30:32No momento ali que tava, o Beluso tava na, o professor tava na diretoria de planejamento, né?
30:39Buscando criar novas receitas, né?
30:42E trazer, fazer com que o clube tivesse novas receitas.
30:46Isso nós estamos falando de 2006, 2007.
30:49Tá.
30:49Né?
30:51Um amigo meu que hoje trabalha comigo, né?
30:53O Marcelo Fonseca, nosso economista-chefe.
30:55Encontrei com ele no elevador do prédio.
30:58Ele virou pra mim e assim, falei, olha, a gente tem que botar o projeto da arena em pé.
31:02Eu falava, esquece, isso aí não fica em pé nunca, né?
31:06E aí me provocou, né? Por que não, né?
31:09Falei, porque ninguém vai ser sócio de governo, igreja e clube de futebol.
31:13Como é que você arruma um sócio pra isso?
31:15Falei assim, ah, mas como é que faz?
31:17Eu falei, não, tem que transformar isso num projeto imobiliário.
31:21Aí o Marcelo foi lá correndo falar com o Beluso.
31:22O Beluso me chamou, a gente sentou rápido.
31:25Eu falei, olha, Beluso, se a gente transformasse politicamente dentro do clube,
31:30a gente conseguir levar isso pra ser um projeto imobiliário,
31:33se transformar isso não num projeto futebolístico ou esportivo,
31:38mas num projeto imobiliário, investidor tem.
31:42Ponto.
31:43É o Beluso muito inteligente, muito esperto.
31:45Ele falou, olha, eu me viro com a política, você se vira com a parte de botar esse negócio em pé.
31:52Falei, ah, fácil.
31:54Fui direto no Walter Torre.
31:57Excepcional, visionário, né?
32:00Ou seja, você tem poucos empresários ou você tem poucas mentes que olham além do negócio.
32:07Eu já estava trabalhando com o Walter com alguns projetos e toda reunião eu levava lá o projetinho do Palmeiras,
32:15da Arena Palestra Itália.
32:19E ele, não, né, não quero, não quero, não quero.
32:21Até que um dia ele falou, não, me explica o motivo, né, por que que isso para em pé.
32:28E aí, minha chance, né, você tem que aproveitar os seus três minutos, né, como diz o Ricardo Belino, né,
32:34você tem que ter três minutos, você aproveita e manda bala.
32:37Eu falei, olha, Walter, a cidade tem, na época, né, a região metropolitana tinha 15 milhões de habitantes,
32:43mas não tem um megateater, né, não tem um grande lugar de eventos no Brasil, ou na cidade, né.
32:51E parou e falou, é, não tem.
32:55Falei, não, não tem.
32:57E o Morumbi não nasceu para isso.
33:00Ele nasceu para ser um estádio de futebol, né.
33:03O Paquembu muito menos porque a vizinhança não deixa.
33:07O AIMB é um centro de convenções.
33:11Então, não tem.
33:12E o Walter ficou intrigado com isso e foi pesquisar.
33:17E realmente, não tem.
33:18E demandas muito fortes voltadas ao entretenimento.
33:24Foi em 2007, né, a gente tem quase 20 anos disso, né.
33:27Então, naquela época, você já tinha uma demanda reprimida para eventos.
33:33E aí, vem a pergunta clássica do Walter.
33:35Ah, mas o clube não vende o terreno.
33:39Eu falei, é, não precisa vender.
33:40Faz o modelo como se fosse uma estrada, uma parceria.
33:45O clube concede, participa da receita.
33:47Você constrói, explora e segue o baile, né.
33:51Tá aí o Allianz, né.
33:52Tem 10 anos já de mercado.
33:53Não, e tem, como eu falei, virou um grande polo de shows.
33:58Sim.
33:58Eu tenho certeza que quem nos acompanha, eu já fui em vários shows lá, é sempre plateia lotada.
34:07Aliás, uma curiosidade, Mansur.
34:10O Allianz hoje ganha mais dinheiro com o evento do que jogo de futebol?
34:15É, com o ambiente imobiliário do que com o jogo de futebol.
34:18O mais, é.
34:19As receitas do futebol são do clube.
34:22Exclusivamente do clube.
34:22Fica ali pro clube, tá.
34:23A bilheteria é 100% do clube.
34:26Ponto.
34:27Tá.
34:28E o clube participa em determinadas percentuais diferentes das outras receitas.
34:33Tá.
34:34Quais receitas?
34:35O nome do estádio, o legal do camarote, o patrocínios, né.
34:40Aluguel pra shows, e aí vai, né, você tem um horizonte de receitas muito grande dentro
34:47desse imobiliário.
34:48Ele é um shopping center de entretenimento, né, porque lá você consome bebida, você
34:53consome comida, você consome estacionamento, né, você consome publicidade, você consome
34:58sponsorship, você tem naming rights, sector rights, supply rights, ou seja...
35:04Tem muito negócio.
35:05Você tem muito negócio.
35:06E as pessoas, então as pessoas não estavam vendo isso, a quantidade de negócios, ou
35:10viam poucos negócios ou não viam nem nada?
35:13Não, o brasileiro não tinha o Brasil, o Brasil, o investidor brasileiro de imobiliário
35:21não tinha visto esse nicho acontecer.
35:26Por isso que a gente foi procurar um visionário, né, só um visionário que aí o Walter foi
35:31viajar, o Walter foi ver o que tinha lá fora, ele foi ver o que estava na Europa,
35:34que tinha nos Estados Unidos, ou seja, eu tenho um centro de entretenimento que eu até
35:39jogo futebol.
35:41Eu também jogo futebol.
35:43No Brasil você tem estádios que você atabitava, né, eu tenho um campo de futebol com uma
35:48arquibancada e tal, vamos fazer um show aqui.
35:51Acústica ruim, dominou uma tecnia péssima, né, sem drenagem, sem entrada, sem saída,
35:57ou seja, uma maluquice, né.
36:00Quando você faz um projeto do Allianz Parque, que no primeiro momento foi o professor Tomás
36:06Taveira e depois veio o Edu Rocha, né, fechando esse negócio, você entra com um caminhão
36:12no gramado.
36:13Então a montagem e desmontagem de um evento, ela acontece de um dia para o outro.
36:17Isso é revolucionário.
36:19Você vai montar um show num estádio antigo, como é o Morumbi, ou como é os estádios
36:25do Brasil, você descarrega o caminhão fora, leva tudo para dentro, monta tudo dentro, desmonta
36:32tudo dentro, leva tudo para fora.
36:35Numa arena moderna, você entra com o veículo, já coloca no lugar, já monta, faz, tira tudo,
36:42põe o veículo e vai embora.
36:43Isso serve para a estrutura de palco, para a iluminação, para som, para tudo, né.
36:49E aí vai mais a cabeça do empreendedor genial, que colocou uma luminotecnia especializada,
36:58colocou a parte de sonorização tudo erguida, para você não ter que usar a parte de gramado,
37:04já manteve uma estrutura fixa atrás do gol.
37:07Então você monta o real estate voltado para tudo.
37:11Você tem o campo, você tem a arquibancada, você tem tudo, mas você também tem o backstage,
37:17você tem a parte de entrada e saída de equipamento, então é tudo pensado como se fosse um shopping center.
37:23Quer dizer, entretenimento é um excelente negócio?
37:27Serviço.
37:28É serviço.
37:29Serviço na veia.
37:31Depois da pandemia, o brasileiro descobriu entretenimento.
37:34Mansoor, quem vê, quem está conhecendo o João Mansoor aqui pelo nosso programa,
37:41está vendo, e eu fico impressionado mesmo, com a sua capacidade de fazer negócios o tempo todo,
37:48ver negócios onde ninguém enxerga, como é o caso que você está relatando agora,
37:53de levantar arenas de entretenimento que geram muito dinheiro.
38:00Essa sua visão, essa sua habilidade em fazer negócios distintos o tempo todo,
38:08vem da onde?
38:09Vem, você aprendeu, porque você é formado, você é um auditor.
38:13É só um contador.
38:14Você é um contador.
38:16Com muito orgulho, eu sou um contador.
38:17Você é um contador.
38:18Com muito orgulho.
38:19Vem da onde, Mansoor?
38:20A auditoria me deu muito dessa experiência.
38:25Hoje, menos, mas o auditor lá, no final dos anos 80, que é a minha turma,
38:29dos anos 90, a gente ia na companhia, sentava ali com a administração,
38:36sentava com a pessoa, ouvia, que você fala muito do ouvir.
38:39Tinha que pegar na mão, fazer as coisas, não era nada eletrônico,
38:43nem os relatórios da auditoria eram eletrônicos, eram todos datilografados.
38:47Então, isso fez com que essa nossa geração fosse a luta.
38:55Nossa geração, que eu falo assim, quem está hoje entre 50 e 60 anos,
39:00grandes profissionais.
39:01Se você olhar o que fez o André Esteves no BTG, junto com os sócios, com o Salute,
39:07pegaram uma corretora e um banco desse tamanho e transformaram no maior banco de investimentos
39:12da América Latina.
39:13O Salute já esteve aqui no programa.
39:15Aliás, o Roberto Salute, presidente do BTG, foi a estreia dessa versão do show business.
39:21Sou fã deles.
39:22É, o André Esteves e Roberto Salute.
39:24Sou fã deles, porque é quem olha fora da caixinha.
39:30É quem olha a oportunidade além do que a gente enxerga.
39:34Mas você está citando dois banqueiros, né?
39:37O André Esteves, um banqueiro.
39:39E o banco BTG é um banco.
39:41A REAG não é um banco?
39:44Não.
39:44Não é um banco?
39:45Não. A gente não é...
39:47Vocês querem ser um banco?
39:49É um caminho natural.
39:52Né?
39:52É.
39:53Você acaba...
39:54Lembra?
39:55Era consultor, aí eu fui empurrado para virar gestor, aí a gente foi empurrado para virar
39:59administrador, aí a gente foi empurrado...
40:02Natural.
40:03O BTG, o AXP, não nasceram como bancos.
40:09O BTG nasceu como uma DTVM.
40:12Ele nasceu como uma corretora, depois ele cresceu, virou...
40:15Teve a área de educação.
40:16Teve a área...
40:17Exatamente.
40:17Teve a oportunidade de incorporar o Pactual.
40:20Então, a coisa foi ficando...
40:23Foi indo para isso.
40:24A XP é a mesma coisa.
40:25Ela nasceu como uma corretora, né?
40:28Muito voltado no começo, o Guilherme na área de educação.
40:31Mas ele era um corretor, ele ainda é um grande corretor, mas ele tem um banco, né?
40:37Muito bem tocado lá pelo José Berenguer, tudo.
40:41Mas você tem...
40:42Você acaba indo para uma estrutura mais robusta.
40:46O nosso sistema chama isso, né?
40:49O regulador, o banco central, ele fala, não, você precisa de mais robustez, né?
40:55Então, a gente acaba sendo levado para isso.
40:58Não, eu faço essa pergunta mesmo, porque se você olhar para outros países, você tem
41:04grandes cases similares a de vocês.
41:06Por exemplo, a BlackRock, né?
41:08Uma gestora independente que virou um conglomerado, algo...
41:13A BlackRock, por exemplo, é uma inspiração?
41:16É...
41:16A BlackRock é uma grande inspiração, né?
41:19Ela é...
41:20Ela tem vários tentáculos em várias verticais da economia.
41:24Mas ela é uma companhia independente, né?
41:28Ela dá o crédito fora do sistema bancário.
41:31Lá fora o sistema é muito diferente do nosso, né?
41:34Aqui a gente acaba concentrando mais o sistema embaixo do Banco Central e da CVM.
41:40Lá você tem entidades mais distintas que vão com caminhos mais distintos.
41:46Você imaginava onde você está hoje?
41:49Nunca.
41:51Nunca?
41:51Nunca.
41:52Nunca.
41:53Nunca.
41:54Na vida você tem que ter um pouco de sorte e um pouco de talento, né?
41:57Eu acho que eu tive...
41:59Os dois.
41:59Eu acho que talento...
42:01Ninguém chega...
42:02Você não está aqui se você não tivesse talento, né?
42:04Então, assim, eu acho que o talento é inerente de quem consegue progredir ou quem consegue
42:09ter sucesso, né?
42:11E a sorte é enxergar no momento certo que eu posso fazer aquilo, né?
42:17Fundei a companhia...
42:17Eu tinha 42 anos.
42:19Fundei a companhia com 20, né?
42:21Não herdei de ninguém, né?
42:23Então, a gente abre...
42:25Eu brinco lá dentro do escritório.
42:26A gente abre lojinha, fecha lojinha todo dia.
42:28Todos os dias.
42:29Todos os dias.
42:30Exatamente.
42:31Você tem uma frase, João, muito conhecida.
42:34Quem conhece você sabe muito bem.
42:36Ele diz o seguinte...
42:37A empresa é de sucessores e não de herdeiros.
42:43O que que isso significa?
42:44Isso significa que a gente...
42:46Todo mundo vai embora um dia.
42:49Querendo ou não querendo, né?
42:50Ou seja...
42:51E você tem que preparar as pessoas que vêm atrás de você para se substituir.
42:59Tendo o seu sangue ou não.
43:01Ou seja...
43:02Todas as companhias que foram herdadas, elas tiveram uma história não muito interessante.
43:10E todas as companhias que se prepararam para a sucessão, elas viraram companhias perenes ao longo do tempo, né?
43:19Eu venho de uma empresa de auditoria que tem 200 anos no mundo, 100 anos no Brasil.
43:24E a Price.
43:24E a Price.
43:25Se essa empresa não fosse uma empresa de sucessores, ela não duraria uma geração, né?
43:30Você tem isso nas auditorias com muita clareza, né?
43:34Você forma o trainee, ele cresce, pode ser sócio.
43:37O sócio aposenta, vende suas cotas e vai embora, né?
43:41Se o sócio falece, ele tem um programa de venda de cotas normal, como tem se ele estivesse vivo, né?
43:48E hoje, um dos passos para a gente ser uma companhia aberta é para que a gente tenha um partnership de verdade.
43:55Porque aí eu tenho um lugar onde as ações são negociadas, eu tenho preço de mercado, eu tenho preço da auditoria.
44:02Ou seja, eu tenho um formato para fazer um partnership real, né?
44:07E aí a gente olha quem tem sucesso nisso.
44:11Volto aqui, o BTG tem um partnership muito bacana, né?
44:15E a gente gostaria de ter um dia um partnership importante e interessante como o deles.
44:20Hoje a gente está montando o nosso.
44:22Coincidentemente, hoje de manhã, a gente inaugurou o nosso partnership dentro de casa,
44:26com as pessoas que são mais antigas, né?
44:28Que a gente fala que é a espinha dorsal da companhia.
44:30Mas a gente já tem isso formalizado por um grande escritório.
44:35Então, o passo de você ser companhia aberta também é para você criar sucessores e não herderos.
44:41Eu chamo a atenção da nossa audiência para essa frase que é muito conhecida a sua,
44:45porque tem uma outra curiosidade corporativa, porque você tem estagiários que já são sócios seus.
44:55Sim.
44:55Estagiários que já são sócios.
44:59Como é que você seleciona, Mansur, quem será o seu sócio?
45:03Na verdade, ele conquista.
45:07No escritório de advocacia, numa empresa de auditoria, nós estamos falando de serviço.
45:12Então, quem é um bom prestador de serviço,
45:15quem tem talento para fazer negócio e prestar bom serviço,
45:18ele naturalmente acende para a sociedade.
45:21Então, você tem que ter o olho clínico e valorizar o talento.
45:27Hoje de manhã a gente estava falando isso.
45:29Quem contrata D menos um vai quebrar.
45:31Ou seja, quem contrata alguém que é pior do que você vai quebrar.
45:36Você tem que contratar embaixo quem é melhor do que você.
45:38Porque essa pessoa vai crescer, vai tomar incentivo,
45:43ela vai entender que ela pertence a um ambiente que valoriza ela.
45:47E aí, eu, você, todos nós podemos ir embora.
45:50A gente pode viajar, a gente pode se aposentar, a gente pode morrer.
45:53A gente pode fazer qualquer coisa na vida.
45:56Desde que a gente saiba que tem alguém ou tem várias pessoas naquela companhia
46:01que vão fazer esse legado e ir para o futuro.
46:03E o que é um bom profissional hoje para você?
46:06Um bom profissional é uma pessoa que ela tenha muito bom senso.
46:14Óbvio, tem que ser bem preparado.
46:16Bem preparado requer educação, base e conhecimento.
46:21Isso daí, os bons profissionais já carregam isso como padrão.
46:26Então, você não tem um bom profissional,
46:29ou você tem vários bons profissionais,
46:30mas você não tem um cara de destaque que não seja bem formado, bem preparado.
46:34Então, independente de onde ele vem, eu venho de escola pública.
46:38Então, eu tenho origem humilde e escola pública.
46:41A vida inteira você estudou em escola pública?
46:43Sou lá da Vila Prudente.
46:45Da Vila Prudente.
46:45Lá da Zona Leste.
46:46Então, e me orgulho disso.
46:49Então, tive uma infância, uma juventude difícil, mas a gente conquista.
46:53Então, fui bem preparado dentro das minhas possibilidades.
46:57Corri atrás e fui fazer o que eu precisava fazer.
47:02Então, o bom profissional é aquele que, primeiro, se interessa,
47:06é aquele que corre atrás de informação e corre atrás de informação e formação.
47:13Hoje, tecnologia te dá muita abertura.
47:17Muita possibilidade.
47:18Muita possibilidade.
47:20Muita possibilidade.
47:21Você está falando da sua origem.
47:23Você estudou a vida inteira em escola pública e chegou onde chegou.
47:29Isso foi uma inspiração, principalmente na infância, adolescência?
47:32Você ouvia coisas boas da sua casa, dos seus pais?
47:38Sim.
47:39Ou não?
47:40Foi uma coisa nata sua.
47:41O empreendedorismo é nato seu.
47:44O que é, Mansur?
47:45A gente é o espelho da família.
47:49Meu pai é comerciante.
47:51Foi caminhoneiro.
47:53Comerciante.
47:53Minha mãe também é comerciante.
47:55Minha mãe fez até o segundo grau.
47:57Meu pai fez até o primeiro, de Minas.
48:01Mas sempre lá em casa, o discurso de
48:04vamos seguir as regras, vamos fazer a coisa certa.
48:08As oportunidades, elas aparecem.
48:10Esteja preparado.
48:12Minha mãe sempre falava, nunca vou te deixar nada, vou te deixar a educação.
48:15Então, sim, eu tenho isso muito forte.
48:19Então, eu sempre investi muito forte na educação dos meus filhos.
48:23Porque se tem alguma coisa, se a gente conquista alguma coisa, a gente pode perder no dia seguinte.
48:28Mas se você dá educação, se você dá acesso,
48:31aí com talento, com oportunidade, eles se viram.
48:34Eles vão conseguir pagar as contas.
48:35A nossa grande preocupação é essa.
48:38Será que o filho e o neto vai pagar a conta um dia?
48:41Então, se você deixa...
48:42Essa é a grande preocupação do pai, né?
48:44Claro.
48:45Você tem três filhos.
48:47Qual é a maior lição que você passa para eles?
48:51Seja honesto.
48:54Sempre.
48:55Sempre.
48:57Honestidade não é uma virtude.
48:59Honestidade é uma obrigação.
49:01Ponto.
49:02Seja correto.
49:03Seja justo.
49:05Ou seja, que aí você traz o bom senso.
49:09Lembra?
49:09Escutar.
49:10Olhar.
49:11Depois falar.
49:11Ou seja, você acaba criando um espírito de bom senso.
49:17Isso daí é inerente.
49:20É difícil isso, né?
49:22Você ter esse clique, né?
49:24Que, poxa, isso aqui é melhor do que isso, né?
49:27É observação e estar antenado.
49:30Então, o que eu passo, tento passar todo dia, né?
49:34A mãe também.
49:35A gente tenta passar com bastante força.
49:37É isso.
49:39Seja sempre correto.
49:41Esteja sempre preparado, né?
49:43E estar preparado é como a gente olha...
49:46Vamos lá.
49:49O jogador de futebol, ou o Zen Bolt, ele estava preparado...
49:55O Zen Bolt estava preparado para ser tricampeão olímpico.
49:59Ele treinou desde o começo.
50:01Aquilo não foi sem querer, né?
50:03Então, ele foi se preparando para aquilo, né?
50:06Ele foi absorvendo técnica, ele foi correndo atrás, ele foi acordando cedo, né?
50:12Ou seja, nada acontece por acaso, né?
50:15Então, tentar mostrar isso para o filho, olha, não vai cair do céu, né?
50:20Tem que dar uma corridinha, né?
50:22A gente está falando aí sobre profissional, a sua vida, a sua trajetória profissional.
50:31No início, você começou como trainee da PwC, né?
50:34O que mais mudou no mercado de trabalho do seu início para hoje?
50:38Nossa Senhora, é...
50:42É radical a mudança, né?
50:44Eu fui ter um e-mail com...
50:50Olha, se eu não me engano, foi em 88.
50:54O seu primeiro e-mail?
50:55Não, 88.
50:5688 era na auditoria.
50:57Foi em 97, 98.
50:59O seu primeiro e-mail corporativo?
51:01Corporativo, não.
51:01Era o e-mail do setor.
51:03Era lá, planejamento, arroba alguma coisa.
51:05Quero o e-mail de todo mundo, né?
51:08Então, hoje, você tem 12 e-mails, né?
51:1115 e-mails, né?
51:12E mais uma comunicação instantânea e mais...
51:16O mundo está muito mais conectado, né?
51:19Isso mudou demais, né?
51:21Acesso à informação, acesso à oportunidade, né?
51:25Muita velocidade no acontecimento.
51:28Ou seja, o que a gente está falando aqui já deve ter acontecido 340 coisas ali fora, né?
51:33Que podem mudar o mundo nesses 15, 30 minutos que nós estamos juntos aqui, né?
51:39Então, a velocidade mudou muito, né?
51:42As coisas eram mais lentas e hoje parece que o dia tem menos de 24 horas.
51:48É, é.
51:49Quem está nos acompanhando desde o início do programa tem se surpreendido com a quantidade de negócios
51:56que está no entorno de João Carlos Mansur.
52:01Mas eu vou trazer mais uma surpresa que pode surpreender muita gente que está nos acompanhando.
52:06Porque você é um paraquedista.
52:10Há 29 anos.
52:11Há 29 anos?
52:13Há 29 anos.
52:14Há 29 anos.
52:14Da onde que surgiu essa...
52:16Posso definir como paixão?
52:18É um hobby.
52:19Um hobby.
52:19Que virou esporte.
52:21Que virou esporte, tá.
52:22Que é paixão também, né?
52:24Foi sem querer, né?
52:26Eu trabalhava numa companhia na área financeira e fui sentar na mesa do gerente comercial ali.
52:34Ele estava no telefone, né?
52:35Naquela época, telefone fixo, né?
52:36Então, 1996.
52:39E ele, no meio da conversa, ele vira e fala, tá bom, então sábado a gente vai saltar.
52:44E eu, opa.
52:47Eu falei, o que você falou aí?
52:49Ele falou, não, estou fazendo curso de paraquedismo.
52:51Você falou, está fazendo curso de paraquedismo?
52:53Diga para o cara aí, eu quero ir.
52:56E aí, ele ligou para o instrutor.
52:57O instrutor me levou para fazer o curso teórico, depois o curso prático.
53:03O meu amigo não terminou o curso e eu estou aí há 29 anos já nessa estrada aí.
53:09Exato.
53:09Mas você ganhou o prêmio que eu já soube, né?
53:11Não é prêmio.
53:13Ganhou...
53:13Não, eu já fui recordista mundial.
53:16Recordista mundial?
53:17Recordista mundial de grandes formações.
53:18Já sou atualmente recordista latino-americano de grandes formações.
53:25Tenho alguns recordes estaduais nos Estados Unidos.
53:28Sou do time da Marinha do Brasil, em formação de oito pessoas.
53:32A gente é tricampeão brasileiro.
53:34Estamos indo agora em agosto para a Copa do Mundo na Holanda.
53:36Não, é praticamente um profissional.
53:38Só não é profissional porque você não vive disso.
53:39Você não vive disso.
53:40Você está longe de viver disso.
53:42Não, é...
53:42É um hobby mesmo.
53:43Estou bem longe de viver disso.
53:44Mas, Mansur, o que que isso ajuda no seu trabalho?
53:47O que que o paraquedismo ajuda no seu trabalho?
53:50É controle, memória...
53:53Memória.
53:54Memória?
53:55Memória.
53:56Controle.
53:57Um salto dura um minuto.
54:00Um minuto?
54:02Da saída do avião até você abrir o seu paraquedas, ele dura um minuto, um minuto e dez.
54:06Um salto normal, né?
54:09Mas um minuto básico.
54:10Um salto, uma altitude maior, mais tempo, né?
54:14Com recorde, etc.
54:16Então você tem que estar preparado do momento que você sai do avião para aquilo que você
54:21vai fazer em queda livre, acontecer aquilo dentro daquele minuto.
54:27E tudo acontece dentro de um minuto, né?
54:30A gente tem uma emissora que fala que em 20 minutos tudo pode mudar, né?
54:34Não, não é mais 20 minutos, né?
54:36Toda hora tudo pode mudar.
54:37Então, a competição que eu faço hoje, hoje elas são 50 segundos de trabalho, né?
54:44Que você tem que fazer a sua performance.
54:46A que eu fazia antigamente, isso eram 35 segundos.
54:50Ou seja, da porta do avião que você sai até 35 segundos, você tem que fazer o máximo
54:55de pontuação possível.
54:56Então isso é memória, que você tem que estar memorizado, treinamento, você tem que estar
55:03treinado para isso, né?
55:05E você tem que estar focado.
55:08Muito focado.
55:08Muito focado, né?
55:09Isso que eu ia falar, muito focado.
55:10Foco.
55:11Então você tem que saber o que você está fazendo, você tem que fazer junto com a sua
55:15equipe, ou seja, é um esporte coletivo.
55:18Então, não adianta eu ser mais rápido do que você.
55:23A gente não vai fazer nada.
55:23Não interessa, né?
55:24Não interessa.
55:24A gente tem que estar juntos.
55:26Então, isso ajuda a formação de equipe, né?
55:28Isso ajuda ao processo de fazermos juntos o mesmo objetivo, porque não adianta.
55:35Ah, mas eu sou muito mais rápido do que você.
55:37Tá bom.
55:37Ou eu treino mais, ou você me troca.
55:40Pega alguém que é melhor, né?
55:42Ou você vem no meu ritmo, né?
55:44Então, isso ajuda você a compassar as coisas, a entender o companheiro, as dificuldades
55:50que ele tem, o caminho que ele tem, o caminho crítico que ele faz.
55:54Então, sem contar que ainda você está num esporte que tem um certo risco, claro.
56:01Equipamento é muito seguro, né?
56:02As coisas são muito seguras.
56:03Mas tem o risco.
56:04Mas tem um certo risco, como tem o ciclismo, como tem o alpinismo, como tem...
56:08E o frio na barriga, hein?
56:10Durante um determinado momento, ele passa.
56:12Ele passa?
56:12Ele passa.
56:13Pergunta clássica aqui do Show Business, Mansur.
56:16Quem são as suas referências na vida e no mundo dos negócios?
56:23No mundo dos negócios, já falei aqui, né?
56:26Guilherme Benchimol, André Esteves, né?
56:29Admiro muito essa turma, muito.
56:33Saíram lá do nada, do zero e chegaram onde chegaram, né?
56:38Admiro muito isso, eu dou muito valor a isso, né?
56:43Porque eu me vejo muito nisso, né?
56:45Saindo ali da Vila Prudente e correndo atrás, né?
56:48Ou seja, o André foi uma pessoa que foi estagiário da área de tecnologia,
56:52teve as chances dele e é, hoje, o principal banqueiro da América do...
56:57Se bobear do Hemisfério Sul inteiro, né?
56:59Guilherme saiu de uma pequena salinha lá em Porto Alegre
57:02e tem uma das maiores corretoras da América Latina, né?
57:07Um dos melhores ecossistemas da América Latina.
57:10Então, admiro muito isso, né?
57:12Essas histórias, elas são muito inspiradoras.
57:15Então, no mundo dos negócios, vou muito por esse lado, né?
57:19Pelo lado pessoal, aí eu tenho uma certa lista, como eu falei, muito Walter, né?
57:27Por ser quem ele foi...
57:29Walter Torre.
57:29Walter Torre.
57:30Eu gostava muito do Walter, né?
57:32Um cara visionário demais, né?
57:37Muita coisa da minha mãe, né?
57:39Porque minha mãe era uma gerente de loja, né?
57:42E na simplicidade dela, ela inventava as coisas, né?
57:48Porque quando ela montava as estandes ali pra...
57:54Ela falava assim, não, isso daqui é mais caro, eu tenho que vender melhor,
57:57botar na frente a minha comissão melhor.
57:59Ou seja, muito na intuição e ela sempre batia recorde de venda, etc.
58:04Trabalhava até tarde.
58:05Então, eu...
58:06Muito inspirado nisso, né?
58:08Uma pessoa muito correta, né?
58:09Acordava cedo, dormia tarde, né?
58:14Não tinha sábado, não tinha domingo, né?
58:16Então, é muito junto ali da família, etc.
58:19Então, são as coisas que a gente leva pra vida.
58:23Muito bem.
58:25Programão.
58:25Isso que eu chamo de programão.
58:27Nós conversamos nesta edição do Show Business com João Carlos Mansur,
58:33presidente, fundador da REAG,
58:35uma das maiores, principais gestoras independentes do país
58:40e um dos nomes mais relevantes do setor financeiro,
58:45real estate e entretenimento do Brasil.
58:47Obrigado mais uma vez pela presença aqui em nosso estúdio.
58:52Fantástico.
58:52Parabéns.
58:53Você fala pouco e, por isso, eu me sinto privilegiado
58:57de ter a sua participação em um programa de televisão
59:00e um veículo de comunicação.
59:01Eu te agradeço.
59:02Obrigado.
59:03E muito obrigado sempre pela sua audiência,
59:05pela sua companhia.
59:07O Show Business vai ficando por aqui.
59:09Até semana que vem.
59:10Tchau.
59:10A opinião dos nossos comentaristas
59:26não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
59:35Realização Jovem Pan
59:37Realização Jovem Pan
59:39Realização Jovem Pan

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