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O presidente da Abiec, Roberto Perosa, afirmou que o setor de carne bovina brasileira pode ter um prejuízo de até US$ 1 bilhão nos próximos seis meses devido à tarifa de 50% imposta pelos EUA. Apesar do impacto, Perosa defende a continuidade do diálogo com o governo norte-americano para buscar soluções diplomáticas.
Reportagem: Beatriz Manfredini

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Transcrição
00:00Mais informação ao vivo chegando aqui de São Paulo, depois de ficar fora da isenção do novo tarifácio imposto por Donald Trump,
00:07a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, a ABIEC, reforçou a importância da busca por uma solução negociada.
00:16Beatriz Manfredini está de volta aqui ao vivo com os detalhes para a gente e essa manifestação.
00:21Bia, por favor, as suas informações.
00:23Pois é, Soraya, a Associação Brasileira de Carnes enviou uma nota com o posicionamento sobre essa situação
00:33e disse que essas tarifas impostas podem inviabilizar todo esse mercado de carnes.
00:42Isso porque, de acordo com eles, somados à alíquota atual, que já é de 26,4%,
00:48a carga tributária total com o tarifácio iria ultrapassar os 76% para o setor de carnes bovinas,
00:56o que pode comprometer, então, totalmente a viabilidade econômica desse mercado.
01:02Eles dizem que em 2024 foram importados aos Estados Unidos 229 mil toneladas de carne bovina
01:08e que agora, para esse ano, a previsão era chegar a 400 mil toneladas.
01:13A entidade diz que está em diálogo tanto com os importadores norte-americanos
01:18como também colaborando com o governo federal para as negociações.
01:21E dizem que reforçam a importância de preservar o fluxo comercial com os Estados Unidos,
01:27além também de destacar a atuação conjunta do esforço do Ministério da Agricultura e Pecuária
01:32na abertura de novos mercados com outros ministérios também,
01:37como, por exemplo, o Desenvolvimento, Indústria e Comércio, também o Itamaraty,
01:40nas articulações diplomáticas. Então, reforça a importância de procurar novos mercados,
01:45mas seguir de forma firme e forte nas negociações com os norte-americanos, Soraya.
01:50Pois é, o que não é tarefa fácil, né? Encontrar novos mercados.
01:53Mas essa, de fato, é uma sugestão que a gente vem escutando de especialistas.
01:59Agora, Bia, o café também ficou fora da isenção do novo tarifácio.
02:02A Associação Brasileira da Indústria de Café também se manifestou?
02:06Também eles viram com bons olhos, Soraya, esse tempo a mais que o Brasil ganhou
02:15para que as taxas comecem mesmo a ser implementadas,
02:18uma vez que elas vão entrar em vigor a partir do dia 6 e não a partir do dia 1,
02:22como estava previsto. Eles dizem o seguinte nessa nota,
02:26que em uma mesa de negociação todo o tempo ganho é válido
02:29e que o café ainda não está na lista de exceções,
02:32que as negociações estão longe de serem finalizadas, que seguem um curso.
02:36Então, vem ali alguma esperança de continuar essas conversas.
02:40Eles relembram que o café brasileiro representa 34% do mercado cafeiro norte-americano
02:46e 76% dos americanos são consumidores de café.
02:51Então, reforce que tanto a associação, representantes, como senadores, ministros,
02:56Itamaraty, o próprio setor produtivo, vão continuar negociando firmemente
03:00e eles acreditam que a lista de exceções sinaliza espaço para caminhos de negociação.
03:06Esse é o posicionamento, então, da indústria brasileira de café, Soraya.
03:10Obrigada, Beatriz, mais uma vez pelas suas informações.
03:13Até já.
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