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A bancada de Os Pingos Nos Is debate se as restrições impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP) pelo STF podem gerar novas reações diplomáticas dos Estados Unidos.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/019CLDX0eEQ

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Transcrição
00:00Pois é, daqui a pouco, inclusive, a nossa produção está levantando um vídeo
00:03que ele interage com parlamentares na Câmara dos Deputados
00:06e ainda que não seja uma entrevista, gravaram.
00:10Então, gravaram Jair Bolsonaro conversando com parlamentares na Câmara dos Deputados
00:15e postaram esses vídeos. E aí? Foi uma entrevista?
00:18Não foi uma entrevista, foi uma conversa que ele teve.
00:22Mas qual é a interpretação que a justiça pode fazer
00:24a partir do momento em que pessoas acabam fazendo esses posts
00:27em várias contas de rede social?
00:30Mas, Beraldo, queria só trazer também um aspecto importante.
00:36Tentando imaginar qual é a repercussão de...
00:38A cada dia a gente traz uma notícia, uma determinação da Suprema Corte
00:43ou da justiça brasileira.
00:45E aí a maneira como essas medidas acabam sendo interpretadas
00:51pelo governo norte-americano.
00:53Porque se os movimentos feitos pelos Estados Unidos
00:55objetivavam sinalizações do governo brasileiro
00:59ou da justiça brasileira, uma resposta que mostrasse uma certa flexibilidade
01:04ou o hasteamento de uma bandeira branca,
01:06se essa era a expectativa, definitivamente isso não aconteceu.
01:10Queria que você refletisse sobre a maneira como esse tipo de medida
01:15pode reverberar no governo americano.
01:17Vamos lá, Caniato, vamos separar as coisas.
01:21Uma coisa é a questão política.
01:24Então, a atuação de Jair Bolsonaro como presidente da República.
01:30Ele nomeou Augusto Aras, altamente ligado ao PT,
01:34para a Procuradoria-Geral da República.
01:37Ele impediu, articulou ativamente, Flávio Bolsonaro deu o voto fundamental
01:41para que não existisse a CPI da Lava Toga, como era conhecido na época.
01:47Ele tomou medidas que, de uma certa forma,
01:54fortaleceram, fizeram ressurgir o centrão
01:59como o elemento fundamental do poder no Brasil.
02:03Ele nomeou Cássio Nunes Marques, que por fim deu o voto
02:07que acabou liberando o Lula da prisão
02:11e o colocando apto para disputar as eleições para presidente.
02:15Então, isso é a atuação de Jair Bolsonaro político.
02:19E depois, por fim, claro, usou o Palácio do Planalto,
02:22junto ali com aquelas pessoas mais próximas a ele,
02:24para ficar divagando sobre, eventualmente,
02:27uma forma de impedir a posse de Lula
02:32ou deles permanecerem.
02:34É coisa que não aconteceu.
02:35Lula tomou posse e a vida seguiu sem absolutamente nenhum problema.
02:39Outra coisa é o que aconteceu em 8 de janeiro.
02:42Os barderneiros entraram nos três prédios mais importantes da República
02:46sem serem contidos, diga-se de passagem,
02:48que nem armados estavam, quebraram tudo,
02:50depredaram patrimônio histórico,
02:52um ato inaceitável, irresponsável,
02:56e deveriam ser punidos por aquilo que fizeram.
02:59Outra coisa é a gente olhar para todo este cenário
03:03e ver um esforço do judiciário brasileiro
03:08de querer conectar um monte de pontos desconexos
03:13em parceria com o Poder Executivo,
03:16parceria de apoio no Poder Executivo nesse sentido,
03:19que tem interesse em enfraquecer a força política de Jair Bolsonaro,
03:22e aí começam a tomar decisões que são inexplicáveis.
03:26Por que isso me preocupa?
03:28E aí eu quero tirar dessa equação toda a questão política.
03:32Isso me preocupa porque nós já vimos no Brasil
03:36como estes precedentes,
03:38eles passam a ser usados contra a população em geral.
03:43Eu resgato aqui um exemplo da época da Lava Jato, Caniato,
03:47em que uma das grandes figuras que foram presas,
03:51enfim, condenadas na Lava Jato,
03:54tinha um homônimo em Santa Catarina.
03:57Este homônimo, que tinha uma empresa legal, legítima,
04:01tocava a vida dele ali, dentro das regras do jogo e tal,
04:05este homônimo, por uma desavença pessoal com uma juíza,
04:08teve sua prisão decretada, ficou 70 dias preso
04:12com a justificativa de elementos
04:15que tinham sido investigados na Lava Jato
04:18e que, obviamente, não diziam respeito a ele,
04:20mas sim ao homônimo famoso corrupto da Lava Jato.
04:25Então, quando a gente vê o exemplo que vem de cima
04:30sendo no sentido de que vale tudo
04:34para que nós preservemos a nossa forma de pensar
04:38e todo mundo que pensa comigo é meu amigo
04:43e tem meu apoio e aqueles que pensam diferente de mim
04:46merecem ser perseguidos e punidos,
04:49nós vamos ver se consolidar no Brasil
04:51esse estado de absoluta injustiça,
04:55porque ninguém está seguro.
04:58Observando de fora, aí chegamos nos Estados Unidos,
05:01o que os Estados Unidos estão vendo?
05:02Um país que passou por cima
05:07de tratados internacionais
05:10e usou poderosos que usaram do seu poder
05:13para atingir cidadãos norte-americanos
05:17e empresas americanas.
05:20Quando isso acontece,
05:23se extrapola o limite da atuação
05:26daquela pessoa poderosa no seu país
05:29e você atinge um outro país.
05:32A resposta dada pelos Estados Unidos
05:35na questão do visto,
05:37cassação de visto, está perfeita.
05:39Fizeram isso com autoridades de Cuba,
05:41autoridades da Venezuela,
05:43autoridades da Rússia,
05:44autoridades da Turquia,
05:45e seguirão fazendo com quaisquer outras
05:47autoridades de outros países
05:49que passarem por cima
05:51da regra do jogo internacional.
05:53Você não poder visitar os Estados Unidos
05:57não é interferir na soberania do Brasil,
06:01não é pressionar o judiciário,
06:03é simplesmente responder a um estímulo
06:06que você recebeu.
06:08Simplesmente não vá aos Estados Unidos.
06:09Ah, mas terá outras consequências.
06:11O problema é seu.
06:12O problema é seu.
06:13Então, há uma regra do jogo,
06:15você não cumpriu a regra do jogo,
06:16sofre as consequências.
06:17Portanto, a gente vê que os Estados Unidos,
06:20nos seus atos concretos,
06:23ele está muito seguro e tranquilo
06:26sem invadir a soberania
06:28de nenhum outro país.
06:30Quando a gente olha para as tarifas,
06:32aí temos um outro ponto,
06:33é um outro problema.
06:35E que, para mim,
06:36o grande erro de Donald Trump
06:37foi ter, naquela carta de 9 de julho,
06:40escrita ao presidente Lula,
06:42ter misturado as bolas.
06:44Porque Donald Trump
06:46está se amparando
06:47numa interpretação
06:49da Constituição Norte-Americana
06:52e de uma lei de 1977,
06:55que foi uma delegação de autoridade
06:57do Congresso Nacional
07:00para o Poder Executivo
07:02no que diz respeito
07:04a estabelecimento de tarifas
07:06em momentos de ameaça
07:08à segurança nacional e crises.
07:11Então, o argumento
07:12para a política tarifária é esse.
07:15Quando se olha para o caso do Brasil,
07:17em que os Estados Unidos
07:18é superavitário em relação ao Brasil,
07:21o argumento se enfraquece.
07:23Ele já é frágil por natureza.
07:25No caso do Brasil,
07:26é mais difícil ainda
07:28de se justificar.
07:29E, para piorar a situação,
07:31Trump ainda coloca
07:32os argumentos de Jair Bolsonaro
07:34e a atuação da STF
07:35naquele documento.
07:36Pois bem, agora,
07:37no dia 31 de julho,
07:38o Caniata verá o julgamento
07:40na Corte Federal
07:41dos Estados Unidos
07:42em Washington
07:43da apelação
07:46deste processo
07:48que quer demonstrar
07:49que Trump não pode usar
07:51as tarifas
07:52como ele tem feito.
07:53Ele já perdeu
07:54na primeira instância de zero.
07:56Agora vai para Washington
07:57e dali vai para a Suprema Corte.
07:59Então, a situação de Donald Trump
08:00não é boa
08:01nesse aspecto das tarifas.
08:03Agora, em relação às sanções,
08:04muito firme,
08:06muito permanente,
08:08não vejo isso se alterar,
08:09independente do esperneio
08:11que aconteça no Brasil.
08:12É interessante.
08:13O Beraldo fala em...
08:15traz com muita propriedade
08:17essa reflexão
08:19sobre o fato
08:19do presidente americano
08:20ter misturado
08:22pautas e assuntos
08:23em um mesmo comunicado.
08:25Até poderia ter feito,
08:26mas talvez
08:27se ele tivesse utilizado
08:30comunicados distintos,
08:31né, Dávila?
08:32Em um, ele trataria
08:33das questões políticas
08:35e um outro
08:35das questões comerciais,
08:37tarifárias.
08:38Talvez facilitasse,
08:39inclusive,
08:40para o governo brasileiro
08:41e para as autoridades
08:42se organizarem,
08:43inclusive,
08:44nas respostas, né?
08:45Mas as pautas se misturam
08:48e o cenário
08:48fica muito nebuloso.
08:49Você até usou a expressão
08:51Donald Trump
08:51fez uma salada.
08:53Mas, assim,
08:55entendendo que foi uma salada,
08:57é preciso,
08:58do lado de cá,
08:59as figuras tentarem
09:00interpretar
09:01e, naturalmente,
09:02cada mexida
09:04na peça,
09:05no tabuleiro,
09:06pode ser interpretada
09:07de uma maneira
09:07lá do outro lado, né?
09:09E aí,
09:10é justamente essa
09:10a reflexão
09:11que a gente precisa fazer.
09:12A imposição
09:13de uma medida
09:14como essa,
09:14a Jair Bolsonaro,
09:16reverbera lá do outro lado,
09:18nos Estados Unidos,
09:18de alguma maneira,
09:20as autoridades americanas
09:22podem entender
09:23que isso foi um recado
09:24também
09:24para os Estados Unidos
09:26ou essa salada
09:27tem alguma organização
09:29e são coisas distintas
09:31que não se misturam,
09:32Dávila?
09:33A salada,
09:34Caniato,
09:35é óbvio,
09:35porque se populista
09:37pensasse de maneira
09:38racional e sensata,
09:40ele não seria populista,
09:41ele seria estadista.
09:42Populista pensa
09:43de um jeito
09:44que precisa
09:45agradar o circo.
09:47Então,
09:47você trata
09:48de questões reais,
09:49interesses nacionais,
09:51mas precisa ter ali
09:52o fator circo,
09:53precisa ter lá
09:53o lugar
09:54para falar
09:54para a minha tribo,
09:56dizer para eles
09:57que estamos alinhados juntos
09:59nessa cruzada moralizadora,
10:01porque se não tiver isso,
10:02não é populista.
10:02Então,
10:03o ponto
10:04é que Donald Trump
10:06utilizou Jair Bolsonaro
10:08para dar o recheio
10:09para falar
10:10para a sua trupe.
10:12O que ele quer,
10:12na verdade,
10:13é tratar
10:14de um assunto
10:15que nós já dissemos
10:17várias vezes aqui,
10:18principalmente eu e o Beraldo.
10:19O problema dele
10:21é dar um recado
10:22para os BRICS
10:23e usou o Brasil
10:24de boi de pirena
10:25nessa história.
10:25Ó,
10:25vocês estão querendo
10:26desdolarização da economia,
10:27do comércio internacional?
10:29Então,
10:29toma aí,
10:30ó,
10:30Brasil,
10:3050% de tarifa.
10:32E, ó,
10:32fica de olho
10:33o Rússia e China,
10:34porque a gente pode começar
10:35a...
10:36E já disseram
10:37que podem aumentar
10:37as tarifas,
10:38inclusive dos BRICS
10:39para 100%.
10:40Então,
10:41o negócio dele,
10:42principalmente com a diplomacia
10:44brasileira,
10:45é que o nosso,
10:45populista,
10:46saiu com essa bravata,
10:48vamos acabar com o dólar,
10:49com a moeda internacional.
10:51E isso
10:51caiu como
10:53o álibi
10:54perfeito
10:55para Donald Trump
10:56começar essa grande
10:57cruzada em relação
10:59ao Brasil,
10:59as tarifas,
11:00etc.
11:01E é óbvio que aí
11:02utilizou a questão
11:03de Jair Bolsonaro
11:03para mostrar
11:05as injustiças lá,
11:06por quê?
11:07Porque resvalou,
11:08como bem disse o Beraldo,
11:09em empresas norte-americanas
11:10por uma decisão
11:11totalmente arbitrária,
11:13nunca vista
11:14no direito comercial,
11:16que você pega
11:17um acionista,
11:18faz uma empresa dele
11:19pagar pela multa
11:20de outra empresa dele,
11:21que tem outro acionista,
11:23que tem outra coisa,
11:23estar ali pagando
11:24pelo X.
11:25Isso não existe
11:26no ordenamento jurídico.
11:28Então,
11:28ele aproveitou duas coisas,
11:30aproveitou a questão
11:30mais séria,
11:31que é o questionamento
11:32do dólar com moeda
11:33internacional,
11:34moeda de reserva
11:35do mundial,
11:37e colocou
11:38essa pílula
11:39maravilhosa
11:40de uma empresa
11:41americana
11:41que foi atacada
11:42no Brasil,
11:42como se isso fosse
11:43uma série de medidas
11:44arbitrárias,
11:45e aí Jair Bolsonaro
11:47é vítima das injustiças.
11:49Essa que é a salada
11:50de Donald Trump,
11:51mas tem método,
11:52ele está indo atrás
11:53da defesa
11:54dos interesses
11:55norte-americanos.
11:56Se amanhã
11:57os interesses
11:58forem atendidos,
12:00ele rifa o negócio
12:01de Jair Bolsonaro
12:01em um minuto,
12:02eu não tenho a menor dúvida.
12:03Essa turma,
12:04essa turma
12:05está pensando
12:06na plateia local.
12:08Os rednecks
12:09dos Estados Unidos
12:09não estão nem aí
12:10com o Jair Bolsonaro,
12:11eles querem saber
12:12quando é que vai ter
12:13mais dinheiro,
12:14quando é que vai ter
12:14emprego local,
12:15quando é que vai abrir
12:16aquela fábrica
12:16de manufaturado
12:18que foi fechada
12:19não sei quantos anos atrás.
12:20É isso que eles querem saber.
12:21E Jair Bolsonaro
12:22joga para esta plateia.
12:25O resto
12:25é tudo elemento
12:27que ele usa
12:28para ornar
12:29a sua narrativa política.

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