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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou uma nota nesta terça-feira (15) afirmando que o Brasil voltou a ser destaque na imprensa internacional, não por suas oportunidades econômicas, mas por conta de “crises políticas pessoais” internas. Cristiano Beraldo e Luiz Felipe D’Avila comentaram.
Reportagem: Aline Becketty
Comentaristas: Cristiano Beraldo e Luiz Felipe D’Avila

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Transcrição
00:00Iniciamos aqui a nossa terceira hora, mais uma vez falando aqui a respeito das tarifas propostas pelo governo Donald Trump.
00:07Isso porque a Confederação da Agricultura e Pecuária afirmou que o Brasil voltou às manchetes internacionais pelas crises políticas pessoais.
00:17Marília Ribeiro está de volta aqui com a gente no Jornal da Manhã e tem mais detalhes a respeito desse assunto.
00:22Pois não, Marília?
00:23Marília Ribeiro está de volta aqui com a gente no Jornal da Manhã e tem mais detalhes a respeito desse assunto.
00:53E nessa mesma nota eles acabaram citando aí nominalmente o Congresso Nacional, o Governo Federal e também o Judiciário.
01:04E finaliza essa nota trazendo que a política precisa corrigir essa grave crise.
01:10Nonato, a gente traz também que ontem o ministro e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, esteve reunido com o setor do agro e também da indústria,
01:20onde ele vem trabalhando aí no comitê interministerial para poder buscar articulações a fim de não colocar essa taxa de fato.
01:29Esse anúncio que foi feito por Donald Trump a partir do dia 1º de agosto, onde os produtos brasileiros vão ter aí uma taxação de 50%.
01:38E ontem, logo após essa reunião, Geraldo Alckmin disse que não planeja pedir ao governo norte-americano um prazo maior para que essa taxa entre em vigor.
01:49E isso é um apelo que acabou sendo feito aí por parte de alguns empresários, mas isso não deve acontecer de acordo com Geraldo Alckmin.
01:58O setor, logo depois dessa reunião, o setor também do agro acabou explicando que confia no governo para poder encontrar uma solução para as exportações.
02:08Tanto o governo quanto empresários ligados ao setor do agro dizem que, além da reciprocidade econômica que veio aí na reglamentação nesta semana,
02:18ela só será usada em último caso.
02:20Daqui a pouquinho, o vice-presidente Geraldo Alckmin vai se reunir novamente com o setor do agro, buscando aí alternativas.
02:28A gente vê um trabalho do governo federal, juntamente aí com esse grupo interministerial que foi formado por ministros.
02:36Nós estamos falando do desenvolvimento, indústria, comércio e serviços, também a Casa Civil.
02:42Também temos aí o Ministério de Relações Exteriores trabalhando para que essa taxação não entre em vigor a partir do dia 1º de agosto.
02:53Perdemos o contato com a Marília, mas ela já estava ali fechando a conclusão desse assunto.
02:59Que é tema para os nossos comentaristas, Luiz Felipe Dávila e Cristiano Beraldo estão junto com a gente nesta manhã.
03:05O Dávila, quando a gente tem alguma pesquisa relacionada a político, normalmente ele não é bem avaliado pela população brasileira,
03:13seja do espectro político que for.
03:15E por outro lado, quando a CNA diz aqui que a economia não pode ser refém da política,
03:21é um sinal claro de que, além de não agradar a maior parte da população política,
03:26ele também acaba interferindo na economia, o que é um drama pior ainda, não?
03:30É verdade, Nonato.
03:32Na verdade, nós não podemos politizar o que deveria ser as relações internacionais,
03:38que é uma política para defender o Estado brasileiro,
03:41e não um palco para expor essas bravatas da militância política.
03:47Essa militância política do governo petista vem causando enormes danos ao Brasil.
03:52Primeiro, essa diplomacia do sul global distancia o Brasil dos seus grandes mercados exportadores,
03:59como é o caso dos Estados Unidos, da comunidade europeia.
04:02Segundo, o Brasil veio com essa ideia esdrúxula de criar uma moeda para substituir o dólar.
04:10Aliás, desmentida pelo próprio ministro das Relações Exteriores da Rússia,
04:15e disse que essa ideia é do Brasil, que não era dos BRICS.
04:18E isso causou enorme desconforto nos Estados Unidos.
04:22Portanto, essa diplomacia militante não ajuda a defender os interesses nacionais,
04:28como é o caso do agronegócio brasileiro,
04:31cuja exportação hoje representa mais de um quarto das nossas exportações.
04:36Então, o que a CNA está pedindo é aquilo que todo o povo brasileiro quer,
04:41que o governo atue de maneira como defensor dos interesses brasileiros,
04:46e não como um palco para a militância político-partidária de esquerda.
04:52Beraldo, você concorda na medida que seria ideal evitar esse clima de palanque quase que permanente?
05:00O Brasil ganharia mais se tivesse respostas despolitizadas?
05:07Mas isso é impossível, Soraya.
05:09Na verdade, o ambiente político é muito intenso.
05:13A polarização existe, ela veio para ficar, não adianta romantizar,
05:18dizendo que estamos muito intensos nessa discussão política,
05:24precisamos de um entendimento, de um equilíbrio.
05:27Isso não existe.
05:28Então, as pessoas precisam lidar com isso no ambiente político.
05:32Qual é o problema do Brasil?
05:34O problema do Brasil é que a nossa democracia é frágil.
05:37O problema do Brasil é que as nossas instituições são frágeis.
05:41O problema do Brasil é que nós não temos um projeto de longo prazo
05:46que é preservado até por pressão popular.
05:49O Brasil fica completamente à mercê daquilo que pensa o presidente da República.
05:56E esse pensamento, ele muda conforme os interesses eleitorais,
06:00e ele muda conforme muda o presidente da República.
06:03E essa fragilidade é que gera danos à economia.
06:08O etanol, por exemplo, deveria ser tratado como um elemento fundamental
06:13na nossa estratégia energética.
06:15Olha, o Brasil é abençoado, consegue produzir um combustível
06:20a partir da produção de cana-de-açúcar,
06:23sendo que o Brasil tem áreas gigantescas e produtivas.
06:28Mas nós não lidamos com o etanol de forma estratégica.
06:31Sempre que há uma crise no petróleo,
06:33apesar de termos a maior frota de carros flex do mundo,
06:36o Brasil fica sempre à mercê, uma pressão danada.
06:40Tudo é feito não para atender o interesse do Brasil na estratégia energética.
06:45Tudo é feito para atender os interesses da Petrobras,
06:49do grupo político que está na Petrobras,
06:52da turma do trading da Petrobras.
06:54É isso que se trata, essa dinâmica de dia a dia do Brasil.
06:59Se continuarmos assim, jamais nós veremos um ambiente
07:03em que a economia seguirá de forma robusta,
07:06ao passo que a política vai ter as suas discussões,
07:09vai ter a sua alta temperatura, o que é natural.
07:12A gente precisa se inspirar nos bons exemplos,
07:15e não nos maus exemplos que a gente vem se inspirando atualmente.

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