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  • 10/07/2025
O trapiche de Icoaraci, um dos principais pontos de embarque e desembarque para diversas ilhas de Belém, sofre com a falta de manutenção e infraestrutura. O local não possui saneamento básico, cobertura para proteção contra sol e chuva, limpeza adequada, nem estrutura para comportar o intenso fluxo de passageiros e barqueiros, que aumenta significativamente durante o mês de julho, especialmente com a maior procura por viagens para a ilha de Cotijuba. O cenário de abandono também se estende à praia do Cruzeiro, nas proximidades, onde a ausência de serviços públicos e a degradação da área reforçam a sensação de descaso com um dos principais polos turísticos da capital paraense.

REPORTAGEM: VITO GEMAQUE
IMAGENS: THIAGO GOMES

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Transcrição
00:00A gente parece uma pessoa esquecida aqui. Uma praia perto de Belém, praticamente, né?
00:06E aí vive nessa situação aqui. Não tem apoio, não tem nada.
00:10Não sei por que eles dão privilégio pra praia mais longe do que essa aqui, que é uma praia pequena.
00:16Segurança que é fraca também. Pessoas banistas também não tem segurança.
00:21Um domingo lotado, não tem um policiamento aqui, não tem nada.
00:24Então a gente briga por isso aqui. Inclusive aqui, que às vezes atrapalha o sertão, é que a gente não tem uma associação.
00:31Se tivesse, seria melhor. A gente vai pedir ajuda, né? Peder o apoio de alguém, né?
00:36E ter essa situação aqui, né?
00:38Nós arrecadamos material de rua pra tentar fazer, né?
00:43Porque o trapiche aqui, a nossa rampa, não ceda mais, né?
00:48Devido às marés, porque a gente não tem ajuda nenhuma da prefeitura.
00:52Então nós mesmos que fazemos essa reparação aqui.
00:55Ontem mesmo teve um acidente de um amigo que foi descer lá na rampa e a carroça impressou o dedo dele e não teve assistência nenhuma.
01:05A gente não tem assistência. É por nós mesmos.
01:08A senheira está aqui, ó. A senheira está aqui. Ela está precisando de uma riqueza geral, essa praia.
01:13A praia é a praia mais perto de Coraci, uma praia que o povo desce com o carro dele pra cá pra passear com a família, né?
01:23Então eu sinto que eu sou morador de Coraci mais de 40 anos.
01:28Eu digo mais de 40 anos.
01:30Eu nasci em Coraci, aí eu olho como o rapaz está dizendo aqui, como está em Coraci.
01:36Coraci está precisando de uma mão, de uma limpeza pra ficar aqui.
01:41O povo chega de Belém ou de todo lugar pra rodar como está no cruzeiro.
01:47Eu tenho vários ajustes, como foi falado, banheiro, uma pintura, um banco pra pessoa sentar quando chegar, entendeu?
01:55Olha, olha esse sol aí. Às vezes a pessoa vem, fica na fila, no sol.
02:01Olha aí a ponte, não tem onde se esconder.
02:04Chove, não tem onde se esconder.
02:06E quando foi o tempo da pandemia, botaram uma cobertura, mas tiraram.
02:10Era bom uma cobertura.
02:12Até pro turista vir, fica no sol, fica na chuva.
02:15Quer ver quando é inverno, então?
02:17Né, mamãe?
02:18Aqui, todo mundo corre pra pegar o barco na chuva.
02:21A gente poderia ter aqui ósse melhorzinho pra nós, pra ter mais limpeza.
02:25Mais organização, né?
02:28Porque a gente não tem água pra lavar nossas coisas.
02:31Às vezes suja, a gente tem que trazer...
02:32Eu trago bastante guardanapo lá de casa.
02:34Se eu não tiver, guardanapo e álcool.
02:37Porque se não tiver, não tem como.
02:40A gente manter as coisas limpa.
02:42Porque não tem como a gente manter todo o tempo limpo.
02:45Quando chove, vem de lá, né?
02:48A água vem escorrendo aqui, tiver de escorrendo de lavão, aí sujeira.
02:53A gente já teve micose.
02:55Ela tá com uma micose no pé.
02:57A gente teve as micoses, né?
03:00Aí não tem como.
03:01Aí a gente teve que fazer bancada assim pra gente não ficar pensando na água.
03:06O tempo de chuva, né?
03:08O que nós prejudicamos é isso.
03:10A gente teve que fazer bancada assim pra gente não ficar falando.

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