Três marinheiros do navio Eternity C, com bandeira liberiana e operado pela Grécia, foram mortos em um ataque com drones e lanchas rápidas na costa do Iêmen. A missão naval da União Europeia informou que esse foi o segundo ataque desse tipo em um único dia, após um período de meses de calmaria na região. Reportagem: Fabrizio Neitzke
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00:00Seguimos na área internacional. Pela segunda vez na semana, rebeldes rutsis do Iêmen atacaram e afundaram um navio de carga que passava pela região do Mar Vermelho.
00:09Nosso editor de internacional, Fabrizio Naitz, que já está aqui com a gente para trazer mais detalhes sobre o assunto.
00:16Isso acabou deixando vítimas ou não? Fabrizio, bom dia pra você.
00:19Deixou sim, Nonato. Bom dia pra você, Soraya, todos que acompanham o Jornal da Manhã.
00:24Três tripulantes do navio Eternity Sea morreram nesse ataque dos rutsis.
00:28Outros dez foram resgatados por navios que passavam na região e pelo menos doze teriam sido levados, sequestrados pelos rutsis lá para o Iêmen.
00:39Os rutsis dizem que eles foram levados para um local seguro.
00:42A grande maioria desses tripulantes são filipinos, são de nacionalidade filipina.
00:48Um deles também é russo.
00:50A alegação dos rutsis é de que esse navio Eternity Sea iria para Israel e, portanto, ele precisava ser atacado.
00:58Esse é um navio de bandeira da Libéria, um país na África, onde os impostos são mais baixos, por isso que a bandeira é de lá para pagar menos impostos.
01:08Mas ele era operado por uma empresa grega.
01:11É o segundo caso só nessa semana.
01:13No domingo, um outro navio de bandeira da Libéria, que também é operado por uma empresa grega, o Magic Seas, também foi atacado pelos rutsis.
01:22Só que aí, nesse caso, eram 22 tripulantes.
01:26Todos eles foram resgatados por navios que também passavam pela região.
01:31A gente lembra que esse pedaço do Mar Vermelho é muito importante para a navegação internacional,
01:36porque ali em cima, no Egito, está o canal de Suez, que conecta o Mar Mediterrâneo, ou seja, a Europa,
01:43e boa parte também da África, do norte da África, com a Ásia, com o Oceano Índico e, consequentemente, depois com o Oceano Pacífico.
01:54Ou seja, é um canal de navegação muito importante.
01:57A gente já tem destacado aqui há algum tempo a atuação dos rutsis atacando navios comerciais nessa região.
02:04E isso tem gerado uma repercussão com ataques tanto dos Estados Unidos, da Marinha Americana, quanto também de Israel.
02:12Qual que é a questão aqui no que a gente diz respeito à navegação?
02:16Desde novembro de 2023, portanto um mês depois do início do conflito entre Israel e Hamas,
02:2270 navios comerciais já foram, navios de carga, já foram atingidos pelos rutsis da região.
02:29Isso com mísseis, drones, barcos pequenos, todos eles atacados pelos rebeldes rutsis.
02:36Quatro navios foram afundados, incluindo esse agora, um deles foi sequestrado e sete tripulantes morreram.
02:44Quando a gente lembra das operações de Israel contra os grupos considerados proxy do Irã,
02:49ou seja, aqueles que agem em nome do Irã indiretamente contra Israel,
02:54a gente pensa muito, claro, no Hamas, que atua na faixa de Gaza, no Hezbollah, que atua no Líbano,
03:00e também nos rutsis, que atuam no Iêmen.
03:03Pela questão geográfica, o Iêmen está um pouquinho mais longe, a ameaça ruti não é tão grave assim.
03:08Mas agora, com o Hamas praticamente inexistente, o Hezbollah muito possivelmente abandonando as armas,
03:14sobram os rutsis como esse braço operacional do Irã,
03:18e possivelmente o próximo alvo de um conflito talvez um pouquinho maior ali no Oriente Médio.
03:23Perfeito. Fabrício, o Nais, que atualizando para a gente, é impressionante.
03:26Enquanto você falava, quem estava nos acompanhando com imagens,
03:29observou ali o navio afundando, ele é atingido, depois não tem a menor chance.