- 10/07/2025
Tiago Pedreiro, Major do Exército e mestre em operações militares, e Paulo Roberto da Silva, mestre em ciências militares, avaliam as aquisições de equipamento que a Defesa Nacional deve priorizar para garantir programas estratégicos do Exército.
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NotíciasTranscrição
00:00Então, eu quero insistir na pergunta.
00:02O Major já respondeu, ele disse que o mais importante é alimentar as três bocas.
00:07Isso.
00:08Resolvido esse problema, qual é o investimento prioritário?
00:13É comprar carro de combate? É comprar obozeiro, drone, jato?
00:19Monta, você vai me obrigar da resposta do Coronel Paulo Filho.
00:22A resposta do Exército...
00:23Por favor.
00:24A resposta do Exército, só quem dá o General Tomás.
00:25A sua opinião, a sua opinião.
00:27Só quem dá o General Tomás.
00:28Eu, Coronel Paulo Filho, priorizaria sistemas antiaéreos nesse momento.
00:33Acho que a artilharia antiaérea deve receber um bom investimento.
00:37E isso coincide com um programa estratégico do Exército, que é o da artilharia antiaérea.
00:41Por quê?
00:42Por causa da realidade dos drones.
00:44A realidade dos drones mudou o combate.
00:47Como o combate, a ameaça aérea representada pelos drones, ela é muito grande,
00:53a artilharia antiaérea merece uma prioridade.
00:56Agora, isso não basta.
00:58A dificuldade de responder a sua pergunta é que isso não basta.
01:02Eu preciso também ter drones de ataque, para ter uma capacidade ofensiva de drones.
01:06Eu preciso ter forças blindadas, porque enquanto o homem precisar ir a determinado local para conquistar ou reconquistar,
01:16você, se tivesse que fazer isso, você preferiria ir a pé ou você preferiria ir dentro de um carro que te desse um mínimo de proteção blindada?
01:25Você prefere ir dentro de um carro.
01:27Então, as forças blindadas também merecem investimento.
01:29E como nós temos uma responsabilidade nas fronteiras,
01:33é que é uma responsabilidade que o Estado brasileiro deu às Forças Armadas pela Lei Cumprimentar 97,
01:39de combate aos ilícitos transfrontalistas ambientais,
01:42o programa CISFROM, que cuida disso, também tem que receber em prioridade.
01:45Veja, amor, tem muito difícil estabelecer um, o que você precisaria comprar.
01:50Nós precisamos de todas as capacidades.
01:51A gente não tem, no cenário do nosso continente, nenhuma ameaça clara.
01:59Por exemplo, eu me lembro que teve uma vez, teve uma época em que se falava muito dos jatos caças mig,
02:05que a Venezuela tinha comprado.
02:06Eu acho que isso já tem uns 15 anos que elas...
02:09E dizem que hoje eles já estão fora de... estão sem manutenção, sem peça.
02:14Parece que não representam mais a ameaça que chegavam a representar.
02:18Mas não existe nenhuma ameaça a qual a gente precise responder e que demanda investimentos mais...
02:25Nós temos a sorte de estar num subcontinente sul-americano
02:34que não tem guerras entre estados há muito tempo.
02:40Não há guerras entre estados no continente sul-americano há muitos anos.
02:45Mas há um paradoxo aí, Mota.
02:47Porque ao mesmo tempo em que, desse ponto de vista, é a área do mundo mais pacífica,
02:52ao mesmo tempo é a área do mundo mais violenta,
02:56porque existe uma criminalidade organizada em praticamente todos os países da Cidade da América do Sul.
03:03Então nós temos que conviver com esse paradoxo.
03:06Nós temos a paz entre os estados, mas nós temos uma grande violência do crime organizado.
03:13Então, mas isso não significa...
03:15Então vamos lá.
03:16Primeiro para as hipóteses de guerra.
03:19Temos uma hipóteses de guerra claríssima?
03:21Não, não temos.
03:21Mas nós temos uma tensão latente entre Venezuela e Guiana,
03:25dois vizinhos nossos que nós temos que prestar bastante atenção.
03:28Isso é um fato.
03:29E a criminalidade organizada pode muito facilmente fazer...
03:35Atrair, por exemplo, o terrorismo.
03:37Então nós temos que nos preocupar tanto com ameaças tradicionais,
03:41que essas que você se referiu,
03:43que são as ameaças de conflitos bélicos,
03:46como ameaças não tradicionais.
03:48Essas também estão incluídas no planejamento de defesa?
03:51Também estão incluídas.
03:52O Pedreiro fez uma referência ao comando de defesa cibernética.
03:57Os ataques cibernéticos são uma realidade hoje.
04:01Diariamente o Brasil sofre aí dezenas de milhares de ataques cibernéticos.
04:05Diariamente.
04:06Então essa é uma ameaça chamada ameaça não tradicional,
04:10mas é uma ameaça que afeta a segurança do Brasil.
04:14Então se afeta a segurança do Brasil,
04:16ela é uma preocupação das Forças Armadas Brasileiras
04:18e mais especificamente do Exército Brasileiro.
04:20Então a defesa, inclusive na Estratégia Nacional de Segurança,
04:25a questão cibernética é atribuir...
04:27Estratégia Nacional de Defesa,
04:29o campo cibernético é atribuído a responsabilidade ao Exército Brasileiro.
04:34Então essas ameaças não tradicionais também fazem parte das preocupações
04:39e nós temos que ter as capacidades militares necessárias
04:43para fazer face a essas ameaças não tradicionais também.
04:47Então, Mota, não, não temos uma ameaça tradicional muito clara.
04:51É verdade.
04:52Mas nós temos diversas ameaças não tradicionais muito claras.
04:56Isso também é verdade.
04:57Eu gostaria de voltar à sua aflição anterior de onde investir.
05:03E o Exército já mapeou isso.
05:05Uma vez a aprovada PEC 55, como ela foi proposta pelo Ministério da Defesa,
05:12nós já temos mapeados a compra ao longo de seis anos,
05:16pelo menos, não o recebimento, mas a compra de 820 veículos blindados.
05:22A conclusão do sistema CISFRON,
05:24que é o Sistema de Proteção da Fronteira na Amazônia,
05:28nós temos a produção de obuseiros,
05:30a conclusão do míssel tático de cruzeiro de 300 quilômetros,
05:34temos a aquisição, como o Coronel Paulo Filho bem falou,
05:38a aquisição, a implantação do sistema de defesa antiaérea de média altura,
05:43que é uma capacidade inexistente no Brasil hoje.
05:45Nós temos a de baixa altura e a de alta altura,
05:48que é feita pela Força Aérea, com seus caças.
05:51A de média altura é uma lacuna.
05:53Temos também a recomposição de munições, leves e pesadas,
05:57que a defesa hoje não tem um estoque estratégico para utilização em emprego,
06:05em boas condições.
06:06Temos a renovação de 20 a 25, a aquisição de 20 a 25 helicópteros,
06:11e a continuidade do projeto de drones,
06:13de aquisição e implantação de drones lá pela aviação do Exército.
06:16Então, o Exército já fez esse trabalho.
06:19A PEC 55 aprovada, vamos fazer o quê com isso?
06:22Tudo isso que eu listei para você agora.
06:24Eu vou fazer outra pergunta difícil.
06:27Como é que o Brasil se compara, em termos de defesa,
06:32com esses desafios, com essas dificuldades todas,
06:34com os nossos vizinhos?
06:36Todos eles têm esse problema,
06:39ou tem alguns deles que estão muito mais avançados do que nós?
06:42Antes do Coronel Paulo Filho falar que ele vai ter bastante coisa para falar,
06:45eu gostaria de falar uma métrica.
06:47O Brasil hoje investe 1,1% do PIB em defesa.
06:52Nós ficamos à frente de Uruguai e Argentina,
06:55estamos atrás de todos os outros.
06:58A Colômbia, 3%.
06:59O Peru, 2,4%.
07:03Então, a métrica de investimento percentual do PIB do Brasil
07:08está muito aquém do nosso entorno estratégico.
07:11Não estou comparando com nações conflagradas.
07:15Estou falando com o nosso entorno.
07:16Qual seria o valor bom para investimento?
07:204%, 5%?
07:22Nós defendemos o que está proposto na PEC 55,
07:26que são 2% das despesas discricionárias,
07:30que são justamente as despesas para a aquisição dos projetos estratégicos
07:34que mencionamos, a recomposição de munição.
07:36Então, 2% para o orçamento discricionário
07:41vem das receitas correntes líquidas.
07:44Então, reformulando aqui,
07:462% da receita corrente líquida do Brasil
07:50seria destinado às despesas discricionárias de defesa
07:53para a aquisição de munição.
07:56Isso daria, a receita corrente líquida do Brasil,
07:581,4 trilhão de reais.
08:002% disso, 28,5 bilhões de reais.
08:06Hoje, as nossas despesas discricionárias são 12,4.
08:10Então, saltaríamos de 12,4 bilhões para 28,5 bilhões.
08:15Só que isso não seria de forma abrupta.
08:18Há um faseamento.
08:20Hoje, estamos com 0,8% da receita corrente líquida.
08:23Aumentaríamos para 1,5% e ia aumentando para 2%.
08:27Qual é esse valor hoje em bilhões?
08:30De despesas discricionárias, 12,4 bi.
08:34Ou seja, menos que a lei Rouanet.
08:38Mota, tudo passa, então, pela definição dessas capacidades.
08:45Que você, muito, muito, obviamente, rapidamente notou
08:50que vai fazer o que com o dinheiro.
08:52É exatamente isso.
08:54Reconstruir capacidades que nós ainda não temos.
08:58Por exemplo, a defesa antialérea de média altura,
09:00que é uma lacuna, é uma lacuna inadmissível
09:02para um país como o Brasil.
09:04E desenvolver e melhorar muito as outras capacidades.
09:09Você perguntou sobre as métricas.
09:10A média global hoje de investimento é 2,5% do PIB.
09:16Então, hoje, o mundo gasta, em 2024,
09:202,7 trilhões de dólares em defesa.
09:24Você soma isso, pega o PIB global,
09:272,7 trilhões de dólares equivalem a 2,5% do PIB.
09:31Nós vimos as discussões do presidente Trump na Europa.
09:34A Europa, todos os países europeus, todos,
09:37a única exceção é Malta.
09:38Todos os outros aumentaram o seu investimento em defesa em 2024.
09:45Já disse que o mundo aumentou quase 10% de 2023 para 2024
09:49seus investimentos no PIB.
09:51Os nossos vizinhos, já fiz referência à Guiana,
09:53que aumentou 78%.
09:55Colômbia aumentou 15% dos seus investimentos.
09:59Então, por que esses países aumentam os seus investimentos?
10:02Porque a noção de instabilidade,
10:05a noção da ameaça é crescente.
10:08Mas o sentido de urgência que nós estamos querendo passar para você
10:12e para o nosso telespectador nesse momento,
10:15o sentido de urgência é o que o pedreiro falou.
10:17Se eu quiser comprar hoje,
10:19se você, Mota, tirar da carteira e me der assim,
10:21vai lá e compra um tiro de 155.
10:24Eu não consigo hoje, não consigo amanhã,
10:26não consigo daqui a um ano, daqui a dois anos.
10:28Talvez, daqui a três anos, esse tiro de 155 esteja no meu estoque.
10:32Ou seja, se estourar uma crise, mês que vem, grave...
10:36Nós vamos ter que nos virar.
10:38Não adianta pegar o dinheiro todo do Brasil,
10:41o PIB inteiro, e dar para comprar,
10:43porque não vai ter.
10:44Não, nós só vamos ter o que nós conseguimos estocar,
10:47e que nós temos, evidentemente, nós temos um estoque.
10:50Mas esse estoque está longe de ser o estoque
10:52que a gente acha que é necessário
10:53para esse mundo que mudou, Mota.
10:55As pessoas têm que entender que o mundo mudou.
11:00O mundo de hoje, 2025, infelizmente,
11:03é um mundo muito mais conflagrado do que era antes
11:06de 24 de fevereiro de 2022,
11:09quando a Rússia invadiu a Ucrânia.
11:12É outro mundo.
11:13E é esse alerta que nós estamos fazendo aqui, nesse momento.
11:18Agora eu vou para...
11:20A gente já está caminhando para o encerramento do programa,
11:22e eu vou fazer uma pergunta
11:25a mais difícil de todas.
11:27Muita gente diz,
11:29acha que a Terceira Guerra Mundial é inevitável.
11:32Que está por aí.
11:35E eu queria perguntar a vocês,
11:37onde vocês acham que é mais provável
11:40que a próxima Grande Guerra comece?
11:44Vai ser uma invasão da Coreia do Sul pela Coreia do Norte?
11:48Vai ser um bloqueio de Taiwan pela China?
11:52Vai ser no Oriente Médio, com o Irã
11:54enfrentando os Estados Unidos?
11:55Ou vai ser uma invasão da Europa?
11:58Ou pela Rússia, ou pela China?
12:01Eu vou começar respondendo essa aí, Mata.
12:04O foco da geopolítica global,
12:08ele caminhou em direção à região do Indo-Pacífico,
12:12da Ásia.
12:13Hoje, a maior rivalidade,
12:16os autores disputam isso aí,
12:19tem gente que diz,
12:20bom, aquela ordem unipolar
12:22do fim da Guerra Fria dos Estados Unidos
12:25como única superpotência...
12:26A Pax Americana.
12:27A Pax Americana ficou para trás.
12:29Isso não existe mais.
12:30Algumas pessoas dizem,
12:32alguns autores dizem
12:33que nós vivemos uma bipolaridade,
12:36que é Estados Unidos e China,
12:39e alguns autores com os quais eu me alinho mais
12:42dizem que há uma multipolaridade.
12:44Então, temos Rússia, temos China,
12:47temos Estados Unidos,
12:48temos a Índia,
12:48temos outros países emergentes,
12:51temos a própria Europa,
12:52como União Europeia,
12:53como um polo de poder muito importante.
12:55Então, vivemos uma multipolaridade.
12:56A multipolaridade é, por definição, instável.
12:59Ela é muito mais instável
13:00do que uma bipolaridade.
13:02Ela é instável.
13:03Por isso que nós temos visto
13:04tantas conflagrações.
13:06Por causa dessa disputa
13:08entre Estados Unidos e China,
13:09essa guerra comercial
13:10que nós estamos observando agora,
13:11que é só uma parte da disputa,
13:13não é toda disputa,
13:15talvez uma questão de Taiwan,
13:17talvez uma questão no mar do sul da China,
13:19uma disputa entre Estados Unidos,
13:21entre China e Filipinas, por exemplo,
13:23talvez uma disputa envolvendo
13:25Japão e China deflagrem,
13:28ou os próprios Estados Unidos e China
13:30deflagrem o conflito.
13:31Existe essa possibilidade.
13:33Mas nós não podemos esquecer
13:34que as duas guerras anteriores
13:35começaram na Europa, né, Mota?
13:37Primeira Guerra Mundial começou na Europa,
13:39Segunda Guerra Mundial começou na Europa,
13:41e nós temos uma guerra de alta intensidade
13:43ocorrendo hoje em território europeu.
13:47E sem previsão de acabar.
13:49O presidente Trump achava
13:51que ia conseguir terminar com a guerra,
13:52ele falou de uma maneira metafórica,
13:56que terminaria em um dia,
13:57lógico que não era um dia,
13:58mas ele achava que poderia acabar
14:00em curto prazo,
14:01e ele mesmo reconhece
14:02que não será possível acabar em curto prazo.
14:04Então, temos uma guerra em curso na Europa.
14:08As pessoas também falam o seguinte,
14:11alguns teóricos também falam o seguinte,
14:13quando a Alemanha invadiu a Polônia
14:16no início da Segunda Guerra Mundial,
14:18iniciando a Segunda Guerra Mundial,
14:19naquele momento ninguém sabia
14:21que existia uma guerra mundial em curso, né?
14:23Claro.
14:23O início da guerra só foi datado
14:26olhando-se do futuro pra trás, né?
14:29Ó, começou a guerra
14:31quando a Alemanha invadiu a Polônia.
14:32Ou seja, já pode ter começado...
14:34Já pode ter começado e a gente não sabe.
14:36Espero que não, né, Mota?
14:37Espero sinceramente que não.
14:39Mas nós vivemos num mundo muito conflagrado,
14:42e as possibilidades de conflito
14:44elas estão aí presentes, né?
14:46Por exemplo, agora nós temos uma tensão muito grande
14:49entre Irã de um lado,
14:51Estados Unidos e Israel do outro,
14:53envolvendo o programa nuclear iraniano.
14:57Recentemente, a Agência Internacional de Energia Atômica
14:59declarou que o Irã já tem
15:02urânio enriquecido a 60% de pureza
15:05em quantidade suficiente
15:06pra construir 10 bombas atômicas, né?
15:09Então, isso seria um prazo de uma semana
15:11pra enriquecer dos 60% atuais
15:13até os 90 e poucos que precisa
15:15pra fazer o artefato nuclear.
15:17Os Estados Unidos tentam negociar
15:19um acordo nuclear com o Irã,
15:21mas não tá indo pra frente.
15:24E aí, Israel vai atacar
15:25o arsenal nuclear iraniano,
15:28como já ameaçou diversas vezes?
15:30Como já fez com o Iraque, né?
15:32Muito tempo atrás.
15:33No passado, como fez no Iraque.
15:34Isso pode...
15:35O Irã não é um país qualquer.
15:36O Irã é uma potência militar muito importante.
15:38O Irã tem mísseis,
15:39já lançou mísseis em direção a Israel.
15:42E tem aliados como a Rússia, né?
15:44Tem aliados importantes.
15:45Então, nós vemos outro aspecto
15:48muito preocupante
15:49é a formação desses blocos, né?
15:51Então, você vê a Coreia do Norte
15:52fazendo um acordo com a Rússia,
15:55um acordo militar com a Rússia,
15:57mandando tropas,
15:58mandou tropas constituídas
15:59lutarem na Ucrânia.
16:00Você vê os drones Shahed,
16:03que são os drones que mais utilizados
16:05pela Rússia na guerra,
16:07são de fabricação iraniana.
16:08Agora a Rússia está fabricando
16:09no seu território sob licença.
16:10Então, você vê de um lado, né?
16:12Rússia, Coreia do Norte,
16:14Irã.
16:15De outro lado, você vê os Estados Unidos,
16:17seus aliados ocidentais.
16:18Você vê a China cada vez mais
16:20incisiva na defesa dos seus interesses.
16:25Pela primeira vez na história,
16:27ontem,
16:28o porta-aviões chinês,
16:30o Liaoning,
16:31foi visto ele e a sua frota
16:33navegando a leste das ilhas de Iwo Jima,
16:35ou seja, bastante já se aproximando
16:39da chamada segunda cadeia de ilhas
16:40no Pacífico,
16:41uma China muito mais incisiva.
16:44Tudo isso mostra essa instabilidade
16:47que nós estamos vivendo.
16:48Então, onde vai começar,
16:49ninguém sabe, né?
16:50Eu gostaria de apresentar
16:51uma abordagem alternativa.
16:55Primeiro que um pensamento também
16:57é sobre a ordem mundial,
17:00de ser multipolar ou bipolar.
17:04Acredito, eu me alinho mais
17:06com outros autores que falam
17:07que é uma ordem unipolar fragmentada.
17:11E daí a importância do Brasil
17:13estar preparado.
17:14Por quê?
17:15Porque ao invés de estarmos procurando
17:16onde vai ser deflagrada
17:17a terceira grande guerra,
17:20a World War,
17:21nós podemos estar vivendo
17:23em uma global warfare,
17:25ou seja, um ambiente de guerra global,
17:28não uma terceira guerra mundial.
17:29um caso pontual na história.
17:34Mas um ambiente de várias guerras
17:37conflagradas ao mesmo tempo.
17:39E isso não está muito longe de acontecer.
17:42E por isso o Brasil deve estar preparado,
17:44porque ao invés de estar esperando
17:45estourar uma guerra mundial
17:47em um ponto do planeta,
17:48podemos ter guerras aqui próximo da gente.
17:52A última guerra na América do Sul
17:53não faz tanto tempo assim,
17:55na década de 90, a guerra do Senepa.
17:56Então, se não estivermos
18:00preparados
18:01com um orçamento compatível,
18:05está escrito isso na nossa
18:05Estratégia Nacional de Defesa,
18:07aprovada pelo Congresso,
18:09dotar o Brasil
18:10de um orçamento
18:11compatível com a estrutura do país
18:14no cenário mundial.
18:15Se não tivermos um orçamento
18:16adequado para fazer frente
18:18a qualquer ameaça que aconteça,
18:20o Exército não vai estar
18:21em condições
18:22de fazer
18:24o que ele
18:25nasceu para fazer.
18:26E essa responsabilidade
18:27não recai apenas
18:28para os militares,
18:29mas recai em toda a sociedade.
18:31Porque a Defesa Nacional,
18:32como falamos no início do programa,
18:34não é de responsabilidade
18:35do Ministério da Defesa.
18:37É uma responsabilidade
18:38nacional
18:38de todos nós.
18:39que o47
18:51de um ouro
18:52não限定 no posote.
18:52E aí
18:54o
19:00o
19:02o
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