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  • há 5 meses
Um jovem que acaba de sair do trabalho foi morto a tiros por um policial militar em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo.

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Transcrição
00:00Vamos voltar pra problemas, né, assuntos recorrentes aqui do Brasil, a morte de jovens negros no país.
00:05Vamos com a Larissa Alves, que tá com a gente aqui contando a história do Guilherme, né, mais um que se soma a essa triste estatística, né, Larissa?
00:12Tava acabando de sair do trabalho, foi morto por um policial militar com um tiro na cabeça, né? Bom dia.
00:18Exatamente, Cíntia. Muito bom dia a você e a todos.
00:21E esse policial militar, ele já foi liberado após pagar uma fiança de 6.500 reais.
00:26Esse caso aconteceu na última sexta-feira em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo.
00:31Segundo a Secretaria de Segurança Pública, este policial estava de moto e ele havia sido abordado por outros motociclistas que tentaram roubar essa moto dele.
00:40Aí ele disparou contra esse grupo e logo depois, a questão de segundos, Guilherme veio correndo na direção dele e foi quando ele disparou contra esse jovem, Guilherme Dias Santos Ferreira, de apenas 26 anos.
00:53Acontece que Guilherme não tinha absolutamente nada a ver com esse roubo, com essa tentativa de assalto por parte desses outros criminosos que tentaram assaltar esse policial militar.
01:02No mesmo local ali, Guilherme já morreu no local, claro, mas no mesmo momento desse atendimento apareceu um homem que disse que trabalhava com Guilherme e ele tinha acabado de sair do trabalho.
01:12Era por volta de 10h35 da noite. Esse homem, inclusive, mostrou o celular com status do WhatsApp de Guilherme, mostrando que ele fez uma postagem quando ele bateu o ponto na empresa às 10h28.
01:24Ele estava correndo, mas ele corria porque ele tentava pegar o ônibus para chegar em casa.
01:29Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, na mochila de Guilherme havia uma marmita, talheres, itens de higiene, além também de um livro, remédios, mas não tinha nenhuma arma de fogo.
01:40Ele, portanto, foi vítima nessa sexta-feira, morreu no local, a família está consternada pelas redes sociais, estão realmente muito temerosos e consternados com todo esse ocorrido.
01:51Agora, essa investigação está por parte do DHPP, que é o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, e a polícia acompanha, claro, esse inquérito durante este processo.
02:04Obrigado, Larissa. A sensação que a gente tem é a certeza de que a vida não está valendo nada.
02:08Nada, nada.
02:09O rapaz está voltando do trabalho, corre em direção ao ônibus para não perder aquele ônibus, para chegar logo em casa, e leva um tiro na cabeça de um policial militar que está ali para nos defender.
02:21Está difícil.
02:22E ele estava voltando das férias, segundo dia de trabalho, depois de voltar das férias e ser morto dessa forma tão covarde, né?
02:28É uma realidade que a gente sempre mostra, né, Rodrigo?
02:30A violência policial para cima de jovens negros.
02:33São 23 jovens negros mortos no Brasil a cada 23 minutos.
02:38Ou melhor, um jovem negro a cada 23 minutos.
02:40Dá uma média de 63 por dia, né?
02:42O que a gente está fazendo da nossa juventude?
02:45O que é a nossa polícia?
02:46Como que ela está agindo de uma forma tão grosseira, né?
02:49Diariamente, sem perguntar antes.
02:50E mesmo se fosse um bandido, o protocolo não é esse, né?
02:52Não é atirar na cabeça.
02:53Não era para atirar, para matar.
02:55Você atira na perna num caso mais grave, né?
02:57Exatamente, em caso de ameaça, né?
02:59Muito triste.
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