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  • há 5 meses
O policial que atirou e matou um homem com um tiro na cabeça na saída do trabalho em São Paulo foi afastado.

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Transcrição
00:00O policial que matou um jovem inocente, um marceneiro, ao supostamente confundi-lo com um criminoso, foi afastado do serviço em São Paulo.
00:10Ele chegou a ser preso em flagrante por homicídio culposo, mas pagou fiança e foi libertado.
00:16Vamos ver na reportagem do Márcio Campos.
00:19Os dois ladrões perseguidos pelo policial abandonam a moto e correm.
00:24O PM vai atrás e atira.
00:27Os criminosos fogem.
00:28A moto dos bandidos fica no chão.
00:31O policial sai do ângulo da câmera que registra tudo.
00:35Agora preste atenção no alto do vídeo.
00:37Minutos depois dessa cena, três pessoas atravessam a rua e uma delas dispara na frente, correndo.
00:44A imagem não mostra, mas dá para ouvir o barulho do tiro.
00:50A vítima é Guilherme Dias Santos Ferreira.
00:54Ele corria para pegar o ônibus neste ponto após o trabalho.
00:57O policial militar disse em depoimento que tinha acabado de sofrer uma tentativa de assalto.
01:03Segundo ele, estava paisana e de moto.
01:07Ele foi abordado nesse ponto da estrada ecoturística de Parelheiros, aqui na zona sul de São Paulo, e reagiu.
01:13Mas, logo depois, disse que viu um homem se aproximando, correndo, atirou novamente, acreditando se tratar de um dos bandidos.
01:22O PM Fábio Anderson Pereira de Almeida, de 35 anos, que matou Guilherme com um tiro na cabeça, também atingiu uma mulher que estava no ponto de ônibus.
01:32Ela foi socorrida e não corre risco de vida.
01:35O policial foi autuado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
01:40Pagou fiança de R$ 6.500 e vai responder o processo em liberdade.
01:46Na sexta-feira, Guilherme deixou o expediente às 10h28 da noite, como ele mesmo registrou antes de sair do trabalho.
01:53Seguiu para o ponto de ônibus para voltar para casa, mas acabou morto com um tiro sete minutos depois.
01:59Guilherme, de 26 anos, era casado e tinha o sonho de ser pai.
02:10A avó disse que ele planejava sair em lua de mel com a mulher no próximo mês.
02:15Para não ficar gastando de... com gasolina, aí ele foi de ônibus. Ele queria viajar com ela.
02:23A fábrica de camas, onde Guilherme trabalhava como marceneiro, ficou fechada nesta segunda-feira, em sinal de luto pela vítima.
02:32Chegou a circular aí a informação de que teria sido por engano, mas ninguém mata ninguém por engano.
02:38Esse rapaz não estava nem junto com os assaltantes, ele estava do outro lado da rua, ele estava correndo junto com outras pessoas.
02:45E o policial que estava apaisando, já tinha resolvido a situação do assalto, de repente, dá mais um tiro e mata esse menino inocente.
02:53Eu acho que esse caso não pode ficar só nesse afastamento.
02:56Precisa haver uma investigação mais profunda, criminal, sobre o que aconteceu.
03:00A gente falava que ontem a vida de uma pessoa está valendo 6.500 reais, você paga uma fiança e responde pelo caso Liberdade.
03:07Não é a primeira vez que a gente mostra esses tipos de comportamento, negligência da polícia, quando mesmo que fosse um bandido.
03:13A gente reforçou aqui, o protocolo não é atirar na cabeça. Quem atira na cabeça, atira para matar.
03:19Você pode tentar neutralizar um bandido ali que vá para cima de você e legite uma defesa com um tiro na perna, que seja mais uma atirar na cabeça para matar.
03:28E a gente vai vendo sonhos que vão sendo deixados pelo caminho.
03:30A gente falava que ontem a quantidade de jovens periféricos e negros, principalmente homens, que morrem diariamente na mão da polícia com violência policial, são enormes.
03:39É por isso que a luta antirracista é tão falada e é tão necessária.
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