- anteontem
Com grande atuação no cenário de moda e estilo, jornalista, que hoje também atua como sócia na agência de publicidade OOO, conta como o fascínio pela estética pautou sua carreira e a maneira pela qual vem adaptando sua comunicação ao dinamismo das redes sociais.
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NotíciasTranscrição
00:00Minha convidada de hoje construiu a sua carreira na moda, no jornalismo impresso, na televisão e mais recentemente nas redes sociais.
00:07E até tem um pezinho ali na agência de publicidade, a gente vai falar sobre isso mais adiante.
00:13Depois de se formar em moda em Londres, ela voltou para o Brasil e passou por algumas das principais redações de revistas especializadas no assunto, como o Vogue e Harper's Bazaar.
00:23Mais adiante, ela migrou para a televisão para falar de empreendedorismo, tecnologia e startups no programa Mundo S.A. da Globo News.
00:31E hoje dá para ver um pouco de cada um desses assuntos na página dela no Instagram, em que ela faz uma curadoria de temas que são tendência ou que vão ser tendência.
00:42E, como se não bastasse, ela é sócia de uma agência de publicidade independente, a Aura of Office, que recentemente conseguiu a façanha de convencer Maria Bethânia a fazer parte de uma campanha de produtos capilares da Treceme.
00:57Eu sou Isabela Leste, editora do Meio e Mensagem, e você está acompanhando o podcast A Ideia.
01:02E hoje eu tenho o prazer de conversar com a Maria Prata. Seja muito bem-vinda.
01:05Isabela, muito, muito obrigada.
01:08Ouvindo você me apresentar, eu fui me dando conta que eu não sou especialista em nada.
01:12Especialista um pouco em cada coisa.
01:16Fez isso, fez aquilo, fez aquilo outro, fez aquilo outro.
01:23Hoje está mais comum essa história de diversificar a atuação, diversificar a carreira, mas você fez isso um pouco antes de virar tendência.
01:32E eu queria começar justamente daí.
01:35Em um podcast recente que você falou com o Bookster, como ele é conhecido,
01:40eles te perguntaram sobre a sua relação com literatura.
01:44Porque você vem de uma família de jornalistas, de escritores, mas como foi a sua relação com a moda?
01:51Como a moda chegou até você ou como você encontrou a moda?
01:54Nossa, é uma...
01:57Eu acho que foi uma fuga, né?
01:58Na verdade, porque, como você falou, minha mãe, jornalista e dramaturga.
02:02Meu pai, dramaturgo.
02:03Depois, minha mãe separou do meu pai, casou com o Nilão do Beirão, super jornalista.
02:08E aí, meu irmão, quando foi também já ali pós-colegial e tal, começou a escrever e ficou muito claro que ele também escrevia muito bem.
02:15E eu fiquei meio apavorada ali atrás de todo mundo.
02:17Falei, bom, se eu for pelo menos no caminho, eu vou ser a caçula, né?
02:21A pior deles, assim.
02:23Eu fugi.
02:24E naquela época estava começando a coisa do São Paulo Fashion Week, a moda estava entrando na moda, assim, entre aspas.
02:30E eu comecei a me interessar por estética mesmo, que era uma coisa...
02:34Qual pode ser o oposto das letras, né?
02:37A imagem.
02:38E eu comecei a me interessar por isso.
02:40Eu sempre brinco que eu fugi.
02:42E daí eu fui estudar moda, fui morar em Londres.
02:43E quando eu voltei, as oportunidades que se abriram, justamente porque meus pais eram muito do mercado editorial, foram no mercado editorial.
02:51E eu acabei entrando.
02:55Quando eu vi, eu tinha virado jornalista também, né?
02:57Mas jornalista com uma especialização em moda.
02:59E o que te encantou na moda?
03:02Foi a estética em geral?
03:03Você acompanhava isso desde cedo?
03:05Eu acho que o que mais me encantou e que me encanta até hoje é como é possível a gente dizer tanto sobre a gente mesmo,
03:13a partir da imagem.
03:16Eu sou...
03:18Minha família, além de ser uma família muito das letras...
03:21Além não.
03:21Minha família usa as letras não só no papel, mas é uma família muito da palavra, assim, né?
03:26Tudo na minha casa sempre foi muito falado.
03:29Estética não era uma...
03:30Uma área muito explorada, vamos dizer assim.
03:36E eu me encantei por isso, assim.
03:37Falei, nossa, olha, às vezes a gente não precisa de palavras para dizer o que a gente está, quem a gente é, como a gente vive e tal.
03:45E quando eu fui morar em Londres, eu fiquei especialmente impactada, assim, por isso.
03:50Porque Londres, bom, não tinha quando...
03:52Eu sou um pouco velha já, né?
03:53Posso dizer assim.
03:54Não tinha nem internet quando eu fui morar em Londres.
03:57Então, o mundo era outro, assim.
03:59Você ia para um outro país e era realmente uma outra cultura, uma estética totalmente diferente e tal.
04:05E lá em Londres sempre foi muito assim.
04:06Sempre foi berço de muita cultura underground, pop.
04:10Então, eu ficava impressionada como todas as pessoas mostravam alguma coisa sobre si mesmas a partir da roupa que elas vestiam.
04:18Todas as pessoas.
04:19Você entrava no metrô, você sabia exatamente quem era quem ali.
04:22E no Brasil a coisa era mais pasteurizada, assim.
04:24Você não dava para ler muito as pessoas a partir das roupas, né?
04:28Claro, você entende classe social e tal, mas a coisa específica você não tinha.
04:32Então, eu me apaixonei especificamente por isso.
04:35E quais que eram as suas principais influências na moda?
04:39Eu fui descobrindo muito minhas influências na moda durante essa minha jornada, vamos dizer assim, na moda, né?
04:45Essa sua temporada em Londres.
04:47É, porque...
04:48E também em toda a minha jornada profissional, assim.
04:50Porque como minha família não tinha esse universo, né?
04:54Eu não tinha essas referências, assim.
04:56Eu não...
04:57Fui descobrindo muito depois, quando eu fui estudando, né?
05:00Então, em Londres, comecei a me interessar.
05:03Então, desde Vivian Westwood, pela história que ela trazia.
05:06Depois, quando ia Alexander McQueen, né?
05:10Tinha essa coisa muito inglesa neles.
05:13Depois, quando eu comecei a estudar moda mais para cá, as marcas brasileiras mesmo.
05:18E a história das marcas brasileiras.
05:19São Paulo Fashion Week bombando.
05:21Então, desde as marcas maiores.
05:23Zump, Forum, Triton.
05:25Todas elas que, claro, não eram marcas criadoras de tendência, de estilo, né?
05:32De estilo pessoal, assim.
05:35Elas eram uma moda muito mais massificada e mais global.
05:38Mas eram empresas enormes, gigantes.
05:41E eu me interessava por aquilo, assim.
05:42Dessa moda como mercado.
05:44Essa potência da moda, né?
05:45Que eu vi ali no São Paulo Fashion Week.
05:47Então, eu fui...
05:48Algumas outras pessoas foram chegando, né?
05:50Costanza, claro, com quem eu trabalhei muito desde o São Paulo Fashion Week, depois na Vogue.
05:55Patrícia Carta, que foi uma mentora para mim, profissionalmente.
06:00Essas mulheres com quem eu tinha proximidade.
06:03E tinham, de alguma maneira, uma figura materna, assim.
06:06Mas que vinham desse mundo da estética e não do mundo das palavras.
06:10A Glória Calil também, muito próxima.
06:13Eu sou muito próxima dela até hoje.
06:14Então, essas mulheres sempre são ícones para mim.
06:17E houve algum momento em que você decidiu entre ser estilista ou fazer alguma coisa dentro daquele universo?
06:26Ou já estava no horizonte trabalhar com jornalismo de moda?
06:29Como que isso se manifestou?
06:30Não, definitivamente não estava no horizonte.
06:33E eu fui estudar moda.
06:35Mas eu fiquei meio perdida.
06:36Porque eu comecei a estudar moda.
06:37Bom, fiz um ano em Londres.
06:39Um curso que era básico de tudo.
06:41Tinha fotografia, história, desenho, costura, blá, blá, blá.
06:44E aí, quando eu voltei para o Brasil, eu entrei na Santa Marcelina.
06:47Santa Marcelina era, naquela época, a melhor faculdade de moda.
06:51Ainda é, né?
06:51Do Brasil, uma das, pelo menos.
06:53Só que era uma faculdade de desenho de moda.
06:56E eu, no primeiro mês, talvez na primeira aula, eu ia ter entendido que eu não queria ser estilista.
07:02Só que eu falava que eu não sabia o que eu queria ser.
07:05E, se eu não ficasse ali, eu não ia ter um diploma universitário.
07:11E eu sabia que o meu assunto era moda.
07:13Então, eu falei, eu vou ficar aqui.
07:16Seja o que Deus quiser, basicamente.
07:19E aí, eu fui...
07:20Eu acho que eu me sofei muito na faculdade, porque eu comecei a trabalhar muito cedo.
07:23Então, eu comecei a trabalhar na Capricho.
07:25Já entrei um pouco mais num lugar que era menos do estilismo, né?
07:29Do desenho de moda, mas uma coisa de styling, de produção, de mercado editorial, numa revista.
07:35E acho que na faculdade também, os professores iam me ajudando, porque eles entendiam, assim, que eu tinha...
07:42Já trabalhava, tinha uma...
07:44A faculdade era uma coisa séria pra mim, mas eu não ia ser estilista.
07:47Então, acho que eles iam meio que me passando, assim.
07:51E daí, você voltou pra esse mundo das letras, né?
07:54Desse mundo das palavras, de ter que explicar a moda através das palavras.
07:59E você pegou isso quando as revistas de moda ainda eram...
08:03Revistas de moda.
08:04Revistas de moda, referência, pra saber como as pessoas estão se vestindo, pra saber um pouco desse mundo aí.
08:13E você participou ativamente da construção, da redação, do editorial, das revistas.
08:19E hoje, o jornalismo de moda, bem, é totalmente...
08:21O jornalismo em qualquer área é totalmente diferente.
08:24Mas como foi essa experiência de ajudar a sedimentar o jornalismo impresso, que ainda era tão grande nessa época?
08:32Cara, eu acho que foi um ganho, assim.
08:36Eu acho que é um privilégio eu ter podido entender o que era a comunicação impressa e depois passar a fazer a comunicação digital.
08:42Porque...
08:44Eu tava falando disso agora há pouco.
08:47A comunicação impressa, ela é muito mais detalhada, profunda.
08:52Por exemplo, você fazer uma análise de um desfile no impresso.
08:57Quando a gente voltava das temporadas internacionais, a gente fazia o que era chamado a Vogue Passarela.
09:01Que é o que hoje é a Vogue Runway no aplicativo, né?
09:04Que tem todos os looks de todos os desfiles.
09:06Então, na Vogue Passarela, a gente editava.
09:08Não entravam todos os looks, mas entravam, sei lá, 60, 70% do desfile.
09:13E pra editar aquelas imagens, assim, quais são os looks desse desfile que vão entrar?
09:18Então, você via aquilo tudo trocentas vezes.
09:21Você selecionava, você editava essa sim, essa não recolocava.
09:23Quais são aquelas imagens que ficam na sua cabeça, que não saem?
09:26Quais são as outras que são mais dispensáveis?
09:27Você volta pra casa, você dorme, você acorda e fala, cara, acho que eu vou voltar aquela outra.
09:30Acho que é importante falar disso, falar daquilo.
09:32Ter um processo de aprendizado nesse tempo, assim, que é muito fundamental, né?
09:38Você entra naquela história, você vê, revê, estuda, entende, fala sobre como é que eu conto essa história,
09:47de que jeito, que horas e tal.
09:49E a comunicação digital tem outros mil ganhos, mas uma coisa que a gente perdeu foi o tempo de aprofundamento, né?
09:54Então, tudo instantâneo, tudo insta, né?
09:57E essa perda, eu acho que é enorme, brutal.
10:01Acho que a gente perde não só, claro, a profundidade de quem lê, porque lê muito rápido e lê naquela correria,
10:11passa a notícia por você, você nem sabe mais de onde veio, mas pelo lado do jornalismo também.
10:16A gente deixou de fazer as coisas com o critério que a gente tinha antes.
10:22Então, eu acho que eu gostei muito de ter passado pelas revistas e adoro também o digital, mas acho que tem essas perdas e ganhos aí.
10:31E qual que é, quão próxima você está desse universo hoje do jornalismo, só mais como leitora, como consumidora?
10:39Como que você vê essa transformação do jornalismo?
10:42Tem uma crise já, de muito tempo, né?
10:45Da credibilidade dos veículos de comunicação.
10:49Estão tentando se diversificar de alguma maneira e combater também desinformação, que é o tempo todo.
10:56A gente está vendo nascer também veículos muito legais.
10:58Alguns se reinventarem, meio mensagem é um veículo que funciona muito bem para o mercado, tem muita relevância, passa a mensagem e acho que funciona muito bem no digital, tanto o site quanto o social mesmo.
11:16Tem veículos que não souberam fazer essa curva, que não souberam se reinventar, falar essa língua.
11:24Eu estou vendo vários veículos legais nascerem digitalmente.
11:29Então, por exemplo, The Atlantic, que é um veículo que hoje em dia tem uma super relevância.
11:33Eles fazem matérias enormes.
11:35Então, é um lugar para onde você vai quando você quer ler uma coisa com profundidade,
11:40escrita por alguém que você sabe que sentou a bunda lá e fez uma matéria real, assim, que tem apuração, que tem tempo de depurar, de pensar, etc.
11:50Daí você lê aquilo, um pouco como a New Yorker sempre fez, mas agora tem alguns veículos que nasceram dessa maneira.
11:56Tem um novo veículo, que agora esqueci o nome, peguei meu celular depois, mas que é de uma turma que cobria negócios.
12:06Alguns jornalistas super respeitados de negócios de veículos americanos, que eles saíram todos e abriram um veículo deles.
12:16Se chama PUC, The PUC, The PUC.com.
12:20E eles fazem uma coisa que é bárbaro para o digital hoje, que eles dão furos.
12:25Porque eles são os jornalistas que têm credibilidade, que todo mundo já dava os furos, mas eles trabalhavam para veículos grandes.
12:29Então, eles saíram, então o PUC hoje é um lugar onde tem os furos.
12:32O negócio da Hailey Bieber, por exemplo, que vendeu a marca por um bilhão, saiu primeiro lá, exclusivo.
12:38Hailey Bieber vende a marca, etc.
12:40Então, eu acho que também o jornalismo está encontrando meios de desistir.
12:46Ou seja, dei dois exemplos opostos.
12:48Um de uma terra mais longa, mais profunda, e um que está ali dando furos, dando quente da melhor maneira.
12:54Estão testando novos modelos e estão encontrando espaços de coexistir entre essa coisa instantânea
13:00e a coisa da profundidade, que graças a Deus tem gente que ainda quer isso, tem sede por isso.
13:05Cara, é fundamental, mas vocês devem saber melhor do que eu, né?
13:08O que funciona no social, o que vai para o site, o que vai para o social.
13:11São coisas diferentes, exatamente.
13:13E essa coisa do comportamento, que você muito bem acompanha hoje através do Pílulas da Prata no Instagram,
13:20como é que você adaptou o seu trabalho às redes sociais?
13:26Porque hoje também cada um pode ser um veículo, cada um é uma mídia.
13:31Você passou por essa condição de jornalista de redação de revista impressa,
13:38você foi apresentadora de TV e agora está muito bem ambientada ali no Instagram.
13:43Como que você vê isso daí?
13:46Cara, eu acho que é uma...
13:48É uma mudança diária, uma adaptação diária.
13:54Isso é legal também, né?
13:55Você não tenha...
13:57Lá atrás eu não poderia abrir uma revista minha, né?
13:59Quer dizer, Joyce fez isso, né?
14:01Joyce Pascovitch, tal, tinha o nome dela, tal, corajosa, guerreira.
14:05Eu não conseguiria hoje.
14:07Nas redes sociais eu faço.
14:07Eu faço muito do meu jeito, assim.
14:09Eu não tenho nenhuma...
14:11A única coisa que é cravada é agora eu faço uma coluna com o wall e toda quarta-feira sai.
14:17Mas o resto é muito no meu tempo, assim, né?
14:21Tenho uma jornalista e uma designer que trabalham comigo,
14:23que eu amo de paixão as duas.
14:24E que me ajudam a organizar um pouco ali a pauta, os interesses.
14:32Maria, olha isso que está acontecendo aqui, que eu às vezes não estou muito ligada.
14:35Fala uma língua de social, que é muito legal.
14:39E eu vou ali...
14:41Cada semana a gente faz de um jeito e vai se organizando de um jeito.
14:44Eu acho que essa é uma vantagem enorme.
14:46Tem gente que mesmo nas redes é super disciplinada.
14:48Postam uma vez por dia, tem dia certo para cada tipo de matéria.
14:51Eu sou muito light.
14:53E eu adoro, adoro poder fazer do meu jeito, assim.
14:56Não ter nenhuma cobrança, não ter...
15:00Ali é um espaço meu.
15:03E gosto também dessa coisa de se adaptar todo dia, né?
15:06Você tem que correr atrás do tempo todo.
15:08O que está acontecendo?
15:08Como é que é?
15:09Quais são as mudanças, né?
15:10O que vale hoje em dia?
15:11O que não vale tanto?
15:12Eu adoro.
15:13É legal.
15:13Você está dando um exemplo, acho que bom para quem está nos ouvindo ou nos assistindo,
15:17que é...
15:18Não precisa ser tudo ao mesmo tempo agora.
15:20Nossa, não.
15:21É uma coisa insana de postar a todo momento.
15:24É uma coisa que para você não funciona, mas dá certo de construir ali o seu feed.
15:30Eu acho que tem uma coisa que eu sei que eu tenho, que é...
15:32Eu construí uma comunidade muito fiel.
15:35Assim, as pessoas que conversam comigo...
15:37Tem gente que conversa comigo todo dia.
15:38Tudo que eu posto é uma pergunta...
15:41É, que eu sei o nome.
15:42Não conheço as pessoas.
15:44Às vezes eu me apresento.
15:44Eu sou a fulana.
15:45Daí eu falo, ah, encontro na rua e tal.
15:47Mas criei essa comunidade.
15:50Não sou a pessoa dos milhões de views, né?
15:54Eu sou ali.
15:55Eu fico ali.
15:55Quando uma coisa minha alcança muito é 100 mil, um pouco mais de 100 mil views.
16:01Que é ali o teto dessa minha comunidade.
16:05Mas tem uma coisa que é uma credibilidade também.
16:08Porque eu acho que como eu não tenho compromisso com essa disciplina louca do tenho que postar,
16:14Ah, eu não posto o que não precisa também.
16:16Então, acho que se você fica muito...
16:18Preciso postar?
16:19Tem que não ser o que?
16:19Uma hora vira uma máquina de moer carne ali.
16:22Você vai fazendo, fazendo, fazendo, né?
16:23E eu tenho uma coisa de...
16:25Acho que eu sou muito fiel ao...
16:29Ah, fiel ao que eu gosto mesmo.
16:31Vou postar, não vou postar.
16:32Tem muitas vezes que as meninas falam, você tem que falar sobre isso.
16:35E eu falo, não, não vou falar.
16:36Não, você tem que falar sobre isso.
16:37Porque hoje todo mundo dá opinião sobre tudo.
16:40Tem porque rede social é uma conversa, né?
16:42Mesmo que não seja pela opinião, é pela troca, assim.
16:45Ah, vamos ver o que cada um fala.
16:47Mas tem coisas que...
16:49Tem coisas que eu falo, não.
16:51Isso eu não vou falar, gente.
16:53Você sempre foi das redes desde o começo?
16:57Desde o começo.
16:57Sempre gostou?
16:58Sempre.
16:58Nunca foi avessa à tecnologia?
17:01Não.
17:01Isso era um grande tema também do mundo S.A.
17:03Você falava muito, de certa forma, era empreendedorismo, mas passava muito por tecnologia.
17:09Por inovação.
17:09Por inovação.
17:10Nosso olhar estava muito em inovação.
17:11Mas porque isso foi uma sorte também que caiu no nosso colo.
17:14Quando a gente começou a reformular o mundo S.A., o mundo inteiro estava sendo muito impactado
17:21pelas novas tecnologias, né?
17:23Então, o sistema financeiro, então as fintechs todas.
17:30Nubank, eu fiz uma das primeiras matérias sobre Nubank, brinco com a Cris até hoje,
17:36que ela falava que ela achava...
17:38Eu falei, você vai...
17:39Você acha que vocês vão incomodar os grandes bancos?
17:42E ela me responde, ah, difícil incomodar os grandes bancos, né?
17:45São as maiores instituições do país e tal.
17:47Eu sempre encontrava lá, Cris.
17:51Mas inovação, inovação.
17:53E eu acho que foi muito também esse lugar que...
17:57Porque quando me convidaram para fazer o mundo S.A., a Eugênia Moreira, que eu adoro,
18:01que era diretora da Globo News, falou, ah, quero que você faça um programa de negócios.
18:04E eu falei, negócios, Eugênia?
18:06Mas eu fico falando lá de bolsa e sapato.
18:08Eu não vou saber falar de negócio.
18:09Ele falou, não, o que eu quero justamente é a sua temperatura.
18:12Eu quero trazer uma coisa mais quente para um programa de negócios.
18:15E aí, essa foi a minha sorte.
18:17Tudo estava acontecendo naquele momento.
18:18Então, a gente tinha pauta.
18:19Não acabava a pauta.
18:20Não acabava a pauta.
18:21Tudo que era impactado pela tecnologia, a gente, ah, pegava para a pauta.
18:24Queria uma pessoa com esse olhar do que é tendência, que naquela época era muito
18:28mais atribuído à moda, para não ficar uma coisa cisuda, né?
18:32Exatamente.
18:33O mundo S.A. já existia há muitos anos, quando eu peguei.
18:36Acho que já existia há 15 ou 20 anos.
18:37Era muito tempo mesmo.
18:39E sempre foi um programa de boa audiência.
18:40Tudo certo.
18:41Mas era um programa frio.
18:42Falava de empresas.
18:43Então, ele falava de empresas, escolhiam duas empresas e falavam sobre aquelas empresas.
18:48Não tinha um porquê exatamente estar falando sobre aquilo.
18:51O que a gente trouxe foi isso.
18:52Eu e o João Mostacada, que era editor comigo, e a Cássia Dian, diretora.
18:56Era uma turma ótima, assim.
18:58E essa imersão nesse assunto, inovação, o que isso te abriu de percepções, de portas
19:04para o que você veio a fazer depois?
19:05Mudou meu mundo, né?
19:07Assim, meu olhar.
19:08A moda é incrível.
19:09Eu sou apaixonada por moda até hoje.
19:10Trabalho com moda até hoje.
19:15Mas ampliou demais meu olhar, assim.
19:18Muito.
19:19Comecei a olhar o mundo de outro jeito.
19:21Primeiro, olhar até a moda.
19:23Comecei a olhar a moda como negócio, que eu não tinha esse olhar antes.
19:28Para mim, era isso.
19:29Você me fala isso.
19:30A bolsinha, a sapatinha, a tendencinha, assim, né?
19:32Bom, e a tendência, as marcas, os estilistas.
19:34Mas era um mundo muito ali, na minha cabeça, muito fechado.
19:38Então, eu expandi muito.
19:40E, no fim, a inovação também chegou na moda, né?
19:42Assim, bateu ali.
19:43Eu olho a moda hoje com esse olhar, que é um olhar muito mais macro.
19:46De que jeito você acha que a inovação chegou mais na moda?
19:49Mais para o lado da sustentabilidade?
19:51Ainda não tanto quanto necessário, né?
19:53A gente ainda é a segunda indústria mais poluente do mundo.
19:57O que é uma tragédia.
20:00Mas eu estou vendo movimentos de transição muito válidos, muito importantes.
20:04Muitas marcas.
20:05E acho que se a gente tiver metas muito claras, assim, a gente consegue chegar lá.
20:11Então, se 20% da cadeia está organizada hoje, é pouco?
20:14É pouquíssimo, né?
20:15Estou falando um número totalmente aleatório, tá?
20:17Mas se hoje for 20, amanhã for 30, depois for 40, a gente está andando para um lugar legal.
20:21Eu estou vendo muitas marcas se movimentarem nesse sentido.
20:26Mas inovação, né?
20:28Inovação de tecido, inovação tecnológica é um absurdo.
20:33Wearables, muito grande também.
20:35Inovação na produção.
20:37Tem uma coisa de mercado de luxo que foi muito impactado por isso,
20:39porque a inovação permitiu que o mercado produzisse muito mais velocidade,
20:43muito mais peças, e eles se perderam um pouco nisso, né?
20:46Virou uma coisa muito acessível.
20:48Daí fecha as portinhas, produz menos.
20:50Então, inovação tem um impacto em tudo.
20:52Não tem jeito.
20:53E falando sobre moda, teve algo que você falou no começo da conversa,
20:57que é sobre...
20:58Você tinha que ir para Londres para ver como que era aquela cena.
21:02E hoje está tudo ali, ao alcance do nosso celular,
21:05do feed.
21:06E aí, a impressão que dá é que fica...
21:10Não sei se eu estou errada na impressão que eu tenho.
21:13Fica um pouco mais acessível e, portanto,
21:16todo mundo mais igual.
21:17Muito mais massificado, claro.
21:18No que existe estilo.
21:20Sim e não.
21:21Sim, porque massificou.
21:23Então, uma menina que mora aqui em São Paulo,
21:27imediatamente vai ser impactada pela mesma informação
21:28de uma menina que mora em Xangai,
21:31de moda, né?
21:32Se elas têm o mesmo algoritmo.
21:34Porque tem isso também.
21:35O algoritmo está nichando muito a informação, né?
21:40Então, às vezes você fala,
21:41você viu não sei o quê?
21:42Não, como assim você não viu, né?
21:44Porque só se fala disso no meu feed,
21:46só se fala disso no feed dela,
21:48mas não da outra pessoa, não.
21:49Então, tem uma coisa de nicho, assim,
21:53que é muito impressionante.
21:54Às vezes uma bomba cresce aqui
21:56que você fala,
21:56gente, que loucura isso.
21:57E aqui é uma coisa completamente diferente.
22:01Mas eu acho que a moda está
22:03sentindo muito essa coisa da massificação, assim.
22:10Não acho que seja uma coisa muito legal.
22:12Eu acho que é legal a democratização.
22:14Acho que é incrível.
22:15A moda é realmente um mercado muito...
22:17não só exclusivo, mas como excludente,
22:20assumidamente.
22:21E hoje em dia furou essa bolha, né?
22:24Essas paredes caíram
22:26e a moda não tem mais muito controle
22:27sobre o próprio conteúdo.
22:29Antes, sem rede social,
22:30sem influenciadores, não sei o quê.
22:31As marcas controlavam absolutamente tudo
22:33que era falado sobre elas,
22:35que era mostrado sobre elas.
22:36Hoje em dia elas não têm esse controle.
22:38E eu acho que isso faz todo mundo se sacudir, assim.
22:40Faz todo mundo reaprender a andar.
22:42Isso eu acho incrível.
22:43Mas eu acho que, por outro lado,
22:45a gente está consumindo
22:46loucamente,
22:48em uma velocidade
22:49muito nociva.
22:51Essa coisa de hoje eu quero
22:52o bebê reborn,
22:54amanhã eu quero o labubu,
22:55depois eu quero não sei o quê,
22:56depois eu quero não sei o quê.
22:57É muito nocivo.
22:58É dodói.
22:58E as pessoas estão perdendo
23:00a noção de que
23:02os nossos desejos
23:03estão chegando na nossa porta
23:04a partir dos algoritmos.
23:07As pessoas estão esquecendo...
23:08Porque quando era uma novidade,
23:10ah, o meu algoritmo...
23:11Hoje em dia a gente vai
23:11rodando de um jeito
23:13que a gente esquece disso.
23:14E a gente está esquecendo
23:15que os nossos desejos
23:16estão sendo trazidos
23:17pelos algoritmos, assim.
23:19Desse jeito.
23:20Não, não foi você
23:21que desejou isso.
23:22Isso eu acho um perigo.
23:23Foi alguém que foi lá,
23:25é uma máquina que a gente
23:25não sabe como funciona,
23:27mas a gente sabe
23:28que ela é capaz
23:28de criar desejos
23:29e criar ondas
23:31e tendências
23:31de uma maneira
23:32muito potente
23:33ao identificar
23:35rapidamente
23:36o que as pessoas
23:36estão querendo,
23:37que é uma coisa
23:37que a gente fazia
23:38como jornalista de moda
23:39muito antes
23:41dos algoritmos existirem,
23:42mas os algoritmos
23:42obviamente fazem isso
23:43de um jeito muito mais
23:44dodói.
23:45Eu acho que é um perigo.
23:47E as pessoas
23:47acabam comentando
23:48as mesmas coisas,
23:49vendo as mesmas coisas,
23:50falando as mesmas línguas,
23:52falando as mesmas coisas,
23:53escrevendo as mesmas coisas.
23:54É assustador.
23:56Assustador.
23:56E você vem falando
23:57sobre isso
23:58no seu perfil,
23:59sobre os algoritmos,
24:02isso que você acabou
24:03de narrar,
24:03dos desejos virem antes.
24:05Isso é nocivo
24:06para as ideias
24:07que se tem.
24:08Criatividade,
24:09é a morte da criatividade.
24:11Como é que você
24:12pessoalmente lida
24:13para não ficar refém disso,
24:15porque você hoje
24:16está muito presente
24:17ali no Instagram.
24:17Como que você
24:18escapa desse...
24:21Muitas vezes
24:22eu não escapa.
24:23Muitas vezes eu estou,
24:24quando eu vejo,
24:25eu falo,
24:25gente,
24:26que roubada,
24:27como é que eu não percebi,
24:28como é que eu não vi,
24:29uma coisa de uma notícia.
24:32Eu às vezes
24:32tenho a sensação
24:33de que uma coisa
24:33é muito maior
24:34do que ela é.
24:35Eu falo,
24:35nossa,
24:36mas isso aqui
24:36está tão forte.
24:37O que é?
24:37Daí vou pesquisar,
24:38não é tanto.
24:39É um negócio
24:39que meu algoritmo
24:41entendeu ali
24:41o interesse meu
24:42e foi me infernizando
24:43com aquilo.
24:44Quando eu falo,
24:45a gente está esquecendo,
24:46eu inclusive,
24:47às vezes,
24:47eu sou refém disso também.
24:51É muito difícil,
24:52não estar
24:53nessas plataformas.
24:54porque não dá também
24:55para você ficar recebendo
24:56conteúdo e ficar o tempo inteiro
24:57lutando contra ele,
24:59falando,
25:00mas isso aqui é o algoritmo,
25:01isso aqui é não sei o que.
25:01Uma hora você desliga,
25:03senão também você não consegue.
25:05Mas esse raciocínio
25:06do que eu gosto,
25:08eu acho que é muito importante
25:09de ser feito.
25:10E a o que
25:11e a quem você recorre
25:13para se manter inspirada,
25:15para manter a criatividade,
25:16a engrenagem da criatividade ali?
25:19O mundo.
25:20É muito louco isso,
25:21às vezes desligar
25:23ou sair da rede.
25:29Cara,
25:29encontrar com...
25:30Hoje em dia,
25:31eu saio muito pouco,
25:32eu sou muito,
25:33muito bicho do mato,
25:35é um horror.
25:36Toda vez que eu penso nisso,
25:38eu acho ruim,
25:39não é uma coisa boa minha.
25:41Mas toda vez que eu saio
25:42com amigos
25:42e a gente conversa,
25:45já é um refresh,
25:46de nossa,
25:47que ótimo.
25:48A gente está ouvindo,
25:49a gente está trocando ideia,
25:51é...
25:52É absurdo falar isso, né?
25:56Ouvir uma informação,
25:57processar,
25:58devolver
25:58e escutar o outro,
26:00isso é raro hoje em dia.
26:02E eu acho que é onde
26:03eu mais me alimento
26:04é quando eu consigo encontrar
26:05com as pessoas.
26:07E está isso,
26:08sem um celular na mão
26:09e sem uma intermediação
26:11de uma máquina
26:11que, pelo amor de Deus,
26:13onde isso vai nos levar.
26:14e falando um pouquinho
26:16sobre publicidade,
26:18como é que foi
26:19o seu caminho
26:20até virar sócia
26:22da Out of Office?
26:23Agora eu sou publicitária.
26:25Como que isso aconteceu?
26:27Então,
26:28tem uma coisa
26:29que quando eu falei
26:29no começo,
26:30eu falei,
26:30nossa,
26:30eu não sou especialista em nada,
26:32que às vezes eu fico pensando
26:33isso mesmo,
26:34eu falo,
26:34mas que eu sou especialista,
26:35tem o quê?
26:35Mas tem uma outra coisa
26:36muito legal
26:37que eu acho
26:37que dessa construção
26:38até aqui,
26:40assim,
26:41que é,
26:41eu fui
26:42muito levada
26:44pelos meus interesses,
26:45assim,
26:46me interessava por uma coisa,
26:48ia lá,
26:48batia na porta,
26:49via qual era,
26:50tinha vontade,
26:51e fui
26:53caminhando dessa maneira,
26:54né?
26:56Aceitando os desafios,
26:57o mundo social
26:58era um desafio enorme,
26:59eu nunca tinha
27:00trabalhado com essa área
27:01e tal,
27:01mas eu falei,
27:02ah, quer saber?
27:03Vou.
27:04E acho que isso
27:05me ajudou a entender
27:07que eu podia,
27:08e é exatamente
27:09o que você falou,
27:09hoje em dia é possível
27:10ser um monte de coisa,
27:12então eu acho
27:12que eu fui organizando
27:14a vida de um jeito
27:14que eu nem sabia
27:15que,
27:16pra onde eu tava andando,
27:17mas hoje quando eu olho
27:18que tem um monte
27:19de portinha aberta,
27:20eu falo,
27:20ah, que bom,
27:20justamente por isso,
27:21hoje em dia é possível,
27:22né?
27:22Que tenha essas portinhas abertas.
27:24A história da Out of Office
27:26é que eles,
27:28a Out of Office
27:28tem uns quatro anos,
27:29há três eu trabalho com eles
27:30e eu comecei como cliente,
27:32eles eram,
27:34eles faziam as minhas
27:34redes sociais,
27:35eles,
27:36hoje em dia a gente nem faz
27:37mais perfil pessoal,
27:38o PF, né?
27:40E é uma agência 360
27:41de publicidade mesmo,
27:42mas eles tavam começando
27:43e eles faziam o meu perfil
27:44e eu me apaixonei por eles,
27:45mesmo assim,
27:46eu tava,
27:47a gente tinha reuniões semanais
27:48e era sempre eu,
27:49o Tales,
27:50a Cata e a Bia,
27:51que são os três sócios.
27:51e são,
27:53eu acho,
27:54uns gênios,
27:55assim,
27:55jovens,
27:56eles têm todos,
27:56eles tinham menos de 30 anos,
27:57tinham 20 e poucos anos,
27:59agora a gente já tem 30,
28:01e eu,
28:03a hora mais divertida da semana,
28:06justamente,
28:07eu tô falando,
28:07encontrar com as pessoas,
28:08conversar com as pessoas,
28:09era online,
28:10tudo bem,
28:10mas eu tinha uma reunião
28:11com os três por semana
28:12e era,
28:13eu ficava esperando,
28:14ah, que bom,
28:14amanhã tem reunião com eles,
28:15não sei o que,
28:15daí ficava,
28:16e a reunião era sempre incrível,
28:17a gente trocava um monte,
28:18rolou,
28:20assim,
28:20uma química,
28:22e aí eu,
28:23recentemente,
28:24pós pandemia,
28:25pós maternidade,
28:26fiquei com vontade
28:27de investir em alguma coisa,
28:28assim,
28:28queria colocar um dinheiro
28:29em alguma coisa,
28:29falei,
28:30não tinha ideia do que,
28:31falei,
28:32cara,
28:32a Auro of Office,
28:33os caras são super legais,
28:34a gente já trabalha junto
28:35há dois anos,
28:36a gente já se gosta,
28:38por que não?
28:39E eu propus pra eles,
28:41e eles levaram um susto,
28:42porque eles,
28:43como assim,
28:43eles nunca tinham pensado nisso,
28:45mas a gente conversou,
28:46e eles curtiram,
28:47e a gente acabou ficando sócia,
28:48e eu,
28:49assim,
28:50não me arrependo,
28:51falei pra eles outro dia,
28:52assim,
28:52eu acertei na loteria,
28:53apostei e ganhei na lota,
28:55porque eles são realmente incríveis,
28:58a agência cresceu,
28:59e tá crescendo
29:00numa velocidade
29:01incrível,
29:03a gente tá até
29:04indo um pouco com mais calma agora,
29:06pra poder atender todos os clientes
29:07da melhor maneira,
29:09mas a gente
29:09tá feliz,
29:11tem muita gente chegando,
29:12agora tivemos esse case
29:13da 3CM,
29:14com a Maria Bethânia,
29:15que foi lindo de ver
29:17a repercussão,
29:18e como impactou,
29:21assim,
29:21de um jeito legal,
29:21e acho que é um jeito muito novo
29:23de falar de publicidade,
29:24né,
29:25assim,
29:25tem uma linguagem,
29:26não só uma linguagem social muito forte,
29:27mas trazer a história da liberdade
29:31pra publicidade,
29:32né,
29:32não,
29:32você não precisa usar isso,
29:34você não precisa comprar isso
29:35se você não gosta,
29:35então é uma ideia muito inteligente,
29:37feita de um jeito muito legal.
29:39E qual que é a sua atuação
29:41no dia a dia?
29:42Você atua meio que como conselheira,
29:44você dá pitaco nas coisas?
29:46Eu falo pra eles
29:47que a minha atuação
29:47é atrapalhar o menos possível,
29:50porque,
29:51sempre que eu falo da Aura Vox,
29:52eu falo eles,
29:53eles,
29:53eles,
29:53mas eles o que?
29:54Você não é sócia?
29:55Eu falo,
29:55eu sou,
29:56mas é que são eles,
29:57eu não tô no dia a dia da empresa,
29:59né,
29:59eu sou sócia investidora,
30:00acabo agindo um pouco
30:02como diretora de novos mercados,
30:05assim,
30:05porque eu apresento muito
30:06potenciais clientes
30:10e falo muito,
30:12né,
30:12sou uma super porta-voz,
30:13assim,
30:13nesse sentido,
30:14mas o dia a dia é com eles,
30:16a criatividade é deles,
30:17o jeito de tocar a empresa é deles,
30:20e eles têm uma coisa muito,
30:21muito legal,
30:22que é,
30:22que vale ouro,
30:24diamantes,
30:24quilos,
30:25toneladas hoje em dia,
30:26que é,
30:26eles são uma turma muito legal de trabalhar,
30:29então,
30:29todos os colaboradores da Aura Vox,
30:33todos,
30:35sei lá,
30:35vão me ouvir,
30:36mas assim,
30:37é uma gente que tá adorando estar lá,
30:38que tá curtindo,
30:39que tem espaço pra criar,
30:40que tem liberdade,
30:42então,
30:44é uma coisa,
30:44e é raro de se ver hoje em dia,
30:46né,
30:46ainda mais quando a gente fala de publicidade,
30:47é difícil,
30:48as pessoas estão trabalhando pra caramba,
30:50e normal que trabalhem também,
30:51mas assim,
30:52é um mercado muito sufocado e tal,
30:54e eles estão fazendo as coisas de um outro jeito,
30:56eles querem curtir o trabalho,
30:57eles querem estar muito próximo do cliente,
31:00e eu acho que isso realmente vale ouro.
31:02E até então,
31:04a sua relação com a publicidade era um pouco mais distante?
31:09Totalmente.
31:10Totalmente.
31:10Qual que era a sua impressão,
31:12a sua,
31:13qual que é a sua,
31:15como consumidora mesmo,
31:17na impressão que você tinha do...
31:19Eu sempre fui muito ligada em publicidade,
31:22mas de fora, né,
31:24assim,
31:25porque,
31:26bom,
31:26porque moda é muita publicidade,
31:29né,
31:29como pensar,
31:30como comunicar,
31:31como criar a imagem de uma marca,
31:34como trabalhar cada uma das campanhas pra essa marca,
31:37então publicidade de moda sempre me...
31:40chamou muito minha atenção.
31:41Eu tinha em casa,
31:45perto dos meus pais,
31:46exemplos legais,
31:46então o Nirlando,
31:49o meu padrasto,
31:49era muito amigo do Washington Oliveto,
31:51então sempre tinha aquela figura do Washington,
31:53assim,
31:54perto de mim,
31:55então também tinha esse universo
31:56que era bastante próximo, né,
32:00bastante não,
32:00eles não eram super amigos,
32:01mas tinha, assim,
32:02o Washington até tinha um podcast
32:06e me entrevistou recentemente,
32:08antes de morrer,
32:09eu fiquei super emocionada,
32:12assim,
32:12que ele falou de mim com super carinho
32:16e eu tinha essa,
32:17eu olhava pra ele,
32:18assim,
32:18com essa admiração,
32:19mas então era um olhar meio de longe,
32:21nunca pensei na vida
32:22que eu pudesse ser publicitária,
32:23jamais,
32:24nem me considero hoje,
32:25porque geralmente são eles
32:26quem fazem tudo,
32:29mas eu tô gostando demais,
32:31porque eu acho que,
32:32principalmente por estar na Auro of Office,
32:34que é uma agência que tá trazendo pro mercado
32:36um novo jeito de fazer publicidade,
32:38assim,
32:38um novo jeito de olhar,
32:39e até interessante,
32:40porque nenhum dos três sócios fundadores
32:42tinha trabalhado em agência,
32:43nunca na vida.
32:44Apesar de terem alguma formação,
32:47não era isso?
32:48Eles são formados nisso,
32:49mas eles sempre trabalharam com agência,
32:51porque eles sempre trabalharam dentro de marcas,
32:53então o Tales e a Bia na Melissa,
32:55trabalharam com as maiores agências do mundo,
32:58Melissa Brasil e mundo,
33:00e a Cata na Auro of Office,
33:02trabalhando com agências de clientes
33:04e fazendo já uma coisa mais digital mesmo,
33:06que era criar e produzir conteúdo de clientes
33:10pra um perfil como o Steel Deluxe.
33:12Então, eles tinham a experiência do cliente,
33:14o que eu acho muito válido também,
33:16porque muitas vezes o cliente tem questões que eles conhecem,
33:20e aí eles já trazem uma solução,
33:22pensando que quando eles eram clientes,
33:23eles gostariam de ter uma agência que fosse assim,
33:25gostariam de ter uma agência que fosse assim.
33:27Então, eu acho que é um novo jeito,
33:30é uma agência menor,
33:31é uma agência que tem um know-how de social muito lá de dentro,
33:34claro, todas as agências hoje em dia já têm esse know-how,
33:37mas eles são os três fundadores que nasceram nesse mundo,
33:40que têm esse olhar,
33:41tem algumas agências pequenas chegando agora,
33:43que têm essa carinha assim,
33:45e eu acho que está um movimento legal de ver.
33:46Então, como observadora de tendências,
33:49eu acho que é um momento muito legal de estar nesse lugar.
33:52E como observadora de tendências,
33:54desde muito tempo,
33:56como é que você vê a influência dos algoritmos
34:00para observar tendências, né?
34:02Onde tem que buscar a tendência para não ficar refém
34:05do que o algoritmo te manda?
34:08Inferno, inferno.
34:09Eu estava falando isso outra hora,
34:12acho que, vou dividir assim, tá?
34:14Eu acho que tem tendência,
34:15que eu respeito,
34:17que são movimentos que eu respeito,
34:19e que são movimentos macro.
34:21Eu falo no UOL, assim, para as meninas,
34:23que todo mundo olha para o mar e vê todas aquelas marolinhas.
34:29Assim, você identificar a tendência,
34:31você entender qual daquelas marolinhas vai virar uma onda,
34:34qual daquelas ondas vai virar um tsunami.
34:36Então, algumas delas vão crescer,
34:38outras vão morrer na praia.
34:39Outra coisa são as trends.
34:45Eu falei que assim, a mesma coisa só em inglês,
34:48mas só para entender.
34:49Que é o que está acontecendo agora.
34:50Ah, é a nova trend, a nova trend,
34:51o novo core, o novo aesthetics.
34:54Que é uma coisa muito imediata.
34:56Muito imediata.
34:58Hoje é uma coisa, amanhã é outra.
34:59Essa semana,
35:00eu estava semana passada,
35:01duas semanas atrás,
35:02quando estourou o negócio do Labubu,
35:04eu fui levar minhas filhas para passear na Liberdade.
35:06e todas aquelas lojinhas tinham Labubus
35:10de todos os tamanhos e preços,
35:11não sei o que,
35:12de 50 centavos, 1 real, 3 reais,
35:13já, assim, imediatamente.
35:16Então, um toy art que custava 5 mil dólares,
35:19que virou uma tendência em uma semana,
35:21na mesma semana,
35:23já tinha todas as cópias em todas as lojas da Liberdade.
35:25Então, é uma velocidade,
35:26porque se eles não vendem hoje,
35:27se você for lá agora,
35:30já devem estar liquidando os Labubus.
35:33Eu acho isso um horror,
35:34acho muito nocivo, muito nocivo.
35:36E é isso, né?
35:37E é o algoritmo.
35:38Ele manda aquilo,
35:40pulveriza aquilo,
35:42e as pessoas compram essa ideia,
35:44porque, afinal de contas,
35:44se a sua celebridade usou,
35:46você quer usar também,
35:46se a sua influenciadora usou,
35:48você também quer,
35:49se a pessoa que você admira também.
35:51E se eu não tenho,
35:52eu não sou ninguém,
35:53porque todo mundo tem.
35:56Nossa, eu acho um perigo, um perigo.
35:58Então, me assusta.
35:59E qual que é a tendência,
36:04a ideia que mais está te interessando hoje,
36:07a partir do que você vem observando,
36:09em termos de tendências,
36:11ou até de um comportamento?
36:14Tem duas coisas que eu tenho,
36:16para onde eu tenho olhado bastante.
36:18De novo, não como especialista,
36:19porque como jornalista,
36:21eu sou uma super generalista,
36:23mas que estão me interessando muito.
36:25A primeira é entender
36:27quais são os ganhos da inteligência artificial
36:30nas áreas pelas quais eu me interesso.
36:33Então, a gente fica muito apavorado
36:35com a inteligência artificial,
36:36com razão,
36:37tem muita coisa muito assustadora mesmo.
36:39Mas quais são os ganhos
36:41que a gente pode ter?
36:42Então, semana passada,
36:46ou retrasada,
36:47o Ezra Klein fez um podcast,
36:49que ele tem um podcast no New York Times,
36:53entrevistando um educador,
36:54uma pedagoga,
36:54que lançou um livro
36:55sobre o impacto da inteligência artificial
36:57na educação.
36:58E é muito interessante,
36:59muito interessante,
37:00porque ela é super equilibrada,
37:03assim, nos ganhos e nas perdas.
37:06E a gente,
37:07e o Ezra tem um filho,
37:09soube no podcast,
37:10tem um filho de seis,
37:10uma de três,
37:11eu tenho uma de sete,
37:12uma de cinco,
37:13e ele fica muito apavorado,
37:14perguntando assim,
37:15mas espera aí,
37:15mas se os jovens de hoje
37:18já estão fazendo todos os trabalhos
37:19com inteligência artificial,
37:20já estão,
37:21tudo esse chat de EPT,
37:22já tem aplicativo
37:23que é a inteligência artificial
37:24humanizer,
37:26então você faz tudo
37:27no chat de EPT,
37:27daí você passa para o humanizer
37:29para ele colocar lá
37:30de um jeito com uns errinhos,
37:31não sei o que,
37:31para você poder entregar,
37:33para o seu professor não te pegar,
37:34enfim,
37:35o que a gente vai fazer?
37:37E aí ela acalma um pouco,
37:38assim,
37:40ela fala,
37:41é,
37:41isso é realmente horrível,
37:43mas tem também uma parcela
37:44dos jovens dos Estados Unidos,
37:45tá,
37:46dos jovens dos Estados Unidos
37:47que estão fazendo pesquisa
37:48em três inteligências
37:49artificiais diferentes,
37:50então ele faz pesquisa
37:51em uma,
37:52faz em outra,
37:52e na outra ele checa os dados,
37:54a partir dessas três pesquisas
37:55ele faz o texto dele,
37:57ela começou a falar
37:57tudo que já está acontecendo
37:59em escolas americanas,
38:00o que a gente consegue
38:00otimizar,
38:02automatizar a partir
38:03da inteligência artificial
38:03nas escolas
38:04para que os professores
38:05possam só se concentrar
38:06nos alunos,
38:07mais que isso,
38:08como é que a gente pode usar
38:09a inteligência artificial
38:09para fazer uma educação
38:13muito customizada
38:14para cada um dos alunos
38:15de uma classe
38:16de 25,
38:1730 alunos
38:18que tem níveis
38:20muito diferentes
38:20de aprendizado,
38:22então fazer uma,
38:24não sei como é que chama,
38:25uma linha de educação
38:27customizada para cada um
38:28é um ganho gigantesco
38:29num sistema de educação,
38:30ela está falando dos Estados Unidos,
38:31mas para o Brasil
38:32é uma loucura,
38:33num sistema de educação
38:35onde existe um professor
38:37para cada 100,
38:38200 alunos,
38:40e o professor tem que ser
38:40professor,
38:41assistente social,
38:42enfermeiro,
38:43psicólogo,
38:44então onde é que você consegue
38:45tirar tudo
38:47que o professor
38:47não precisa ser
38:48para que o professor
38:48possa focar naquele aluno,
38:50então, quer dizer,
38:51educação nem é a minha área,
38:52mas é que eu vi
38:52esse podcast
38:53e fui replicando
38:54esse tipo de equilíbrio
38:55para várias outras áreas,
38:57na moda, por exemplo,
38:58a gente vê
38:59um processo de customização
39:01também,
39:02enorme,
39:03então a moda começou,
39:04o luxo começou
39:05a entregar
39:06produtos mais customizados,
39:07desde o óbvio,
39:08assim,
39:08a bolsinha com as iniciais
39:10da pessoa,
39:11até
39:12a partir de dados,
39:15o vendedor
39:16conseguir te oferecer
39:17peças de roupa
39:18que são exatamente
39:19as peças que você quer,
39:20isso quando tem um humano
39:21ali no processo,
39:22ou num site
39:24que você entra
39:25que também o algoritmo
39:25te entrega o que você gosta,
39:27de novo,
39:27é uma loucura
39:28porque você perde
39:29a novidade,
39:30perde a criatividade,
39:31perde a possibilidade
39:33de se encantar
39:34com algo novo,
39:35mas é um jeito
39:36de customizar o acesso,
39:38agora,
39:39a gente vai ver
39:39uma customização
39:40do produto
39:40muito forte,
39:42assim,
39:42fazer um produto
39:43que é pra mim,
39:44então ele já
39:45faz um produto
39:46que sabe
39:46que é do meu tamanho,
39:47que a cor que eu gosto,
39:49conhece o tamanho
39:49que eu gosto,
39:49e oferece isso pra mim,
39:51porque a inteligência artificial
39:53vai impactar
39:54todas as camadas,
39:55então,
39:56desde a fábrica,
39:58desde a criação
39:59até a fábrica,
39:59até chegar na ponta em mim,
40:01eu acho interessantíssimo,
40:02assim,
40:02eu tô olhando isso
40:03com olhos
40:05de pra onde isso vai,
40:07né,
40:07claro,
40:07com todo o cuidado
40:08de sustentabilidade,
40:10como é que isso vai acontecer,
40:11mas eu acho que até
40:12na sustentabilidade
40:13a inteligência artificial
40:13pode ajudar muito,
40:15então,
40:17eu falei duas coisas,
40:18né,
40:18uma é a inteligência artificial
40:19nessa coisa,
40:20e a outra,
40:21eu tô olhando muito
40:22pra sustentabilidade
40:23de um jeito
40:23que eu nunca olhei,
40:25e tô começando
40:27a ver uma tendência
40:29da possibilidade
40:31de uma nova comunicação
40:32sobre a crise climática
40:35que seja mais efetiva,
40:37porque eu tô dirigindo
40:38um documentário sobre isso,
40:39mais uma portinha
40:40que eu abri.
40:43A gente já sabe,
40:44as pessoas já têm os dados,
40:45as pessoas já sabem,
40:46todas as pesquisas
40:47dizem que as pessoas
40:47já entenderam
40:48a crise climática,
40:49sabem que ela é feita
40:50pela mão do homem,
40:51mas a gente não tá
40:52conseguindo dar o passo
40:53que a gente precisa,
40:54então,
40:55eu tô vendo nascer pessoas
40:56que estão começando
40:57a falar disso
40:57de uma outra maneira,
40:58então,
40:59até ontem,
41:00antes de ontem,
41:00no Globo,
41:01tinha uma entrevista
41:02com o Marcelo Gleiser
41:03e ele falando disso,
41:04de ter que,
41:05não dá mais pra comunicar
41:05o fim do mundo,
41:07a Nathalie Anderstel,
41:08que é uma,
41:09eu nunca sei falar
41:10sobre a Nathalie,
41:11perdão,
41:12Anderstel,
41:13eu acho que é,
41:14ela fala muito disso,
41:15que é uma comunicação
41:16baseada no fim do mundismo,
41:17ela fala,
41:17o fim do mundismo,
41:19eu vou fugir do fim do mundismo,
41:20eu que não quero ficar aqui,
41:21né,
41:22tem uma menina,
41:24uma irlandesa,
41:24que chama Hannah Rich,
41:25que lançou um livro
41:26que chama
41:26Not the End of the World,
41:29né,
41:29não é o fim do mundo,
41:30como a nossa geração
41:31pode ser a primeira
41:31a mudar as questões climáticas
41:33e tal,
41:34então tem uma,
41:35tem uma turma nova,
41:36assim,
41:36querendo comunicar,
41:37falar disso de outro jeito
41:38e quem sabe,
41:39espero que sim,
41:40conseguir tocar as pessoas
41:42pra que a gente faça
41:43a mudança necessária,
41:43né.
41:44E esse documentário
41:45que você tá dirigindo
41:46gira em torno disso,
41:47de falar com essas pessoas
41:48que tão tentando
41:49falar de outra maneira.
41:51É,
41:51é um documentário
41:51que questiona exatamente isso,
41:53a gente já sabe,
41:54já tem os dados,
41:55já sente na pele
41:56porque a gente não consegue
41:57fazer a mudança necessária.
41:59É um filme,
42:00eu brinco sempre,
42:00não é um filme,
42:01não é mais um filme
42:02sobre a crise climática,
42:04é um filme que se chama
42:04comunicação da crise climática.
42:06Os filmes sobre a crise climática
42:07já foram todos feitos.
42:10Não quero mais ver,
42:10mas nenhum
42:11com a imagem da geleira
42:13degelando,
42:14assim,
42:14é,
42:14já sei,
42:16já sei,
42:16mas como a gente faz
42:17pra mudar agora?
42:18E tem uma previsão
42:19de lançamento?
42:20É,
42:20não,
42:21é segundo semestre,
42:22segundo semestre desse ano ainda.
42:23Já tá começando a fechar
42:24a montagem.
42:25Então,
42:26em breve.
42:27Sim.
42:27E, Maria,
42:28caminhando pro fim
42:28do nosso papo,
42:29a gente tem esse quadro
42:30que brinca com o nome
42:31do programa,
42:31que é a ideia,
42:32qual que é a melhor
42:34ideia que você já teve
42:35e a pior?
42:38Ah,
42:39uma só?
42:41Pode ser mais de uma,
42:42se não se lembrar.
42:45Eu acho que a melhor,
42:46pensando nesse papo hoje,
42:48tá,
42:48poderia dar essa resposta
42:49de várias maneiras diferentes
42:50em dias diferentes,
42:51mas eu acho que talvez
42:51a melhor ideia que eu tenha tido
42:52foi estudar moda.
42:54Acho que foi uma,
42:56um,
42:56um passo
42:58a uma vontade
43:00muito individual,
43:01minha,
43:01que depois acabou
43:04marcando várias
43:05outras passagens minhas,
43:07assim,
43:07de falar,
43:07não,
43:07vai na sua,
43:08tá tudo bem,
43:09não tem problema,
43:10né,
43:11você escolher uma coisa
43:12que é só sua,
43:13então,
43:14talvez,
43:14pensando hoje,
43:16acho que abriu vários
43:16caminhos.
43:18A pior ideia
43:19que eu já tive
43:20foi fazer uma curva
43:22mais aberta
43:23num patinete
43:24quando eu tinha 11 anos,
43:25que fez eu cair
43:26nesse negócio,
43:26quebrar meu joelho.
43:27quem nunca?
43:31Loco o joelho,
43:32até hoje eu tenho
43:33problemas nele.
43:34E qual que foi a melhor
43:35ideia que você viu
43:36nos últimos tempos?
43:37Pode ser qualquer coisa,
43:39alguma coisa que você tenha...
43:40Tantas,
43:41nossa,
43:41eu vivo de fazer isso,
43:43né,
43:44de ver ideias...
43:45Acho que a ideia mais genial
43:46que eu vi nos dias,
43:46tá bom,
43:47pronto,
43:47é a Bethânia fazendo
43:48propaganda de produto
43:50antifreeze.
43:52Eu achei,
43:52a ideia genial,
43:53ela ter topado
43:55foi genial
43:56e ela só topou
43:56porque era uma ideia
43:57boa que deixava ela
43:58num lugar muito seguro
43:59e acho que ter tido
44:03o sucesso que teve
44:04também foi muito legal
44:06de ver,
44:06assim,
44:06então,
44:07de novo,
44:08esses três sócios,
44:09especial a Bia
44:09que cuida
44:10dessa,
44:11desse cliente
44:12lá dentro,
44:14acho que foi
44:14uma ideia
44:15muito boa.
44:17E como a gente
44:17tava falando aqui,
44:18embora massificada,
44:20a comunicação
44:20tem muitos nichos
44:22e o que pode chegar
44:23pra mim
44:23pode não chegar
44:23pra você,
44:24caso você não saiba
44:25do que se trata
44:26essa campanha,
44:27no site do Meio Mensagem
44:28a gente tá contando tudo
44:29em uma reportagem
44:31que é um case
44:32da Treceme,
44:33que é essa agência
44:34da qual a Maria Prata
44:36é sócia.
44:36Não,
44:36a Aura of Office
44:37que é a agência.
44:37A Aura of Office
44:38fez pra Treceme.
44:41É isso.
44:41É um anti-case.
44:42Anti-case.
44:43Porque a Maria Bethânia
44:44não é obrigada a usar
44:46e ela nem varia.
44:48E ela fala,
44:48e é o frio de 72 horas,
44:50ela fala,
44:5072 horas?
44:51Nem hoje,
44:53nem por 72 horas.
44:56É maravilhoso.
44:57Muito bom.
44:58E Maria,
44:58só pra gente encerrar,
45:00tem algum pensamento,
45:01algum recado
45:03que você deixaria
45:04considerando esse assunto
45:06que permeou
45:07boa parte da nossa conversa,
45:08né,
45:08que é o algoritmo,
45:10como ele tem afetado
45:12as nossas relações,
45:13as nossas conversas,
45:14que pensamento
45:15você deixaria
45:16pra quem tá
45:16acompanhando o podcast?
45:19Vou falar um absurdo, tá?
45:21Abre aspas,
45:22vai na sua.
45:24Fecha aspas.
45:26É tão simples,
45:27assim,
45:28mas tão difícil
45:29da gente fazer isso,
45:30a gente fica com muito medo.
45:32E se der errado?
45:33E se eu não funcionar?
45:34E se eu não performar?
45:36E se for a decisão errada?
45:38Vai na sua.
45:39Porque também,
45:40se der errado,
45:41você foi,
45:41você soube,
45:42você tentou,
45:42experimentou.
45:43então eu acho que
45:44esse painá-sul
45:45é um pouco
45:45levantando a autoestima
45:47de todo mundo
45:48que tem estado baixa
45:49ultimamente.
45:50Legal,
45:50super obrigada
45:51pela sua conversa,
45:52pela participação.
45:53Eu que agradeço.
45:54Até a próxima.
45:55Continue acompanhando
45:56a ideia
45:56em todas as plataformas
45:58de meia e mensagem
45:59na nossa página
46:00no YouTube
46:00e em todos os agregadores
46:02de podcast.
46:03Os episódios de A Ideia
46:04são gravados
46:05nos estúdios
46:06do Content Club
46:07em São Paulo.
46:08Até a próxima.
46:13Tchau.
46:14Tchau.
46:15Tchau.
46:16Tchau.
46:17Tchau.
46:18Tchau.
46:18Tchau.
46:19Tchau.
46:19Tchau.
46:20Tchau.
46:20Tchau.
46:21Tchau.
46:21Tchau.
46:21Tchau.
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