- há 3 meses
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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, justificou a alta da Selic durante sessão realizada na Câmara em homenagem aos 60 anos do BC na terça-feira, 1 de abril.
Galípolo alegou que a política monetária no Brasil precisa ser mais dura que a de outros países para obter os mesmos efeitos.
Indicado por Lula a presidência da autarquia,
Galípolo tentou valorizar pontos positivos do atual cenário econômico, embora a percepção de piora da economia seja uma das causas da queda de popularidade do petista.
Felipe Moura Brasil, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:
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Galípolo alegou que a política monetária no Brasil precisa ser mais dura que a de outros países para obter os mesmos efeitos.
Indicado por Lula a presidência da autarquia,
Galípolo tentou valorizar pontos positivos do atual cenário econômico, embora a percepção de piora da economia seja uma das causas da queda de popularidade do petista.
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NotíciasTranscrição
00:00Muito bem, vamos para a próxima pauta que também tem a ver com esse governo.
00:03Em sessão realizada na Câmara dos Deputados em homenagem aos 60 anos do Banco Central na terça-feira, 1º de abril,
00:09o presidente do BC, Gabriel Galípolo, justificou a alta dos juros criticada por vários deputados federais.
00:15Galípolo alegou que a política monetária no Brasil precisa ser mais dura que a de outros países para obter os mesmos efeitos.
00:22Indicado por Lula para a sucessão de Roberto Campos Neto, que havia sido indicado por Jair Bolsonaro para o cargo,
00:27Galípolo tentou valorizar pontos positivos do atual cenário econômico, embora, como a gente acabou de mostrar,
00:33a percepção de piora da economia seja uma das causas da queda de popularidade do presidente da República.
00:38Vamos acompanhar o que disse o presidente do Banco Central.
00:41Vou falar um pouquinho, até porque foi tocado aqui no tema, sobre o tema da política monetária.
00:47É óbvio que o tema de o Brasil apresentar há algumas décadas taxas de juros que são mais elevadas,
00:54quando são comparativamente aos seus pares, é um tema de debate recorrente, questionamento recorrente.
00:59Mas colocar a questão nesse termo, me parece que ela não toca o problema de maneira adequada.
01:06Porque, tanto na literatura, quanto quando todos nós aqui viajamos,
01:11e o nosso querido Tom Bini nos convida para as reuniões fundamentais do BAS,
01:15o questionamento que sempre nós sofremos é,
01:17por que é que você está numa taxa de juros que, quando comparado com o par ou comparado com outro país,
01:22apareceria como restritiva e, ainda assim, a economia brasileira apresenta um dinamismo excepcional?
01:30É o caso presente.
01:31A economia brasileira vem apresentando, ou apresentou recentemente,
01:36a queda mais rápida da sua taxa de desemprego e a menor taxa de desemprego da série histórica.
01:41Um dos maiores crescimentos do rendimento das famílias e também a máxima da série histórica.
01:48Isso sugere que, talvez, os canais de transmissão da política monetária
01:53não funcionem com a mesma fluidez que costuma funcionar em outros países aqui no Brasil.
01:59E que, eventualmente, você precisa dar doses maiores do remédio para conseguir o mesmo efeito.
02:05E o Galípolo também criticou subsídios cruzados como perversos e regressivos. Vamos assistir.
02:11Eu acho que existe um tema que perpassa toda a política econômica do Brasil.
02:17Monetária, fiscal e todas as demais.
02:20É importante a gente normalizar a política monetária e a gente, para poder superar um equilíbrio,
02:25entre aspas, que a gente montou, onde alguns grupos conseguem exceções para poderem pagar menos,
02:33enquanto uma grande maioria é obrigada a pagar mais em compensação.
02:38Nós temos uma série de subsídios cruzados, perversos e regressivos na sociedade brasileira.
02:45E, talvez, para nós, do Banco Central, esses trade-offs, como a gente costuma chamar,
02:51esses ônus e bônus, essas trocas, sejam mais evidentes.
02:55E é natural, todo mundo gostaria de ter o melhor dos dois mundos.
03:01Todo mundo gostaria de poder receber o benefício dos dois lados.
03:06Mas cabe a gente, também, quanto o Banco Central, explicar, poder transparecer e discutir melhor
03:13essas questões com a sociedade.
03:15Esse é um dos principais desafios da autoridade monetária, o tema da comunicação.
03:20Mas é ensabuado, Galípolo.
03:23O presidente do Banco Central reforçou que seu compromisso com a meta de inflação é inabalável
03:27e que o desafio da instituição é a comunicação fundamentada das suas decisões.
03:33Nesse ponto, ele dá uma alegação muito similar à do governo Lula.
03:37O que ele não diz, Duda Teixeira, é sobre a responsabilidade do Lula,
03:42que mantém as contas e os gastos públicos de uma maneira absolutamente irresponsável.
03:49E, por causa disso, o Banco Central precisa manter as taxas altas,
03:55ou seja, essas doses maiores do remédio, como ele falou,
03:59em razão das escolhas feitas pelo atual governo que o colocou nesse cargo.
04:05Então, ele fica numa situação de que ele tem que justificar,
04:08e aí ele usa a comparação com outros países e usa os problemas de comunicação.
04:13Não, agora a gente tem que falar para um público mais amplo, preciso explicar e tal.
04:17Mas parece que não está indo ao ponto, parece que não está atacando o verdadeiro problema.
04:22Exato. Ele fala que tem um problema de comunicação, então tem uma sugestão,
04:25contratar o Sidonio Palmeira, está dando super certo no governo federal.
04:29Mas, enfim, a questão aí é que não é um problema de comunicação.
04:34O Banco Central aumenta os juros para segurar a inflação.
04:38E, quando faz isso, tem que convencer as pessoas, o mercado, de que vai dar certo.
04:45E ele fala ali como se o Brasil sempre tivesse um juros muito alto, historicamente,
04:50mas o juros chegou a cair muito no governo do Jair Bolsonaro.
04:54Acho que chegou ali, 2%, sobe porque o Bolsonaro começa a gastar demais da conta no último ano de governo.
05:01Ricardo Kertzmann ficou de comentar o discurso ensabuado toda a vida do presidente do Banco Central,
05:08Gabriel Galípolo, que foi indicado pelo Lula e está lá remediando os problemas do governo Lula.
05:15Olha, bota ensabuado, tá?
05:17Porque é o seguinte, né?
05:19Ele cita lá os subsídios cruzados como uma das coisas mais perversas para a economia brasileira.
05:25E ele tem razão.
05:26E ele fala também que agora cabe ao Banco Central começar a informar.
05:30Então, ele deveria ter informado.
05:32Informado com nomes e com números, Felipe.
05:36Ano passado, o total de desonerações fiscais, essas isenções fiscais concedidas pelo governo,
05:43passou de 500 bilhões de reais.
05:46Desses 500 bilhões de reais, o Lula assinou um terço delas.
05:51Um terço desses 500 bilhões foram assinados pelo Lula.
05:54Desde 1988, eu fiz esse levantamento aqui, o Lula é o recordista, Felipe,
06:01de assinar desonerações fiscais, que o Galípolo condenou.
06:05Foram 98 ao longo da história.
06:08Em segundo lugar, vem o presidente, o ex-presidente Jair Bolsonaro,
06:12com 64 desonerações fiscais.
06:15Aí os bolsonaristas gostam de falar o seguinte,
06:18ah, o Bolsonaro fez isso porque era um período excepcional, foi por causa da Covid.
06:22Não, não é verdade.
06:24Porque dessas 64 desonerações fiscais do Bolsonaro, 50 delas ocorreram em 2022, em ano eleitoral.
06:32Aí só depois, hein, Fernando Henrique com 48 e o Sarney com 33.
06:36Ano passado, por exemplo, para você ver como que esses subsídios,
06:41essas desonerações que o Galípolo se referiu, elas realmente são erradas,
06:46isso sangra a economia do país, ano passado, Felipe, o Congresso postergou,
06:52ele renovou aquele programa chamado PERSI, que entrou em vigor em 2022.
06:57PERSI, se eu não me engano, a sigla é Programa Emergencial de Recuperação para o Setor de Eventos.
07:02É isso.
07:03Porque foi uma medida criada em 2022 para poder auxiliar as empresas no pós-Covid,
07:09o segmento de eventos no pós-Covid.
07:11Só que ano passado, esse segmento já estava operando normalmente.
07:15Alguns setores, inclusive, já estavam operando em níveis acima de pré-Covid.
07:20Não era necessária a renovação, mas o Congresso foi lá e renovou,
07:24e o governo botou uma trava de 15 bilhões de reais.
07:28Quando chegasse a 15 bilhões de reais, não é um troco,
07:31mas quando chegasse a 15 bilhões de reais, o programa se encerraria.
07:35Esse valor chegou agora em março.
07:37Então, a partir de abril, esse PERSI foi extinto.
07:39Isso sem contar com as outras benesses que as bancadas do Congresso,
07:44porque tem bancada do agro, tem bancada do mercado financeiro,
07:47tem bancada das betes, tem bancada da indústria automotiva,
07:51tem bancada para todo gosto lá, que fica produzindo esses subsídios que ele falou.
07:57Sem contar, obviamente, os próprios gastos excessivos do poder executivo,
08:01do próprio legislativo, do judiciário, então, que é o recordista de tudo.
08:05Isso tudo, junto, contribui para esse rombo fiscal histórico do Brasil
08:10e para que a gente sempre tenha essas taxas de juros acachapantes.
08:14O Galípolo, se ele quer informar, ele tem que dar nome, Felipe, nome e números.
08:18Pois é, eu publiquei esse texto mais cedo no portal antagonista.com.br,
08:22Galípolo justifica alta dos juros, mas omite responsabilidade de Lula.
08:27Foi assim que ficou o título e eu transcrevi as falas do Galípolo,
08:32separei os vídeos para o programa, pedi para os nossos colaboradores de economia
08:35para darem comentários. O Bruno Musa deu o comentário para a matéria no portal
08:40e o Van Dijk, que só estava comunicável agora, acabou de mandar um comentário,
08:44então vou aproveitar e ler aqui, porque o Van Dijk Silveira fez um comentário
08:48na linha do que a gente está falando.
08:50Galípolo ignora ou prefere fingir que ignora a verdadeira razão pela qual
08:53a política monetária demora mais a surtir efeito e tem impacto reduzido
08:56na economia brasileira. Não se trata de alguma peculiaridade mística
09:00ou de uma suposta genialidade heterodoxa. O problema é muito mais prosaico
09:04e previsível. É o velho indigesto trade-off entre um governo desgastado,
09:09incompetente e desesperado, que só conhece um único motor para fazer
09:12a economia se mover, o gasto público desenfreado e a transferência de renda
09:17em massa. Tudo isso sem qualquer reforma estrutural relevante que realmente
09:21ataque o cerne do problema, o aumento da produtividade do trabalho
09:25e do capital. O Banco Central, cuja missão é zelar pela estabilidade
09:29do poder de compra do Real, encontra-se em um embate surreal com um governo
09:33que pisa furiosamente no acelerador da política fiscal e parafiscal
09:37com os olhos fixos em 2026. Um descompasso brutal, onde a mão direita
09:41não conversa com a esquerda e o resultado é um sorvete que inevitavelmente
09:46acaba na testa. A baixa popularidade de Lula e de seu governo cria uma tempestade
09:54perfeita para o PT e a esquerda, que em pânico para conter a sangria
09:58política, queima a vela dos dois lados e se vê agora com um embaraço colossal
10:03nas mãos. A economia marcha para trás, a inflação segue obstinadamente
10:07acima da meta, o desemprego avança e a atividade econômica patina
10:11sob o peso insuportável de juros estratosféricos. Pior ainda é a teimosa
10:16inércia do governo Lula, que se recusa a abandonar velhos vícios e a aprender
10:20com os próprios erros. Em vez de adotar políticas públicas responsáveis
10:24que respeitem o equilíbrio fiscal e permitam ao Banco Central fazer o seu
10:27trabalho de controlar a inflação, prefere insistir na fórmula desgastada
10:31da gastança e da improvisação. O Brasil segue assim, governado ao acaso e à
10:36mercê da sorte, como um barco à deriva cujo timoneiro confunde vento de popa
10:41com tempestade anunciada. O Van Dicke estava poético hoje, né?
10:46Olha, votaria nele aí, viu? Vai se candidatar, mas usou várias metáforas
10:51aí, queimou na vela dos dois lados, mas ele está coberto de razão, né?
10:55Esse é um governo que vê ali que a aprovação está baixa e aumenta
10:59gasto social, aí vê que a aprovação não melhorou, aí gasta mais, né?
11:04Porque é a única coisa que eles sabem fazer. E aí é realmente um engano total,
11:08nós estamos rumando aí para o abismo.
11:11E aí
11:12E aí
11:23E aí
11:24E aí
11:25E aí
11:27E aí
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