- 29/06/2025
Bruno Van Enck é o fundador das barbearias Corleone, piloto de rally, fotógrafo profissional e dono de estúdio e conta com mais de 140 mil seguidores no Instagram.
Pelo currículo dá pra notar que influencer não é a atividade principal do empresário. De personalidade inquieta e extrovertida, Bruno defende que não só há uma profissão no mundo: vendedor.
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NotíciasTranscrição
00:00:00Música
00:00:30Entre, sente-se, puxa uma cadeira, fica à vontade, esse é o nosso Sala Antagonista, no episódio dessa semana eu vou falar com o Bruno Van Henck, que é fotógrafo, dono de estúdio de fotografia, fundador e o cara que pensou toda a barbearia Corleone, piloto de rali, já esteve ao lado inclusive de Ayrton Senna, quando criança, é claro, e também tem aí várias histórias para contar sobre empreendedorismo, sobre mídias sociais,
00:00:59também um influencer, digamos assim, também aí no Instagram, então vale muito a pena esse episódio, não perca, Sala Antagonista.
00:01:08Cara, só existe uma profissão no mundo, é vendedor, todas as outras estão embaixo ali do guarda-chuva do vendedor, e numa disputa entre um ótimo profissional que não se vende e um profissional mediano que se vende muito bem, quem vai levar melhor? É aqui.
00:01:23Agora imagina se você soubesse usar em favor o seu marketing e soubesse você se vender, o grau de profissionalismo que você tem, aí não ia ter para ninguém.
00:01:32A rede social é muito forte. Se eu tiro uma foto bonita de alguém, dificilmente essa pessoa não vai publicá-la na rede social.
00:01:38E olha que coisa maravilhosa, o cara, ele é cliente aqui, ele pagou pelo serviço, ele está aprovando, ele está dando aprovação para a base de seguidores dele.
00:01:46O trabalho da microinfluência, ele é muito mais assertivo do que o da macro.
00:01:51A rede social, eu uso ela como um instrumento de comunicação.
00:01:56Será que hoje a maneira a qual você se apresenta no mundo digital, ela representa a autoridade que você tem no mundo físico?
00:02:16Olá, seja bem-vindo. Nesse episódio do Sala Antagonista, eu vou falar com Bruno Vanenck, que é piloto de rali, dono e fundador da barbearia Corleone.
00:02:29Uma pessoa que faz muitos trabalhos voluntários, vamos falar sobre isso também.
00:02:33Vamos falar sobre o negócio, sobre a vida dele, que nessa história de rali, piloto de corrida, já esteve inclusive ao lado de Ayrton Senna.
00:02:42Claro, ele criança ainda na época, mas também vamos falar sobre como gerir esse negócio, como gerir os vários negócios.
00:02:50Os negócios que nasceram de oportunidades que eram para virar hobby e virar um trabalho, como o estúdio de fotografia que ele tem aqui em São Paulo e outras coisitas mais.
00:03:00Então fique por aí, puxe uma cadeira, sente-se, fique à vontade. Esse é o nosso Sala Antagonista.
00:03:04Bruno, vamos lá. Vamos começar pelo começo, como eu sempre digo aqui. Você nasceu onde? Veio de onde? Como é que você veio parar aqui?
00:03:19Sou aqui de São Paulo, aqui na Avenida Paulista, na Senna Fraumatri, 40 anos atrás. Olha só, você é economista de formação, não é isso?
00:03:27Sou economista de formação, passei uns aninhos ali na engenharia, fui estudar gastronomia, mas afinal das contas eu sou comerciante.
00:03:33Exato, e a gastronomia, até porque a gastronomia e o comércio tem a ver com a sua história de vida, né? O seu pai é dono de um restaurante?
00:03:40Sim, meu pai tem um restaurante há 40 anos dentro do Shopping Center Norte aqui em São Paulo, um restaurante típico alemão.
00:03:45Fez, inclusive, há alguns dias, o aniversário de 40 anos. E eu passei lá dentro 22 anos trabalhando com ele. Comecei bem cedinho lá, numa história sem muito drama.
00:03:55Eu trabalhava com meu pai desde cedo, o cara que trabalha 7 dias por semana, né? Restaurante já dá trabalho dentro de um shopping.
00:04:01Então, era até um tempo não apenas de eu aprender os valores, o valor de trabalhar, né? O que custava uma vida, mas principalmente pra passar um bom tempo com meu pai.
00:04:11Ele só trabalhava.
00:04:11Quando é que você descobriu essa ideia de ser empreendedor?
00:04:15Cara, eu acho que eu trabalho com ele desde os 12 anos, né? Aquela época... Como é que eu comecei a trabalhar lá?
00:04:20Outro dia eu fui num podcast... E é muito boa essa oportunidade de entrar em podcast assim,
00:04:23que a gente, primeiro, conhece outras pessoas que, às vezes, não teriam contato com a gente e que, deixa bem claro, né?
00:04:30Longe do ego, longe de tudo que a gente tem visto em rede social, muito de falatório pra trás.
00:04:34Muito mais pra incentivar os outros a dar um primeiro passo.
00:04:38Na época que eu trabalhava lá com meu pai, a gente recebia... Não tinha cartão de débito, não tinha cartão de crédito.
00:04:44Era cheque.
00:04:45O restaurante do meu pai ali, com quase 300 lugares no Shopping Center Norte, tinha um movimento muito bom.
00:04:50Então, a gente recebia um calhamaço de cheque desse tamanho todos os dias.
00:04:53Então, o meu primeiro trabalho era fazer duas somas que batessem daquele valor,
00:04:58fazer o carimbo atrás com a agência e conta, o nome do favorecido e o cruzador, né?
00:05:03Somente pra depósito da conta do favorecido.
00:05:05E aí, ia pro banco fazer esse depósito, comecei a levar as contas do restaurante também,
00:05:09entrei no escritório.
00:05:10Como é um restaurante, acabei depois estudando gastronomia pra descer lá pra cozinha também.
00:05:15Mas chegou a cozinhar?
00:05:16Cozinhei, me formei aqui com o chefe Lohan Soador,
00:05:19que é um chefe de cozinha francesa.
00:05:22E aí, o dia em que eu aprendi tudo o que tinha lá na empresa,
00:05:25ele resolveu ir embora.
00:05:27E fui seguir a minha vida sozinho.
00:05:29Eu acho que, muito se fala, não existia o termo empreendedorismo lá atrás, né?
00:05:33Mas eu acho que trabalhar dentro de um restaurante,
00:05:36onde você tem todo o seu estoque perecível, né?
00:05:40E que você tem o horário do almoço e o horário do jantar muito bem definido.
00:05:43E às vezes você pega uma sexta-feira, que é o dia de maior movimento de um restaurante,
00:05:47pelo menos aqui em São Paulo, se chove numa sexta-feira, cinco horas da tarde,
00:05:51você não perdeu meio período de um dia da semana.
00:05:54Você perdeu praticamente 30% do seu faturamento ali da semana como um todo.
00:06:00Então, naquela época, o termo comerciante era justamente abrir porta,
00:06:05você tem da hora que abre até a hora que fecha pra vender.
00:06:07No dia seguinte, você perdeu um dia de venda.
00:06:10Então, essa movimentação era muito rápida da gente trabalhar com o estoque perecível,
00:06:16atender tantas pessoas que passam ali no shopping, e o dia que passou, passou.
00:06:19Hoje a gente chama de empreendedorismo isso, de inventar coisas novas, novas versões,
00:06:24mas ali a escola que eu tinha dentro do restaurante, junto com meu pai,
00:06:27era da um jeito.
00:06:28Aquele tanto de gente passando na frente do shopping, disposta a consumir alguma coisa,
00:06:32que o nosso restaurante pudesse oferecer tudo o que as pessoas quisessem consumir ali.
00:06:37Hoje a gente chama empreendedorismo, parece até que é um rótulo de quando você se fala,
00:06:42eu sou empreendedor, pô, parece que o cara é inteligente, milionário, super bem cedido, né?
00:06:45Mas isso foi uma evolução natural ali de quem realmente é do comércio,
00:06:50portas abertas pra regra no balcão todo dia.
00:06:52E você fala um negócio sempre, já faz anos isso, né?
00:06:55Que você tem essa frase, que virou quase um bordão seu,
00:06:57que é só existe uma profissão no mundo que é...
00:07:00Vendedor.
00:07:01Eu fiz esse jargão uma vez, porque foi também num podcast,
00:07:07e o podcast às vezes faz alguns recortes das suas falas,
00:07:10e fizeram justamente esse, porque eu cheguei lá na entrevista e falei assim,
00:07:14cara, todo mundo é vendedor.
00:07:16Se você é médico e você não se vender,
00:07:19apesar de que a profissão não tem uma série de restrições pra você,
00:07:23mas se você não se vender, as pessoas não sabem que você existe.
00:07:25E numa disputa entre um ótimo profissional que não se vende
00:07:30e um profissional mediano que se vende muito bem,
00:07:32quem vai levar melhor?
00:07:34É aqui.
00:07:35E depois esse cara que é um super profissional,
00:07:37mas ele não sabe se vender, ele reclama que ele fala
00:07:38aquele cara é puro marketing.
00:07:40Ué, é.
00:07:41Agora imagina se você soubesse usar em favor o seu marketing,
00:07:45e soubesse você se vender.
00:07:47O grau de profissionalismo que você tem,
00:07:49aí não ia ter pra ninguém.
00:07:50E quando eu fiz essa frase, falei,
00:07:51cara, só existe uma profissão no mundo, é vendedor.
00:07:53Todas as outras estão embaixo ali do guarda-chuva do vendedor.
00:07:59Fizeram esse recorte, que foi muito interessante,
00:08:01e cheguei com um jargão.
00:08:01Só existe se você realmente se vender.
00:08:03Todo o resto é acessório.
00:08:05Antes da gente começar a sua vida empreendedora,
00:08:08a sua vida de empresário,
00:08:11eu queria porque você começa a pilotar kart.
00:08:15Em 1989.
00:08:17Quantos anos?
00:08:18Tinha seis pra sete.
00:08:19Bem novinho.
00:08:20Bem novinho.
00:08:21De onde saiu essa ideia?
00:08:22Meu pai tinha comprado um mini-bug pra mim,
00:08:24e a gente ficava andando pelas ruas do bairro,
00:08:26até que um amigo dele falou,
00:08:28cara, o menino tá gostando demais disso aí,
00:08:30por que você não leva ele pra fazer um treino de kart lá em Interlagos?
00:08:33Eu conheço o Maurão,
00:08:35que foi o mecânico do Ayrton Senna,
00:08:38quando ele tava no kart,
00:08:39quando ele ainda tava na fase do kart.
00:08:41Eu te apresento, nós somos amigos.
00:08:42A gente foi lá,
00:08:44meu pai tem 23 anos a mais do que eu,
00:08:46ele é muito jovem.
00:08:47E na época ele se empolgou,
00:08:49comprou um kart,
00:08:49comecei a treinar,
00:08:51comecei a correr,
00:08:521990,
00:08:531991,
00:08:54eu tava rodando o Brasil inteiro,
00:08:56fazendo campeonatos,
00:08:57por aí,
00:08:58realmente com a intenção
00:08:59de ter uma profissão dentro do automobilismo.
00:09:03Então,
00:09:03Felipe Massa,
00:09:05todos os caras que hoje você vê,
00:09:07não apenas na Fórmula 1,
00:09:08na Stock Car,
00:09:09todo mundo que se destacou no automobilismo,
00:09:12tem mais ou menos essa mesma idade que eu,
00:09:13a gente tava todo mundo junto ali.
00:09:15Ninguém começa tarde no automobilismo.
00:09:17Acabou que,
00:09:18por conta da vida,
00:09:20em 1994,
00:09:22eu parei de andar de kart.
00:09:25Meus pais se divorciaram na época,
00:09:27aquele rolo que toda família
00:09:29tá sujeita a passar.
00:09:31O dinheiro ali acabou,
00:09:32eu acabei saindo do kart.
00:09:35Comecei a minha vida aí,
00:09:37quando eu comecei a trabalhar depois,
00:09:39alguns anos depois,
00:09:40juntar um dinheirinho,
00:09:41comecei a pagar kart indoor.
00:09:43Aí comecei a alugar kartes
00:09:45que eram dois tempos de novo,
00:09:46e voltei pro automobilismo.
00:09:48Hoje você pilota?
00:09:49Hoje eu piloto na Mitsubishi Cup,
00:09:52carro de rally,
00:09:53é um campeonato monomarcas da própria Mitsubishi,
00:09:55e piloto também pra Mitsubishi
00:09:57quando tem algum outro campeonato.
00:09:59Disputei oficialmente,
00:10:01como piloto da Mitsubishi,
00:10:03o rally dos sertões,
00:10:05que hoje se chama apenas Sertões,
00:10:07que é o maior rally das Américas.
00:10:09Ele é,
00:10:10acima dele,
00:10:11só a Rally Paris-Dakar,
00:10:12são oito dias de prova
00:10:14e que é porrada.
00:10:16Mas é muito bom.
00:10:17Você é um cara muito competitivo ou não?
00:10:19Eu acho que naturalmente sim, né?
00:10:22Sou.
00:10:23Sou.
00:10:24Sou.
00:10:25É bom o gostinho
00:10:26de você se empenhar
00:10:29e ver resultado ali, né?
00:10:31Você sabe que,
00:10:32falando de Ayrton Senna de novo,
00:10:33algumas vezes atribuiram essa frase ao Piquet,
00:10:35mas ela não foi.
00:10:36Ele disse,
00:10:37você comentou sobre a foto
00:10:38que eu tenho com Ayrton Senna.
00:10:40Tem uma foto sua no Instagram
00:10:41que eu vi com você
00:10:42ao lado do Ayrton Senna.
00:10:43Essa foto saiu...
00:10:44Como é que você conheceu
00:10:45o Ayrton Senna, vai?
00:10:45Em 1991,
00:10:47teve um evento
00:10:49na Fazenda do Ayrton Senna
00:10:50que ele organizou,
00:10:51que ele chamou toda a mídia,
00:10:52lançamento do Cadete,
00:10:54GSI, Conversível.
00:10:55A mídia toda foi,
00:10:56mas o empenho dele,
00:10:58inclusive está no documentário dele.
00:11:00Quem quiser assistir
00:11:00a versão do cinema
00:11:01tem essa parte toda
00:11:02deste evento.
00:11:03Ele organizou um evento
00:11:05para mostrar
00:11:05para o Brasil inteiro
00:11:07como é que uma criança
00:11:10brasileira conseguiria
00:11:11chegar na Fórmula 1.
00:11:12Naquela época,
00:11:12você tinha na pista
00:11:13o recente dali.
00:11:16Ayrton Senna,
00:11:17Emerson Fittipaldi,
00:11:18Nelson Piquet.
00:11:21Você tinha
00:11:22Maurício Gujalmin.
00:11:23Pô,
00:11:24Piquet tricampeão,
00:11:25Ayrton Senna tricampeão,
00:11:27Emerson bicampeão.
00:11:29Como é que esses caras
00:11:30chegaram lá numa época
00:11:31que não existia
00:11:31a comunicação direito,
00:11:32a rede social?
00:11:33Você tinha que receber,
00:11:34às vezes, um jornal
00:11:35ou então escutar o Galvão Bueno
00:11:37narrando uma corrida,
00:11:38mas de onde é que
00:11:39esses caras saíram?
00:11:39Como é que eles começaram?
00:11:41Então, a intenção dele
00:11:42neste evento
00:11:42era mostrar
00:11:43como uma criança
00:11:44começava no automobilismo
00:11:46até chegar
00:11:46na Fórmula 1,
00:11:48que sempre fomos
00:11:49ótimos representantes
00:11:51globais dentro do automobilismo.
00:11:53A frase do Ayrton Senna
00:11:54que você está falando
00:11:54que é a frase
00:11:55que muita gente
00:11:55conhecia como a frase
00:11:57do Piquet mesmo.
00:11:58Que o segundo
00:11:59é o primeiro dos perdedores
00:12:00é do Ayrton Senna mesmo.
00:12:01O que ele fala?
00:12:02Você ouviu o Ayrton Senna
00:12:03falar isso aí?
00:12:04A gente treinou
00:12:05em algumas ocasiões ali
00:12:07antes desse evento
00:12:08acontecer,
00:12:09porque se imaginaram
00:12:10crianças de 7 a 11 anos
00:12:11andando no kart
00:12:12e mostrando para o mundo.
00:12:13Então, a gente teve
00:12:14alguns treinos lá
00:12:14e o inglês falou
00:12:15cara, vocês não entram
00:12:16para marcar ponto não,
00:12:17é para ganhar a corrida.
00:12:20Aprendam.
00:12:20O primeiro lugar
00:12:21é só um.
00:12:22O segundo...
00:12:23Você tinha noção
00:12:24das lendas
00:12:24que estavam com você ali?
00:12:27Eles eram crianças.
00:12:28Eles eram crianças
00:12:29assim como eu,
00:12:29todo mundo estava ali.
00:12:30Ali o que a gente tinha...
00:12:31Existiu a corrida
00:12:32dos adultos também?
00:12:33Não, mas eu digo
00:12:34dos adultos, né?
00:12:35Ayrton Senna...
00:12:37Tinha muita gente lá.
00:12:38É que, imagina o seguinte,
00:12:40o Ayrton Senna
00:12:40que é o Ayrton Senna
00:12:41ainda vivo.
00:12:42Para nós que estávamos
00:12:43no automobilismo, né?
00:12:44O cartódromo
00:12:46aqui de Interlagos
00:12:47já se chamava
00:12:47cartódromo Ayrton Senna.
00:12:49Ainda hoje,
00:12:50quando você está
00:12:50no automobilismo
00:12:51e você é um piloto,
00:12:53os pilotos ali na pista
00:12:54todos são pilotos.
00:12:55Então, essa proximidade
00:12:56entre as pessoas
00:12:56para quem pilotava
00:12:58sempre foi levada
00:12:59de uma maneira
00:13:00muito normal.
00:13:01É claro,
00:13:01pô, tá fazendo
00:13:02com Senna lá, não é isso?
00:13:03Que não se confunda isso.
00:13:06Mas,
00:13:07era todo mundo ali
00:13:08começando no esporte
00:13:09e você tinha os pais
00:13:10incentivando muito.
00:13:12Hoje, você consegue
00:13:13ter a noção, né,
00:13:14do esporte,
00:13:15não apenas do automobilismo,
00:13:16mas o impacto
00:13:16que ele pode ter
00:13:17para patrocinador,
00:13:18que ele pode...
00:13:19Ali, você estava
00:13:19andando sozinho, ó.
00:13:21Você tinha no máximo
00:13:21uma câmera fotográfica
00:13:22de filme
00:13:23que você ia demorar
00:13:23um tempo para revelar
00:13:24e mostrar para quem?
00:13:25Para os parentes.
00:13:26E saía alguma coisa
00:13:26num jornal preto e branco.
00:13:28A oportunidade
00:13:29que ele abriu
00:13:30para a TV
00:13:30mostrar a origem
00:13:32do kart
00:13:32e pouco tempo
00:13:33depois disso
00:13:34foi a explosão
00:13:35dos kart indoor
00:13:36aqui para o Brasil.
00:13:37Não, por acaso.
00:13:38As pessoas não sabiam.
00:13:38Eu lembro que
00:13:39quando alguém perguntava
00:13:40para o meu pai,
00:13:40pô, teu filho anda
00:13:41de quê?
00:13:42De kart.
00:13:43O que é kart?
00:13:44Ah, imagina que é um
00:13:44minibug de corrida.
00:13:46Eu lembro dele falar isso.
00:13:47Quem não sabe hoje
00:13:48o que é um kart?
00:13:49com essa febre toda
00:13:50do kart indoor, né?
00:13:51Então, a notícia
00:13:53a se espalhar foi...
00:13:55Bruno, você não acabou não...
00:13:56Acabou que você virou
00:13:57o piloto profissional
00:13:58de corridas,
00:13:59mas nesse tempo aí
00:14:01você acabou parando
00:14:02um pouquinho isso
00:14:03e foi empreender,
00:14:05foi abrir negócios.
00:14:06Como é que foi
00:14:07o seu começo?
00:14:08Não, ali o ano
00:14:08foi de 1994,
00:14:10como meus pais
00:14:10estavam se divorciando.
00:14:12Foi um divórcio,
00:14:14eu acho que...
00:14:16Não diria traumático,
00:14:17mas como qualquer divórcio,
00:14:18espera-se de ser.
00:14:20E aí, isso se atrelou
00:14:22a um problema financeiro
00:14:23lá na empresa,
00:14:24mas a empresa nunca fechou
00:14:25e ela nunca deixou
00:14:26de faturar na empresa
00:14:27do seu pai, né?
00:14:27Onde era o restaurante.
00:14:29E eu fui pra lá
00:14:30e comecei a trabalhar
00:14:30com ele de noite.
00:14:32E a gente recuperou
00:14:34a empresa
00:14:35depois de alguns anos.
00:14:37Foi tempo de muito aprendizado,
00:14:39né?
00:14:39Alguns anos depois,
00:14:41eu lembro que eu ia
00:14:42pra escola
00:14:43e eu lia diário oficial
00:14:44que meu pai ensinou a ler
00:14:46porque a gente precisava ver
00:14:47o que tinha de anissia ali
00:14:48pra você tirar multa,
00:14:49pagar juros, né?
00:14:51Pagar...
00:14:51Já tinha ali um treinamento
00:14:53de contabilidade
00:14:54pra você fazer com cheques ali
00:14:55pra ver o que você tava
00:14:56batendo os números.
00:14:57Sim.
00:14:58Depois uma parte
00:14:59de advocacia tributária quase.
00:15:01Sim.
00:15:01Mas é que isso não era
00:15:02nada brilhante, entendeu?
00:15:03A gente não tinha grana na época
00:15:05pra pagar um bom escritório
00:15:07de contabilidade
00:15:07pra ajudar a resolver tudo isso.
00:15:10Na época, a gente tinha
00:15:11um senhorzinho
00:15:11que trabalhava pra gente,
00:15:12topou trabalhar
00:15:13por um valor
00:15:14que a gente conseguia pagar
00:15:16na época.
00:15:16A zona na empresa
00:15:17era tão grande
00:15:18que tudo era custo.
00:15:21Esse senhorzinho
00:15:21topou trabalhar pra gente,
00:15:22mas ele já era um senhorzinho.
00:15:23Então, era difícil
00:15:24dele acompanhar
00:15:25as notícias também.
00:15:26Meu pai sempre foi do comércio.
00:15:28Meu pai, na época,
00:15:29tinha a minha idade,
00:15:30que eu tenho hoje,
00:15:31então, muito gás.
00:15:32Então, era a gente
00:15:33todo dia fazendo aquilo lá.
00:15:34Não era, não existe
00:15:35nenhum grau de brilhantismo
00:15:37aqui, de ser precoce
00:15:40por ser, por genialidade.
00:15:42Não, era necessidade.
00:15:43Então, eu vi ali,
00:15:44ô papai, acabei de ver.
00:15:46Aqui vai ter uma anistia
00:15:47lá de INSS.
00:15:49INSS, apropriação indébita,
00:15:51pode dar, é crime,
00:15:52pode dar cadeia.
00:15:53Vamos focar nesse aqui.
00:15:54Então, a gente ia lá,
00:15:55consertava o que precisava,
00:15:57o foco todo era
00:15:58entrar nessa anistia
00:15:59do INSS
00:16:00e de conseguir entrar
00:16:01num refiz.
00:16:02Por isso, a história
00:16:03do refiz que eu falei
00:16:04uma vez num outro podcast,
00:16:07ela ficou tão marcante,
00:16:08de pessoas com mais idade.
00:16:10Eu lembro que eu falei
00:16:10isso num podcast,
00:16:11eu contei essa história
00:16:12que eu precisava pagar
00:16:12mais 25 anos de refiz,
00:16:13e entrou um senhor
00:16:14e falou assim,
00:16:14ó, esse é o primeiro moleque
00:16:15que eu vejo na internet,
00:16:17em vez de ficar contando vantagem,
00:16:18mostrando sim
00:16:19que ele teve sucesso
00:16:19lá no trabalho dele,
00:16:20mas ele conta as realidades.
00:16:23E aí, a gente fez
00:16:24refiz de tudo,
00:16:25que é coisa.
00:16:26Alguns anos depois,
00:16:27quando você tem
00:16:28o parcelamento
00:16:29de dívidas,
00:16:30quando não há
00:16:31sonegação fiscal,
00:16:32quando você não tem
00:16:34mais a inadimplência,
00:16:37acabou o problema.
00:16:38Então, a gente começou
00:16:39a navegar pagando
00:16:41esse monte de refiz,
00:16:42mas a empresa
00:16:42estava saudável de novo.
00:16:44Quer dizer,
00:16:45essa foi a escola.
00:16:46Essa foi a escola.
00:16:47Escola Vanenck.
00:16:48Escola Vanenck.
00:16:49É que, no final das contas,
00:16:51gente, era a escola
00:16:52normal de qualquer
00:16:53empresa, qualquer comércio.
00:16:56Eu imagino.
00:16:57Nada mais é do que
00:16:58um restaurante alemão
00:16:59dentro do shopping center
00:17:00em São Paulo.
00:17:02Então, você vê que
00:17:02olhar a história,
00:17:04eu recordo da história hoje,
00:17:05às vezes, pode me ver por aí
00:17:06me divertindo, pilotando,
00:17:07andando, viajando
00:17:08para algum lugar.
00:17:10Queima uma etapa
00:17:11que parece que só existe
00:17:12aqui o ônus, né?
00:17:14Mas, pô, foram muitos
00:17:15anos de caminhada
00:17:16e que não teve nada ali
00:17:18que me tirasse,
00:17:19que cortasse algum caminho.
00:17:21Já trabalhava com meu pai.
00:17:22Houve a necessidade.
00:17:23A gente não tinha
00:17:24outro jeito.
00:17:25E, principalmente,
00:17:26foi um momento
00:17:26não apenas de aprendizado,
00:17:27mas que eu consegui
00:17:28conviver com meu pai,
00:17:29que eu acho que
00:17:30pouca gente tem oportunidade
00:17:32de viver tão intensamente
00:17:33com o pai
00:17:34todos os dias
00:17:35de maneira muito produtiva.
00:17:36Isso é bom.
00:17:37Fui, pô, maravilhoso.
00:17:39Maravilhoso.
00:17:40Maravilhosa.
00:17:40A relação minha com ele,
00:17:41o aprendizado.
00:17:42Então, quando as pessoas
00:17:42falam assim,
00:17:43nossa, mas que cursos
00:17:44você fez para poder
00:17:45abrir a empresa?
00:17:48Eu descobri o que
00:17:49que era o Simples
00:17:50uma vez.
00:17:50A gente leu
00:17:51uma notícia
00:17:52no jornal,
00:17:53logo que veio o Simples.
00:17:54Depois você teve
00:17:55o Simples Estadual,
00:17:57o Simples Federal,
00:17:58virou o Simples Nacional,
00:18:00depois o Super Simples.
00:18:01E a gente foi acompanhando
00:18:02tudo isso.
00:18:02O que que é isso aqui?
00:18:03Nossa, olha aqui,
00:18:04a empresa que tem
00:18:05um faturamento de tanto
00:18:06vai conseguir desonerar
00:18:07muita coisa
00:18:08da folha de pagamento.
00:18:10Vamos embora
00:18:10entrar no Simples.
00:18:12Era uma terra
00:18:13a ser desbravada
00:18:14que a gente estava indo.
00:18:15Hoje,
00:18:16para quem passou por isso
00:18:17numa época
00:18:18onde você não tinha
00:18:18muita comunicação,
00:18:19você não tinha
00:18:20uma assessoria,
00:18:21você não conseguia buscar
00:18:21isso na internet,
00:18:23não tinha o Google
00:18:24com todas essas informações.
00:18:26Hoje, com tudo isso,
00:18:27no final das contas,
00:18:28e é polêmico
00:18:29usar essa frase
00:18:29quando a gente fala
00:18:30de trabalho e tudo mais,
00:18:31mas é a não preguiça.
00:18:33É, isso é polêmico.
00:18:35É polêmico,
00:18:35a gente não pode falar isso.
00:18:38Mas, como é que você
00:18:40chega na barbearia
00:18:41com a gente?
00:18:42Trabalhei com meu pai
00:18:42depois durante muitos anos,
00:18:43surfamos uma onda
00:18:44muito boa do restaurante,
00:18:46muito boa mesmo,
00:18:47eu vivi uma vida
00:18:48muito confortável
00:18:49depois disso,
00:18:50tanto para mim
00:18:50quanto para o meu pai,
00:18:51saí de casa,
00:18:52fui marar sozinho,
00:18:53conquistei as minhas coisas,
00:18:54a gente aumentou o restaurante,
00:18:56só que por essa proximidade
00:18:57de idade com meu pai,
00:18:58e em uma hora
00:18:59aquilo começou a incomodar.
00:19:01Eu não deixava nunca
00:19:03de ser o filho
00:19:05do dono da empresa,
00:19:07que para muitos
00:19:08pode falar assim,
00:19:09ah, pô,
00:19:09você é o filho do dono,
00:19:10você tem um monte de regalia.
00:19:12Quer saber de quem trabalha,
00:19:14realmente trabalhou a vida inteira
00:19:15com o pai e ralou para caramba?
00:19:17Você não pode jogar toalha,
00:19:19você não pode desistir.
00:19:19O ato de você ir embora,
00:19:20você está ofendendo
00:19:21a tua família e falando assim,
00:19:22como é que você não vai
00:19:23continuar o nosso legado?
00:19:23É uma traição,
00:19:24é uma traição.
00:19:25Então, é realmente
00:19:26um negócio difícil.
00:19:27E aí, eu lembro que na época
00:19:28eu queria ter um pouco
00:19:29mais de autonomia,
00:19:30de não ser uma coisa assim,
00:19:31putz,
00:19:33preciso de grana
00:19:34para passar o final de semana.
00:19:36Quem era do comércio
00:19:37e entrava dinheiro vivo,
00:19:39eu costumava descer
00:19:40no caixa do restaurante
00:19:41e pegar ali,
00:19:42e a gente fazia a contabilidade
00:19:43de quanto era o meu salário
00:19:44no mês.
00:19:45Só que conforme foi passando
00:19:46a idade,
00:19:46o restaurante foi evoluindo,
00:19:48a gente foi voltando
00:19:49a ganhar dinheiro,
00:19:49eu realmente trabalhava
00:19:50lá com meu pai
00:19:5012, 16 horas por dia,
00:19:52abre a sete da manhã,
00:19:53fecha a meia-noite,
00:19:53sete dias por semana.
00:19:54Eu comecei a tirar mais
00:19:56do dinheiro,
00:19:56mas eu sentia que tudo
00:19:57era assim,
00:19:57ah, pega lá,
00:19:58eu anoto,
00:19:58me fala quanto que é
00:19:59que você precisa.
00:20:00Sabe aquele controle de pai?
00:20:02E aí, eu resolvi
00:20:03abrir o primeiro
00:20:04uma empresa
00:20:04que era uma distribuidora
00:20:05de chope.
00:20:06Eu distribuía chope
00:20:06para bar, restaurante,
00:20:07festa, feira, evento,
00:20:08tudo que era lugar
00:20:09que eu podia ligar,
00:20:10uma chopeira na tomada
00:20:11e ligar um barril de chope.
00:20:12Depois, eu ia buscar
00:20:13tudo isso e eu coloquei.
00:20:14Trabalhamos durante
00:20:15quatro meses
00:20:15e aí, teve um dia
00:20:17que eu falei,
00:20:17cara, esse trabalho
00:20:18que eu estou fazendo
00:20:18aqui, um computador faz.
00:20:20Sabe quando você perde
00:20:21aquele brilho do negócio?
00:20:22Eu falava,
00:20:22ainda não é isso aqui.
00:20:25Bom, eu estudei na FAP,
00:20:27eu morava nos jardins,
00:20:30eu conhecia muita gente,
00:20:32deu para perceber
00:20:33que eu não paro
00:20:33de falar aqui,
00:20:34ainda que aqui
00:20:35eu estou tentando
00:20:35falar um pouco menos.
00:20:37Eu conhecia muita gente
00:20:38e eu não conseguia fazer
00:20:39do tal networking,
00:20:40que é outra palavra
00:20:41que gostam de usar muito hoje,
00:20:43com o meu networking,
00:20:43eu não conseguia vender
00:20:44nada para ninguém.
00:20:45já que eu vendia
00:20:48comida e bebida,
00:20:48ninguém ia até
00:20:49o Shopping Center Norte
00:20:50desses que me conheciam
00:20:51para comer o jolo de porco.
00:20:52Cara, eu preciso abrir
00:20:53alguma coisa
00:20:54onde eu conheço as pessoas,
00:20:55onde elas moram.
00:20:56Ou tem que ser Jardins,
00:20:57ou tem que ser Itaim,
00:20:58ou tem que ser Vila Olímpia.
00:21:00Curiosamente,
00:21:00tem o Barberiano
00:21:01nesses três endereços hoje.
00:21:02E aí, eu falei,
00:21:03cara, eu sei vender
00:21:05chope, cerveja e comida,
00:21:08mas não pode ser
00:21:09um bar ou um restaurante.
00:21:09Por quê?
00:21:10Eu parei para observar
00:21:11quantos restaurantes
00:21:12abriram no Itaim Bibi
00:21:14nos últimos cinco anos,
00:21:15naquela época.
00:21:16Quantos continuam abertos?
00:21:18Você parou para fazer um estudo.
00:21:19Ao contrário,
00:21:20isso foi só um raciocínio lógico,
00:21:21não foi nem estudar.
00:21:22Eu fui lá, passei,
00:21:23eu vi quanto o restaurante
00:21:24abria e fechava,
00:21:24abria e fechava.
00:21:25Eles vendiam todos
00:21:25a mesma coisa.
00:21:27Vendiam cervejas da Ambev.
00:21:28No final das contas,
00:21:29era um lugar onde ele tinha moda,
00:21:32uma série de sócios,
00:21:34aí a administração,
00:21:36nem sei como é que ela é feita
00:21:38ou dividida,
00:21:39mas algum tempo depois
00:21:40parecia que o ambiente cansava,
00:21:42alguém do outro lado da rua
00:21:43abria um outro restaurante,
00:21:45fazia uma divulgação um pouco melhor,
00:21:46vrum,
00:21:46todo mundo ia para lá,
00:21:47aquele ou ele fechava,
00:21:48ele tinha que reformar ele inteirinho.
00:21:50Com a escola de que a gente tem,
00:21:52hoje,
00:21:52120 anos de restaurante na família,
00:21:54eu sou o desertor da família
00:21:56aqui no ramo de restaurante,
00:21:58eu pensava,
00:21:58não, nem a pau,
00:21:59cinco anos trabalhando,
00:22:00não,
00:22:00eu quero que o negócio
00:22:01seja perpétuo.
00:22:02Tá,
00:22:02então eu não posso abrir
00:22:03um bar ou um restaurante
00:22:04no Itaim Bibi,
00:22:06mas se é o que eu sei vender,
00:22:07o que eu vou fazer?
00:22:08Eu vou abrir um bar
00:22:09com a cara de uma,
00:22:11de uma,
00:22:12de um man case,
00:22:13um lugar para homens ali,
00:22:15com um sofá Chesterfield,
00:22:16uma luz,
00:22:17enfim,
00:22:18criei o meu ideal na cabeça,
00:22:20falei,
00:22:21cara,
00:22:21vou colocar umas cadeiras de barba,
00:22:23porque assim eu vou
00:22:24fidelizar o cara
00:22:25a ir no meu bar,
00:22:26porque ele também pode
00:22:26cortar o cabelo.
00:22:28Pulo um pouco dessa etapa,
00:22:30no primeiro dia eu entendi
00:22:31que era o contrário,
00:22:31o meu negócio era realmente
00:22:32uma barbearia.
00:22:34E eu passei ali
00:22:34os primeiros dias
00:22:35entendendo que não seria
00:22:37um bar nem a pau,
00:22:38que era ótimo,
00:22:38eu odiava trabalhar com bêbado,
00:22:40e que eu teria que aprender
00:22:42o que é uma barbearia,
00:22:43mas isso eu aprendi
00:22:44no dia 14 de julho de 2014.
00:22:47Varei a noite,
00:22:48meu aniversário,
00:22:49dia 15,
00:22:50desenhando e escrevendo
00:22:51o que eu deveria fazer
00:22:52a partir do dia seguinte,
00:22:53que ficava fervendo de gente lá.
00:22:56Fui muito abençoado
00:22:56nesse primeiro momento.
00:23:04Então vamos falar um pouquinho
00:23:05agora sobre o negócio,
00:23:07especificamente o negócio.
00:23:08A barbearia Corneone
00:23:10tem quantas unidades hoje?
00:23:11Hoje são quatro unidades
00:23:12em São Paulo,
00:23:13perdi uma unidade
00:23:14durante a pandemia.
00:23:15Todas próprias?
00:23:16Todas próprias.
00:23:17Nunca teve franquia?
00:23:19Não,
00:23:19o processo de franquia
00:23:20já até fiz alguns planos
00:23:22de expansão da marca
00:23:22com franquia.
00:23:25Particularmente,
00:23:26não acho que é
00:23:26o melhor caminho
00:23:27para o meu negócio,
00:23:28já que a gente vende serviço.
00:23:29As pessoas podem discordar,
00:23:31mas como o negócio é gerido
00:23:33por mim ali,
00:23:34não acham a boa ideia.
00:23:35Você falava que bolou
00:23:37essa história do bar ali
00:23:40junto com a barbearia,
00:23:42etc e tal,
00:23:42mas não existia isso ainda?
00:23:44Não, não.
00:23:46Naquela época em São Paulo
00:23:47a gente tinha dois players
00:23:48em São Paulo,
00:23:49um completamente ligado
00:23:50à moda
00:23:51e o outro completamente ligado
00:23:53ao rock'n'roll,
00:23:54mais especificamente
00:23:55ali no Rockabilly.
00:23:56Eu cortava o cabelo
00:23:58num salão,
00:23:59teoricamente unissex,
00:24:00mas que a gente sabe
00:24:01que não é unissex,
00:24:02ele é um salão para mulheres
00:24:02que também atende os homens.
00:24:04E era uma coisa
00:24:05desagradável para todo mundo.
00:24:07Quando eu sentava lá,
00:24:07eu demorava muito
00:24:08para ser atendido
00:24:09e aí me colocavam
00:24:11num hobby de seda
00:24:13e a menina que estava
00:24:14sentada ao meu lado,
00:24:15ela às vezes estava fazendo luzes,
00:24:16ela estava fazendo
00:24:17algum procedimento do cabelo
00:24:18que ela estava cheia
00:24:18de papel alumínio,
00:24:19ninguém estava à vontade ali.
00:24:21E nitidamente,
00:24:22o ambiente não era de quem?
00:24:24De nós homens.
00:24:26Então eu fiquei pensando,
00:24:26cara, ele atrasa
00:24:27para caramba para me atender.
00:24:29Eu peço para as vezes,
00:24:30eu fico meio nervoso,
00:24:32quero tomar uma cervejinha ali
00:24:33para passar o tempo,
00:24:34para dar uma relaxada,
00:24:35não tinha.
00:24:36Quando eu peço para ler alguma coisa,
00:24:37o máximo que chegava na época
00:24:38era uma revista Veja.
00:24:40E eu ia cortar o cabelo
00:24:41perto do final de semana,
00:24:42a Veja tinha ido para as bancas,
00:24:44a assinatura,
00:24:45eu recebia ela em casa no sábado.
00:24:46Então, nitidamente,
00:24:47não era um ambiente
00:24:48para o homem.
00:24:50E aí eu fiquei pensando,
00:24:51cara,
00:24:52depois que eu entendi
00:24:53que eu ia fazer uma barbearia,
00:24:54eu falei,
00:24:55o que seria a jornada ideal
00:24:56para mim,
00:24:57como cliente,
00:24:58quando eu vou cortar o cabelo?
00:24:59E aí chegamos no modelo
00:25:00que ele é hoje.
00:25:02Não tinha,
00:25:03não tinha,
00:25:03como eu falei,
00:25:03eu inaugurei o primeiro dia
00:25:04como se fosse um bar a barbearia.
00:25:06A gente pivotou no dia seguinte,
00:25:08porque a fila de espera
00:25:09foi a seguinte,
00:25:10fiz um trabalho de rede social
00:25:11completamente intuitivo,
00:25:13se eu falar aqui
00:25:14que eu tinha grandes planos
00:25:15para ele,
00:25:16era mentira,
00:25:16estou falando de 2013,
00:25:182013 para 2014.
00:25:19Foi completamente intuitivo
00:25:21e ele acabou dando certo
00:25:22com o preparo que eu fiz.
00:25:23Depois eu tive o apoio
00:25:25da revista Veja,
00:25:26que me deu duas páginas
00:25:27numa semana antes da abertura,
00:25:29isso fazia grande diferença
00:25:31na época.
00:25:32Mas isso foi o que?
00:25:33Contatos?
00:25:34Assessoria de imprensa
00:25:35que eu contratei na época.
00:25:37E aí o dia que eu abri,
00:25:39juntando o trabalho
00:25:40que eu tinha feito
00:25:40de rede social,
00:25:42de maneira intuitiva,
00:25:43que tinha dado certo,
00:25:44eu já tinha um montão
00:25:44de seguidor
00:25:45com o nome da barbearia,
00:25:46não com o Bruno.
00:25:48Depois a gente evoluiu
00:25:49para o dono da empresa
00:25:49representante,
00:25:50porta-voz dela,
00:25:51e eu comecei a trabalhar também
00:25:52a minha imagem.
00:25:53Então eu combinei
00:25:55os meios de comunicação
00:25:56tradicional que ainda tinham força,
00:25:57mas o digital que estava começando,
00:25:59como eu não tinha agenda,
00:26:01eu achei que o movimento
00:26:02não ia ser daquele jeito.
00:26:04Eu peguei,
00:26:04eu inaugurei com três barbeiros.
00:26:06Os três barbeiros fazendo
00:26:08um trabalho a cada 30 minutos.
00:26:10Se eu dividir
00:26:11o tanto de horas
00:26:12que a gente ia ter no dia ali aberto,
00:26:13que os barbeiros conseguiam atender
00:26:14dois clientes por hora,
00:26:17vezes o número de pessoas
00:26:18que deixou o nome na fila de espera,
00:26:20a gente uma espera de sete horas
00:26:21no primeiro dia.
00:26:22E sabe o que aconteceu?
00:26:23Eu falava para as pessoas,
00:26:24eu não sabia o que estava acontecendo,
00:26:25eu falava para as pessoas,
00:26:25senta aí no sofá,
00:26:26vamos tomar uma cervejinha,
00:26:27escuta o jazz aqui,
00:26:28coloquei uma banda de jazz ao vivo.
00:26:30Ao vivo.
00:26:31Eu falei, escuta aí,
00:26:32as pessoas que estavam sendo atendidas
00:26:33dormiam na cadeira,
00:26:34porque tinham tomado um monte de cerveja.
00:26:36Foi maravilhoso,
00:26:38mas completamente desorganizado.
00:26:40Então, assim, existe,
00:26:43não existe só o brilhantismo,
00:26:45existe muito trabalho,
00:26:46existe muito planejamento,
00:26:47existe tudo que a gente já sabe
00:26:48que alguém vai falar no podcast,
00:26:49mas existe um momento mágico.
00:26:53Eu tive esse momento mágico lá.
00:26:55E foi logo na abertura,
00:26:56que foi no dia que abriu.
00:26:58Eu vivi esse momento mágico,
00:26:59eu passei a noite em claro,
00:27:00falando assim,
00:27:00cara, isso aqui foi uma oportunidade,
00:27:02uma energia de tudo,
00:27:03resultado de tudo que eu posso imaginar,
00:27:05e eu tenho que aproveitar amanhã.
00:27:06Amanhã eu tenho que abrir,
00:27:07vai ter que lotar de novo,
00:27:08e mais pessoas têm que ser atendidas.
00:27:09No dia seguinte,
00:27:10já arranjei um outro barbeiro.
00:27:12Na semana seguinte,
00:27:13eu coloquei uma quinta cadeira,
00:27:14entre as duas cadeiras,
00:27:15ficou apertadinha durante um tempão,
00:27:16e eu fui reformar ela dois anos depois,
00:27:20eu comecei com três cadeiras,
00:27:21hoje nós temos 12 cadeiras nessa mesma unidade.
00:27:24E você me falava que são 300 funcionários?
00:27:26Na operação como um todo,
00:27:28na operação que eu administro,
00:27:29são mais de 300 pessoas,
00:27:31na operação que eu estou no bastidor e tudo mais.
00:27:33Ah, tá.
00:27:33Mas só relacionado à barbearia ou não?
00:27:35Só relacionado à colheria?
00:27:37De fotografia ou não?
00:27:38Não.
00:27:38Na verdade,
00:27:39toda operação da barbearia,
00:27:41a gente tem produtos,
00:27:43os produtos de grooming,
00:27:44a venda em vários supermercados do Brasil,
00:27:47farmácias e tudo mais.
00:27:48Então,
00:27:48eu tenho essa operação,
00:27:49que ela é da barbearia Corleone,
00:27:50para os cosméticos.
00:27:52Então,
00:27:53é mais do que a barbearia em si,
00:27:56né?
00:27:56Mais do que a barbearia em si.
00:27:57Mas a gente tem,
00:27:58numa das unidades,
00:28:00a gente tem 80 pessoas trabalhando.
00:28:02Hoje,
00:28:02receita,
00:28:03é mais a venda de cosméticos
00:28:06ou a barbearia em si?
00:28:08Hoje,
00:28:08a barbearia,
00:28:10porque assim,
00:28:11raramente você vai ao barbeiro,
00:28:13você vai lá fazer um serviço
00:28:14de cabelo e barba
00:28:15e você vai igualar em cerveja
00:28:18o que você gastou no cabelo da barba.
00:28:20Então,
00:28:21naturalmente,
00:28:21o faturamento com corte de cabelo e barba,
00:28:24ele já é o maior que a gente tem.
00:28:26A gente tem uma venda recorrente
00:28:27de produtos dentro das barbearias,
00:28:30que ela é muito boa.
00:28:31É pomada,
00:28:31shampoo,
00:28:32essas coisas.
00:28:32Tudo isso.
00:28:33E agora,
00:28:34esta linha de produtos que eu tenho,
00:28:36há algum tempo,
00:28:37por conta da estratégia que eu tenho,
00:28:40que a gente está da expansão
00:28:41da barbearia,
00:28:43que eu já estou em obra num ponto,
00:28:44a gente pode contar um pouco disso mais tarde,
00:28:47eu estou retirando aos poucos
00:28:48esses produtos do mercado,
00:28:50porque eu vou entrar com uma linha de produtos
00:28:51absolutamente nova.
00:28:53Vou tirar a Corleone,
00:28:54continuar colocando a Corleone,
00:28:55mas eu já parei de fabricar alguns
00:28:58para que a gente tenha essa transição.
00:29:00Então,
00:29:01eu tive,
00:29:02antes da pandemia,
00:29:03eu tive picos astronômicos
00:29:04de abastecer
00:29:06novos pontos de venda.
00:29:07Eu não sabia como trabalhar na época,
00:29:09eu falei,
00:29:10pô,
00:29:11agora eu dei uma tacada aqui
00:29:12e fico,
00:29:13agora sim,
00:29:14eu vou faturar
00:29:15que nem gente grande,
00:29:16mas eu não sabia como é que funcionava
00:29:17esse mercado
00:29:18de cosméticos,
00:29:20mercado,
00:29:21duelar com os gigantes
00:29:22e eu duelava com eles,
00:29:23não era aqueles,
00:29:25os gigantes,
00:29:25quando eu comecei a ser amassado,
00:29:27por eles,
00:29:27esse é o termo,
00:29:29não é que eles se preocupavam
00:29:30com o meu produto especificamente,
00:29:31mas eu consegui colocar os produtos
00:29:33em lugares de prateleira
00:29:35onde eles queriam
00:29:36o produto deles
00:29:37no lugar do meu.
00:29:38A venda do meu produto,
00:29:40obviamente,
00:29:41versus os gigantes,
00:29:42ela é irrelevante,
00:29:43mas nas lojas
00:29:45onde eu consegui
00:29:45abrir pão de venda,
00:29:46eu tinha um posicionamento
00:29:47bom na gôndola.
00:29:49Pois é,
00:29:49isso é um negócio
00:29:49que a maioria das pessoas
00:29:50não sabe,
00:29:51mas o posicionamento
00:29:52de gôndola
00:29:53é um negócio
00:29:53extremamente disputado,
00:29:54inclusive no supermercado
00:29:55algumas pessoas pagam
00:29:56para estarem
00:29:57em alguma prateleira específica
00:29:59no começo do corredor
00:30:00ou no meio do corredor.
00:30:01E na época pagaram
00:30:02para tirar o meu,
00:30:03literalmente.
00:30:03Exatamente o que acontece.
00:30:04E você sentiu isso na pele?
00:30:06Eu senti.
00:30:06E você descobriu isso
00:30:08na hora que pagaram
00:30:08para tirar o seu
00:30:09ou você já sabia
00:30:10que isso podia acontecer?
00:30:11A verdade foi assim,
00:30:13primeiro mês,
00:30:13venda para caramba
00:30:14porque abrimos várias lojas.
00:30:15Segundo mês,
00:30:15venda para caramba
00:30:16porque abrimos várias lojas.
00:30:17eu fiquei ali
00:30:17num ritmo acelerado
00:30:19muito bom
00:30:19durante uns seis,
00:30:20sete meses.
00:30:21De repente,
00:30:23num pedido
00:30:25parou tudo
00:30:27e fizeram um pedido
00:30:28na época de 26 mil reais.
00:30:30Foi icônico o número.
00:30:32E a gente estava vendendo
00:30:32muito mais do que isso.
00:30:34Eu falei,
00:30:34o que aconteceu?
00:30:35Ah, Bruno,
00:30:36sabe como é que é?
00:30:37O teu produto
00:30:37não está vendendo muito.
00:30:40Ah, que coisa estranha.
00:30:41Eu estou olhando aqui.
00:30:42A gente tem o acesso
00:30:43ao estoque de cada loja
00:30:45e é engraçado
00:30:45que toda loja
00:30:46tinha só o estoque mínimo.
00:30:48Aí eu fui visitar as lojas.
00:30:49Ah, o seu óleo de barba
00:30:51que custava, sei lá,
00:30:5329 reais,
00:30:54ele é muito roubado.
00:30:55Então agora ele está
00:30:55dentro de um frasco
00:30:57daqueles de acrílico
00:30:59lá junto com o Black Label
00:31:00porque ele é muito roubado.
00:31:02Esse é só um dos pontos, cara.
00:31:05É o jogo
00:31:06que eu não sabia como jogar.
00:31:08Eu aprendi nessa hora.
00:31:09E para você voltar
00:31:10para esse game,
00:31:11para você se manter vivo
00:31:12nessa prateleira aqui,
00:31:14não é para gente do meu tamanho.
00:31:15pelo menos o ano de novo.
00:31:16E assim,
00:31:17uma coisa que a gente sente
00:31:17de você é assim,
00:31:19você é um cara
00:31:19que diz sim
00:31:21primeiro
00:31:22e depois você vai resolver.
00:31:23É isso?
00:31:24É só uma impressão minha
00:31:25ou foi assim?
00:31:26A barbearia foi isso?
00:31:28Os cosméticos são isso?
00:31:29E a vida tem...
00:31:30A sorte acompanha os audazes?
00:31:32É isso?
00:31:33Eu vou resumir
00:31:34como é que eu comecei,
00:31:34tá?
00:31:35Com os produtos.
00:31:37A gente tinha uns produtos
00:31:38de grooming, né?
00:31:38Shampoo, barba,
00:31:40itens para barba e tudo mais.
00:31:41Eu fui almoçar com um amigo meu,
00:31:43ele era um distribuidor
00:31:44do grupo GPA.
00:31:46Então ele comprava
00:31:47itens de fora,
00:31:48fazia um pallet
00:31:49e mandava para a distribuição
00:31:50dentro do contrato
00:31:51do GPA.
00:31:52E eu fui almoçar com ele,
00:31:54ele me ligou e falou,
00:31:54cara, eu esqueci,
00:31:56eu tinha marcado hoje
00:31:57um almoço
00:31:58com o comprador do GPA.
00:31:59Você se importa de ir com a gente?
00:32:00Eu falei,
00:32:00claro que não.
00:32:01Sentei lá na mesa,
00:32:02oi, como é que você está?
00:32:02Tudo bem?
00:32:03Quem é você?
00:32:03Preparará?
00:32:04Ah, bom.
00:32:05E você?
00:32:05Ah, eu sou o Bruno
00:32:06da Barbeiria Corleone.
00:32:08Eu não tenho uma oportunidade
00:32:09que eu não deixo
00:32:10de vender o meu negócio, né?
00:32:12E aí ele falou,
00:32:14bom, eu estou tentando
00:32:15falar com você há meses
00:32:16e eu não consigo
00:32:16o seu contato,
00:32:17você não quer me atender?
00:32:18Eu falei, ué, como não?
00:32:19Por quê?
00:32:19Quem é você?
00:32:20Ele falou,
00:32:21eu sou o comprador
00:32:22lá do grupo.
00:32:24Eu estou atrás
00:32:25de uma linha
00:32:25de produtos masculinos,
00:32:27mas eu não quero comprar
00:32:28o óleo de barba
00:32:29em um lugar,
00:32:29o creme de outro.
00:32:30Eu queria uma linha
00:32:31que contemplasse tudo.
00:32:33Você não tem essa linha?
00:32:35Tenho.
00:32:36Forra,
00:32:39então eu posso ver ela?
00:32:40Eu falei, cara,
00:32:40você me pegou
00:32:41num momento aqui,
00:32:42nossa, mágico,
00:32:43porque eu estou desenvolvendo
00:32:44ela há um tempão
00:32:44e eu posso te apresentar
00:32:46ela daqui a um mês?
00:32:48Aí ele falou, pode.
00:32:49Aí nos despedimos,
00:32:51fomos embora,
00:32:51cheguei para esse meu amigo
00:32:52e aí ele falou assim,
00:32:53pô, Bruno,
00:32:54por que você não avisou
00:32:54que você tinha isso?
00:32:55Eu vou colocar
00:32:56para distribuir no mercado.
00:32:57Pô, me avisa
00:32:58quando for assim.
00:32:58Eu falei, você entendeu
00:32:59que eu não tinha?
00:33:01Eu falei, sim,
00:33:01eu vou criar ela em um mês.
00:33:02Ele ficou branco.
00:33:03Ele falou, como é que você
00:33:03me falou para o comprador
00:33:04geral que você tinha?
00:33:05Eu falei, é porque eu vou ter.
00:33:08Visitei uma fábrica.
00:33:10Essas fábricas que, né,
00:33:11que fazem o White Label,
00:33:12na época,
00:33:13eles têm fórmulas prontas
00:33:14de um monte de coisa.
00:33:16E aí eu falei assim,
00:33:17no dia seguinte eu peguei um avião
00:33:18e fui para Nova York
00:33:18e eu comprei um monte
00:33:19de coisa que tinha.
00:33:21Um monte, um monte, um monte.
00:33:22Voltei para o Brasil
00:33:23e falei, cara,
00:33:24eu quero o cheiro desse
00:33:25com a cremosidade desse
00:33:28porque está tudo na fórmula.
00:33:30Montei uma formulazinha minha ali,
00:33:33o cara já tinha a base dele.
00:33:34Um mês depois,
00:33:35o pessoal foi lá
00:33:36na barbearia,
00:33:37todos os 17 compradores
00:33:39do Brasil,
00:33:40dali shopping,
00:33:41todo mundo,
00:33:41fechei a barbearia para eles
00:33:42e usei todos os produtos
00:33:43com eles.
00:33:45E aí,
00:33:46quando todo mundo estava no shopping
00:33:47depois,
00:33:47eles falaram assim,
00:33:48bom, agora apresente o produto.
00:33:49Eu falei,
00:33:49ué, eu já apresentei?
00:33:51Não,
00:33:52cadê as embalagens?
00:33:53Eu falei, ué,
00:33:54vocês estão doidos?
00:33:55Vocês são os chefes
00:33:57nesse assunto?
00:33:58Me digam,
00:33:59você,
00:33:59eu não sei se o shampoo
00:34:00tem que ter 100ml
00:34:01ou 500ml.
00:34:02Eu não sei um monte de coisa.
00:34:04Nesse dia,
00:34:04estava todo mundo emocionado.
00:34:06Eles compraram a ideia
00:34:07junto comigo,
00:34:08a gente desenvolveu
00:34:09a embalagem
00:34:10a quatro mãos.
00:34:11Todo mundo ali
00:34:12pegou amor
00:34:13à marca,
00:34:14pegou um sentimentalismo
00:34:15e eu aprendi
00:34:15na marra coisas
00:34:16que, por exemplo,
00:34:17dentro do mercado,
00:34:18eles não vendem itens
00:34:19em gôndola
00:34:20que cabem
00:34:20na sua mão fechada
00:34:22por causa de roubo.
00:34:23Naquela época,
00:34:24o óleo de barba,
00:34:25porque a gente tinha
00:34:25a barba bem grande,
00:34:27precisava ficar passando
00:34:27um óleo para hidratar ela,
00:34:29todos eles eram uma pipeta,
00:34:30eram um conta-gota
00:34:32com 45ml,
00:34:33escondida na mão.
00:34:34Achei uma embalagem
00:34:35na China,
00:34:35que era um pump
00:34:36todo de plástico,
00:34:38que ele tinha 70ml.
00:34:39Só que,
00:34:40aquele frasquinho
00:34:42pequeno de vidro
00:34:43com 45ml
00:34:44que ele tinha lá dentro,
00:34:45ainda mais com conta-gota
00:34:46também de vidro,
00:34:46era muito caro.
00:34:48Então,
00:34:48o preço desse pump,
00:34:50e que era bem melhor
00:34:51na minha opinião
00:34:52do que ficar com conta-gota,
00:34:53fazer isso aqui,
00:34:54ele era maior do que a mão.
00:34:55Só eu vendia nos mercados.
00:34:57Não tinha concorrente,
00:34:58porque eles não compravam.
00:35:01E o que aconteceu,
00:35:02como eu apresentei
00:35:03isso para todos eles,
00:35:04nós realmente desenvolvemos
00:35:05as embalagens juntos,
00:35:07todos os compradores
00:35:08pegaram amor pela marca,
00:35:09e eu tinha
00:35:10um ótimo
00:35:11posicionamento
00:35:12nas gôndolas.
00:35:14Quer dizer,
00:35:14você nem teve clientes,
00:35:15você teve parceiros.
00:35:16Tive parceiros,
00:35:17eu não tenho nenhum compliance nisso,
00:35:18não enganei nem absolutamente ninguém,
00:35:19a gente realmente desenvolveu
00:35:20o produto.
00:35:21Eu só falei
00:35:22que eu tinha
00:35:23o produto na época,
00:35:24foi desenvolvido
00:35:25e estamos aí
00:35:25há cinco anos
00:35:28com eles no mercado.
00:35:28E tem coisa nova
00:35:29para aparecer,
00:35:30a gente não vai falar
00:35:30disso agora exatamente,
00:35:31porque eu quero ainda
00:35:32passar rapidinho
00:35:33pela história da fotografia.
00:35:34Tá.
00:35:35Você,
00:35:35eu vou resumir aqui
00:35:36um pouquinho
00:35:36só para o tempo.
00:35:39Você tinha passado
00:35:40por uma experiência
00:35:41de um burnout,
00:35:42né?
00:35:42Uhum.
00:35:44Que é,
00:35:45quando a pessoa adoece
00:35:46de tanto trabalho,
00:35:47você é um cara
00:35:48inquieto,
00:35:48eu falei isso
00:35:49antes da gente começar
00:35:49gravar,
00:35:50você é um cara
00:35:50que notavelmente
00:35:52é um cara
00:35:52que não fica parado,
00:35:54né?
00:35:54É um cara
00:35:55que facilmente
00:35:56seria paraquedista,
00:35:58né?
00:35:58Essas coisas.
00:35:59Você parece ser um cara,
00:36:00tô chutando aqui, tá?
00:36:01Pelot de rally, né?
00:36:02É, pelot de rally,
00:36:03esse tipo de coisa.
00:36:05Mas o...
00:36:06E aí,
00:36:08um médico,
00:36:09segundo eu ouvi,
00:36:10se eu me corrija,
00:36:10se eu tiver equivocado,
00:36:12falou,
00:36:12olha só,
00:36:12meu cara,
00:36:13você precisa de um hobby.
00:36:14Doutor Tiago Volpe,
00:36:16meu médico até hoje,
00:36:17um dos meus melhores amigos,
00:36:18veremos sócios,
00:36:19inclusive,
00:36:20em umas clínicas
00:36:20de transplante capilar
00:36:21que abrimos,
00:36:22funcionou dois anos,
00:36:23já vendemos o negócio.
00:36:24Você vê que as coisas,
00:36:26elas simplesmente fluem.
00:36:27Nesse meu lance
00:36:28de falar sim para tudo,
00:36:29nessa época que eu tive
00:36:30burnout em 2017,
00:36:31eu nem sabia o que que era,
00:36:32eu fui descobrir
00:36:33depois que ele falou,
00:36:34vamos aqui,
00:36:34burnout,
00:36:34o que que é isso?
00:36:36Eu falando sim para tudo,
00:36:38eu entrei na sociedade
00:36:38de restaurante,
00:36:40já que eu tinha
00:36:41know-how antes,
00:36:42eu entrei em sociedade
00:36:42de espaço de evento,
00:36:44fui fazendo um monte de coisa,
00:36:46e eu acho que
00:36:47essa é a trajetória,
00:36:48por mais que a gente
00:36:49escute que não,
00:36:51que não é,
00:36:52que a qualidade de vida
00:36:53é ter saúde e tudo mais,
00:36:55que é,
00:36:56obviamente,
00:36:56a gente tem um momento
00:36:57da vida ali
00:36:57que não tem jeito.
00:36:59Você se descontrola
00:37:00um pouco nos horários,
00:37:01até que você tenha
00:37:02um padrão
00:37:03que você conseguiu
00:37:03atingir aquilo
00:37:04que você estava lutando,
00:37:05não adianta falar para os outros,
00:37:06você vai abrir uma empresa
00:37:07e no primeiro ano
00:37:08você vai conseguir realmente
00:37:09trabalhar ali da hora que abre
00:37:11no máximo até a hora que fecha
00:37:12e no final de semana
00:37:13você vai ficar bonitão,
00:37:14mas não tem jeito,
00:37:15não é?
00:37:16E aí,
00:37:17acumulei muita coisa,
00:37:18e aí na época,
00:37:19sem cometer aqui
00:37:20nenhuma irresponsabilidade
00:37:22de falar como médico,
00:37:23o que o meu médico falou,
00:37:24basicamente,
00:37:26você só está dando
00:37:27ao seu corpo
00:37:27estímulo de trabalho,
00:37:29de estresse.
00:37:31E não,
00:37:31eu não estava vivendo
00:37:32um momento ruim
00:37:33financeiramente,
00:37:34ele era ótimo,
00:37:35era exatamente o contrário,
00:37:37mas todo dia,
00:37:37o dia inteiro,
00:37:38era só trabalho,
00:37:38trabalho, trabalho,
00:37:39trabalho, trabalho,
00:37:40trabalho,
00:37:40enchi o meu corpo
00:37:41de cortisol
00:37:42e isso acabou me trazendo
00:37:45aí um colapso hormonal aí.
00:37:49Mas você chegou
00:37:49a passar mal mesmo?
00:37:50Passei mal.
00:37:51Passei mal,
00:37:52fui para a clínica
00:37:53do Dr. Thiago,
00:37:53que é aqui em São Paulo também,
00:37:55ele falou,
00:37:56cara, estranho,
00:37:56porque eu faço um trabalho
00:37:58com ele de longevidade,
00:38:00tento manter o corpo
00:38:01muito saudável o ano inteiro,
00:38:03ele falou,
00:38:04cara, estranho,
00:38:04você está bebendo pouco,
00:38:05você está super saudável,
00:38:06não está com gordura,
00:38:07malhando e tudo mais,
00:38:08deixa eu ver os seus hormônios aí,
00:38:09tudo bagunçado.
00:38:10Ele virou para mim e falou assim,
00:38:12duas coisas que você vai fazer,
00:38:13a primeira delas,
00:38:14você vai viajar por 10 dias,
00:38:15porque se eu te internar,
00:38:16eu vou te dar um remédio
00:38:17para dormir,
00:38:17um para acordar e tudo mais,
00:38:18vai ser horrível,
00:38:19vamos tentar,
00:38:20dá só um estímulo bom
00:38:21para o teu corpo de descanso,
00:38:23vê se ele volta ao normal.
00:38:24Voltando,
00:38:25vende tudo o que te dá
00:38:26mais problema do que dinheiro,
00:38:27foca só ali na Corleone.
00:38:30E terceiro,
00:38:31cria um hobby,
00:38:32porque eu tinha uma mania
00:38:34que eu imagino que
00:38:35muita gente tem,
00:38:37que era de dormir
00:38:37com um caderninho de anotações,
00:38:39porque a única hora
00:38:40do dia que você consegue
00:38:41dar uma pausa para a cabeça,
00:38:43neste momento ali
00:38:44que você está construindo
00:38:45a tua vida profissional,
00:38:47eu dormia,
00:38:48pensava assim,
00:38:49a hora que vier uma boa ideia,
00:38:51eu vou anotar.
00:38:52Você não está descansando.
00:38:53Ele falou,
00:38:54cria um hobby
00:38:54onde você realmente
00:38:56vai sentir prazer,
00:38:58você vai parar
00:38:59de ficar pensando
00:38:59só no trabalho,
00:39:01você vai ter alguma coisa
00:39:02que vai estimular
00:39:03o orgulho
00:39:04da felicidade
00:39:06no seu corpo,
00:39:07que isso a gente
00:39:07vai conseguir
00:39:08atingir a saúde,
00:39:10você não pode
00:39:10só trabalhar,
00:39:11tem que trabalhar,
00:39:12se exercitar,
00:39:13se divertir,
00:39:14dormir,
00:39:15e aí cargas d'água
00:39:16cair na fotografia,
00:39:182017.
00:39:20Cair na fotografia,
00:39:21comprei uma câmera
00:39:22fotográfica,
00:39:23semiprofissional na época,
00:39:24aí deixa eu só
00:39:25te interromper aqui
00:39:26rapidinho,
00:39:26você é um cara
00:39:27que quando começa
00:39:28as coisas,
00:39:28você já sai comprando
00:39:29tudo,
00:39:30já vai ser,
00:39:30você já entra de cabeça
00:39:32no negócio,
00:39:32você foi experimentando.
00:39:33Adoro uma bugiganga.
00:39:35Vou,
00:39:36vou.
00:39:37E outra coisa,
00:39:38você não assustou
00:39:39quando ele falou isso?
00:39:40Tipo assim,
00:39:40cara,
00:39:40eu não vou conseguir
00:39:41fazer isso,
00:39:42você vai me desculpar,
00:39:42mas eu não vou deixar
00:39:43os meus negócios lá
00:39:44pra outra pessoa cuidar
00:39:45durante 10 dias,
00:39:47eu não vou conseguir
00:39:48me desligar,
00:39:48ou não,
00:39:49você foi,
00:39:50tá bom,
00:39:50você tá me falando,
00:39:52então eu vou fazer.
00:39:52Eu vou te falar
00:39:53exatamente o que ele
00:39:53falou pra mim,
00:39:54na época eu acho
00:39:54que eu tinha 34 anos,
00:39:56ele falou,
00:39:56Bruno,
00:39:56com 34 anos,
00:39:58isso aqui é um grande aviso
00:39:59que você tá indo
00:39:59pelo caminho errado,
00:40:00o próximo,
00:40:01daqui a uns anos
00:40:02pode ser um AVC
00:40:03ou o coração.
00:40:05E aí, meu amigo,
00:40:06quando faz isso aqui,
00:40:08aí que você não trabalha
00:40:08nunca mais mesmo,
00:40:09se você der sorte
00:40:10é de ficar aqui.
00:40:12Tua empresa não vai
00:40:12quebrar em 10 dias,
00:40:14vai viajar.
00:40:15Dito e feito.
00:40:17E isso foi um,
00:40:18foi um,
00:40:19foi um momento
00:40:19muito bom
00:40:20de tipo,
00:40:21você sai desembestado,
00:40:23às vezes você não para
00:40:24pra ver o que tá acontecendo
00:40:25em volta da vida,
00:40:26é bom pra você ter
00:40:27umas pausas,
00:40:28às vezes quando isso foi
00:40:28uma senhora pausa pra mim,
00:40:29opa,
00:40:30cara,
00:40:30verdade,
00:40:31e olha que presentão
00:40:33que dava pra mim,
00:40:33nessa época,
00:40:34eu já não precisava mais
00:40:35ter tanto esse ritmo
00:40:36de trabalho,
00:40:37da doideira,
00:40:38até pra você falar,
00:40:39Bruno,
00:40:39calma um pouquinho aí,
00:40:40calma,
00:40:41não fica nesse desespero
00:40:42todo pra todo.
00:40:43E aí eu comecei,
00:40:45cargas d'água,
00:40:45eu fui parar na fotografia,
00:40:47e como é que você
00:40:48aprende alguma coisa,
00:40:49não tem aquela regra
00:40:49das 10 mil horas lá,
00:40:51aí você fica,
00:40:51bom,
00:40:52cara,
00:40:53comprei uma mochilinha,
00:40:54era câmera pra lá
00:40:55e pra cá.
00:40:55aí a câmera tinha
00:40:58bluetooth
00:40:59e ligava na época
00:41:00no meu telefone
00:41:01e eu fico atirando
00:41:02foto de tudo.
00:41:03Aí eu tirava foto
00:41:05dos clientes na barbeira
00:41:06porque eu tava
00:41:06trabalhando lá
00:41:07e aí eu pensei,
00:41:08cara,
00:41:09a rede social
00:41:10é muito forte.
00:41:11Se eu tiro uma foto
00:41:12bonita de alguém,
00:41:12dificilmente essa pessoa
00:41:14não vai publicar
00:41:14lá na rede social.
00:41:15E olha que coisa maravilhosa,
00:41:17o cara,
00:41:17ele é cliente aqui,
00:41:18ele pagou pelo serviço,
00:41:20ele tá aprovando,
00:41:21ele tá dando aprovação
00:41:22pra base de seguidores dele,
00:41:24o trabalho da microinfluência,
00:41:26ele é muito mais assertivo
00:41:28do que o da macro.
00:41:29Ah,
00:41:29você pega alguém
00:41:30que fala de carro
00:41:31pra falar de corte de cabelo
00:41:32um dia,
00:41:32ninguém vai parar
00:41:33pra prestar atenção.
00:41:34Mas o cara
00:41:35que trabalha ali com você
00:41:36e que ele já mostra
00:41:38ser uma pessoa inteligente
00:41:39pra você ou de bom gosto,
00:41:40ele para e fala assim,
00:41:41eu corto cabelo aqui
00:41:42e eu gosto pra caramba,
00:41:44isso é de muito valor,
00:41:45é muito mais assertivo
00:41:46do que você contratar
00:41:47alguém com milhões de seguidores.
00:41:49Então,
00:41:49como é que o meu cliente
00:41:50podia fazer isso?
00:41:51Comecei a tirar foto
00:41:52dos clientes
00:41:52enquanto ele tava fazendo a barba,
00:41:54passava pro Bluetooth,
00:41:55quando o cara tava no caixa,
00:41:57ele,
00:41:58eu falava assim,
00:41:58olha,
00:41:59desculpa te incomodar,
00:42:00não quis invadir a sua privacidade,
00:42:01não vou fazer nada
00:42:02com essa foto.
00:42:03Mas,
00:42:03ele já sabia
00:42:04que eu era o dono
00:42:04da barbearia,
00:42:05eu abri e fechava.
00:42:07Mas eu fiz essa foto
00:42:07de presente aqui pra você,
00:42:09eu tô aprendendo a fotografar.
00:42:10Uh,
00:42:10que maravilha,
00:42:11o cara saia de lá,
00:42:12postava na rede social
00:42:12e ainda fazia algum elogio,
00:42:13era uma propaganda pra mim,
00:42:15pra alguém que realmente
00:42:15consumiu o serviço
00:42:16e pagou,
00:42:17e era meu cliente.
00:42:18E aí,
00:42:19todo fotógrafo
00:42:20que ia lá na,
00:42:21nessa época,
00:42:22a rede social minha,
00:42:23Bruno,
00:42:23já tava sendo muito bem trabalhada,
00:42:26e...
00:42:26Que é um negócio
00:42:27que também você,
00:42:27você investiu tempo,
00:42:31né,
00:42:31no mínimo,
00:42:32né,
00:42:32porque você não tem
00:42:33140,
00:42:34150 mil servidores
00:42:35no Instagram
00:42:36que eu li.
00:42:37É.
00:42:38Mas não é uma carreira
00:42:39de influência,
00:42:40né,
00:42:40o seu Instagram
00:42:41não parece um Instagram
00:42:42de influência.
00:42:43Não,
00:42:43até é,
00:42:43faça um dinheirinho lá
00:42:44porque eu sou vendedor
00:42:45e comerciante.
00:42:46Onde puder.
00:42:48Desde que ali
00:42:48tenha a ver,
00:42:50não apenas,
00:42:51é o óbvio,
00:42:52né,
00:42:52ter a ver comigo,
00:42:53mas vai ter a ver
00:42:54com quem me segue.
00:42:55Basicamente quem me segue
00:42:56são homens 35 e mais
00:42:57que podem ser clientes
00:42:58da Coleone
00:42:59ou clientes
00:43:00da minha,
00:43:01da fotografia
00:43:02bem de maneira geral.
00:43:04A rede social,
00:43:05eu uso ela
00:43:06como um instrumento
00:43:07de comunicação.
00:43:09Então,
00:43:09por exemplo,
00:43:10vamos inaugurar
00:43:10uma loja nova
00:43:11e eu tô trabalhando
00:43:12muito a minha rede social
00:43:13esses 10 meses antes
00:43:14pra que as pessoas
00:43:15vejam que tá acontecendo
00:43:16alguma coisa,
00:43:17que tem uma movimentação.
00:43:19Eu vou contar bastidores
00:43:20que podem influenciar
00:43:21outras pessoas
00:43:22ou incentivar
00:43:23outras pessoas
00:43:23de começar o seu negocinho.
00:43:25Tô contando assim
00:43:26desde a obra,
00:43:27eu tô contando várias coisas,
00:43:28eu tô gravando tudo
00:43:29e tem coisas
00:43:29que eu não estou contando
00:43:30porque eu infelizmente
00:43:31ainda não posso
00:43:32por conta de um contrato
00:43:33da marca que eu tô fazendo,
00:43:34mas depois eu pretendo
00:43:35fazer isso como se fosse
00:43:36uma websérie
00:43:37com um único objetivo
00:43:40de eu me conectar
00:43:41com essas pessoas.
00:43:42E são pessoas
00:43:43que não apenas
00:43:44podem virar meus clientes,
00:43:46mas pessoas
00:43:47que têm aptidão
00:43:48ao empreendedorismo,
00:43:49que são executivos
00:43:50e querem virar empresário
00:43:51algum dia,
00:43:52gente que tá saindo
00:43:53da faculdade
00:43:53e acha que o mundo
00:43:55é a maravilha
00:43:56de um curso
00:43:57de cinco passos
00:43:59que é comprado.
00:44:01Eu não tô querendo
00:44:02vender nada
00:44:03pra ninguém
00:44:03nesse momento,
00:44:04mas eu quero principalmente
00:44:05me conectar
00:44:05a essas pessoas.
00:44:06Se a hora que eu abri
00:44:07a nossa nova barbearia
00:44:09e todos os seguidores
00:44:10que acompanharam isso
00:44:11falaram assim,
00:44:12eu vou lá pelo menos
00:44:12uma vez pra conhecer,
00:44:13ótimo, já funcionou.
00:44:14Então, a minha rede social
00:44:16eu uso pra minha comunicação.
00:44:18Eu não consigo enxergar
00:44:20ninguém vendendo nada
00:44:21pelo Instagram.
00:44:22Calma,
00:44:22isso não é tão polêmico.
00:44:24que é o seguinte,
00:44:25na rede social,
00:44:26principalmente o Instagram,
00:44:27eu uso ela
00:44:28pra despertar o desejo,
00:44:30pra despertar o interesse
00:44:31das pessoas.
00:44:32Porque qualquer produto
00:44:33que você vai vender
00:44:34você não compra no Instagram.
00:44:35Ele sempre vai te levar
00:44:36um link
00:44:37aonde você vai comprar
00:44:38pelo WhatsApp,
00:44:39você vai comprar
00:44:40no e-commerce,
00:44:40onde lá sim
00:44:41tem as especificações técnicas
00:44:43de um produto que você tá vendendo.
00:44:45No e-commerce
00:44:46você tem um copo transparente
00:44:47com fundo branco
00:44:47com as medidas
00:44:48pra você saber
00:44:48o que você tá comprando.
00:44:50Mas você não vai colocar
00:44:50essa comunicação
00:44:51na rede social.
00:44:53Você vai pegar alguém
00:44:53na praia
00:44:54num dia muito feliz,
00:44:55nitidamente com muito calor,
00:44:56com uma roupa bonita
00:44:57e tomando uma água bem gelada.
00:44:58É o desejo.
00:44:59É despertar o desejo.
00:45:01Então,
00:45:02eu uso ele lá
00:45:03com esse argumento.
00:45:04E eu faço,
00:45:05se você entrar
00:45:05na minha rede social,
00:45:06eu tento fazer isso
00:45:07de maneira muito reduzida,
00:45:09das tais publi.
00:45:11Mas por que que eu faço?
00:45:12Aí eu sou piloto de rali,
00:45:13eu preciso de patrocínio,
00:45:14o automobilismo
00:45:15é um troço muito caro.
00:45:16Onde é uma parte
00:45:17enorme da entrega,
00:45:18onde a gente consegue
00:45:19mensurar,
00:45:19visualização,
00:45:20like,
00:45:20conexão e tudo mais.
00:45:21É ali.
00:45:22Então,
00:45:22pode ver que tudo
00:45:23que eu tenho lá
00:45:24são contratos fixos
00:45:25que são patrocinadores
00:45:26no CART.
00:45:27Tem a VEDA,
00:45:28que organiza meus dinheiros,
00:45:30o Café Três Corações.
00:45:32É gente que está lá
00:45:33comigo há muito tempo.
00:45:34Acaba que quem acompanha
00:45:36na rede social
00:45:36essa coisa
00:45:37da comunicação,
00:45:38de maneira geral,
00:45:39eu não estou lá
00:45:40querendo
00:45:41ficar dando de maior
00:45:43e ensinar as coisas
00:45:44para os outros.
00:45:45Apesar de vender
00:45:46o meu curso de fotografia
00:45:47para celular,
00:45:48mas entenda,
00:45:49eu uso ele muito
00:45:50pela minha comunicação,
00:45:51porque eu entendi
00:45:52lá em 2013
00:45:52que aquilo foi essencial
00:45:53para os seis primeiros
00:45:55meses do meu negócio.
00:45:5690% dos meus clientes
00:45:57vieram no digital.
00:45:58Então,
00:45:58eu quero voltar rapidinho
00:45:59para a fotografia,
00:46:00que eu acabei tirando
00:46:01você do caminho.
00:46:02Então,
00:46:03aí você começa
00:46:03a tirar a fotografia,
00:46:04começa,
00:46:04você já entendia
00:46:05esse mecanismo
00:46:06de que seria
00:46:08um efeito rede,
00:46:09no Instagram,
00:46:11etc e tal,
00:46:12o boca a boca digital,
00:46:14que é isso,
00:46:15olha,
00:46:16cortei meu cabelo
00:46:16na Corleone,
00:46:17marquei ali,
00:46:18o cara vai dizer,
00:46:18pô,
00:46:18Rodrigo corta o cabelo
00:46:19lá na Corleone.
00:46:20Não,
00:46:20eu que eu não,
00:46:21mas eu não levo
00:46:23ninguém a lugar nenhum,
00:46:24mas assim,
00:46:25acaba que o cara olha
00:46:30e fala,
00:46:30pô,
00:46:30se o Rodrigo cortar lá,
00:46:31gosto dele,
00:46:32vou tentar também.
00:46:34E eu garanto,
00:46:35vocês vão ficar
00:46:35mais bonitos que eu.
00:46:37Mas aí,
00:46:38você começa a usar
00:46:39a fotografia
00:46:40como um hobby,
00:46:41como um hobby,
00:46:42eu comecei na...
00:46:44E vira um trabalho.
00:46:46Vira um trabalho.
00:46:47Sou hoje fotógrafo profissional.
00:46:50Lá foi o seguinte,
00:46:51lembra que eu falei
00:46:51que eu tirava foto
00:46:52das pessoas
00:46:52e depois,
00:46:53aquilo era pra eu aprender.
00:46:55Depois eu comecei
00:46:55a dar pros clientes
00:46:56pra agradar os clientes,
00:46:57mas não era uma forma
00:46:57de trabalho,
00:46:58mesmo porque não era
00:46:58uma foto
00:46:59extremamente profissional,
00:46:59apesar de uma super qualidade
00:47:00bem melhor do que
00:47:01o celular da época.
00:47:03E aí,
00:47:03os fotógrafos
00:47:04que frequentavam a barbearia,
00:47:06eu chegava e falava assim,
00:47:06não vou te encher muito
00:47:07a sua paciência.
00:47:08Será que você pode olhar
00:47:09essas três fotos
00:47:10e me dizer
00:47:11o que eu tô fazendo de errado?
00:47:12E aí,
00:47:12um deles chegou pra mim
00:47:13e falou assim,
00:47:13Bruno,
00:47:13o foco é no olho.
00:47:14Você tá dando
00:47:15na ponta do nariz.
00:47:16Porque quem compra
00:47:17a primeira câmera,
00:47:18né,
00:47:18semiprofissional ou profissional
00:47:20pra você conseguir
00:47:20trocar a lente,
00:47:21é aquela coisa
00:47:22do foco na pessoa
00:47:23e o fundo
00:47:24totalmente embaçado, né?
00:47:25Então,
00:47:25era assim que eu usava
00:47:26lá na época.
00:47:27Perguntando pros outros,
00:47:29quando eu fui pegando
00:47:29as manhas do negócio
00:47:30e eu vi que era
00:47:31muito melhor
00:47:31do que a fotografia
00:47:32que a gente tinha disponível
00:47:33do celular naquela época,
00:47:34aí eu comecei
00:47:35a fazer curso.
00:47:36E aí,
00:47:37nas viagens,
00:47:38eu entendia
00:47:38que eu conseguia
00:47:39abastecer minha rede social
00:47:40e eu crescia
00:47:41em número de seguidores
00:47:41postando fotos mais bonitas,
00:47:43seja lá qual fosse o assunto,
00:47:45e isso me trazia
00:47:45mais gente conhecendo
00:47:46o meu trabalho
00:47:47dentro da Corleone.
00:47:48vamos pular pra pandemia,
00:47:50todas as minhas lojas
00:47:51fecharam,
00:47:52queimei caixa,
00:47:53fiz o que foi possível
00:47:54pra sobreviver,
00:47:55porque eu acreditava
00:47:55no meu negócio
00:47:56e eu falava assim,
00:47:56não é o meu negócio
00:47:57que fechou por algum motivo,
00:47:59o mundo fechou,
00:48:00o mundo parou,
00:48:00quando a gente abrir
00:48:01as pessoas vão
00:48:01com o cabelo comprido
00:48:02e a gente vai ter
00:48:04que cortar o cabelo deles,
00:48:05então eu vou sobreviver.
00:48:06Quando abriu o comércio,
00:48:09ali nos primeiros meses,
00:48:11daquela primeira fase
00:48:12da pandemia,
00:48:12a gente tinha uma restrição
00:48:14muito grande de horário,
00:48:15de cadeira,
00:48:16de quantas pessoas
00:48:17podiam estar lá dentro,
00:48:18o que eu poderia vender
00:48:19além do corte de cabelo
00:48:20e da barba.
00:48:22E aí eu comecei a faturar
00:48:2320% do que a gente
00:48:24faturava antes da pandemia,
00:48:25isso significa o que?
00:48:26É mais prejuízo
00:48:27do que a loja estar fechada,
00:48:28porque aí tem conta de luz,
00:48:30e eu precisava pagar
00:48:31a condução
00:48:31pro pessoal
00:48:33que trabalhava lá,
00:48:33enfim,
00:48:34todos os custos normais
00:48:35de uma loja aperta.
00:48:37E aí eu falei,
00:48:37pô,
00:48:38eu tô aqui queimando
00:48:39todas as minhas economias,
00:48:41eu tô queimando
00:48:41as economias,
00:48:42o caixa da empresa,
00:48:44eu preciso fazer uma coisa
00:48:45pra pelo menos
00:48:46pagar as minhas contas.
00:48:47cara,
00:48:49se eu digo
00:48:49que eu sou lá,
00:48:50só existe uma profissão
00:48:51no mundo vendedor
00:48:52e eu me dito
00:48:52como vendedor,
00:48:53como é que
00:48:53eu não me dou
00:48:55um prazo
00:48:55de uma semana
00:48:56pra vender alguma coisa?
00:48:58Eu falei,
00:48:58cara,
00:48:59todo mundo elogia
00:48:59as minhas fotos,
00:49:00todo mundo
00:49:00fala que se,
00:49:02putz,
00:49:02você não pensa
00:49:03em ganhar dinheiro
00:49:03com fotografia?
00:49:04Tinha gente que falava assim,
00:49:05puta,
00:49:05não dá pra você ir
00:49:06fotografar meu casamento,
00:49:07nem sabia como fazer isso.
00:49:09Sempre tinha uma coisa
00:49:10que eu lembrava
00:49:10das pessoas
00:49:11se disponibilizando
00:49:13a de alguma maneira
00:49:14ativar
00:49:15aí o mercantilismo
00:49:17lá com as fotos,
00:49:17eu falei,
00:49:18ah,
00:49:18eu vou dar um jeito
00:49:19de fazer dinheiro
00:49:20com isso aqui.
00:49:21Comprei um fundo infinito,
00:49:22fui no meu escritório
00:49:22pessoa física,
00:49:23abri os meus stories
00:49:24e falei,
00:49:24olha,
00:49:25é inegável
00:49:26que o mundo digital
00:49:27agora,
00:49:28durante um bom tempo,
00:49:30vai ser a única
00:49:31saída de comunicação
00:49:31entre você,
00:49:33seus clientes
00:49:34e a sua equipe.
00:49:36Será que hoje
00:49:37a maneira
00:49:38a qual você se apresenta
00:49:39no mundo digital,
00:49:42ela representa
00:49:43a autoridade
00:49:43que você tem
00:49:44no mundo físico?
00:49:45Você vai passar
00:49:45um bom tempo aqui
00:49:46falando com as pessoas
00:49:48através da sua tela
00:49:49do celular.
00:49:51Aquela foto do WhatsApp
00:49:52quando você chama
00:49:53um cliente novo,
00:49:53será que a paisagem,
00:49:55o cachorro,
00:49:56o seu filho pequeno,
00:49:58qualquer coisa
00:49:58que você colocou,
00:49:59menos uma foto
00:49:59bem tirada sua,
00:50:00representa realmente
00:50:02a autoridade
00:50:03da negociação
00:50:05que você quer fazer
00:50:05profissional com essas pessoas?
00:50:07Olha,
00:50:07eu há muito tempo
00:50:08procuro,
00:50:09eu me preocupo
00:50:09com a minha imagem
00:50:11na internet
00:50:12como empresário
00:50:12e tudo mais
00:50:13e produzo fotografias ótimas.
00:50:14Quem quiser,
00:50:15vai lá no meu estúdio,
00:50:16eu cobro tanto,
00:50:17a gente faz 30 fotos
00:50:18e uma hora você entra
00:50:19e sai.
00:50:21Eu marquei assim,
00:50:22tipo,
00:50:22seis ensaios por dia
00:50:23e assim,
00:50:25nos primeiros três dias
00:50:25eu já tinha
00:50:26quatro, cinco semanas
00:50:27toda bocada.
00:50:29Que beleza,
00:50:29que eu me sustentei
00:50:31eu paguei
00:50:32todas as minhas contas
00:50:33sem fazer nenhum drama aqui,
00:50:35eu precisava repor
00:50:35o caixa da empresa.
00:50:37Eu não tirei um real
00:50:38da empresa
00:50:38pelos próximos dois anos,
00:50:40eu fui fazer
00:50:40a primeira retirada
00:50:41da empresa
00:50:42para pagar qualquer conta
00:50:44em 2022.
00:50:46E cara,
00:50:46no final das contas
00:50:47é assim,
00:50:48lembra,
00:50:48você fala assim
00:50:49para tudo,
00:50:50ué,
00:50:50tem coisa que dá certo,
00:50:51você não vai parar.
00:50:53Mas e acontece
00:50:54que ficou uma coisa
00:50:54muito gostosa.
00:50:55Eu continuo tendo um hobby,
00:50:56continuo a fotografia,
00:50:57sabe por quê?
00:50:58Dentro de um estúdio
00:50:59você coloca
00:50:59as luzes artificiais,
00:51:01você fotografa as pessoas
00:51:02de um fundo infinito,
00:51:03é tudo igual,
00:51:03só troca com as pessoas.
00:51:04Quando eu saio
00:51:05com a minha câmera fotográfica,
00:51:07por aí,
00:51:07numa viagem,
00:51:08vou fotografar,
00:51:09sei lá,
00:51:09qualquer outra coisa,
00:51:11continua sendo um hobby
00:51:12muito forte,
00:51:12eu continuo estudando
00:51:13todos os dias.
00:51:14Sabe o que é estudar
00:51:15para mim?
00:51:16Eu abro 15 minutos
00:51:17antes de dormir,
00:51:18deitado na cama,
00:51:19de maneira aleatória,
00:51:20o YouTube,
00:51:21eu pego algum fotógrafo
00:51:23que eu admiro
00:51:24e fico lá 15 minutos
00:51:25olhando como é
00:51:26que ele fez
00:51:27aquela foto
00:51:28e eu tento descobrir
00:51:29como é que ele montou
00:51:29aquele cenário.
00:51:30Porque no final das contas,
00:51:32uma boa fotografia
00:51:33é essencial.
00:51:35A luz,
00:51:36que é a parte mais importante,
00:51:37você nunca para
00:51:37de aprender isso,
00:51:38mas na fotografia
00:51:39você tem velocidade,
00:51:40abertura do diafragma
00:51:41e o ISO.
00:51:43Só.
00:51:44De resto,
00:51:45tudo são outras,
00:51:46mas para você tirar
00:51:47uma boa foto,
00:51:49são os três pilares básicos
00:51:50da fotografia.
00:51:52Velocidade,
00:51:52abertura e ISO.
00:51:52Só o resto é você
00:51:54se inspirar,
00:51:54aprender e desenvolver
00:51:55o teu próprio estilo
00:51:58dentro da fotografia.
00:51:59Deixa eu fazer o seguinte,
00:52:00antes da gente falar
00:52:01do futuro aí
00:52:01da Corneone
00:52:02e dos seus negócios,
00:52:03só que tem uma dúvida
00:52:04que eu fiquei,
00:52:05é uma curiosidade,
00:52:06na verdade,
00:52:06você falou que tinha caixa,
00:52:07isso não é muito comum,
00:52:09principalmente no comércio.
00:52:10É um comércio menor,
00:52:12assim,
00:52:12quando você não tem
00:52:12uma empresa gigantesca,
00:52:14você sempre foi assim,
00:52:16isso nasceu
00:52:17da crise lá atrás,
00:52:20dessa,
00:52:21entre aspas,
00:52:22aí vai,
00:52:22quando seus pais
00:52:24separaram e o restaurante,
00:52:26você começou a entender
00:52:27que, pô,
00:52:27é legal ter um pé de meia
00:52:29aqui,
00:52:29porque um dia
00:52:30pode,
00:52:31as coisas podem não ficar
00:52:32tão boas
00:52:33quanto estão hoje.
00:52:34Tiveram duas coisas,
00:52:35a escola que eu vi
00:52:36acontecer lá na minha frente,
00:52:37que é o meu pai,
00:52:38é um jovem,
00:52:41um comerciante
00:52:42que aprendeu
00:52:43a ser empresário
00:52:45na década de 80 e 90,
00:52:47onde você tinha
00:52:47uma economia fechada,
00:52:48onde não era o real,
00:52:50você tinha uma inflação
00:52:51absurda,
00:52:53era uma inflação
00:52:53tão descontrolada
00:52:54que guardar dinheiro
00:52:55significava
00:52:56perder dinheiro,
00:52:57né,
00:52:58para os jovens
00:53:00que estão nos assistindo
00:53:00aqui,
00:53:01as famílias iam buscar
00:53:02os salários na empresa
00:53:04para ir para o mercado,
00:53:05porque no dia seguinte
00:53:06ou no mesmo dia à noite
00:53:07podia ter uma remacação
00:53:08de preço
00:53:08e o valor do salário
00:53:10recebido naquele momento
00:53:11valia muito menos o mercado.
00:53:12então não existia
00:53:14poupar naquela época,
00:53:15né,
00:53:16quando alguns
00:53:16pouparam um pouquinho mais,
00:53:18depois o plano,
00:53:19o plano
00:53:20e confiscou,
00:53:22o plano
00:53:22e grande parte,
00:53:24né,
00:53:25desse medo
00:53:26que as pessoas
00:53:26têm de deixar
00:53:27um dinheirinho guardado
00:53:28que são aí,
00:53:29é,
00:53:30caras que hoje
00:53:31têm 60 anos
00:53:32ou um pouquinho mais,
00:53:34vem de toda essa
00:53:35série de acontecimentos,
00:53:36então,
00:53:36eu vi o meu pai
00:53:37sempre falava assim,
00:53:38se sobrava dinheiro,
00:53:39compra um terreno,
00:53:40compra um carro,
00:53:41compra alguma coisa,
00:53:43né,
00:53:44e eu vim um pouco
00:53:45dessa escola,
00:53:46mas eu lembro
00:53:47que eu falava assim,
00:53:48cara,
00:53:49mudou o negócio,
00:53:49como é que a gente
00:53:50não tem dinheiro guardado,
00:53:51tem que ter dinheiro guardado,
00:53:51então,
00:53:52ótimo,
00:53:53uma parte vem bem daí,
00:53:54mas sendo bem sincero,
00:53:55no segundo,
00:53:56cara,
00:53:56eu abri um imóvel
00:53:58de 120 metros quadrados
00:53:59no Itaim Bibi,
00:54:01que os custos ali
00:54:02naquela época,
00:54:03eles não eram altos,
00:54:03eu me virava,
00:54:04eu lavava,
00:54:04na época eu lavava
00:54:05as toalhas em casa,
00:54:06era meio que um absurdo,
00:54:07mas sei lá,
00:54:07não tinha grana
00:54:08para fazer ainda
00:54:08a coleta dessas toalhas
00:54:10lavar lá,
00:54:10então,
00:54:11durante alguns meses
00:54:11eu fiz isso,
00:54:13só trabalhei,
00:54:14eu era solteiro,
00:54:16só trabalhei,
00:54:16eu acordava
00:54:17e ia dormir trabalhando,
00:54:19ah,
00:54:19isso não é saudável,
00:54:20não,
00:54:20não é mesmo,
00:54:21gente,
00:54:21mas é difícil
00:54:23começar uma empresa
00:54:24absolutamente do zero
00:54:25e você não se dedicar
00:54:26a 250%
00:54:27num primeiro período
00:54:29de tempo
00:54:29e ela realmente
00:54:30está certa,
00:54:31eu não tinha sócio
00:54:31para me ajudar,
00:54:33então,
00:54:33o que eu quero dizer é,
00:54:34era um imóvel
00:54:35de 120 metros quadrados,
00:54:36você imagina então
00:54:37que eu não tinha
00:54:38muitos custos,
00:54:39eu não tinha
00:54:40nenhuma extravagância
00:54:41e eu só fui colocando
00:54:43dinheiro para dentro
00:54:44e aí eu lembro
00:54:46que era eu
00:54:47que fazia o caixa,
00:54:47eu fiz o financeiro
00:54:48da empresa,
00:54:49sabe como é que é?
00:54:49Primeiro eu pegava
00:54:50os boletos,
00:54:50eu tinha uma pastinha
00:54:51safonada,
00:54:52dia 1 ao dia 30,
00:54:53lá eu colocava
00:54:54meus boletos,
00:54:55todo dia eu abri
00:54:55o dia da semana
00:54:56e aí eu digitava
00:54:58no aplicativo do banco
00:54:59e pagava,
00:55:01levava uma hora e pouco
00:55:01por dia para fazer isso,
00:55:03depois eu comprei
00:55:04até um leitor
00:55:04de código de barra,
00:55:05mas era eu
00:55:06que fazia todo esse controle,
00:55:08eu vou te falar,
00:55:09chegou num ponto
00:55:09onde eu fazia isso
00:55:10e eu sempre fiz isso
00:55:11sentado no sofá
00:55:12da Barbeira Corleone,
00:55:13quem for cliente
00:55:14antigo da Corleone
00:55:15que estiver assistindo a gente
00:55:15vai ver que quem ia de manhã
00:55:17me via fazendo isso,
00:55:19eu fazia eu mesmo
00:55:19o controle da empresa,
00:55:20mandava tudo depois
00:55:21para a contabilidade,
00:55:22meu contador até hoje,
00:55:24sinceramente,
00:55:25não dava tempo
00:55:26de ter nenhum prazer,
00:55:27não dava tempo
00:55:28de me alimentar direito,
00:55:30cara,
00:55:30não dava tempo
00:55:30de olhar qual era
00:55:31o saldo da conta,
00:55:32eu lembro que eu pagava,
00:55:33deu ali e eu olhava
00:55:35e ia embora trabalhar,
00:55:37demorou bastante tempo
00:55:37para eu olhar
00:55:38qual era o saldo da conta,
00:55:41e aí um dia
00:55:41você descobriu
00:55:42que tinha saldo?
00:55:44Tinha,
00:55:44era muito mais
00:55:45do que eu imaginava
00:55:45que eu ia conseguir
00:55:46assim,
00:55:47juntar na vida,
00:55:48sabe,
00:55:49se eu fosse
00:55:51o Bruno Sonhador
00:55:52que pensou
00:55:53em vender cerveja
00:55:54e colocar uma cadeira
00:55:55de barba,
00:55:57e foi aí
00:55:58que eu fui abrir
00:55:58a próxima unidade,
00:55:59então,
00:56:01toda vez que eu concluí
00:56:02uma idade nova,
00:56:04né,
00:56:04isso não quer dizer
00:56:06que é certo,
00:56:07tá?
00:56:08Funcionou para você?
00:56:09Funcionou para mim
00:56:10e continua funcionando,
00:56:11eu junto dinheiro,
00:56:12ao invés de eu ir lá
00:56:13e comprar um lojo
00:56:14para mim,
00:56:14eu abro uma loja nova,
00:56:16não fiz isso
00:56:17desde a pandemia
00:56:17para cá,
00:56:18porque,
00:56:18putz,
00:56:19psicologicamente,
00:56:20segurar todo mundo,
00:56:23você ser aí
00:56:24o que as pessoas
00:56:25nem te perguntam
00:56:26se você é realmente
00:56:27mais forte,
00:56:28todo mundo já coloca
00:56:28você nessa função
00:56:29de cara,
00:56:30você tem que segurar
00:56:30tudo para todo mundo aí,
00:56:31eu vou te perguntar
00:56:32o que está acontecendo
00:56:32e ninguém pergunta
00:56:33como é que você está,
00:56:34né,
00:56:35eu quis respirar,
00:56:38eu quis fazer
00:56:40o caixa da empresa,
00:56:41mas,
00:56:41acima de tudo,
00:56:42eu falei,
00:56:42cara,
00:56:43deixa eu surfar
00:56:43o que já está aqui,
00:56:46e aí,
00:56:47depois surgiu
00:56:48uma ótima oportunidade,
00:56:49essa oportunidade
00:56:49saiu de expansão,
00:56:51ela saiu um pouquinho
00:56:52antes da pandemia,
00:56:54eu comecei a fazer
00:56:55a obra agora,
00:56:55eu tive a autorização
00:56:56dessa,
00:56:57dessa empresa
00:56:58a qual eu estou
00:56:59representando aqui
00:57:00no Brasil,
00:57:01eu comecei a obra
00:57:01há 60 dias.
00:57:08Vamos falar do futuro
00:57:09da Baviaria Corneone,
00:57:11o futuro dos seus negócios,
00:57:12tem algum plano
00:57:13para o estúdio
00:57:14de fotografia,
00:57:15não,
00:57:15ele está do tamanho
00:57:16que você quer,
00:57:17está do jeito
00:57:17que você quer,
00:57:18por enquanto é isso,
00:57:19você não deve expandir
00:57:21isso hoje.
00:57:21O estúdio de fotografia
00:57:22cresceu bastante,
00:57:23eu tenho muito prazer
00:57:24em fazer foto,
00:57:25porque acima de tudo
00:57:25eu conheço pessoas
00:57:26muito bacanas
00:57:27que vão lá fotografar,
00:57:28ninguém vai triste fotografar,
00:57:29eles vão contar
00:57:30uma fase nova da vida,
00:57:31eles se abrem,
00:57:32então acaba que o tal
00:57:33do network,
00:57:34ele é muito verdadeiro,
00:57:35ele é muito sincero,
00:57:36que as pessoas
00:57:37levam o melhor delas,
00:57:39e só a gente
00:57:39muito interessante
00:57:40vivendo o momento
00:57:40bom que está indo lá.
00:57:41quando saiu finalmente
00:57:44a autorização
00:57:44de que a gente
00:57:45ia construir
00:57:46uma nova badearia
00:57:46representando
00:57:47uma marca global
00:57:49num projeto
00:57:50que ele vira global
00:57:51depois de algum tempo
00:57:52que eu cumpri
00:57:53tudo que eu tenho
00:57:53para cumprir
00:57:54aqui no Brasil,
00:57:55eu comecei a pensar,
00:57:55eu já tinha
00:57:56o meu fotógrafo assistente
00:57:57que trabalhava comigo
00:57:58lá todos os dias
00:57:59e eu falei,
00:57:59cara,
00:58:01talvez eu consiga
00:58:02fotografar aqui
00:58:02uma vez por semana
00:58:03mais para frente,
00:58:04eu quero transformar
00:58:05você na cara
00:58:06do estúdio,
00:58:08porque o estúdio
00:58:08no final das contas
00:58:09é um lugar
00:58:09onde eu faço
00:58:10as minhas reuniões,
00:58:11é o meu escritório
00:58:12pessoa física,
00:58:13é onde de vez em quando,
00:58:14por exemplo,
00:58:15fiz festa de aniversário
00:58:16para minha namorada
00:58:17lá esses dias,
00:58:18tem uma estrutura completa,
00:58:20é um lugar
00:58:20onde eu vejo
00:58:21os meus amigos,
00:58:21a gente tem uma cozinha
00:58:22com churrasqueira,
00:58:23então eu chamo eles
00:58:23para ir lá,
00:58:24então há uma mistura ali
00:58:25entre meu escritório
00:58:26pessoa física
00:58:27e o estúdio,
00:58:28você vai lá
00:58:28e é realmente
00:58:29um estúdio profissional,
00:58:30e aí eu falei para ele,
00:58:31cara,
00:58:31vamos continuar nessa demanda,
00:58:33vamos atender
00:58:33o que a gente tem
00:58:34de contratos mensais
00:58:36que a gente tem de foto,
00:58:37aí você vai passar
00:58:38essa cara do estúdio,
00:58:39eu vou sair,
00:58:39porque quando a gente
00:58:41abrir isso aqui
00:58:42eu não vou ter tempo,
00:58:43e aí eu agarrei
00:58:45uma oportunidade
00:58:46e foi o seguinte,
00:58:47de maneira muito resumida,
00:58:48atendi um senhor
00:58:49que ele era estrangeiro,
00:58:51toda vez que chega
00:58:52um estrangeiro
00:58:52e eu estou na unidade
00:58:53eu peço para me chamarem,
00:58:55porque eu vou lá
00:58:56e falei,
00:58:56cheguei lá para ele,
00:58:57eu falei,
00:58:57olha,
00:58:57ele falou,
00:58:58eu gostaria de cortar o cabelo,
00:58:59eu falei,
00:58:59ótimo,
00:58:59a gente tem uma fila
00:59:01de espera agora,
00:59:01porque como os horários
00:59:02são todos agendados,
00:59:04eu consigo te atender
00:59:05entre um horário
00:59:06agendado e outro,
00:59:08se o senhor quiser esperar
00:59:09aqui 5,
00:59:1010 minutos aqui comigo,
00:59:11eu tomo um cafezinho,
00:59:12eu vou te contar
00:59:13um pouquinho aqui da história,
00:59:14e a hora que tiver
00:59:15um barbeiro disponível,
00:59:17eu vou até a cadeira
00:59:18para traduzir
00:59:19o seu corte de cabelo,
00:59:21e assim o senhor vai embora.
00:59:22Aceitei,
00:59:23comecei a bater um papo com ele,
00:59:24ele falou,
00:59:24onde era,
00:59:24eu morei lá perto,
00:59:25isso o cara não tinha falado nada,
00:59:27que você morou nos Estados Unidos,
00:59:28que eu morei nos Estados Unidos,
00:59:29perto da cidade,
00:59:29onde ele bonassa.
00:59:31E aí a gente começou a conversar
00:59:33e tudo mais,
00:59:33o barbeiro nos chamou,
00:59:34eu fui até a cadeira de barba,
00:59:36eu traduzi tintim por tintim,
00:59:38que era o corte,
00:59:38e eu falei,
00:59:39olha,
00:59:39nós vamos cortar com calma,
00:59:41porque se eu cortar demais,
00:59:42acabou,
00:59:43não tem o que fazer,
00:59:44então eu corto,
00:59:44se precisar que faça um pouco a mais,
00:59:46eu peço para cortar um pouco a mais,
00:59:47se precisar,
00:59:48a gente vai até o ponto
00:59:49que você vai cortar,
00:59:49pode fazer aqui com calma,
00:59:50seu cabelo é todo na tesoura,
00:59:52ele é muito tranquilo,
00:59:53é um corte bem clássico,
00:59:54ele é muito tranquilo
00:59:54da gente fazer.
00:59:56Bom,
00:59:56corta um pouquinho mais,
00:59:57ótimo,
00:59:57ficou perfeito,
00:59:58tomei um puta café
00:59:59com ele e tudo mais,
01:00:00ele voltou para mim
01:00:00e falou assim,
01:00:02por que você está tão preocupado
01:00:03no meu corte de cabelo?
01:00:06Se talvez nunca mais eu venha aqui,
01:00:07eu falei,
01:00:08um corte,
01:00:09ou mil cortes,
01:00:10o meu interesse
01:00:11é que ele seja
01:00:12fabuloso.
01:00:14Erros podem acontecer,
01:00:15porque são humanos
01:00:16tratando com outros humanos,
01:00:17com expectativas e tudo mais,
01:00:19pode ser,
01:00:19mas nunca vai ser a filosofia
01:00:21da empresa,
01:00:22eu imagino que de nenhuma empresa,
01:00:23de maneira proposital,
01:00:24seja,
01:00:25que o seu cliente
01:00:26não tenha uma ótima experiência
01:00:27dentro da tua empresa de compra,
01:00:29seja lá qual for a experiência,
01:00:30eu falei,
01:00:32não importa,
01:00:32um ou mil,
01:00:33teu corte vai ser bom aqui,
01:00:34eu quero garantir
01:00:35que ele seja bom.
01:00:36Agora,
01:00:36faz o seguinte,
01:00:37já que você mora nos Estados Unidos,
01:00:39vai lá e conta para todo mundo
01:00:40nos Estados Unidos
01:00:40que no Brasil
01:00:41tem uma ótima barbearia
01:00:42na cidade de São Paulo,
01:00:44quem vier para cá,
01:00:45manda vir cortar o cabelo comigo.
01:00:46Isso foi numa quarta-feira,
01:00:47teve um evento global
01:00:48em São Paulo,
01:00:49que ele veio participar,
01:00:50ele não se identificou,
01:00:51ele não falou quem era,
01:00:52segunda-feira,
01:00:53o escritório dessa empresa
01:00:54no Brasil,
01:00:55gente,
01:00:55eu não posso falar qual que é a empresa,
01:00:56porque contrato com eles lá,
01:00:57porque do jeito que eu sou fifio,
01:00:59eu adoraria contar aqui,
01:01:00adoraria já começar essa divulgação,
01:01:02mas infelizmente não posso.
01:01:05E aí eu fui chamado
01:01:05no escritório dessa empresa,
01:01:07normalmente ele já tinha me chamado
01:01:08para algumas outras coisas
01:01:09pontuais,
01:01:10pequenas,
01:01:10quando eu entrei,
01:01:11eles falaram,
01:01:11Bruno,
01:01:12só que você precisa de um contrato,
01:01:14você precisa assinar aqui
01:01:14um termo de confidencialidade
01:01:16do que a gente vai falar
01:01:17nessa reunião.
01:01:17Eu falei,
01:01:18meu Deus do céu,
01:01:19está que eu prontei alguma coisa,
01:01:20meu Deus,
01:01:21o que vai acontecer?
01:01:22E eu entrei,
01:01:24tinha,
01:01:25sei lá,
01:01:26acho que tinha 12 pessoas lá à mesa,
01:01:27eu não entendi nada,
01:01:28começaram a falar comigo,
01:01:29e falaram assim,
01:01:29bom,
01:01:30Bruno,
01:01:30você conhece?
01:01:31Você lembra de um senhor
01:01:32que você atendeu em inglês
01:01:34na semana passada?
01:01:36Você consegue lembrar?
01:01:36Eu falei,
01:01:36claro que eu lembro.
01:01:38E aí eu falei o nome dele,
01:01:39que eu lembrava,
01:01:40era o nome,
01:01:40ele falou,
01:01:41pois é,
01:01:41ele é o VP global
01:01:43da nossa companhia.
01:01:45E a companhia está buscando
01:01:47experiências com a marca
01:01:48que sejam fora do seu métier.
01:01:50eles querem que as pessoas
01:01:53tenham uma imersão com a marca
01:01:55com coisas que elas fazem
01:01:56também no dia a dia.
01:01:57Então a gente já tem
01:01:58ao redor do mundo
01:01:59alguns restaurantes,
01:02:00a gente já tem algumas coisas
01:02:01que são uma colébia
01:02:03entre as marcas.
01:02:04A gente estava procurando
01:02:05uma nos Estados Unidos
01:02:06e não encontrou,
01:02:08ele esbarrou no Brasil
01:02:09e ele falou,
01:02:10cara,
01:02:10o lugar dele
01:02:11tem uma qualidade incrível
01:02:14de experiência,
01:02:15de visual e tudo,
01:02:17e esse cara tem,
01:02:19falando de mim,
01:02:20esse cara tem um padrão
01:02:22do que a gente tem
01:02:23de atendimento e experiência.
01:02:25Veja com ele se ele não topa
01:02:26começar a fazer um projeto
01:02:27aí no Brasil
01:02:28e se ele evoluir,
01:02:29ele pode virar global,
01:02:31inclusive nos Estados Unidos
01:02:32a gente assina com ele
01:02:33logo de cara
01:02:33a exclusividade global
01:02:35desse segmento.
01:02:37Isso foi em 2019.
01:02:39Eu consegui reprovar
01:02:40tudo o que a gente precisava,
01:02:41o show de burocracia,
01:02:43que ele é até cansativo,
01:02:45mas a gente sabe
01:02:45pelo tamanho da empresa,
01:02:46pelo que eles entregam,
01:02:47é natural que eles cobrem.
01:02:49o que a gente
01:02:51ralou até aqui.
01:02:53Finalmente conseguimos,
01:02:56comecei a obra
01:02:56há uns 60 dias
01:02:58e vai ser
01:02:58uma barbearia nova,
01:03:01uma barbearia nova,
01:03:02temática,
01:03:03mas essa barbearia
01:03:05aí,
01:03:05ela leva
01:03:06essa marca,
01:03:08eu posso contar já
01:03:08pelo menos o que é
01:03:09e o que vai sair,
01:03:10mas não posso falar
01:03:11qual que é a marca,
01:03:11então é o nome da marca,
01:03:13Barbershop by Corleone,
01:03:14porque este projeto,
01:03:18eu cumprindo todas as regras
01:03:21aos que eles pedem,
01:03:21primeiro um ano
01:03:22de uma loja no Brasil,
01:03:24depois assim que eu passar
01:03:25esse um ano,
01:03:25não fizer,
01:03:26não tiver nenhum problema
01:03:27com a marca,
01:03:28passar aí no vestibular deles,
01:03:29esse contrato automaticamente,
01:03:31eles renovam
01:03:32e eu posso abrir loja
01:03:33pelo Brasil inteiro,
01:03:34passado mais algum tempo,
01:03:35passado mais um ano,
01:03:36a gente vai fazer a avaliação,
01:03:38se está pronto,
01:03:39se eu tenho interesse,
01:03:40ou se ainda há espaço
01:03:42para a gente colocar isso
01:03:44nos Estados Unidos.
01:03:45E aí,
01:03:46o jeito que eu fiz tudo isso aqui,
01:03:48levaria horas para contar,
01:03:49mas também é um enorme
01:03:50segredo por enquanto,
01:03:52mas tem pistas aí,
01:03:53nessa fala,
01:03:54depois quando você,
01:03:55quando é que fica pronto?
01:03:57Eu tenho que estar aberto
01:03:58no primeiro dia de novembro,
01:04:00eu estou otimista,
01:04:01a obra a gente sabe
01:04:02como começa,
01:04:02nunca sabe como e quando termina,
01:04:04mas eu estou otimista
01:04:05e não adianta,
01:04:06eu tenho que abrir em novembro
01:04:07e acabou,
01:04:08tem um porquê
01:04:08de eu ter que abrir em novembro
01:04:09que vai ter um evento global
01:04:10no Brasil e que eu vou participar.
01:04:12E vai ser lá.
01:04:13Mais pistas.
01:04:14Vocês vão ver isso em novembro,
01:04:16volta nesse vídeo,
01:04:18você vai ver que tem várias,
01:04:18vai ficar bem claro.
01:04:20Se Deus quiser,
01:04:21abre em setembro.
01:04:22Já estava tudo certo.
01:04:22Meu Deus do céu,
01:04:23precisa começar a faturar
01:04:24que só sai dinheiro.
01:04:25Bruno,
01:04:25quero agradecer você,
01:04:26a gente já estourou o tempo aqui
01:04:27em muito,
01:04:28mas você é um cara
01:04:29que vale muito a pena a conversa.
01:04:31Obrigado,
01:04:32obrigado pelo convite.
01:04:33Obrigado,
01:04:33a gente que agradece.
01:04:35E se tiver mais alguma coisa
01:04:36que você queira acrescentar,
01:04:38além disso,
01:04:38deixa eu só uma última curiosidadezinha.
01:04:41Prometo ser breve.
01:04:42Bem rápido.
01:04:43Era o que você esperava até aqui
01:04:45da sua jornada?
01:04:46Era muito mais do que eu esperava,
01:04:48é bem mais.
01:04:49Eu sou muito agradecido,
01:04:50a gente nem falou aqui
01:04:50dos projetos sociais
01:04:51que você falou lá no começo,
01:04:52mas...
01:04:52A gente tinha começado,
01:04:53acabou que eu não...
01:04:54Eu,
01:04:54um dia em 2018,
01:04:58eu olhei e falei,
01:04:59caramba,
01:04:59já é muito mais do que eu imaginava,
01:05:01vamos devolver isso um pouco.
01:05:02Porque no final das contas,
01:05:03volta diretamente para a gente,
01:05:05que a gente já havia discutido
01:05:05aqui no bastidor.
01:05:06é muito mais do que eu esperava,
01:05:09mas não vamos parar, não.
01:05:10É isso.
01:05:11Pessoal,
01:05:12Bruno Vanenck,
01:05:14Babearia Corleone,
01:05:16EV...
01:05:17EV...
01:05:18BVE Estúdio.
01:05:19EV...
01:05:20BVE de Bruno Vanenck,
01:05:21BVE Estúdio.
01:05:22Pois é,
01:05:22depois que eu me manquei disso aí,
01:05:24BVE Estúdio de Fotografia,
01:05:26piloto de Rally da Mitsubishi
01:05:28e outras cursitas mais,
01:05:30preparando também novidades aí
01:05:31para o fim do ano,
01:05:32que quem é cliente vai gostar muito,
01:05:34quem não é,
01:05:35vai ter um monte de gente,
01:05:36vai virar cliente,
01:05:37por causa disso,
01:05:37tenho certeza absoluta.
01:05:39E sempre essa pessoa honesta e sincera,
01:05:42né?
01:05:42Eu acho que é o grande lance, né?
01:05:44Eu acho que a marca é isso.
01:05:46O Corleone veio,
01:05:48obviamente, do filme,
01:05:49eu imagino,
01:05:50do Corleone.
01:05:50Não, eu achei que tem um.
01:05:51Olha aí,
01:05:51então, por favor.
01:05:53E a Nora era da cidade de Corleone,
01:05:55na Itália,
01:05:55e eu fiz uma homenagem para ela.
01:05:57Que beleza,
01:05:58que beleza.
01:06:00Bom,
01:06:01então é isso,
01:06:01a gente vai ficando por aqui.
01:06:03Lembrem-se,
01:06:04Sala Antagonista,
01:06:05toda segunda-feira,
01:06:068 horas da noite,
01:06:07um episódio novo,
01:06:08com pessoas tão carismáticas,
01:06:12sinceras,
01:06:13como o nosso querido Bruno Van Enck.
01:06:16Tá bom?
01:06:16A gente se vê por aí.
01:06:18Até a próxima segunda-feira.
01:06:21E aí
01:06:26E aí
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