Silvinei Vasques (foto), ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições, abriu seu depoimento na CPMI do 8 de Janeiro nesta terça-feira (20) afirmando que não direcionou a ação da corporação em rodovias do Nordeste, buscando obstruir a votação em locais mais favoráveis a Lula contra Jair Bolsonaro.
Ele ainda é investigado pela Polícia Federal por sua participação na operação das eleições. Segundo seu ex-chefe, ele tinha autonomia para agir. -- Cadastre-se para receber nossa newsletter: https://bit.ly/2Gl9AdL
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00:00Silvio Neivasques, pessoal, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, durante as eleições, ele abriu o seu depoimento ali na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro,
00:11afirmando que não direcionou a ação da corporação em rodovias no Nordeste, buscando obstruir a votação em locais mais favoráveis à Lula contra Jair Bolsonaro.
00:22Ele ainda é investigado também pela Polícia Federal, por sua participação na operação das eleições.
00:29Segundo seu ex-chefe, o ex-chefe de Silvio Ney, ele disse que Silvio Ney tinha autonomia para agir.
00:37A gente vai ver o trecho agora, no momento em que o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal fala sobre as operações que aconteceram no dia 30 de outubro, no segundo turno das eleições.
00:48Vamos ver o que disse Silvio Ney.
00:50Isso não é verdade. Não é verdade porque o Nordeste Brasileiro é o local que nós temos nove estados, nove superintendências,
00:58temos a maior estrutura da PRF no Brasil, a maior quantidade de unidades da PRF.
01:04No estado do Nordeste também se encontra hoje lotado há muito tempo o maior efetivo da instituição.
01:10É no Nordeste Brasileiro também que está a maior malha viária de rodovias federais do Brasil, está no Nordeste Brasileiro.
01:16O Nordeste também é onde, infelizmente, nas últimas cinco eleições foram feitas a maior quantidade de prisões acerca de crimes eleitorais,
01:27nas cinco eleições.
01:28Não existe, até o presente, qualquer registro, uma investigação da Polícia Rodoviária Federal,
01:35inclusive também sendo investigado pelo MPF e pela Polícia Federal,
01:40o registro de qualquer cidadão brasileiro, qualquer cidadão brasileiro, apenas um,
01:46que deixou de votar no dia 30 pelo trabalho de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal.
01:53Olha, mais cedo, no começo dos trabalhos ali e dali, o senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro,
02:02criticou o andamento inicial da CPMI do 8 de janeiro.
02:06Hoje, a comissão de deputados e senadores está ouvindo, então, Silvinei Vazquez,
02:12que é ex-diretor-geral da PRF,
02:15mas o senador disse que, por enquanto, a expectativa é que não haverá uma investigação,
02:20segundo o Flávio Bolsonaro, porque ele está fazendo várias críticas aí,
02:26por conta da blindagem que foi feita aos nomes que são aliados do governo Lula, né?
02:32E ele disse o seguinte, que a CPI, a CPMI, já começa em pizza.
02:38Vamos acompanhar, então, a declaração de Flávio Bolsonaro.
02:41Olha, por enquanto, a expectativa é que não vai ter investigação, né?
02:43Porque foi uma coisa, assim, descarada, eu nunca vi uma CPI começar desse jeito, né?
02:51Falo que CPI termina em pizza, você está começando em pizza a partir do momento que você não tem
02:55ali o mínimo, né, de critério de se investigar,
02:59porque o que motivou, inclusive, deu força para que a CPMI fosse instalada
03:04foram as imagens do ex-ministro do GSI, o general G. Dias,
03:09tratando, né, com muito carinho, com muito amor,
03:13aqueles invasores que entraram no Palácio do Planalto e depredaram patrimônio público, né?
03:17E aí, quando a comissão vota para que ele não venha,
03:21é uma coisa, assim, que deixa o trabalho sem perna e cabeça, né?
03:24Eu acho que essa é a primeira coisa que nós temos que superar,
03:27é fazer com que aquelas pessoas que são ali, os pilares, né,
03:31que podem ter levado aos lamentáveis acontecimentos do dia 8,
03:35sejam ouvidas aqui na comissão, isso é o mínimo.
03:37Está muito ruim para a sociedade, esse comportamento da maioria dos membros efetivos da comissão
03:44de querer blindar o governo de uma forma descarada
03:47e, como eu disse, inviabilizar qualquer tipo de investigação, né?
03:50Se esse é o objetivo deles, eles estão atingindo, porque a conclusão, né,
03:55não precisaria de 180 dias, né, para concluir algo que eles estão
03:59proibindo, impedindo que seja investigado.
04:03Para que perder tanto tempo?
04:03Fecha lá, acaba logo hoje a CPMI.
04:05Então, acho que isso tem que ser revisto,
04:07até para não ficar ainda em mais descrédito o Congresso Nacional.
04:13E foi revisto, viu?
04:15Hoje, logo cedo, teve a votação ali dos requerimentos
04:19e a CPMI aprovou, no começo dos trabalhos, a convocação do general G. Dias,
04:25do Gonçalves Dias, que é ex-ministro-chefe do GSI, já no governo Lula,
04:30e também do ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência, a BIM, o Saulo Moura.
04:35Além deles, também do coronel Jean Lauade, aquele que sugeriu um golpe de Estado
04:41ao ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid.
04:44Ele também deve prestar depoimento e esclarecimentos à Comissão Parlamentar
04:50Mista de Inquérito.
04:51O Renato Carrijo, também, que foi o perito que atuou na operação
04:55para desarmar aquela bomba no aeroporto de Brasília durante o Natal de 2022,
05:01durante o Natal do ano passado, quando começaram aqueles ataques
05:05e foram esses movimentos coordenados aí que estão também na mira
05:10da Comissão Parlamentar de Inquérito.
05:13E essa decisão, ela foi tomada em acordo com uma votação simbólica ali
05:17entre deputados e senadores.
05:19A gente vai acompanhar agora o momento em que o presidente da comissão,
05:24Arthur Maia, leu esse requerimento e aprovou essas convocações.
05:29Vamos ver.
05:29Os itens 13 a 19 tratam, por diversos deputados, da convocação do general
05:36Marcos Edson Gonçalves Dias.
05:39Os itens 20 a 24 da convocação do senhor Saulo Moura da Cunha.
05:46E conforme foi colocado aqui, extra pauta, a convocação do coronel Jean Lauande Júnior.
05:56Então estão em apreciação esses requerimentos.
05:59Aqueles que forem a favor da aprovação, permaneçam como se encontram.
06:04Está aprovado.
06:05Olha, está aí a foto do G Dias, então, que foi aprovado esse depoimento dele na CPMI.
06:15E mais cedo, a direção da CPMI indicou que deve tratar ali, nas próximas semanas,
06:20dos atos que levaram até a invasão, então, do 8 de janeiro.
06:24Exatamente isso que eu estou explicando para vocês.
06:26Eles vão avaliar cada um desses pontos que levaram até o 8 de janeiro.
06:31Isso deve tomar a maior parte das apurações, principalmente antes do recesso.
06:36Esses depoimentos, as aprovações desses depoimentos, devem acontecer até o dia 12 de julho agora.
06:43Arthur Maia, que é o presidente da comissão, que apareceu ali fazendo a votação desses requerimentos,
06:49ele já se mostrava ali bastante incomodado, desde a semana passada, pela rejeição da convocação de governistas,
06:55como, por exemplo, Flávio Dino, o ministro da Justiça, como também o G Dias,
07:00que agora vai prestar esses esclarecimentos, e integrantes ali, aliados do governo Lula.
07:07E ele dizia isso, vocalizava bastante isso ali, de que falava que, sem dúvida,
07:13o melhor caminho para o bom andamento dos trabalhos era a aprovação de todos esses nomes.
07:18Essas são imagens ao vivo, Freitas?
07:20Isso, imagens ao vivo, a gente está acompanhando agora aí e piscando para vocês também.
07:27Para e passo, lá e cá, trazendo para vocês sempre essas informações importantes
07:33da comissão parlamentar de inquérito que está ouvindo hoje, então, o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques.
07:42E olha, pessoal, a CPI também negou, hoje, afastar o senador Marcos Duval do Podemos, do Espírito Santo,
07:50desse colegiado. Marcos Duval é integrante titular do colegiado e o parlamentar é investigado
07:56pela Polícia Federal por uma suposta participação nos próprios atos investigados ali.
08:03E ele foi alvo de uma operação, na semana passada, da Polícia Federal.
08:08A presidência da comissão parlamentar disse que não tem autoridade ali para incluir
08:14ou então para excluir um parlamentar dessa comissão, foi o que disse o Arthur Maia.
08:19Numa resposta a um pedido que foi feito, um pedido de ordem ali,
08:23que foi feito pelo Rogério Correia, do PT de Minas Gerais.
08:27E olha, o senador Jorge Cajuru disse hoje, inclusive, que Marcos Duval precisa ser internado.
08:33Vamos acompanhar essa fala do Cajuru?
08:35É difícil, é aquela coisa de oposição por oposição.
08:39Não é oposição ao governo, é oposição ao Brasil.
08:42Isso é triste.
08:44É uma CPI totalmente desnecessária, cujo objetivo dela é só fazer bagunça.
08:51Aqui haverá momentos circenses.
08:53De um lado, tem uma pessoa que eu gosto muito, que é o Marcos Duval,
08:57que para mim precisa ser internado.
09:00É uma questão de hospital, um período de hospital.
09:05Como é que pode o sujeito querer pedir impeachment de Lula,
09:08dizendo que tem provas que o Lula sabia de tudo.
09:11Então, aqui há limites.
09:13Eu vou até a minha paciência, porque às vezes aqui não dá para você ser o Jó da Bíblia.
09:19É muito difícil, muita gente despreparada.
09:23Olha, esse argumento que foi utilizado pelo presidente da CPI, o Arthur Maia,
09:27é o mesmo que foi utilizado para a manutenção do André Fernandes,
09:31do partido PL do Ceará, na semana passada.
09:34Na época, Maia chegou a dizer também que não existem deputados pela metade.
09:40Gente, é isso.
09:41Está pegando fogo ali a CPI.
09:43E teve bate-boca também no momento em que a relatora, Elisiane Gama,
09:47tentou fazer ali a inquisição, questionando bastante Silvinei Vazquez
09:52sobre um processo que ele responde a um frentista, se salvo engano.
09:59E teve bate-boca ali, teve uma confusão entre os parlamentares
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