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  • 26/06/2025
Apresentado por Kiss Vasconcelos

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Notícias
Transcrição
00:00Eu sou Júlia Schiaffarina e apresento a vocês 5 Minutos, o novo podcast diário de O Antagonista.
00:27De segunda a sexta-feira, trazendo os principais fatos da política, da economia e de onde mais houver notícia.
00:35Todo dia com assuntos relevantes para vocês.
00:39Tudo isso em até 5 minutinhos. É o tempo de tomar aquele café esperto e começar bem o dia.
00:57Olá, hoje é dia 9 de junho de 2023, sexta-feira. Chegou a sexta-feira, estou aguardada por vocês.
01:09Para algumas pessoas aí, em alguns capitais, já emendou a sexta-feira com o feriadinho de ontem, de quinta-feira.
01:15Então, assim, é um momento para relaxar, para curtir a família, para viajar, para quem gosta de viajar e curtir outros estados.
01:20Não esquece de comentar aí o que você está fazendo. Está viajando? Está em Brasília? Está curtindo a família?
01:27Qual a sua programação? Sei que você está aqui no Meio Dia em Brasília, o que já é uma sinalização super positiva
01:31de que você está preocupado com o futuro do país, está preocupado com a política e com o cenário nacional.
01:36Mas aí comenta para mim o que você está fazendo, além de assistir o Meio Dia em Brasília.
01:40Onde é que você está? Está na sua terra natal ou está curtindo aí outros ares?
01:44E seja muito bem-vindo ao Meio Dia em Brasília comigo, Kis Vasconcelos, que trago para vocês as notícias e os debates
01:51sobre tudo o que acontece de mais importante durante o dia.
01:55E hoje, Meio Dia em Brasília, é um programa especial.
01:58A gente, em feriados e semanas menorzinhas, a gente costuma fazer só o debate,
02:04trazendo os temas mais importantes do dia para vocês.
02:06Então, hoje teremos um debate super especial para falar sobre esse programa que foi lançado,
02:13foi anunciado pelo governo, um programa para baratear os carros populares
02:17e trazer possíveis vantagens que vão aí de 2 a 8 mil.
02:23Mas a gente quer saber, esse programa de fato traz vantagens para o brasileiro,
02:28para aquela pessoa que precisa comprar o seu veículo aí,
02:31ele vai conseguir realmente algum diferencial, algum benefício nisso?
02:35Então, para comentar esse assunto aqui no Meio Dia em Brasília,
02:38nós trouxemos dois especialistas, dois economistas,
02:41para conversar com a gente nesse momento.
02:43Temos aqui no estúdio já o Ciro Avelar,
02:45Ciro de Avelar, que já está aqui com a gente,
02:47e também o professor José Luiz Oreiro,
02:49que também está com a gente aqui no Meio Dia em Brasília.
02:51Sejam bem-vindos.
02:53Obrigado.
02:55Boa tarde, obrigado.
02:57Obrigada pela gentileza de vir ao Meio Dia em Brasília.
02:59E eu começo com o professor José Luiz Oreiro.
03:02A gente estava conversando sobre esse programa mais cedo, professor,
03:05e, de fato, ele é um programa que foi bem estruturado,
03:09ele foi bem construído para atender a população.
03:12Qual a sua visão?
03:13Bom, primeiro que trata-se de um programa ridiculamente pequeno,
03:17quer dizer, o que foi anunciado, 1,5 bilhões de reais,
03:21e aquilo que vai ser usado nos descontos para carro popular,
03:25já que é apenas 500 milhões de reais,
03:27não dá nem para início de conversa.
03:29Então, assim, a capacidade que isso vai ter
03:34de movimentar a economia,
03:37de aumentar a produção de automóveis populares,
03:40vai ser muito pequena.
03:42Agora, um segundo ponto que eu acho importante,
03:45quer dizer, o automóvel é um bem de consumo durável
03:48que é, em geral, no Brasil, comprado com crédito.
03:53Ele não é comprado à vista,
03:54são poucas as pessoas que compram carro à vista.
03:57Lógico, quem puder comprar o carro à vista,
03:59vai ter um desconto de entre 2 a 8,
04:03até 10 mil reais, estava vendo na imprensa,
04:06o que é um desconto razoável.
04:09Mas a maior parte das pessoas não compra o carro à vista,
04:11ela compra o carro financiado.
04:13E aí, com essa taxa de juros que prevalece hoje no Brasil,
04:17que a Selic está em 3,75,
04:20mas a taxa de juros do financiamento
04:22para a compra de carro novo,
04:25vai ser de 2% a 3% ao mês, pelo menos.
04:29Então, assim, eu não vejo muita vantagem
04:34para uma pessoa pegar um desconto
04:36que pode ser de 10 mil reais,
04:38mas que esse desconto vai ser muito mais do que compensado
04:42no pagamento de juros do financiamento
04:46para a aquisição do carro popular.
04:50Professor Círio de Avelar,
04:52mais cedo a gente conversou também sobre isso,
04:54e uma das pontuações que você me fez foi
04:56que esse programa devia ser melhor,
04:58mais bem trabalhado junto ao BNDES
05:01e até junto a outros órgãos.
05:04Como é que o senhor avalia que esse programa
05:07devia trazer para a sociedade
05:10uma estruturação melhor
05:11para que o consumidor pudesse, de fato,
05:13ser beneficiado com esse programa?
05:18Bom, o importante é trazer uma perspectiva de mudança estrutural
05:26para que o consumidor possa participar
05:29e pensar de maneira estrutural
05:31numa perspectiva de redução dos juros
05:36e de redução também de toda a cadeia de produção.
05:40A gente vê que o governo tem buscado fazer esses anúncios tributários
05:45de maneira solta,
05:48em vez de trazer um arcabouço,
05:50como a gente viu o arcabouço fiscal,
05:52agora tem que se pensar também no arcabouço tributário.
05:56Hoje está-se tendo uma reunião na Câmara também,
05:58está-se discutindo algumas alíquotas especiais para a saúde,
06:03educação, está-se discutindo sobre a Zona Franca de Manaus,
06:06mas tudo isso tinha que ter sido pensado estruturalmente,
06:09até mesmo com a própria participação do BNDES.
06:12O BNDES ficou muito tempo aí escondido, digamos assim, inibido,
06:16e a gente não pode esquecer que o BNDES
06:18tem uma função muito importante
06:20de desenvolvimento econômico e social para o Brasil,
06:23então seria muito importante a participação do BNDES
06:26e até mesmo a participação dos principais geradores de crédito,
06:30como as financeiras de carros, por exemplo,
06:33porque com essa taxa de juros a 13,75,
06:36e eu costumo dizer que na crise o dinheiro não some,
06:39o dinheiro muda de mãos,
06:41e agora com a Selic a 13,75,
06:43esse dinheiro está com os bancos.
06:45Como a gente sempre vê nesses programas de incentivo,
06:48muitas vezes que depende do intermediário,
06:50da instituição financeira ou do próprio banco,
06:53pode ser que esse desconto, esse bônus,
06:56essa redução não chegue até o consumidor final,
06:59até por uma avaliação de crédito, uma avaliação de risco.
07:02A gente tem hoje pouco mais de 70% da população brasileira endividada,
07:06então o programa vem de uma maneira muito solta,
07:10tinha que ser mais estrutural com a participação das principais instituições financeiras
07:14que fazem empréstimos e financiamentos de veículos,
07:17e também com a participação do BNDES.
07:19A gente não pode esquecer que a indústria automobilística
07:22sempre foi muito dependente do Estado,
07:24o Estado sempre foi muito paternalista com as indústrias automobilísticas,
07:28então já vem até um subsídio histórico
07:30e um endividamento histórico com as montadoras.
07:33Então também não é de se desacreditar
07:39que em algum momento as montadoras
07:41possam não repassar isso para o consumidor final.
07:44O carro popular vai ter uma tecnologia menor também,
07:49afinal de contas esse é o conceito do carro popular,
07:51então o que parece que o governo está só jogando para a plateia
07:54e não querendo de fato que haja uma redução estrutural,
07:57principalmente no custo de produção e no custo de juros,
08:01até chegar ao consumidor final.
08:03Obrigada, professor Ciro.
08:05Professor José Luiz Oreiro,
08:07mais um dado interessante para a gente trazer aqui,
08:09o desconto que foi trazido pelo próprio governo,
08:12governo, anunciado pelo governo,
08:13não é um desconto muito significativo.
08:15O senhor até pontuou que ele pode ser corroído
08:18pelas taxas de juros,
08:21considerando que o brasileiro compra mais o carro financiado.
08:24Os descontos giram em torno de R$ 2 a R$ 8 mil
08:27em carros até R$ 120 mil,
08:30de acordo com o que foi anunciado pelo governo.
08:32Mas ontem, uma coisa que me chamou,
08:34desculpe, essa semana,
08:35uma coisa que me chamou bastante atenção
08:36foi que o governo anunciou e falou,
08:39primeiro dos carros populares,
08:40depois o próprio ministro da Fazenda
08:43falou que o programa era destinado a ônibus
08:45e também caminhões.
08:47O senhor acha que foi, talvez,
08:48uma tentativa do próprio governo
08:50de tentar amenizar o impacto desse programa?
08:53Bom, o que me parece, claro,
08:56é que o governo não sabe,
08:57o governo está perdido
08:58e não sabe muito bem o que quer com esse programa.
09:01Qual é o objetivo do programa?
09:03O objetivo do programa
09:05é dar um alívio temporário
09:07para a indústria automobilística,
09:08que está com os pátios cheios
09:10de carros produzidos,
09:13mas não vendidos,
09:14ou é reduzir a emissão de CO2,
09:18ou, com isso,
09:19fazer uma transição para uma economia verde,
09:21ou é melhorar o transporte público?
09:23Isso não está claro.
09:25Quer dizer,
09:25esse tipo de medida
09:27tinha que ser realmente pensada,
09:30como disse o colega,
09:31no contexto de um arcabouço
09:33de política industrial.
09:36Quer dizer,
09:37se o objetivo
09:38é estimular a produção de automóveis,
09:42reduzir o grau de ociosidade
09:43da indústria automobilística,
09:45500 milhões de reais
09:47em redução de tributos
09:50para a produção de automóveis
09:52é ridiculamente pequeno,
09:54ainda mais por um prazo de quatro meses.
09:56E, por outro lado,
10:00se o que você quer
10:01é fazer um programa
10:03que tenha um impacto significativo
10:06na redução da emissão de CO2,
10:10não é por intermédio
10:11de investimento em ônibus e caminhão,
10:15ou de investimento tributário
10:17em ônibus e caminhão.
10:19O que o governo deveria fazer
10:20é um grande projeto,
10:22um grande programa
10:23de construção de ferrovias,
10:25tanto para transporte de passageiros
10:28como para transporte de carga,
10:30porque isso, sim,
10:32reduz de maneira significativa
10:34a emissão de CO2
10:35e ajuda a chamada
10:38neoindustrialização
10:39da economia brasileira
10:41que o governo quer,
10:42porque se você tiver
10:43um grande plano
10:44de construção
10:46de uma malha ferroviária
10:49para transporte
10:50de passageiros
10:51e para transporte
10:52de produtos manufaturados
10:54entre o centro produtor
10:56e os centros consumidores,
10:58você vai desenvolver
10:59uma indústria
10:59que vai produzir material
11:01para atender
11:02a essa demanda.
11:04Então, assim,
11:04realmente me pareceu
11:06algo profundamente amador
11:10por parte do governo,
11:12o que reflete,
11:13do meu ponto de vista,
11:14também a falta
11:15de quadros técnicos
11:16qualificados
11:17no Ministério da Fazenda.
11:21Professor,
11:21só destacando aqui,
11:22essa medida foi anunciada
11:24no Dia do Meio Ambiente,
11:26o que também gerou
11:26uma repercussão negativa
11:27e logo em seguida
11:28o próprio Ministro da Fazenda
11:30tentou amenizar
11:31falando sobre ônibus
11:33e caminhões
11:34numa tentativa
11:35de tornar
11:35esse anúncio
11:37um pouco menos
11:38bruto
11:39para quem estava
11:40ouvindo do outro lado.
11:41Mas aí você vê
11:42que é um improviso,
11:44é coisa de improviso,
11:45isso não foi pensado.
11:47Quer dizer,
11:48não, eu repito,
11:49não há,
11:50esse governo
11:51na área econômica,
11:52ele não tem,
11:53como a gente teve
11:54com o Kubitschek,
11:54um plano de metas,
11:56uma coisa mais estruturante,
11:58ou seja,
11:59não tem planejamento,
12:01e sem planejamento
12:03a gente não vai
12:03a lugar nenhum.
12:04O governo está cheio
12:05de boas intenções,
12:06eu não tenho
12:06nenhuma dúvida disso,
12:08mas,
12:09como diz o Adagio Popular,
12:11de boas intenções,
12:11o inferno está cheio.
12:14Agora,
12:15professor Círio de Avelar,
12:16mais uma consequência
12:20desse anúncio
12:21que foi feito
12:21essa semana,
12:22que eu imaginei
12:23que o governo
12:24não se preparou
12:25para isso,
12:26foi que,
12:27logo que essa medida,
12:28que esse projeto
12:29foi anunciado,
12:31muita gente
12:31que já estava prevendo
12:32comprar os seus veículos,
12:34na verdade,
12:35decidiram esperar
12:35um pouco mais
12:36até a implementação
12:37do projeto.
12:38Na verdade,
12:39teve um efeito
12:40inicial rebote
12:42na sua visão?
12:42Eu acredito que sim,
12:46acredito que as pessoas
12:47agora estão
12:47com mais informações,
12:49então,
12:50isso acaba trazendo
12:51ali uma perspectiva
12:52de que a pessoa,
12:53até de novo,
12:54pelo nível de endividamento
12:56que as pessoas têm hoje,
12:57pelos juros
12:58que é cobrado hoje,
12:59e a pressão inflacionária
13:00que ainda persiste,
13:02a gente viu a volta
13:03agora,
13:03por exemplo,
13:04da oneração
13:06do diesel,
13:07então,
13:07de certa forma,
13:08o governo
13:09dá com uma mão
13:11e tira com dúvida,
13:12duas,
13:13porque,
13:15mais uma vez,
13:15isso percebe-se,
13:16aqui em Brasília mesmo,
13:17a gasolina na semana passada
13:18estava 5,20,
13:19agora está 5,70,
13:21então,
13:21a gente acaba que,
13:24percebe que não vai ser
13:25uma medida,
13:27de fato,
13:27estrutural,
13:29e,
13:30apesar da inflação
13:32estar sendo sinalizada
13:34em uma redução
13:35já abaixo de 6%,
13:36a gente ainda tem
13:37o segundo semestre
13:38com datas bem específicas,
13:40e se houver ainda
13:41essas indicações
13:45de reforma tributária
13:46pontual,
13:47em vez de ser estrutural,
13:49isso vai acabar
13:49trazendo de novo
13:50uma pressão inflacionária,
13:51principalmente do risco fiscal,
13:53né,
13:54a gente lembra,
13:55por exemplo,
13:55do próprio anúncio
13:56como foi da tributação
13:57dos produtos chineses,
14:00foi feito também
14:01de maneira
14:01atabalhoada,
14:03então,
14:04o governo parece
14:05que não tem um plano
14:05de voo,
14:06e muitas vezes
14:07o próprio consumidor
14:08como empresário
14:09também,
14:10acaba esperando,
14:11porque a expectativa
14:12de confiança
14:13fica cada vez
14:14mais reduzida
14:14com esse governo
14:15que acaba parecendo
14:17que não tem
14:17um plano de voo,
14:18não tem uma carta
14:18de navegação
14:19para mostrar
14:20onde quer chegar.
14:21Perfeito, professor.
14:24Eu devolvo a palavra
14:25para o professor
14:25José Luiz Oreiro
14:27com mais uma pergunta.
14:28O salário mínimo
14:29hoje não dá para,
14:31com o que recebe
14:32um trabalhador
14:33que ganha o salário mínimo,
14:34não dá para comprar
14:35um carro popular,
14:36já que considerando
14:36que os carros aí
14:37giram na faixa
14:39de 60 mil,
14:40um carro popular
14:41de fato.
14:42Esse projeto,
14:43o senhor avalia
14:44que foi direcionado
14:46para a população
14:47pobre ou média,
14:49de classe média
14:51ou de fato
14:52foi uma coisa
14:52voltada mais
14:53talvez para as próprias
14:54montadoras?
14:56Não, tem um apelo
14:58para a classe,
14:59vamos dizer assim,
15:00a tal classe C,
15:01que o Marcel Nery
15:03criou esse conceito
15:04lá em 2012, 2013,
15:06que é um segmento
15:08da população
15:09que votou mais pesadamente
15:11no Bolsonaro.
15:13Então, eu acho que,
15:14assim,
15:14há um apelo político,
15:15claro,
15:16para essa população.
15:18Agora,
15:19é interessante
15:20chamar a atenção
15:21que se o governo
15:23quer se preocupar
15:24com a mobilidade
15:26dos mais pobres,
15:27você tem que investir
15:28em transporte público.
15:30Aqui em Brasília,
15:31provavelmente é uma
15:33das poucas capitais
15:34do Brasil
15:35que nós não temos
15:36transporte ferroviário.
15:38Mesmo o BRT
15:39que tem aqui em Brasília,
15:41ele só vai até Santa Maria,
15:43ele não cruza a divisa
15:44do Distrito Federal
15:46com o Estado de Goiás,
15:47então as cidades
15:49que ficam ali
15:50na divisa,
15:51que são
15:52Valparaíso de Goiás
15:56e Luizânia,
15:57onde muita gente
15:58que mora ali
16:00vem trabalhar
16:01em Brasília,
16:02inclusive a minha esposa,
16:04que é professora
16:05do Instituto Federal
16:06de Goiás
16:06no campo de Luizânia,
16:07ela, por exemplo,
16:08tem que ir de Uber.
16:10Quer dizer,
16:10mas se tivesse um trem
16:11ou mesmo o BRT
16:12comunicando
16:13o Distrito Federal
16:16com o entorno
16:18de Goiás,
16:21seria muito melhor
16:22para os mais pobres.
16:23Então,
16:24o governo
16:24precisa estruturar
16:26um programa
16:27de mobilidade urbana
16:29baseado em linhas
16:31férreas,
16:31transporte ferroviário,
16:34porque isso,
16:34primeiro,
16:35é melhor
16:36do ponto de vista ambiental,
16:37ou seja,
16:38reduz muito
16:38emissão de CO2,
16:40os trens hoje em dia
16:41são elétricos,
16:42então,
16:42e a nossa matriz
16:43energética é limpa,
16:45e além disso,
16:46vai aumentar muito
16:47o bem-estar
16:48da população,
16:49porque sabe o que é
16:50ficar duas horas
16:51num ônibus lotado,
16:53indo e voltando
16:54todos os dias
16:55do trabalho para casa,
16:57da casa para o trabalho?
16:58Isso é muito ruim.
16:59Então,
16:59esse investimento
17:01tem que ser feito,
17:02e só arrematar
17:03com uma observação,
17:05quando você compara
17:07a eficácia
17:08dos diferentes tipos
17:10de gastos
17:12do governo
17:12sobre o PIB,
17:13o que nós,
17:14economistas,
17:14chamamos de multiplicador,
17:16o multiplicador
17:17do investimento público
17:18é muito maior
17:20do que o multiplicador
17:22do gasto tributário.
17:23Então,
17:23se você tem
17:241,5 bilhões de reais
17:25para gastar,
17:26é melhor você gastar
17:28investimento público,
17:29ou seja,
17:30construindo uma estrada,
17:32tapando buraco,
17:33etc.,
17:33do que você usar
17:35como subsídio,
17:37ou como abatimento
17:38de imposto.
17:39O efeito disso
17:41sobre geração
17:42de renda
17:42e de emprego
17:43é muito maior
17:44no caso
17:45do investimento público
17:46do que no caso
17:48do gasto tributário.
17:51Obrigada, professor.
17:52Professor Ciro de Avelar,
17:54mais um tópico aqui
17:56para a gente
17:56encerrar nosso debate,
17:57que a gente não pode
17:58deixar de falar
17:59sobre isso.
18:00Ainda essa semana,
18:01o próprio presidente
18:02da Câmara dos Deputados,
18:03Arthur Lira,
18:04também externou
18:05a sua insatisfação
18:06com o anúncio do programa,
18:07também avaliou
18:08o anúncio precipitado
18:09por parte do governo
18:10e falou principalmente
18:11da reforma tributária.
18:13O senhor logo mais cedo
18:13falou também sobre isso,
18:15da importância
18:15de discutir,
18:16de trazer a reforma tributária
18:18também para esse debate.
18:20Como é que a reforma tributária
18:21poderia, de fato,
18:23auxiliar melhor
18:24esse programa
18:25do que o próprio programa
18:26que foi anunciado
18:27sem qualquer planejamento
18:28prévio?
18:29Nós economistas
18:32gostamos de dizer
18:32que o custo
18:34de oportunidade,
18:35hoje,
18:36o nível de tributação,
18:38o nível de impostos,
18:39tanto para o setor industrial,
18:43como para o comercial,
18:44serviços,
18:45até para nós,
18:46pessoas físicas também,
18:47ele é um custo
18:48de oportunidade
18:49muito alto.
18:51O que eu quero dizer
18:52com isso?
18:53Se fosse pensado
18:55um arcabouço tributário
18:56que desonerasse
18:58essa carga tributária
19:01tão forte
19:02para o peso
19:03dos empresários
19:04e dos cidadãos,
19:06o cidadão
19:06usaria esse recurso
19:08para consumir,
19:09para girar
19:10a atividade econômica.
19:13Então,
19:13a importância
19:14de uma reforma tributária
19:15é que ela viria
19:16a desonerar,
19:18principalmente,
19:19um setor industrial,
19:20um setor comercial
19:21e desonerar
19:23a pessoa física
19:24para que a gente
19:24pudesse consumir mais,
19:25para que o dinheiro
19:29pudesse girar mais
19:30na economia.
19:31Agora,
19:31por outro lado,
19:32fica muito claro
19:33que o governo
19:34parece que
19:35não tinha uma agenda,
19:38a gente sempre falou isso,
19:39o próprio presidente Lula
19:40disse que só ia falar
19:41sobre a agenda econômica dele
19:43depois que ganhasse a eleição
19:44e a gente aí,
19:46ficou muito claro,
19:47a gente vê que
19:47ganhou-se a eleição,
19:49mas não tem um planejamento,
19:50não tem uma carta
19:52de navegação
19:52e por isso
19:53já está se desagradando,
19:54principalmente
19:55a confiança
19:57do consumidor
19:58e a confiança
19:58dos empresários.
20:00Cada vez mais também
20:01não se acredita
20:03que deve haver
20:03uma reforma tributária
20:05estrutural
20:06que desonere
20:07também os próprios estados,
20:08a gente já viu
20:09aí os estados
20:10questionando
20:11aquela
20:12a retirada
20:14do ICMS,
20:15dos combustíveis,
20:16com o Supremo
20:17dando parecer
20:18favorável
20:19para os estados,
20:19então em vez
20:21de se pensar
20:24no arcabouço
20:25tributário,
20:26cada vez vai se
20:27cortando mais
20:28a coxa de retalhos
20:29e pregando
20:30outros retalhos
20:33e ficando
20:33cada vez mais difícil
20:34de se pensar
20:35numa reforma tributária
20:36que desafogue
20:37a população brasileira
20:38e desafogue
20:39principalmente
20:40a atividade produtiva
20:41que fica
20:42cada vez
20:43mais estrangulada
20:44e sem possibilidade
20:45de investimento
20:46e com a margem
20:46cada vez
20:47mais estrangulada
20:48também.
20:49Então,
20:50novamente,
20:51falta um plano de voo,
20:52falta,
20:53parece que o governo
20:54está com muita pressa
20:56querendo fazer tudo
20:58aí muito rápido
20:59mas sem ter um planejamento
21:00e isso certamente
21:02lá na frente
21:02vai ter um efeito
21:03inercial de volta
21:07onde a gente
21:08vai ver
21:09novamente
21:10o aumento
21:10do gasto fiscal,
21:11uma redução
21:12da arrecadação
21:13e isso vai provocar
21:14novamente
21:15uma pressão
21:15inflacionária
21:16fazendo até mesmo
21:17com que o
21:18o próprio Banco Central
21:19analisando ali
21:20o seu balanço
21:21de riscos
21:22diante de uma simetria
21:23de riscos
21:24persista
21:26com a taxa
21:28de juros
21:28aí próximo
21:29a dois dígitos.
21:30A gente não pode esquecer
21:31que temporariamente
21:32com certeza
21:33não foi por acaso
21:34o governo
21:35deixou de falar
21:36na mudança
21:37das metas
21:37de inflação
21:38porque isso
21:40estava trazendo
21:41insatisfação
21:42e desconfiança.
21:44Então,
21:44a gente não pode esquecer
21:45que parece que estão
21:45querendo cada vez mais
21:46jogar para a plateia
21:48e não pensar
21:49num Brasil estrutural
21:51em mudanças estruturais
21:52no médio e no longo prazo.
21:55Professor José Luiz Orelho,
21:57quem vai pagar
21:58essa conta?
22:01Olha,
22:01a conta é pequena,
22:03assim,
22:04realmente
22:051,5 bilhões
22:07é,
22:09assim,
22:10variável de ajuste
22:11no orçamento
22:11da União,
22:12o que realmente
22:15me chama
22:15a atenção
22:16é que
22:18é um problema
22:19importante,
22:20ou seja,
22:21nós estamos lidando
22:22com duas coisas,
22:23primeiro,
22:24com a estagnação
22:25da produção industrial
22:25há anos,
22:27a produção industrial
22:27ainda não recuperou
22:29o nível
22:29pré-pandemia,
22:31principalmente
22:32a produção
22:33de automóveis,
22:34e estamos falando
22:35de outro problema
22:36importante,
22:37que é a redução
22:38da emissão
22:39de CO2.
22:40e o que o governo
22:42anunciou
22:43é absolutamente
22:44frustrante,
22:451,5 bilhões
22:47de reais
22:47em isenção
22:49de impostos
22:52para que as montadoras
22:53façam descontos
22:55nos carros populares
22:56por um período
22:59de, no máximo,
23:00quatro meses,
23:01não vai ter efeito
23:02nem sobre,
23:04perceptível,
23:05nem sobre
23:06o objetivo
23:07de reativar
23:07a indústria montadora,
23:09nem sobre a redução
23:10de CO2.
23:12Então, assim,
23:13realmente
23:13não tem muito...
23:16A boa notícia
23:17é que a conta,
23:18você não precisa se preocupar,
23:19é que ela é muito pequena,
23:20mas realmente
23:23está se dispensando
23:24uma oportunidade
23:25de fazer
23:29a tal
23:29da neo-industrialização.
23:32Eu sei
23:33que o problema
23:33dos juros
23:34não é problema
23:35do governo,
23:36porque agora
23:36isso aí
23:37é questão
23:37do Banco Central,
23:40que, do meu juízo,
23:41está praticando
23:42uma política
23:43monetária
23:44equivocada,
23:46que não é feita
23:47em nenhum lugar
23:47do mundo,
23:48que nós temos
23:48uma taxa real
23:49de juros
23:50de 9%,
23:51acima de 9%,
23:52a inflação
23:54acumulada
23:54pelo IPCA
23:55no mês passado
23:57ficou
23:58mais deflacionária,
24:00ainda ficou
24:00mais negativa
24:01do que tinha sido
24:02no mês anterior,
24:03mostrando claramente
24:04que não existem
24:05pressões inflacionárias
24:06na economia brasileira
24:08que justifiquem
24:09essa taxa
24:09de juros.
24:11Agora,
24:11o que o governo
24:12está fazendo
24:12em termos
24:14de política
24:14industrial,
24:15que é disso
24:15que se trata,
24:17quer dizer,
24:17é simplesmente
24:19pífio.
24:20Então,
24:21eu mesmo
24:22fiz uma proposta
24:23muito mais
24:24abrangente,
24:26que eu até
24:26publiquei
24:27no meu blog,
24:29mas que eu tinha
24:29conversado com
24:30o vice-presidente
24:31da República,
24:31Geraldo Alckmin,
24:32entre o primeiro
24:33e o segundo turno,
24:33em que eu fiz
24:35uma proposta
24:36de renovação
24:37da frota
24:37de automóveis
24:38no Brasil,
24:39em que o governo
24:40compraria os carros
24:42usados,
24:43com mais de
24:4410 ou 15 anos
24:45de uso,
24:46ele compraria
24:47pelo preço
24:47da tabela FIP,
24:49com a
24:50condição
24:52de que esse dinheiro
24:53fosse usado
24:54na compra
24:55de carros
24:55híbridos
24:56ou elétricos,
24:58ou seja,
24:58aí sim você tem
24:59uma política
25:00industrial
25:01voltada
25:02para a transição
25:03de uma economia
25:04de baixo carbono
25:05e o BNDES
25:07entraria
25:07como financiador
25:09da diferença
25:11entre o valor
25:12que o consumidor
25:13recebeu
25:14pelo seu carro
25:14usado
25:15e o valor
25:16do carro novo,
25:17que seria
25:17não um carro
25:18popular,
25:19mas,
25:19pode até ser popular,
25:20mas tem que ser
25:21híbrido
25:22ou elétrico.
25:23E os carros
25:24que o governo
25:25adquirisse
25:26por intermédio
25:27desse programa
25:27seriam,
25:28então,
25:29destinados
25:30sucata,
25:31ou seja,
25:31o governo
25:31transformaria
25:32sucata
25:33e venderia
25:33para as empresas
25:34privadas
25:35fazendo a
25:35reciclagem
25:36do material.
25:37Isso é uma
25:38política
25:39que tem
25:41por objetivo
25:42estimular
25:44a produção
25:44de automóveis,
25:45mas,
25:46ao mesmo tempo,
25:47encaminhar
25:48de maneira
25:49concreta
25:50para uma economia
25:51de baixo carbono.
25:52Mas o governo
25:53está
25:53desperdiçando
25:54oportunidades
25:55pensando assim,
25:57pequenininho.
25:58isso é muito,
26:00muito ruim.
26:00O Brasil
26:01tem que voltar
26:01a pensar
26:02grande.
26:03Se nós não
26:03voltarmos
26:04a pensar
26:04grande,
26:05nós vamos
26:05ficar
26:06perpetuamente
26:07na mediocridade.
26:10Excelente.
26:11Deixa eu só jogar
26:11a lenha na fogueira
26:12aqui,
26:13só para a gente
26:13encerrar.
26:14O tema
26:14já está esgotado
26:16aqui,
26:16os professores
26:17já trouxeram
26:18diversos pontos
26:19sobre essa questão
26:19do programa
26:20de carros populares,
26:21mas deixa eu falar
26:22com o Ciro de Avelar.
26:24Você avalia
26:24que a política
26:26de taxa
26:26de juros
26:26do Banco Central
26:27está equivocado?
26:30Eu acredito
26:31que esse equívoco
26:33começou lá atrás,
26:34quando reduziu-se
26:35a taxa de juros
26:36muito forte
26:37para 2%,
26:392,5%,
26:40e o Brasil
26:41nunca suportaria
26:42essa taxa
26:43de juros
26:43durante tanto tempo.
26:45E aí o Banco Central
26:46foi forçado
26:47a subir
26:48a taxa de juros
26:49a esses patamares
26:50atuais
26:50de 3,75%.
26:52Mas acredito
26:53que já existe
26:53sim uma persistência
26:54desnecessária
26:55nessa taxa
26:56de juros
26:56nesse patamar.
26:59O que a gente
26:59está vendo aí
27:00está inibindo
27:01a retomada
27:02da atividade
27:03econômica,
27:04está inibindo
27:05até o consumo,
27:07a retomada
27:08do consumo.
27:10Os próprios
27:10agentes econômicos
27:11já estão
27:12ficando insatisfeitos
27:13com,
27:14não o presidente
27:16do Banco Central,
27:17é importante
27:17deixar isso claro,
27:19mas com o próprio
27:20Banco Central,
27:21com a diretoria
27:21do Banco Central,
27:23uma vez que os próprios
27:24modelos do Banco Central,
27:25os modelos econômicos,
27:27estatísticos do Banco Central,
27:28já demonstram aí
27:29em 12 meses
27:31uma inflação,
27:31um IPCA
27:32abaixo de 6%.
27:33É claro que existe
27:34um risco,
27:35se o Banco Central
27:36abrir mão
27:37dessa política
27:38contra acionista
27:39hoje de forma
27:40muito rápida,
27:41corre o risco
27:42por outro lado
27:42do governo
27:43aproveitar e soltar
27:44a porteira
27:45e aumentar
27:46esses gastos
27:48fiscais.
27:49E aí desbalanceia
27:50de novo
27:51a simetria
27:53de riscos
27:53do Banco Central.
27:54Mas certamente
27:55nada justifica mais
27:56o Banco Central
27:57com o patamar
27:58de 3,75.
27:59Também não acredito
28:00que vai ter redução
28:01direta nessa próxima
28:02reunião agora
28:03do dia 20 e 21,
28:04mas espera-se
28:05pelo menos
28:06uma sinalização
28:07de redução
28:09da taxa Selic
28:11agora nessa próxima reunião.
28:13Maravilha.
28:14Eu só puxei aqui
28:15um pouco dessa questão
28:15da taxa de juros
28:17do Banco Central
28:18só para acender
28:19um pouquinho os anos,
28:20muito embora o tema
28:21é outro aqui,
28:21a gente está falando
28:22de programa
28:23de carros populares
28:24e os dois especialistas
28:25trouxeram aí
28:25a visão sobre o tema
28:27e principalmente
28:27os pontos sensíveis,
28:29já que o programa
28:30foi apresentado
28:31de forma meio que
28:33impulsiva,
28:33meio que atabalhoada,
28:35diversos pontos polêmicos,
28:38né?
28:38O professor pode falar,
28:39fica à vontade.
28:40Não, improvisada.
28:41Assim,
28:42a percepção que eu tenho
28:45é que é um completo improviso,
28:47entendeu?
28:47Aí vai tendo
28:48crítica aqui,
28:49crítica ali,
28:50ele vai remendorar,
28:51então faz aqui,
28:52então vamos fazer desse jeito
28:53para acomodar
28:53a crítica de fulano,
28:55beltrano, etc.
28:56Aí fica essa colcha
28:57de retalhos
28:58que viram um monstro
28:59de Frankenstein.
29:01Verdade.
29:01Professor,
29:02muitíssimo obrigada.
29:03Estivemos aqui
29:03com o professor
29:04José Luiz Orelho
29:05e também o professor
29:06Ciro de Avelar,
29:08ambos economistas,
29:09explicando para a gente
29:10esse programa
29:11que foi anunciado
29:12pelo governo
29:12essa semana,
29:14programa de carros
29:14populares aí
29:15para a população
29:16com descontos
29:17que vão de 2 a 8 mil.
29:19Obrigada pela gentileza,
29:20eu aguardo vocês
29:21em outra oportunidade.
29:22Nada,
29:23boa tarde a você,
29:24ao meu colega
29:25Ciro de Avelar
29:26e a todos
29:26e todas
29:28que estiveram
29:29nos assistindo
29:29nesse momento.
29:30Eu que agradeço também,
29:31um abraço a todos,
29:32um abraço,
29:32professora,
29:33até logo.
29:34Um abraço.
29:35Muitíssimo obrigada.
29:37E o Meio Dia em Brasília,
29:38hoje é curtinho,
29:39especial,
29:39especial de feriadinho aí,
29:41você que está acompanhando,
29:42que não perde nosso programa
29:43por nada e mesmo
29:44depois de feriados,
29:46nesses feriados
29:47emendados,
29:48prolongados,
29:49não esquece de deixar
29:49o seu like aí,
29:50de compartilhar esse vídeo
29:51com alguém que você
29:52avalie,
29:53isso é interessante
29:54ouvir os especialistas,
29:55a gente busca sempre
29:56trazer aqui
29:57pessoas confiáveis,
29:58especialistas que conhecem,
29:59têm domínio sobre os temas
30:01para que você se informe
30:02da melhor maneira possível.
30:04Obrigada pela audiência
30:05e eu volto na segunda-feira
30:07trazendo novas notícias
30:08e novos debates.
30:09Tchau, tchau.
30:09Tchau.
30:36Tchau.
30:37Eu sou Júlia Schiaffarino e apresento a vocês 5 Minutos,
31:01o novo podcast diário de O Antagonista.
31:04De segunda a sexta-feira, trazendo os principais fatos da política, da economia e de onde mais houver notícia.
31:12Todo dia com assuntos relevantes para vocês.
31:16Tudo isso em até 5 minutinhos.
31:18É o tempo de tomar aquele café esperto e começar bem o dia.
31:27Olá pessoal, eu sou Kenzo Matida e apresento o Papo Antagonista com informação.
31:32Eu acabei de receber aqui um documento exclusivo.
31:36Nós tivemos informações que sim, o senador Flávio Bolsonaro tentou entrar em contato com a família.
31:43Bastidor.
31:44Olha, eu conversei com gente lá em Brasília.
31:46Uma liderança parlamentar me disse hoje, eu trago para vocês agora um bastidor quentíssimo.
31:52E é claro, opinião que é marca do antagonista.
31:55Olha, a maneira como o Lula e o PT lidaram com esse assunto no Congresso revela duas coisas.
31:59A primeira é hipocrisia.
32:01A segunda é fraqueza.
32:02É absolutamente impossível você ter em uma mesma frase Lula, Nicolás Maduro e democracia.
32:09De segunda a sexta-feira, a partir das 6 horas da tarde, um resumo muito atualizado das principais notícias do dia.
32:16Cenas lamentáveis.
32:23Para o meu tempo, presidente.
32:24Não se espalhar.
32:24Não se espalhar não.
32:26Deixa...
32:27Uma peruca.
32:28Deixa o deputado concluir.
32:29Nicolás, deixa o Nicolás falar.
32:31Deixa o deputado concluir.
32:32Posso continuar?
32:34Mais espetinho.
32:36Mamãe, mamãe, mamãe.
32:39Talvez, presidente, o Lula ache que isso aqui é uma picanha trans.
32:46Nos Estados Unidos, comparando aqui com a Jerusalém do neoliberalismo.
32:55Desemprego ao final de 2022.
32:593,5%.
33:02Nessa hora, eu queria lhe fazer uma sugestão.
33:06Pegue o seu bonezinho e peça pra sair.
33:09Por favor.
33:12Ainda estamos em votação.
33:13Olha o nível de provocação.
33:14Olha o nível de provocação.
33:16Deputado Macon.
33:17Dá a facada no seu bucho.
33:18Eu quero ver o que o senhor vai fazer.
33:20Seu Zé.
33:22Respeita.
33:23Isso é o mínimo do debate.
33:25Opinião política, facada.
33:26Fake.
33:27Bate catarra, pá.
33:29Cresça.
33:29Filho homem.
33:31Preste atenção.
33:32Respeita, deputado.
33:36O que é isso?
33:39Você vai me intimidar?
33:40Você não vai me intimidar, não.
33:42Você não vai me intimidar.
33:44Eu não sei o seu nome.
33:46Não sei o seu nome.
33:46Eu peço.
33:47Eu peço.
33:48Senhor presidente.
33:49Senhor presidente.
33:51Eu acho que o senhor tem que ter isso, senhor presidente.
33:53Porque após a fala da deputada, ele chamou de deputada...
34:06Eu acho que o senhor tem que ter essa deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada, ele chamou de deputada,

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