- 18/06/2025
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NotíciasTranscrição
00:00Olá, bom dia, boa tarde. Nossa primeira reunião de pauta da semana foi um descompasso aqui entre
00:11os nossos horários, né? É, tá ficando difícil, né? É, um tá em reunião, o outro tá em reunião,
00:19o outro tá no fuso horário errado. Foi complicado, a gente tem que se articular melhor, porque essa
00:28nossa reunião acho que ajuda também a entender quais são os temas mais relevantes do dia, acho que
00:36elas, até para nós, elas ajudam. É uma reunião de pauta de liberdade. Então, senhores... A pauta neste
00:48segundo é Eduardo Cunha condenado pelo Sérgio Moro. Pelo Sérgio Moro, 15 anos, é isso, né, Cláudio?
00:5615 anos? 15 anos, 15 anos, se lascou. É, primeira condenação, né? Primeira condenação do Eduardo Cunha.
01:04Se é 15 anos para o Cunha, imagino para o Lula. É, bom, a gente não... O padrão é esse? A gente não se falou
01:12nessa semana, mas o amigo de vocês aqui, graças a vocês dois também, que conseguiram um manancial de
01:22documentos, etc. Pô, 133 milhões de reais o Lula sacou da conta, da propina dele. 133 milhões de reais.
01:34É um negócio inacreditável.
01:36Essa é aquela conta da presidência, né?
01:38Essa é a conta do Lula. A gente, finalmente, lento, relendo os depoimentos do Marcelo Odebrecht,
01:50do Hilberto, a gente conseguia entender, finalmente, como é que funcionava aquilo.
01:55Porque havia uma certa confusão entre o número de contas, o número de planilhas, a planilha de uma,
02:00a planilha de outra. São duas contas.
02:02Uma conta, que foi até 2011, e que era repartida em três partes. Uma que era do Antônio Palotti,
02:12uma que era do Lula, pessoal do Lula, e uma que era uma tranche de 50 milhões do Guido Mântega,
02:19que era um prêmio, propina, pela provocação...
02:24Pela medida provisória.
02:25A provisória é 470, provavelmente, a Braskem.
02:31E esses 50 milhões de reais ficaram lá depositados, o Guido não mexeu, só foi usar na campanha de 2014.
02:38Essa é uma conta, que tem três beneficiários.
02:43E a outra conta é a conta pós-Itália, que nasceu em 2011, por ordem da dona Dilma Rousseff,
02:48e colocou o Guido Mântega para arrecadar a propina dentro da empreiteira.
02:55E essa conta só tem o dinheiro, 100 milhões, que a Braskem deu para o Guido Mântega,
03:02mais 27 milhões que eles arrancaram de outro braço da Odebrecht,
03:06e os 50 milhões que eles herdaram da conta italiana.
03:09Então, são duas contas, italiano e pós-Itália.
03:13A primeira é dividida em três partes, a segunda é só exclusiva da Dilma.
03:17Os 133 milhões, esse é dinheiro...
03:20Só para arrematar.
03:22Na primeira, essa que era do Lula, e administrada pelo Antônio Palotti,
03:28ali o Guido Mântega não tocou no dinheiro dele.
03:30Os 133 milhões de reais são todos, todos, do Sr. Lula da Silva.
03:37Que ou mandava o Antônio Palotti pagar o Feira,
03:39ou mandava pagar a campanha no Peru do Olanta, o Mala, ou então...
03:45Era uma campanha...
03:46Não é um dinheiro para o Lula, não é um dinheiro exclusivo do Lula.
03:49Exato, é um dinheiro para a presidência, digamos assim.
03:52Dinheiro para a presidência do Lula, especificamente,
03:56nós temos os 13 mais os 12 do Terrenço, 25 ali, que são...
04:03Pelo menos 25, né?
04:0425 mais os 4 do...
04:08É, já se falou em 39, né?
04:11Já se falou em 39, tem que somar.
04:14É um dinheiro que misturava a pessoa jurídica com a pessoa física.
04:19Não, não, não, não.
04:20Não, não, não.
04:21Esse é o valor.
04:22Outra coisa, só mais uma coisa importante.
04:25Nós estamos falando de um saldo do dia 31 de março de 2014.
04:31Quer dizer, a gente não sabe quanto ele continuou a sacar dessa conta,
04:36porque o Lula ainda tinha um crédito, um saldo de 10 milhões de reais ali.
04:40Ele retorrou tudo.
04:41Mas duraram 10 milhões de reais, que provavelmente foram sacados
04:46depois de 31 de março de 2014.
04:50Então, a gente não tem a conta final.
04:54Esses 133 milhões é um número bem próximo aos 128 milhões
05:00que a Polícia Federal descobriu que foi para o italiano, para o Palotti.
05:07Então, faz todo sentido.
05:09Isso é a investigação sem aquela documentação posterior que a Odense passou.
05:15Cláudio, sabe por que eles tinham 128 e na verdade foram 133?
05:19Por quê?
05:19Daquela planilha que eles tinham até essa daqui,
05:25se passaram alguns meses.
05:27Essa aqui, o Marcelo Odense e o Wilberto...
05:30Era até 2013, alguma coisa.
05:32Depois eu vim até o início de 2014, né?
05:34Até março de 2014.
05:36Exatamente.
05:36Daí eles sacaram mais 4 milhões como doação ao Instituto Lula,
05:45uma doação com dinheiro de propina.
05:47E o programa B, que era o nome,
05:49isso a gente aprendeu também, não graças às investigações precedentes,
05:53mas essa é uma oferta grátis do senhor Wilberto Silva.
05:57O programa B é o nome, o codinome do Branislav Kontic,
06:02que é o braço direito do Antônio Palotti,
06:06que entrou no lugar do Juscelino Dourado, o JD,
06:10que sacou em dinheiro.
06:13Isso é outra coisa que a gente soube através dos depoimentos,
06:16que era tudo dinheiro.
06:17Era só dinheiro.
06:19Só mochila com 500 mil reais.
06:20Cada vez era uma mochila com 500 mil reais.
06:23Era o limite.
06:24Era o limite.
06:26Mínimo e máximo.
06:29Limite de 500 paus, hein?
06:31Que bacana, né?
06:32Imagina o cara...
06:33Todas as coisas a gente soube, descobriu agora.
06:37Com esse dinheiro, o Diogo.
06:39Vem para a rua falando, estamos fartos, queremos...
06:41Não pode ficar farto de notícia nova, de novo, de prova.
06:49Isso é prova.
06:50Isso que mandou o Eduardo Cunha para a cadeia por 15 anos é prova.
06:55E o que vai mandar o Lula para a cadeia?
06:56Prova.
06:58Assim como as informações que a gente cruzou,
07:02que é o oferecimento do antagonista para o TSE ou para o STF,
07:08que é o cruzamento das agendas, né?
07:10Das agendas do Guido com o Palote.
07:14E a gente descobriu que em 2010,
07:17eles se reuniram no mesmo dia, pelo menos três vezes.
07:20Pelo menos.
07:21Pelo que a gente tem de dados disponíveis do Palote,
07:25da investigação da Polícia Federal,
07:27com essas informações novas que foram entregues pelo Marcelo,
07:30em relação aos encontros com o Guido Mantega.
07:32É porque essa é outra coisa.
07:34Em 2010, que foi o período de transição
07:38da gestão dessa conta da presidência,
07:42eles se encontraram pelo menos três vezes no mesmo dia.
07:45Porque essa é outra coisa, né?
07:47O Palote era operador do Lula e da Odebrecht.
07:52E ninguém dá importância...
07:53Os pleitos do Lula e da Odebrecht para o Guido Mantega,
07:58que era...
07:59Olha, e ninguém deu importância a uma informação
08:02que este site deu também,
08:04de que o Guido Mantega, em 2012,
08:08por aí, passou a despachar,
08:11no seu gabinete aqui, como ministro da Fazenda,
08:14no prédio do Banco do Brasil,
08:17sem câmeras de vigilância.
08:19Todo mundo falou, ah, no Palácio Planalto,
08:21não tinha câmeras de vigilância,
08:22tiraram as câmeras de vigilância,
08:23também tiraram as câmeras de vigilância,
08:25ou desligaram as câmeras de vigilância,
08:28no andar onde ele despachava como ministro da Fazenda.
08:31E nós temos a informação,
08:33é que não conseguimos confirmar,
08:35então, não imagina,
08:36que muita gente suspeita
08:38esteve neste gabinete aqui em São Paulo.
08:43Olha, tem uma reunião...
08:44Já que você está citando,
08:46tem uma reunião ali marcada na agenda
08:49do Guido Mantega com o Marcelo,
08:52em que está também a presença do Dida,
08:55do Aldemir Bendini.
08:58A gente vai, aos poucos,
09:00explorando essas informações,
09:01porque são informações laterais
09:03que estão dentro do contexto.
09:04Como a gente deu ontem,
09:06que o Guido recebia,
09:07marcava o encontro com o Marcelo Odebrecht,
09:10na casa,
09:11na residência oficial,
09:13na Península dos Ministros,
09:15à noite,
09:15aqui em Brasília.
09:17Então, ele recebia o Marcelo Odebrecht à noite.
09:20É óbvio que não tinha câmera,
09:21não tinha registro,
09:22não tinha assessor,
09:23não tinha testemunha,
09:24não tinha nada.
09:24É a fervilhante vida noturna de Brasília.
09:27É impressionante,
09:28é um negócio absurdo.
09:30Esses encontros,
09:32inclusive,
09:33vários deles também ocorrendo,
09:35não só no mesmo dia,
09:36mas ocorrendo em datas muito próximas.
09:38Às vezes,
09:38ele encontrava com o Guido num dia
09:40e encontrava com o Palocci no outro.
09:42Então,
09:43é um modo de operação.
09:45É a transposição do São Francisco,
09:48não é?
09:48É a transposição do São Francisco.
09:51Para combinar a transposição do São Francisco.
09:54É isso aí.
09:57É muito grave.
09:59É tão bem delineado,
10:03levou muito tempo.
10:05Quanto tempo a gente perdeu
10:07lendo e relendo
10:08e interpretando aquelas mensagens
10:11do Marcelo Odebrecht?
10:12e nós chegamos muito perto
10:14e nós interpretamos praticamente tudo.
10:16Mas ainda havia algumas lacunas
10:18aqui e ali,
10:19de cifras,
10:21de nomes,
10:22de codinomes.
10:23Agora,
10:23a gente tem tudo.
10:24Quer dizer,
10:24no começo,
10:25por exemplo,
10:25havia uma certa confusão.
10:27A gente via a J.D.
10:28era José Dirceu,
10:29batalha.
10:30Depois,
10:30a gente vê que era Juscelino Dourado.
10:33É que é muito mais grave
10:35porque é o assessor direto
10:38do Palotti,
10:39que é o operador do Lula
10:40e ficava lá dentro
10:42e levou 60 milhões de reais
10:44em dinheiro vivo.
10:46Mas tem repórter
10:47mais preocupado
10:48em descobrir
10:49como os depoimentos
10:50do Marcelo Odebrecht
10:51saíram do TSE.
10:53É inacreditável.
10:56A única coisa boa
10:57que fez o TSE
10:57foi produzir esses depoimentos.
11:01A única coisa boa
11:02desse processo todo,
11:03nós estamos em 2017.
11:07A ação
11:07teve início
11:09no dia seguinte
11:10à eleição da Dilma Rousseff.
11:13Em 2014.
11:15Agora,
11:16nós estamos em 2017.
11:17Não produziu nada.
11:19Produziu alguma coisa
11:20sobre as gráficas,
11:21mas não foram até o fim
11:22dessa investigação
11:23sobre as gráficas.
11:25Evidentemente,
11:26gráficas de fachada.
11:28E agora,
11:28nós temos esses
11:29maravilhosos depoimentos
11:31do Odebrecht
11:32que antecipam
11:33o que foi delatado
11:34a PGR.
11:36E,
11:37em vez de se debruçar lá,
11:39não.
11:40Os caras estão preocupados.
11:42Ainda bem que
11:43o Jornal Nacional
11:43pegou esse troço
11:45e deu por dois dias seguidos
11:46e deu tudo.
11:47Deu tudo.
11:48Deu, inclusive,
11:49o dinheiro do amigo,
11:50surrupiado pelo Lula,
11:52que subtraiu
11:53mais 5 milhões
11:55dos 23 que ele tinha,
11:57que chegou a 10 milhões.
11:58essa subtração toda,
12:00foi mostrado
12:00no Jornal Nacional
12:01justamente,
12:02corretamente,
12:03em vez de ficar
12:04preocupado com...
12:05E agora,
12:07neste momento,
12:08você tem aqui
12:09no TSE,
12:11está um cheiro estranho
12:13lá,
12:14não é, Claudio?
12:15Um cheiro estranho
12:16porque o relatório
12:17do...
12:18E na futalinha.
12:19É,
12:20que se esperava.
12:21tem duas coisas
12:24acontecendo lá.
12:25O relatório pode...
12:26Neste momento,
12:26as traças de Brasília
12:27estão corroendo.
12:28Corroendo.
12:29O relatório pode
12:30não vir tão
12:31enfático
12:33e tão verdadeiro,
12:35digamos assim,
12:36como a gente imaginava.
12:37Ou seja,
12:38de fato,
12:39apontando culpados,
12:40pedindo a punição
12:41para os culpados
12:42e tudo mais.
12:43Tem ali um...
12:44Parece que tem um cheiro
12:45de pizza nessa história
12:46e você tem também
12:47a história do julgamento
12:49que não será julgamento
12:51todas as informações
12:52que já mais ocorrerá.
12:54É,
12:54é um julgamento
12:55que jamais ocorrerá
12:56ou ocorrerá
12:57depois que Neves é morto.
12:59Olha,
13:00Mário,
13:01a última,
13:01a nossa última esperança
13:02era justamente
13:03o impacto político
13:04do relatório.
13:06Que o relatório
13:06trouxesse
13:07todos esses elementos
13:10que a gente antecipou,
13:11mas tudo isso
13:11contextualizado,
13:12tudo isso
13:13com a conclusão
13:14do ministro.
13:16A gente está falando,
13:17para o pessoal entender,
13:18a gente está falando
13:18do relatório final,
13:19mas não é o voto
13:20do ministro.
13:21O voto do ministro,
13:22aí sim vai ter
13:23o mérito,
13:25ele expressando ali
13:27o mérito da coisa,
13:28dizendo se tem que
13:29caçar a chapa
13:30e responsabilizar
13:31a cabeça da chapa,
13:34a Dilma Rousseff,
13:35ou não.
13:36A gente já via
13:38informação
13:39de que Temer
13:40dificilmente
13:41seria responsabilizado.
13:42Ele seria caçado junto
13:43por causa
13:43até da jurisprudência
13:45do TSE,
13:46nesse sentido,
13:47sempre caça a chapa.
13:48mas a chapa
13:50é indivisível.
13:52Mas a responsabilização
13:53individual,
13:54quer dizer,
13:54a responsabilização,
13:55o que diz a lei?
13:55A responsabilização
13:56da chapa
13:57é a cabeça,
13:59a pessoa,
14:00o candidato
14:01da cabeça
14:02da chapa
14:02é o responsável
14:04pela chapa.
14:05Então,
14:06ele,
14:07é uma coisa
14:08até estranha
14:09essa matéria
14:09da Folha,
14:10porque,
14:11pela lógica,
14:12a responsabilização
14:14da Dilma
14:14deveria ser automática.
14:16é como no impeachment,
14:18criaram...
14:19Pois é,
14:20mas no impeachment
14:20o que fizeram no impeachment?
14:23Batearam o negócio.
14:24Então,
14:24vai ser uma novidade,
14:26vai ser uma inovação.
14:28A gente está presenciando
14:29uma série de inovações,
14:31já é uma inovação
14:32caçar a chapa presidencial,
14:33uma novidade,
14:34não uma inovação.
14:35Mas,
14:36provavelmente,
14:38se trabalharem
14:39nessa inovação,
14:40vai ser muito,
14:41vai ser uma coisa vexatória.
14:42Olha,
14:43nessa...
14:44não compreende,
14:45assim,
14:45a gente não compreende,
14:46não condiz com o que ele
14:48tem indicado,
14:50vem indicando até então,
14:51não condiz.
14:53E também,
14:54é o seguinte,
14:55ele,
14:56no momento em que ele encerra
14:57a instrução do processo,
14:59ele entende
15:00que já tem
15:00os elementos probatórios
15:02necessários para isso,
15:03para essa responsabilização.
15:05Claro.
15:05Se não há responsabilização,
15:07significa que ele não tem
15:08os elementos.
15:09Uma das coisas
15:09que a gente até questionou
15:10agora de manhã,
15:11que é, assim,
15:12um absurdo,
15:13se não tivesse,
15:14se não tem os elementos,
15:15por que que então
15:16não chamou,
15:17não convocou o Guido Mantega
15:18para depor,
15:19já que o Guido Mantega
15:20é o principal
15:21personagem
15:23do financiamento
15:24ilegal da campanha.
15:25É ele que é
15:26o cara
15:27da planilha
15:29pós-italiano,
15:31pós-Itália,
15:31é ele o cara
15:32que era responsável
15:33por essa conta
15:34presidencial
15:35ilícita.
15:37Então,
15:37ele deveria ter sido chamado,
15:39se havia...
15:39O João Santana?
15:40O João Santana,
15:41não.
15:41ele deveria ter sido chamado.
15:44E o João Santana?
15:45E o João Santana?
15:45E há alguma dúvida?
15:47E a Mônica Moura?
15:48E a Mônica Moura?
15:49O Marcelo Odebrecht
15:50diz.
15:51A Mônica Moura
15:52e o João Santana,
15:53você tem até os depoimentos
15:54e os elementos
15:55lá da Lava Jato,
15:56que você pode colocar
15:57como comprovantes,
15:58diz comprovações,
16:00diz corroborações
16:00do depoimento
16:01dos executivos.
16:02Mas como se trata
16:03de novo...
16:04Então você poderia,
16:06se tinha alguma dúvida,
16:07chamar o João Santana.
16:08Você podia importar.
16:09Sim, você podia importar.
16:10Mas digamos que talvez
16:11o João Santana
16:12estivesse nos depoimentos
16:14implicando outras pessoas
16:15que não fazem parte
16:16do...
16:16Não estão ali
16:17no seu escopo
16:17do processo no TSE.
16:19Bom, então chama
16:20o João Santana
16:21e a dona Mônica Moura
16:22para confirmar.
16:24E aí,
16:24dificilmente
16:25eles não confirmariam.
16:26a Dilma sabia
16:28que nós pagávamos
16:29o João Santana.
16:30Claro, óbvio.
16:31Como é que a empreiteira
16:32paga diretamente
16:33o João Santana
16:34e paga a campanha?
16:34O que negócio é esse?
16:35A Dilma,
16:36segundo o Marcelo Odebrecht...
16:37Não, não.
16:39Diretamente?
16:40Segundo o Marcelo Odebrecht,
16:42duas coisas.
16:43A Dilma indicou
16:44o Guido Manteiga
16:45para ser o arrecadador
16:47e dois,
16:48ele foi encontrar-se
16:50com a Dilma
16:50para dizer a Dilma
16:52justamente
16:53que o dinheiro
16:54estava contaminado,
16:55o dinheiro a ser pago
16:56ao casalzinho
16:57de marqueteiros
16:58estava contaminado
16:59porque estava
17:00numa offshore de propina,
17:01não é isso?
17:02É, isso eles dizem
17:03que foi em 2015,
17:04então...
17:05Mas tem uma coisa anterior,
17:07Mário.
17:07Tem uma coisa anterior
17:08que não tem uma coisa.
17:09De qualquer maneira,
17:09é a mesma coisa.
17:11O Marcelo Odebrecht,
17:1218 vezes
17:13no depoimento dele,
17:15falou,
17:15olha,
17:17eu dei
17:18oficialmente
17:1910 milhões.
17:20Mais para o Rousseff.
17:21Eu fazia questão
17:23de dizer
17:23para a Dilma Rousseff
17:24que eu estava dando
17:26muito mais.
17:28Não,
17:28a própria Dilma...
17:29...dizer que ela soubesse
17:31que nós estávamos
17:32dando muito,
17:34mano.
17:35Basicamente,
17:36lembre-se que a Dilma
17:37pede
17:38em determinado momento,
17:40o Marcelo
17:40confirma isso,
17:41que é até uma conversa
17:43dele com o Guido,
17:44que a Dilma pediu
17:45para concentrar
17:45todas as doações
17:47na campanha,
17:48olha,
17:49todo o dinheiro
17:50que vocês têm aí,
17:51esquece o PT.
17:52Esquece o PT,
17:53é para mim.
17:54É para mim.
17:55Mas em 2011,
17:57ela determinou
17:58que o Guido Mântega
18:00cuidaria
18:01das finanças
18:02dela próprias,
18:04da presidência
18:04da República,
18:06com uma conta corrente
18:07no departamento
18:08de propinas
18:09da Odebrecht.
18:10Então,
18:10não existe nada
18:11a discutir.
18:12Isso em 2011...
18:14E a conversa
18:15do Marcelo
18:16em 2015
18:16era para pagar
18:17os marqueteiros,
18:19ainda era conta,
18:20conta de campanha.
18:22Claro.
18:22Em 2014, né?
18:24Em 2014,
18:24era conta de campanha.
18:26Conta de campanha
18:26pendente lá atrás.
18:28Pendente.
18:28Então, assim,
18:29não é razoável.
18:30O Santana recebia
18:31500 mil reais
18:32na terça,
18:33na quarta,
18:34na quinta,
18:35com o nome Aipo.
18:37Semana seguinte,
18:38a senha,
18:39eles tinham senhas.
18:40Na semana seguinte,
18:41ele recebia
18:42500 mil na terça,
18:43500 mil na quarta,
18:44500 mil na quinta.
18:47O Aipo precisa
18:49de um nabo,
18:50senão não vai,
18:50não tem jeito.
18:51E abacate também
18:52precisa de um caroço,
18:53pombas.
18:57Na semana seguinte,
18:59terça,
19:00quarta,
19:01só pulou a quinta,
19:03500 mil,
19:04senha,
19:05salsa.
19:07Isso está tudo
19:08contabilizado
19:11no sistema
19:12da Odebrecht.
19:16Essa altura
19:17do campeonato.
19:17O nome,
19:18local de entrega.
19:19Eles sabem exatamente
19:20como era entrega.
19:21O cara contou,
19:22o Wilberto falou
19:23como é que ele entregava.
19:25Os caras,
19:26eles chegaram a alugar
19:28uma sala,
19:28a gente levava
19:29a propriedade.
19:29Olha aí,
19:30eu me recuso a acreditar
19:31nessa matéria da Folha.
19:32Eu acho que,
19:33eu me recuso a acreditar.
19:34Agora,
19:34olha,
19:35Cláudio,
19:35eu não...
19:35A Folha é a mesma
19:36que publicou,
19:37que publicou,
19:38que deu uma chat
19:38dizendo que,
19:40há uma semana
19:41ou duas atrás,
19:42deu uma manchete
19:42de domingo
19:43dizendo que o Herman
19:44era um homossexual
19:45assumido
19:45e que estava
19:46querendo aparecer.
19:47A matéria era isso.
19:48Depois,
19:48eles até mudaram
19:49o título da matéria.
19:50Então,
19:51assim,
19:51essa é a Folha de São Paulo,
19:52essa é a matéria
19:53que eles publicaram,
19:54constrangendo,
19:56obviamente,
19:56o cara ali
19:57que tem a ver
19:57a opção sexual
19:58do cara
19:59com o trabalho dele,
20:01inclusive dizendo
20:01que ele queria aparecer.
20:03Então,
20:03quer dizer,
20:04cada hora é uma coisa.
20:05Agora,
20:06então...
20:06A pressão
20:07para poupar
20:11o Temer
20:13é impressionante.
20:15Não,
20:15mas agora existe
20:16uma pressão,
20:17Diogo...
20:18Para poupar ambos,
20:19lógico.
20:19Para poupar a Dilma,
20:20porque não querem
20:22que o TSE faça...
20:23O Temer,
20:23de fato,
20:24tem um problema
20:25ali.
20:26Não querem
20:26que o TSE faça...
20:28Para caçá-lo,
20:29não,
20:29mas para tirar
20:30o direito crítico dele.
20:31Não querem
20:32o que o TSE faça,
20:33o que o Congresso
20:36não fez com a Dilma.
20:38É retirar os direitos
20:38políticos dela.
20:40Esse é o ponto,
20:41nesse momento,
20:41que os petistas estão assim.
20:42Ela não pode perder
20:44os direitos políticos.
20:45Porque essa vai ser
20:46que a gente tem
20:46a TSE federal
20:47para fugir do Sérgio.
20:48Fugido,
20:48exatamente.
20:4915 anos de cana
20:50como o senhor Eduardo Cunha.
20:52É só isso.
20:53É só isso.
20:54Não tirar
20:54do direito político dele.
20:54É a mesma coisa.
20:56Eduardo Cunha pegou
20:5715 anos de cana.
20:59Sérgio Cabral
20:59vai pegar 50 anos de cana
21:01com o juiz
21:02Marcelo Bretas.
21:03Esses caras
21:04querem pedir
21:04dessa gente.
21:05Só.
21:06Se o Herman
21:07não pedir
21:08a cassação
21:10é óbvia
21:11da chapa,
21:12mas se ele não pedir
21:13a cassação
21:14dos direitos políticos
21:15da Dilma Rousseff,
21:16não exige.
21:19Esse processo
21:19foi a maior perda
21:21de dinheiro público
21:23da história.
21:24Porque não vai servir
21:25para nada.
21:26Ele vai se desmoralizar
21:28completamente.
21:29É um negócio
21:30que nem cabe
21:31esse tipo de coisa.
21:32porque se ele fizer isso
21:33não vai ter tido
21:35o menor sentido
21:36esse processo
21:37porque é isso.
21:38Esse processo
21:39só serve
21:39para caçar
21:40o direito político
21:41da Dilma
21:42que foram preservados
21:43no impeachment.
21:44É só serve para isso.
21:45Se não for para isso
21:46não serve para nada.
21:47Acabou.
21:49Acabou.
21:49porque isso
21:51detona o esquema.
21:53Bom,
21:53mas Brasília
21:53é capaz
21:54das coisas
21:54mais inimagináveis
21:55então
21:56resta esperar.
22:00Enfim.
22:01Agora,
22:02outra coisa,
22:03eu acho que
22:03o outro assunto
22:04que também caminha
22:05e que está
22:05dentro do âmbito
22:06da Lava Jato
22:07é essa
22:08pouca vergonha,
22:10falta de vergonha
22:11completa
22:12que está acontecendo
22:12no Senado
22:13com esse Roberto Requião
22:14que é guiado
22:16pelo Renan Calheiros
22:17nesse projeto
22:18de abuso
22:18de autoridade
22:19que é a coisa
22:21mais inacreditável
22:22do mundo.
22:23Ou seja,
22:23o Ferraço faz
22:24aquela emenda
22:27que é o grande problema
22:28de responsabilização
22:29dos juízes
22:30pela interpretação
22:31da lei.
22:32Ou seja,
22:32a gente achou
22:33que ele interpretou errado
22:34a tal da hermenêutica.
22:36Pau no juiz.
22:37O cara
22:37fez uma emenda
22:38para tirar esse troço
22:39e ele pôs lá
22:41no rabicho.
22:42Ah, não.
22:42Os juízes
22:43podem interpretar
22:44desde que respeitada
22:46a literalidade
22:47da lei
22:47que é justamente
22:48um paradoxo
22:50que não entra
22:51em nenhum sistema
22:51lógico possível
22:52imaginado.
22:54Mas,
22:55o senhor Rodrigo Janot,
22:57eu entendo
22:57movido por um espírito
22:59cívico,
23:00foi lá
23:01e fez
23:01contribuições
23:03ao tal do projeto
23:04amenizando aqui e ali
23:06mas ao mesmo tempo
23:07dando uma no cravo
23:07na ferradura
23:08em alguns aspectos.
23:10Mas tirando.
23:11Foi solene,
23:12sim,
23:12tirando essa coisa
23:13da hermenêutica
23:14que é absurda.
23:15Mas, de qualquer maneira,
23:16de qualquer maneira,
23:18foi solenemente
23:19ignorado
23:20no relatório
23:20do Roberto Veiquião.
23:21Eu espero,
23:23sinceramente,
23:24que os senadores
23:26levem em conta
23:26as contribuições
23:27do Rodrigo Janot,
23:28porque, senão,
23:29vai se concretizar
23:30aquilo que eu acho,
23:31que ele apenas serviu
23:32para legitimar
23:34essa falta
23:35de vergonha completa.
23:38Entende?
23:38Então, assim...
23:39É, e não vai ficar assim,
23:40né?
23:40Eu acho que...
23:41Vocês leram
23:42o artigo publicado
23:44pelos três procuradores
23:45da Lava Jato
23:47na Folha de São Paulo.
23:48Vai haver uma greve.
23:51Não, não é possível,
23:52claro.
23:53Tem que parar tudo.
23:54O país tem que...
23:55O país vai parar.
23:56Esse negócio tem que ir
23:57para o STF.
23:59Como é que pode?
24:00Com a responsabilização criminal
24:02dos juízes
24:02por decisões judiciais?
24:03Mas, claro.
24:04É o fim da justiça.
24:06É o fim da justiça.
24:07É o fim da justiça.
24:08Promotores de todo mundo, né?
24:09Eu posso não concordar
24:11e ficar muito contrariado
24:12com decisões judiciais,
24:13seja em relação
24:14a outras pessoas,
24:15seja em relação a mim.
24:16Mas, justiça é justiça.
24:18Você respeita.
24:19O que você vai fazer?
24:19É por isso que recorre, né, Omar?
24:21É por isso que recorre.
24:22É por isso que você recorre
24:24ou então corre.
24:25Vai embora.
24:27Se manda.
24:27O que não dá é para...
24:30O que está acontecendo...
24:31Eu, às vezes,
24:32esfrego os olhos
24:33para reler o que eu leio.
24:36Porque não é possível.
24:38Não é possível.
24:39É o fim da justiça
24:41num Estado democrático.
24:43Não é possível.
24:46E também só serve para quê?
24:48Para eles fugirem da Lava Jato.
24:50É para o senhor Pissiani
24:52não ser conduzido coercitivamente
24:54como foi ontem.
24:55Exatamente.
24:56Não, você sabe quanto...
24:57Existe esse projeto, inclusive,
25:00de a condução coercitiva.
25:02Não, e você sabe qual é a pena
25:04prevista no relatório do Requião
25:06para juízes que estabeleçam
25:09a condução coercitiva
25:10e se a coisa for julgada
25:12de uma maneira...
25:12Porque tudo no plano subjetivo, né?
25:14Se for uma coisa fora de propósito.
25:17De um a quatro anos de prisão.
25:20Agora, me conta o seguinte.
25:22Qual é o juiz que vai mandar...
25:24Vai emitir o mandado
25:25de condução coercitiva
25:27tendo essa guilhotina
25:29sobre a sua cabeça,
25:30sobre a sua pessoa?
25:31Contra gente poderosa,
25:33contra gente que comanda o Estado,
25:35contra gente que comanda a República.
25:37É isso.
25:38É impossível combater contra esses caras
25:40sem ter nenhum tipo de instrumental,
25:43de defesa.
25:44Pedro, olha, você não tem...
25:46Você não pode fazer...
25:48Não pode expor o preso, né?
25:51O pessoal estava aí querendo...
25:52Não, não pode expor,
25:53não pode ter imagem do preso.
25:54Quer dizer,
25:55o cara faz o diabo, né?
25:57Quebra as leis.
25:59Precisa ser responsabilizado
26:01e tem toda uma proteção,
26:02um aparato legal.
26:03Olha, Cláudio,
26:04Cláudio,
26:04Cláudio, é o seguinte.
26:05Assim, na França,
26:07que eu tenho uma experiência
26:07muito próxima,
26:09eles não mostram o rosto
26:10e muitas vezes
26:11não dão o nome de ninguém.
26:13Mas o sistema,
26:14o sistema funciona.
26:15Ah, tudo bem.
26:16Agora, político, amigão.
26:18O François Fillon agora,
26:20o candidato da centro-direita,
26:22que está todo enrolado aí
26:23com casos de corrupção,
26:25enfim,
26:27de recebimento
26:27de presentes indevidos,
26:29vantagens indevidas
26:29e tudo mais.
26:30Não vão esconder o François Fillon?
26:32É.
26:33Não vão mostrar o François Fillon.
26:34Eu acho que não é nem só...
26:35Eu acho que é político, ok,
26:38mas criminoso também.
26:39Porque é o seguinte,
26:40é o que você falou,
26:40se o sistema funcionasse,
26:42perfeito,
26:43mas não funciona.
26:44Então tem o estuprador,
26:45aí o cara é liberado,
26:46aí ele vai morar
26:47do lado da sua casa.
26:48Tá certo, tá certo.
26:50Tem a cara desse sujeito
26:51na vida.
26:52Olha, eu sou favorável
26:54a mostrar,
26:54inclusive porque eu acho,
26:55eu continuo achando
26:56que a execração pública,
27:00a execração pública
27:01para determinados crimes,
27:02e crimes, por exemplo,
27:03cometidos por políticos,
27:05é um direito.
27:06Claro,
27:07e é o que nos resta.
27:08E é o que nos resta.
27:10Nós temos execração pública
27:12diariamente no nosso site
27:14e ela vai...
27:16Não, mas execração pública
27:17é feita não só no nosso site,
27:19mas nos jornais.
27:20Lógico, lógico.
27:21Porque tem que ser execrado.
27:24O sujeito foi eleito...
27:24Você não expõe as coisas,
27:25elas permanecem no cidadão.
27:27O sujeito foi eleito
27:29em cima da confiança
27:31dos eleitores,
27:32dos cidadãos,
27:34não é possível.
27:35Ele vai lá e abusa
27:36da confiança.
27:40Mas é assim.
27:41É outra discussão.
27:42É outra discussão.
27:44Agora, o fato é...
27:45Discutir o vazamento
27:46em vez de discutir
27:47o conteúdo dos depoimentos,
27:49você discute o abuso de poder
27:50em vez de discutir
27:51essa filha da mãe,
27:54desiste de...
27:55O maior escândalo
27:56de corrupção
27:57da história do Brasil,
27:59é sempre...
28:02A gente fica realmente
28:04numa situação
28:06de ódio.
28:07E como se a Lava Jato
28:09estivesse cometendo
28:11abuso atrás de abuso.
28:13Como se estivesse...
28:15Gente, é inacreditável.
28:16Inevitável.
28:17O nosso...
28:18Tempo está...
28:19Acabou o nosso tempo.
28:20Acabou o nosso tempo.
28:21Eu não paguei...
28:22Eu não paguei a cota extra.
28:25Tô até 5 minutos.
28:269 dólares.
28:289,99.
28:29É 1,99?
28:30É 9,99, é?
28:31Não sei quanto é,
28:32mas eu não paguei nada.
28:33É uma cotinha ridícula,
28:34mas a gente nunca paga.
28:35É evidente,
28:35só grátis.
28:36É isso.
28:38Tchau.
28:39Tchau, um abraço.
28:40Tchau, tchau.
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