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  • há 6 dias
No Dia Dia Rural desta quinta-feira (29), o jornalista Otávio Céschi Junior recebe no Bem-estar Animal a Gerente de Projetos da BE.Animal, Janaina Braga e a consultora em boas praticas de manejo e bem-estar na criação de bezerros, Julia Pereira Montalvão.

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Transcrição
00:00Para Bem-Estar Animal, agora, onde nós temos a gerente de projetos da Bienimal, a Janaína Braga.
00:06Oi, Janaína. Bom dia.
00:09Oi, Tavinho. Bom dia.
00:11E hoje a gente tem a zootecnista e consultora em boas práticas de manejo e bem-estar na criação de Biseus,
00:19a Júlia Pereira Montalvão. Oi, Júlia. Bom dia.
00:23Olá. Bom dia, Tavinho. Bom dia, Jana. Prazer estar aqui.
00:27Oi, Júlia. Bom dia.
00:28Bom, agora é com vocês aí. Vamos ficar só prestando atenção aqui para saber como é que a gente cuida bem do bezerrinho leiteiro.
00:38Porque eu estava na fazenda do, não do Tonhar, do Maurício Coelho e eu fui ver o sistema de manejo dele.
00:48O sistema de manejo, ele é um grande produtor de leite, saem duas carretas de leite para dar nono de poços de calda diariamente da fazenda dele.
00:55E ele é um produtor exímio, com todas as... O professor Matheus Paranhos, inclusive, já falou muito bem dele aqui.
01:02E eu fui conhecer. E aí, os bezerrinhos são tratados com uma madeira, com verdadeiras zonas secas.
01:09Quando são apartados para que a vaca vá produzir leite, os bezerrinhos têm um cuidado como se fosse uma criança de maternidade, um bebê em casa.
01:18É um negócio fantástico. Bom, só dei uma introdução aqui para vocês, mas é uma coisa muito bonita de se ver.
01:25Tem as pessoas tratando mesmo dos bezerrinhos como se fossem bebês. É uma coisa fantástica.
01:31E são, né, Tavinho? De fato, se a gente pensar que eles são o futuro. Daqui a uns dias, quem vai produzir leite são eles, né?
01:38Não, é a continuidade da espécie, né? No caso dos bebês, da espécie humana. No caso dos bezerrinhos, da espécie bovina.
01:46Mas é com vocês. Eu só me lembrei agora porque eu achei muito bonito.
01:49Todo o sistema dele de produção do Moris Coelho é fantástico.
01:52Mas essa parte aí me tocou de uma forma muito especial.
01:56Baixou no meu sentimentalismo. Eu fiquei melancólico agora.
02:00Com vocês.
02:06Vamos lá.
02:07Júlia, obrigada, né, por você estar aqui hoje compartilhando um pouco da sua experiência aí com o treinamento das pessoas.
02:14E toda essa mensagem que o Tavinho trouxe, ela é muito importante, né?
02:18Afinal de contas, principalmente dentro do sistema de produção de leite,
02:22a gente precisa assumir o papel da mãe do bezerro, uma vez que ele está apartado da sua mãe.
02:30Então, todo esse cuidado que a gente tem aí nos primeiros momentos da vida do bezerro são muito importantes.
02:36Então, mais uma vez, obrigada, né? Seja bem-vinda.
02:39E já deixo aqui a primeira pergunta para você, Júlia.
02:42Quais são, na sua experiência, os maiores erros que são cometidos com o manejo dos bezerros leiteiros
02:49no dia a dia aí das propriedades rurais do Brasil?
02:53Jana, gostaria de começar falando que o Maurício, inclusive, foi uma grande história,
03:01um grande ensinamento para mim na pecuária de leite, porque eu já fiz estágio lá e também,
03:06depois formada, visitei a fazenda algumas vezes e, de fato, é uma referência aí para a gente.
03:11Sobre a criação de bezerros, então, o funcionário, ele tem exatamente essa função, né?
03:19De mãe mesmo, mãe e pai para aquela bezerra, porque quando a gente tira a bezerra da mãe,
03:24ela está totalmente dependente ali de alguém para alimentação e para os primeiros cuidados e manejos.
03:30Então, isso interfere totalmente na vida do animal.
03:33Então, como eu quero que essa bezerra se torne uma vaca de alta produção, né?
03:40Um animal de alto desempenho aí.
03:43Então, toda essa história, quem vai trilhar vai ser o funcionário que está ali lidando com esse animal.
03:50Então, a importância dele estar bem treinado, dele estar entendendo o porquê daquilo que ele está fazendo, né?
03:57Isso é muito importante e, sobre os erros, o que eu mais vejo assim é pessoas que não recebem orientação da forma correta.
04:07Então, é uma falta de orientação ou, às vezes, uma orientação que não teve um treinamento, uma reciclagem em cima disso.
04:15E aí, acaba vindo os erros, né?
04:17Tem que ter uma constância na observação, na orientação para esses colaboradores,
04:23porque, sem essa constância, a gente vai começar a ter falhas, infelizmente.
04:28E aí, que começa a acarretar os desafios e problemas na criação de viseiros.
04:34Ou seja, né, Júlia, a gente pode dizer que as pessoas que lidam diretamente com os animais,
04:39elas desempenham um papel fundamental, né?
04:41Muitas vezes, a gente fala tanto sobre boas práticas de manejo, sobre os indicadores de bem-estar animal,
04:47mas a pessoa que faz esse contato com o animal, ela tem uma importância fundamental, né?
04:53É ela que vai manejar da maneira correta, é ela que vai limpar um bebedouro,
04:56é ela que vai oferecer uma ração, é ela que vai lavar as mamadeiras.
05:01Então, toda essa abordagem da capacitação que você trouxe, ela tem um papel fundamental.
05:07E, Júlia, me conta uma coisa, assim, com a sua experiência do campo, né?
05:11Treinando muitas equipes que lidam diretamente com os bezerros.
05:15Como é que você vê os principais desafios que essas equipes enfrentam?
05:19E nos seus treinamentos, quando você faz essa abordagem, quais são os pontos-chave que você traz para essa equipe
05:27e que você percebe na prática que ela muda o jogo?
05:31Você falou, olha, a partir do momento que elas identificam, que elas entendem esses pontos,
05:36a gente consegue implementar o bem-estar, porque eles entenderam isso de fato e implementaram dentro da sua rotina.
05:44É, assim, atualmente a gente tem muitos estudos e muita tecnologia do que, como ajudar, né?
05:55A criação de bezerros e como melhorar aquilo ali.
05:58Mas a gente precisa entender também como vai passar isso para os funcionários, né?
06:02A gente está falando de pessoas com baixo nível de estudo, às vezes, pegou aquilo, é cultural,
06:08então, algum tipo de manejo dele, ele traz do pai, da mãe que ensinou e continua daquela forma.
06:15Ninguém mudou aquilo.
06:17Então, precisa ter muita consciência e inteligência para passar isso para esses funcionários.
06:23Como que eu vou passar, eu sei o que é melhor, né?
06:26O que os estudos mostram que tem sido eficaz aí para um bom desenvolvimento desse animal.
06:33Mas como eu vou passar isso para os funcionários, né?
06:36Então, o que eu gosto de fazer é, primeiro, entender a realidade, porque cada fazenda é de uma forma.
06:42A gente tem muitos sistemas, raças e tudo isso interfere ali no como vai ser a criação desses animais.
06:50Então, é entender isso, acompanhar os funcionários, ver a rotina deles, como está sendo desenvolvida.
06:57E aí, sim, me aproximar deles com uma fala mesmo informal, assim, como um bate-papo.
07:05Então, ir mostrando para eles.
07:06Quando eu falo de bem-estar animal, essa palavra talvez assuste, mas como eu vou implementar isso?
07:11É mostrar que, olha, esse aleitamento de forma calma, de forma precisa, no mesmo horário, todos os dias,
07:17na mesma temperatura, isso já é bem-estar animal.
07:21Então, é a linguagem, é como eu vou mostrar isso para ele, que ele está tendo ou não,
07:26e o que vai interferir ali quando eu aplicar uma nova metodologia, né?
07:32Falar, talvez a temperatura do leite aqui, nessa temperatura, é melhor.
07:39Por quê?
07:39Então, eu vou explicar que se não tiver nos parâmetros que eu desejo, isso vai acarretar uma negatividade para ele mesmo,
07:47porque se aquele animal ficar doente, é mais trabalho, é mais tempo de serviço, é mais cansativo,
07:53são índices negativos que a fazenda vai somatizar.
07:57Então, é mostrar isso para ele, o quanto é importante o bem-estar animal, as boas práticas,
08:04e fazer tudo da maneira correta, né?
08:06É uma forma, né, Júlia, sempre de tentar inseri-lo no conhecimento que você está passando ali no treinamento, né?
08:15Até porque, muitas vezes, essas pessoas podem, os colaboradores que estão ali na fazenda,
08:20elas podem não ter o conhecimento técnico tão apurado, mas elas têm uma experiência de campo,
08:26que também é muito importante, né?
08:27Então, essa sua mensagem me chamou bastante atenção, né?
08:32De ter essa empatia, entender quem é aquela pessoa, qual é a realidade,
08:36e tentar junto com ela, né, formando um time, falar, olha, tem uma maneira, talvez melhor, mais fácil,
08:43que também vai ser boa para você, além de ser boa, né, para o bezerro ou para o animal em questão.
08:50E, Júlia, me conta uma coisa.
08:51O que você tem visto aí, né, no campo, a partir do momento que a equipe fala,
08:57opa, opa, vamos começar a mudar os manejos que a gente faz aqui.
09:01Quais são os principais resultados que vêm depois dessa mudança?
09:06É isso mesmo, eu preciso fazer com que eles abracem a causa junto comigo, né?
09:12Se eu quero falar de bem-estar, então, primeiro eu preciso que eles abracem isso.
09:17E aí, a partir disso, né, então a gente vai inserindo boas práticas de manejo ali,
09:23e a partir disso, tem bons resultados sim, e aí eles começam a ver isso através dos índices,
09:31por exemplo, doenças, né, quando a gente fala em bezerras, muito, o índice que se destaca aí é diarreia.
09:39Então, eles fazendo a limpeza de uma forma correta, tendo um protocolo aplicado para aquilo, né,
09:46qual o produto que eu vou usar, em qual momento, como que é essa limpeza,
09:49e também com o aleitamento, os parâmetros para o aleitamento,
09:55ele vai entender que aquele animal, pode ser que não tenha diarreia, né?
09:59Eu vou estar criando ela de uma melhor forma e vou diminuir esses índices de doença.
10:04Então, é aí que ele começa a enxergar o positivo naquela mudança,
10:08no que a gente está trabalhando ali, e assim vem, né,
10:11que daí eu consigo também ganhar confiança deles,
10:14que eles entendem que eu estou trazendo coisas boas, né,
10:18que não vai acarretar em mais trabalho, em mais horários ali,
10:24cuidando de um animal que poderia estar saudável, beber o leite sozinho,
10:28não, vou ter que parar, mexer com aquele animal,
10:32ver ele doente também, eles não gostam, né,
10:35quando os índices de mortalidade ou morbidade estão altos.
10:38Então, essa diferença é nítida, assim,
10:42os bons índices vêm quando a gente começa a trabalhar,
10:46a implementar a padronização nos manejos,
10:49quando eu falo em aleitamento, quando eu falo em desmama,
10:52e aí os bons índices vão vindo,
10:55e isso reflete no setor inteiro, assim, eles gostam.
11:00É uma via de mão dupla, né, Júlia?
11:04Toda vez que a gente melhora o bem-estar dos biseus,
11:06a gente, consequentemente, também melhora o bem-estar da equipe que está ali, né,
11:10cria um ambiente mais harmônico, melhor para todos, né,
11:14incluindo os indicadores produtivos e financeiros.
11:18Júlia, queria muito te agradecer a sua participação,
11:21obrigada por estar aqui conosco,
11:23e se você quiser deixar uma mensagem final aí, né,
11:26para quem está nos ouvindo sobre os cuidados com os bezerros,
11:29e também com as pessoas que trabalham com esses bezerros, né?
11:32É, é algo, assim, bem prático, que eu falo muito nas propriedades,
11:40é sobre colostragem e cura de umbigo, né,
11:44porque é o beabá da criação de bezerros,
11:47então, para a gente ter uma boa criação de bezerros,
11:49aí que se começa, os primeiros passos são uma boa colostragem,
11:54uma boa cura de umbigo,
11:55e assim inicia aí a continuidade disso, né,
12:00que o trabalho nunca acaba.
12:03E gostaria de agradecer também, muito obrigada,
12:06é uma honra estar aqui participando, e é isso.
12:11Obrigada, Júlia.
12:12Tavinho, é contigo.
12:14Ok, meninas, obrigado aí pelas informações,
12:16muito bacana a conversa de vocês,
12:19falando aí dos cuidados que a gente tem que ter, né,
12:21na criação dos bezerrinhos de leite.
12:24Obrigado pela participação, Júlia,
12:26e você volta na semana que vem, tá bom?
12:28Quinta.
12:30Quinta.
12:31Tchau, tchau.
12:32Tchau, tchau, meninas.

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