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  • 14/05/2025
O Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu aposentar compulsoriamente o juiz João Carlos de Souza Correa. Ele foi acusado de furtar uma imagem sacra de um antiquário da cidade histórica de Tiradentes, em Minas Gerais, em 2014. Na prática, o magistrado é afastado definitivamente do cargo, mas mantém os direitos e benefícios de servidor público, como salário proporcional ao tempo de serviço. A pena é considerada a mais grave entre as sanções aplicáveis aos juízes.

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Transcrição
00:00Segue adiante aqui falando de um juiz, meu amigo e minha amiga,
00:03que foi pego furtando arte sacra, ou seja, artes de cunho religioso,
00:08em Tiradentes, Minas Gerais.
00:10E recebeu só agora, mais de dez anos depois, uma punição.
00:15E sabe qual?
00:16Como pena, ele ganhou nada mais nada menos que uma belíssima aposentadoria compulsória.
00:21Sim, ninguém melhor que Rodrigo Costa, da jovem Poço de Caldas,
00:25como eu venho o chamando agora o verdadeiro diretor do Teatro do Absurdo da sucursal mineira,
00:31pelo visto, que é a principal do país, tem mais informações sobre esse caso inacreditável.
00:37Palavra, senhor Rodrigão.
00:39Bom dia, meu caro Marinho e a todos do Morning Show, todos que acompanham.
00:43Esse caso, como você mesmo disse, foi em 2014.
00:46Imagens mostram o exato momento em que o juiz João Carlos de Souza Correia,
00:52do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, furta uma escultura sacra
00:56na cidade histórica de Tiradentes, em Minas Gerais.
01:00Na segunda-feira, o órgão especial do TJ do Rio decidiu pela aposentadoria compulsória
01:06pelo crime cometido em 2014.
01:08Na prática, o magistrado é afastado definitivamente do cargo,
01:12mas mantém os direitos e benefícios de servidor público,
01:15como salário proporcional por tempo de serviço.
01:18A pena é considerada a mais grave entre as sanções aplicáveis aos juízes.
01:24A condenação resultou de um processo administrativo disciplinar
01:28aberto pela Corregedoria Geral do Tribunal em novembro de 2021,
01:33após a apresentação de denúncia de furto pelo Ministério Público.
01:38Cabe recursos à decisão.
01:39Essa peça que a gente está vendo aí lhe furtando,
01:42ela estava avaliada em R$ 4 mil,
01:43e o sumiço dela só foi descoberto dois dias depois,
01:47através justamente das imagens das câmeras de segurança.
01:50Marinho, você falou da questão do tempo, né?
01:52Pois é, esse fato foi em 2014.
01:55Em 2021, após diversas tentativas de ouvir o juiz,
02:00ele foi indiciado pelo delegado Davis Andrade de Oliveira.
02:05Ele decidiu indiciar o juiz pelo crime de furto
02:08e pediu busca e apreensão, inclusive, nos imóveis dele
02:11para que a obra de arte, que ela fosse devolvida.
02:15Em março de 2021, o que aconteceu?
02:19O promotor da segunda vara, criminal da comarca de São João del Rey,
02:23ele definiu que quem deveria conduzir esse processo
02:27era o Ministério Público do Rio.
02:29Uma vez foi investigado, teria foro de prerrogativa de função.
02:33E aí o caso vai se arrastando.
02:36Em setembro de 2021, a pedido da polícia de Minas Gerais,
02:39é que tentam, lá no Rio de Janeiro, ouvir o juiz.
02:43Ele foi intimado para que prestasse esclarecimentos por carta precatória,
02:48sob pena de incorrer ao crime de desobediência.
02:51Não explicou, não compareceu, deu de ombros para a questão.
02:56E após várias tentativas, diversas tentativas ao longo dos anos,
03:00O subprocurador de justiça da MP pediu o arquivamento do caso
03:04em razão da extinção de punibilidade decorrente de prescrição,
03:09considerando a pena máxima do suposto crime e também da data do fato.
03:15Apesar disso, foi aberto um processo disciplinar, administrativo,
03:19ainda em 2021, para apurar a conduta do juiz.
03:22E nesta segunda-feira saiu a decisão.
03:24Porém, uma outra observação, o desembagador, relator,
03:29considerou que a punição criminal estava prescrita
03:32e votou pela pena de censura,
03:34utilizando um precedente do Supremo Tribunal,
03:37do Superior Tribunal de Justiça.
03:41No entanto, foi voto vencido e temos aí, então,
03:44essa penalidade para o juiz, meu carmarinho.
03:46Que beleza, que beleza.
03:49Rodrigo Costa sempre se superando diretamente do Teatro do Absurdo.
03:52Mineiro, obrigado demais pelos esclarecimentos desse caso inacreditável, né?
03:57E o pessoal aí do outro lado achando que só ia ver juiz roubando
04:00na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, né, minha querida?
04:02Jess Peixoto, o que esse caso revelou para você?
04:05Não, esse caso, ele tem várias nuances.
04:08A primeira é, veja que não tem uma punição real.
04:11Acho que é a primeira coisa.
04:13Ah, mas ele não foi punido.
04:14Sim, ele foi punido com uma aposentadoria compulsória,
04:17recebendo o salário dele sem ter que trabalhar.
04:20Isso ser uma punição, para mim, é uma descaracterização
04:23do que punição realmente significa.
04:26Vale mencionar que ele roubou a imagem de Nossa Senhora da Conceição.
04:31Então, ele pega ali Nossa Senhora, que tem uma trajetória, uma beleza,
04:36toda uma simbologia, é a padroeira de Portugal,
04:39uma santa, e ele leva isso como se não devesse nada a ninguém.
04:45Então, assim, no final do dia, esse é um caso absurdo,
04:48em que a punição é você vai para a sua casa, você fica com o seu salário,
04:52você não tem que trabalhar mais.
04:53Uau, nossa, que horrível!
04:55Nossa, ele está tão punido!
04:57Então, eu acho que tem uma questão relativa a isso.
04:59Outra é que a justiça é muito lenta, né?
05:01A gente viu aí a prescrição, o uso da prescrição no sentido penal.
05:06Então, ele teve uma punição administrativa dentro ali da decisão do TJ.
05:12Mas, ainda assim, isso não resolve todos os problemas em relação a isso.
05:18E, mais uma vez, na minha perspectiva,
05:20mesmo se tratando de um juiz, vale mencionar que cabe recurso desta decisão.
05:25Então, não sabemos se ela irá permanecer.
05:27Aqui, a gente vê que, no Brasil, o furto ali do item, a saída,
05:32a não resposta ao sistema, compensaram.
05:36Eu tenho muita dificuldade de entender por que, até hoje,
05:39o CNJ permite que a aposentadoria compulsória seja a punição mais grave.
05:44Acho isso absurdo.
05:45A punição mais grave é você seguir ganhando o seu salário.
05:48A punição mais grave é você seguir com os benefícios.
05:52Eu acho isso totalmente desproporcional.
05:54Acho isso uma vergonha para todos os brasileiros.
05:57Agora, meu amigo de fé, Mano Ferreira.
05:59Assim, é muito triste você ver a punição que...
06:03Juízes que são pegos cometendo crimes aqui no nosso país,
06:06a punição que eles recebem, né?
06:08Eles têm que lidar com salários ali de cinco distos
06:12para poder amargar essa fase aí e cumprir a pena deles.
06:16Você não tem um coração, assim, de pedra aí?
06:19Você não tem pena desses juízes, não?
06:22Porque é muito triste.
06:23É muito, muito triste.
06:24É como ouvinte, né, Marinho?
06:26E veja só, o juiz, ele se manifestou e disse que, na verdade,
06:31o vídeo, que é uma prova de que ele roubou,
06:34estaria descontextualizado.
06:37Que as pessoas estão interpretando equivocadamente.
06:41Mas, ao longo desses dez anos,
06:43ele nunca foi até a delegacia para dar a versão dele de forma consistente.
06:48Afinal de contas, se o vídeo está sendo mal interpretado,
06:50qual seria a interpretação correta se a arte sumiu e só foi encontrada depois,
06:58em função do vídeo que mostra o juiz levando a arte embora.
07:04É uma disfarçatez, assim, mostra o tamanho da cara de pau.
07:10E de como, de forma sociológica, a gente tem no Brasil os membros do judiciário
07:16se comportando como se fossem uma casta de sobre-cidadãos.
07:22Então, eles estão acima dos cidadãos.
07:24Eles estão acima da lei.
07:26Eles estão acima da polícia, acima da justiça.
07:29Afinal de contas, sequer precisam ir quando são intimados.
07:33Sequer precisam prestar esclarecimentos.
07:36Tem tanta certeza da impunidade, do corporativismo,
07:40que vai fazer com que a máxima punição seja ficar de pernas para o ar em casa,
07:46ganhando salário integral com todos os benefícios,
07:49é um escárnio e é mais um sintoma de como nós somos, no fundo,
07:55uma sociedade extrativista.
07:58Ou seja, o Estado, no lugar de servir para proteger os direitos do cidadão,
08:04para incluir, dando oportunidades para aqueles cidadãos que estão em vulnerabilidade,
08:10que precisam de apoio para se desenvolver plenamente,
08:13ter direito à sua liberdade,
08:15na verdade, nós temos uma casta de privilegiados
08:19que extrai recursos dos cidadãos brasileiros em seu próprio benefício.
08:24Enquanto formos uma sociedade extrativista, não teremos futuro.
08:29Você conhece os brámanes?
08:30Os brámanes, que na Índia, ou pelo menos no sistema de castas da religião hindu,
08:36são tidos como a casta mais elevada.
08:39Eu acho que, sinceramente, eles trabalharam para isso,
08:41são sacerdotes, estudiosos,
08:43pessoas que ocupam um valor de destaque na sociedade indiana,
08:46porque realmente fizeram por onde.
08:49Eu, sinceramente, acho que esse tipo de juiz aí,
08:51são os brámanes brasileiros,
08:53se quer pior, talvez pior,
08:54até porque não foram eleitos,
08:57fizeram um concurso ali entre os 20 e 30 anos,
08:59andam por detrás dos blindados e completamente divorciados do Brasil real
09:03e ainda tem a disfarçatez de cometer
09:05essa sacanagem que a gente está expondo aqui para todo mundo ver.
09:09Ele disse que não fez,
09:11mas aí chamaram o VAR e a casa caiu para o juiz aí, né?
09:14Esse é um ponto muito interessante,
09:15porque a gente tem uma aristocracia no Brasil
09:17que é quase hereditária,
09:19porque quando você vai olhar o perfil em geral dessas pessoas,
09:22muitas vezes são filhos de ex-juízes,
09:24de ex-desembargadores.
09:26Então, é quase uma capitania hereditária,
09:29mas que tem uma retórica para tentar se legitimar,
09:33colocam um verniz de meritocracia.
09:35Quer dizer, ah, não, mas passou num concurso.
09:38Então, tem direito a tudo.
09:40Todos os privilégios adquiridos.
09:42É um escárnio, mostra a inversão de valores
09:45e essa lógica de Estado extrativista
09:48a serviço de elites predatórias
09:50que precisa ser transformada
09:52para que a gente tenha alguma chance de prosperidade.
09:55Que beleza, hein, juizão?
09:56Que inacreditável.
09:58Onze anos depois,
09:59ganhou como punição essa aposentadoria compulsória.
10:01Claro que não estamos generalizando aqui,
10:04mas se esse caso não é sintomático de algo maior,
10:06pelo menos na punição,
10:07ou pelo menos na consequência final,
10:09realmente é para quem não está acompanhando
10:11os muitos excessos
10:12e essa desconexão total absoluta
10:15do judiciário junto ao povo real.
10:16não's só o IPVS,
10:24quer dizer,

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