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Durante atos da esquerda contra o PL da dosimetria realizados neste domingo (14), uma manifestante foi detida após pichar uma estátua em Belo Horizonte. A mulher, identificada como Thabata Pinheiro Campos, escreveu “Brasil Terra Indígena” na base do Monumento à Terra Mineira e resistiu à abordagem da Guarda Municipal. Segundo a defesa, ela foi ouvida e liberada pela polícia ainda no domingo.

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00:00Agora a gente retoma, o Mota até comentou há pouco, a esquerda realizou vários atos contra o PL da dosimetria,
00:08mas em Belo Horizonte uma imagem chamou muita atenção.
00:11Uma manifestante foi detida por pichar uma estátua do monumento à terra mineira.
00:17A mulher, identificada como Tabata Pinheiro Campos, foi detida em flagrante pelos guardas municipais e resistiu à prisão.
00:25Ela escreveu na base do monumento, Brasil, terra indígena.
00:30Os advogados informaram que essa manifestante, que foi ouvida e liberada pela polícia ainda no domingo, seria da etnia indígena.
00:39E aí as pessoas que nos acompanham pela TV, por assinatura e também pelas plataformas digitais,
00:45observam o momento em que os policiais, os integrantes da guarda municipal conseguem prender essa mulher
00:51que fez essa pichação em um prédio, em uma estátua, que fica em uma praça de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
01:00Você, Mota, o ato contra o PL da dosimetria e essa cena que chama a atenção.
01:06Manifestante pichando uma estátua em Belo Horizonte. Mota.
01:09Pouca novidade, né, Caniato? Porque a tradição da turma da esquerda nas manifestações é pichar, queimar, quebrar.
01:20Isso deu uma parada a partir de 2014, quando as ruas foram tomadas pela turma do verde e amarelo,
01:29que cantava o hino nacional, se enrolava na bandeira e não queimava nada.
01:34Esses protestos do final de semana são protestos de uma natureza inédita no Brasil, pelo menos durante a minha vida.
01:43Eu nunca vi protestos contra a anistia.
01:46Aliás, eu nunca vi antes alguém ser contra a anistia.
01:52Nem em 1979, quando os anistiados foram terroristas e guerrilheiros, que explodiram bombas, pegaram em armas, atiraram nas forças armadas, sequestraram e mataram.
02:08Ninguém protestou contra a anistia naquela época.
02:13Então, é uma surpresa muito triste ver isso acontecendo agora.
02:17Rápida parada para você que nos acompanha pela rede.
02:22Nós seguimos aqui com as principais notícias do dia e, em destaque, as manifestações de grupos de esquerda contra o PL da dosimetria,
02:31contra a anistia e, aí, em Belo Horizonte, um caso que chamou a atenção.
02:35Uma mulher que pichou com os seguintes dizeres.
02:39Brasil, terra indígena, a base de um monumento muito conhecido em Belo Horizonte.
02:44E, aí, as imagens que foram registradas por câmeras de celular.
02:48Ela foi detida pela Guarda Municipal, foi ouvida e, depois, liberada.
02:53Você, Luiz Felipe Dávila, as manifestações e esse episódio.
02:58Caniato, uma questão fundamental que define as democracias das tiranias é o que o famoso pensador francês Montesquieu falava.
03:09Nas democracias, nós temos a república das leis.
03:16Num país arbitrário, é a república dos homens.
03:19O que isso significa?
03:21Num país onde a lei é igual para todos, por quê?
03:25Temos uma manifestante que escreveu com batom, perdeu mané e pegou mais de 15 anos de prisão,
03:32e a outra, que picha um monumento histórico e é liberada imediatamente.
03:39Isso é igualdade perante a lei?
03:41Ou isto é exatamente o que Montesquieu falava?
03:44A lei do arbítrio.
03:46Ou seja, cada um decide a lei de acordo com as suas convicções e não com aquilo que está escrito na lei, o que diz a lei.
03:54Isso mostra que o Brasil se tornou o país da insegurança jurídica.
04:01As regras não são respeitadas porque elas determinam algo.
04:08Elas são respeitadas ou não de acordo com a interpretação pessoal daqueles da justiça.
04:16Isto é um sinal gravíssimo de que a democracia está em perigo no Brasil e o que vale hoje é o arbítrio.
04:26É a postura individual dos homens decidindo o que é a lei e não cumprindo o que está na lei
04:35e tratar a lei como algo igual para todos os brasileiros.
04:40E se a gente, enquanto acompanha a análise do Mota e também do Luiz Felipe Dávila,
04:46a gente exibe para as pessoas que estão nos acompanhando pela TV e pelas plataformas digitais
04:51o exato momento em que essa manifestante toma essa decisão de pegar a lata de tinta e faz essa pichação.
05:00Nesse estátua, a base do monumento é o monumento à terra mineira.
05:05Inclusive, a produção acabou de compartilhar as informações.
05:08É uma obra de um escultor chamado Giulio Starassi na esplanada da Praça da Estação
05:14que fica em frente, inclusive, ao Museu de Artes e Ofício.
05:18E é uma estátua muito conhecida de todos os mineiros e dos belo-horizontinos.
05:24Foi inaugurado, inclusive, o monumento em 1930.
05:28É um monumento bem conhecido, que fica na Praça da Estação.
05:33E, claro, muitas repercussões nas redes sociais.
05:35Eu não posso deixar de mencionar as comparações e as análises que os nossos espectadores e ouvintes fazem
05:43em relação ao episódio da Débora do Batom.
05:47Então, muitas reflexões a respeito da atitude que foi tomada.
05:51Essa moça, que aparece na tela, ela foi detida.
05:54Foi levada para o Distrito Policial, foi ouvida e depois liberada.
05:59E é claro que a nossa audiência acaba fazendo uma série de reflexões a respeito de outros episódios,
06:04principalmente sobre a Débora do Batom.
06:07Deixa eu receber a rede Jovem Pan, as pessoas que ficam bem informadas
06:10acompanhando o noticiário da Jovem Pan e também o programa Os Pingos nos Is.
06:14A manifestante que foi presa após pichar uma estátua em Belo Horizonte
06:18escreveu a seguinte frase
06:21Brasil Terra Indígena na base do monumento, não com batom, com tinta.
06:26E aí ela foi ouvida pelas autoridades e depois liberada.
06:30É normal, Mota, que a população faça esse tipo de comparação, né?
06:33Principalmente com o caso daquela moça, a Débora, né?
06:37É normal, é o esperado, mas a gente tem que lembrar uma diferença importante entre esses dois casos, né?
06:45No caso dessa jovem de Belo Horizonte, dessa jovem ativista,
06:51a responsabilidade provavelmente foi da Polícia Civil, né?
06:54Então ela foi levada para uma delegacia, eu estou imaginando aqui,
06:59e a polícia cumpriu a lei, fez o que deveria ter feito.
07:03O que aconteceu no caso da Débora, junto com o caso de outras pessoas,
07:10nos atos de 8 de janeiro, foi a aplicação de um tratamento nunca antes dado,
07:17provavelmente, eu imagino aqui, a nenhum outro caso de potencial violação da lei antes nesse país.
07:25Então a gente tem que lembrar isso toda vez que a gente precisar fazer uma reflexão
07:32sobre a importância da lei no Brasil e o fato de sermos ou não todos iguais perante a lei.
07:42Pois é, a audiência perguntando sobre o Bruno Musa, que eu anunciei no início do programa,
07:46daqui a pouco ele chega, tinha um compromisso, mas daqui a pouco ele chega,
07:49se junta ao Mota e ao Dávila.
07:52Dávila, e sobre o objetivo das manifestações?
07:56As pessoas se manifestaram contra o PL da dosimetria e o PL da anistia.
08:01Esse tipo de movimentação tende a pressionar parlamentares a votarem contra a aprovação
08:09do PL da dosimetria ou da anistia, seja lá qual for?
08:13Numa democracia, qualquer cidadão tem o direito de se manifestar.
08:18Isso não é o problema.
08:19E agora, se essa manifestação foi para pressionar os senadores ou deputados
08:24a votar contra o PL da dosimetria, o efeito disso é nulo, é zero.
08:29Nenhum parlamentar vai mudar o seu voto por causa de meia dúzia de gato pingado
08:35manifestando contra o PL da dosimetria.
08:38Isso aí não tem impacto nenhum.
08:40Isso aí é para fazer exatamente o que está acontecendo.
08:43É o ativismo político para ser matéria de rede social,
08:50para ser matéria de mobilização para mostrar as pessoas indignadas
08:54com o projeto para soltar os manifestantes do 8 de janeiro.
08:59Mas como bem lembrou o senador Esperidião Amin,
09:02hoje até mesmo a parte da esquerda entende que os manifestantes do 8 de janeiro
09:10foram condenados injustamente e que as penas foram excessivas
09:16e que este erro precisa ser corrigido.
09:20A isso mesmo, Caniato, nós mesmos mostramos aqui um depoimento
09:24alguns meses atrás do próprio líder do governo,
09:27o senador Jacques Wagner, dizendo que houve abuso
09:30nas penas dos condenados pelo 8 de janeiro.
09:34Então, assim, isso é hoje...
09:37A unanimidade está do outro lado.
09:38A unanimidade é que os manifestantes foram
09:41indevidamente e injustamente condenados
09:44e que é preciso fazer algo para desfazer essa injustiça.
09:48O ideal, como o Mota já disse, seria que a justiça voltasse atrás.
09:53Mas isso não vai ocorrer no Brasil que até mesmo
09:57um código de conduta ética não consegue prosperar
10:02por resistência dos membros da Suprema Corte Brasileira.
10:06Zé, agora, para além dessa situação que envolveu o ato em Belo Horizonte,
10:11o Mota, há pouco, trouxe uma análise sobre o evento,
10:16principalmente no Rio de Janeiro.
10:18Mota, você mencionou que o ato do Rio de Janeiro
10:21contou com a participação de vários artistas,
10:23principalmente cantores de MPB,
10:25que são muito ligados ao Partido dos Trabalhadores.
10:29Enfim, eu pude acompanhar alguns vídeos e fotografias,
10:32participação de Caetano Veloso, acho que Chico Buarque,
10:36de Javan e talvez mais algum outro que eu não me lembro agora.
10:39Mas e essa tentativa de parte do universo cultural
10:45de resgatar os movimentos de esquerda
10:49e fomentarem essas manifestações de rua em Mota?
10:53Em São Paulo, por exemplo, foram aproximadamente 13 mil manifestantes.
10:57Eu nem vou comparar com as manifestações mais movimentadas da direita,
11:02do campo conservador, vou comparar com as próprias manifestações da esquerda de setembro.
11:07no dia 7 de setembro.
11:10Há uma projeção que foi feita, inclusive, de um instituto,
11:14que apontou uma redução de 70% no número de manifestantes na Paulista.
11:19Então, aqui em São Paulo, 13 mil manifestantes nesse ato,
11:22contra um número muito maior em setembro.
11:26E essa tentativa dos movimentos de resgatarem os movimentos de esquerda,
11:30as manifestações de rua de esquerda, hein, Mota?
11:3313 mil manifestantes, Caniato.
11:37Essa conta foi muito bem feita, hein?
11:41Deixa eu chamar essas manifestações do que elas foram.
11:46Elas foram manifestações de intolerância.
11:51E não me pareceram manifestações espontâneas.
11:56Como eu disse, ontem eu fui almoçar com a família
11:58e vi alguns desses militantes na rua.
12:04Algumas pessoas de verde e amarelo, outras de vermelho.
12:10As camisetas verde e amarelo estavam novinhas, Caniato.
12:14Primeiro uso.
12:16Eu aposto que vai ser, para muitas delas, o primeiro e último uso.
12:22Dava para ver o desconforto de algumas pessoas com aquela camiseta verde e amarela, né?
12:27E elas usavam adesivos pregados no corpo.
12:32Mas adesivos muito bem feitos, com design profissional, impressos em gráfica,
12:39e todos com o mesmo tipo, assim, muito parecidos, né?
12:43O design.
12:44Você vê que foi uma coisa muito bem feita.
12:48Os adesivos com as palavras de ordem de sempre, né?
12:51Sem anistia.
12:53PL da bandidagem.
12:55Eu vi um adesivo chamando o PL da dosimetria de PL da bandidagem.
12:59E a cereja do bolo, taxação dos superricos.
13:03O sujeito vai num show míssil com cantores, artistas multimilionários,
13:10pedindo a taxação dos superricos.
13:14Todas as pessoas que eu vi, não sei se aconteceu com todas na manifestação,
13:18mas todas que eu vi tinham também um adesivo de um certo partido.
13:23O que acontece é que desde 2014, eu presenciei essa modificação,
13:29as ruas do Brasil passaram de vermelhas para verdes e amarelas.
13:35Agora, estão tentando fazer com que elas voltem a ser vermelhas.
13:41Mas pelo que eu vi ontem, é vermelho de raiva.
13:45Eu quero agradecer a mensagem do Adriano Araújo, 82.
13:49E também, claro, a nossa audiência dizendo aqui e elencando vários nomes de artistas
13:55que participaram do ato, pelo menos no Rio de Janeiro.
13:58E aí me falhou o nome de um dos artistas que participaram, Gilberto Gil.
14:04Estava ao lado de Chico Buarque, de Havan e também Caetano Veloso.
14:08E aí, ali próximos ao palco, próximos ao caminhão, muitos atores e atrizes.
14:14Aí, com certeza, a nossa audiência conseguiu elencar vários nomes de artistas
14:20que eu nem sabia que participaram.
14:21Mas você, Dávila.
14:22E esse embrião de movimento que tem o objetivo de levar mais entusiastas de esquerda para a rua
14:29ainda trata-se de um movimento distante daquele número de manifestantes da direita
14:35ou do campo conservador que nós vimos há alguns anos, né?
14:39A esquerda está descolada dos reais problemas brasileiros.
14:44A esquerda não consegue tratar do tema de segurança pública com propriedade
14:48porque sempre acha que bandido é vítima da sociedade.
14:53Então, endurecimento de pena, acabar com o cumprimento de um cesto de pena,
14:59a progressão de pena, nada dessas coisas acaba caindo no gosto da direita.
15:06Por isso que a direita é dona dessa pauta.
15:09A direita é que está brigando por endurecimento de pena, por fim de progressão de pena,
15:15por fim de audiência de custódia, porque a direita está em sintonia com as ruas e com o povo.
15:22A esquerda está num desconforto gigantesco porque esta é hoje a maior preocupação do brasileiro
15:29que vive com medo e assustado.
15:32O segundo ponto, que a esquerda também não consegue tratar bem,
15:37é explicar por que mais de 80 milhões de brasileiros estão inadimplentes.
15:43Estão inadimplentes porque o país convive hoje com a taxa de juros mais alta do mundo.
15:48E essa taxa de juros mais alta do mundo é fruto de um governo
15:53que põe o pé no acelerador do gasto público de maneira irresponsável
15:58sem pensar nas consequências, na qualidade e na eficácia do gasto público.
16:04Isto faz com que o brasileiro tenha que trabalhar mais de cinco meses por ano
16:08para pagar imposto e receber um serviço público de péssima qualidade.
16:12e ver o seu dinheiro financiando roubalheira de aposentado, rombo de estatal e outras coisas imorais.
16:22Como, por exemplo, os supersalários.
16:25Funcionários, elite do funcionalismo público ganhando mais de 40 mil reais
16:29e, como bem lembrou o Mota, serão taxados como super ricos no Brasil.
16:34Pois é, agora o José Zanella, criticando uma certa hipocrisia dos manifestantes, viu Mota?
16:41Ele disse, todos anistiados em 1979.
16:46Pode? Interrogação.
16:48Você já falou disso em um outro programa, né Mota?
16:50Porque lá atrás os manifestantes apoiavam a anistia já,
16:54aquele movimento que levou tanta gente para as ruas
16:57e agora há uma flexibilização daquilo que essas pessoas acreditavam, pelo menos defenderam, né?
17:04Enfim, a depender do lado que você está do balcão, você flexibiliza a sua própria convicção.
17:13É, flexibilizar a moral não é nenhuma novidade na política brasileira.
17:19O que espanta é a flexibilização do intelecto.
17:23Isso é que assusta.
17:24Na minha visão, quem é a favor de anistia tem que ser a favor de qualquer anistia.
17:33Porque o que é a anistia, na minha interpretação?
17:37A anistia é uma medida que você toma em relação a crimes políticos
17:43na qual você esperdoa, esquece e apaga aqueles crimes
17:51e reintegra as pessoas à vida normal.
17:54Se você é a favor de anistia, você não pode ser a favor da anistia
17:59só quando ela vale para pessoas do seu espectro político.
18:04Se você acredita que é importante perdoar e esquecer crimes políticos,
18:10observem, estou me referindo a crimes políticos.
18:13Em relação a crimes comuns, eu tenho uma posição completamente diferente.
18:17Mas em relação a crimes políticos, se você apoiou a anistia uma vez,
18:22você tem que apoiar a anistia sempre.
18:24Você não pode fazer um juízo de valor porque a anistia não envolve isso.
18:28A anistia é uma medida política para permitir que o país ande para frente.
18:35Agora, a maioria das pessoas, Caniato, e eu, de certa forma, constatei isso ontem,
18:41a maioria das pessoas que está tomando partido de forma bastante apaixonada contra a anistia
18:46não tem a menor ideia do que se trata
18:50e não tem a menor ideia do que já aconteceu no Brasil.
18:53A maioria dessas pessoas tem uma versão da história do Brasil
18:57que foi ensinada para eles por algum professor ativista,
19:02discípulo de Paulo Freire.
19:04O conhecimento dele se resume a meia dúzia de palavras de ordem.
19:08Então, eu acho que esse movimento das ruas contra a anistia
19:12é absolutamente inexistente.
19:15E eu sempre proponho aquele teste da verdade.
19:20Acabem com o que está acontecendo no Brasil,
19:22acabem com o ativismo judicial,
19:26liberem a população para se expressar do jeito que quiser.
19:32E aí nós vamos ver.
19:33Vai ser fácil fazer uma contagem na rua.
19:36Quantas pessoas estão com a camisa verde e amarela,
19:40mas a legítima verde e amarela,
19:42não essa que saiu da gaveta ontem,
19:45e quantas pessoas estão com camiseta vermelha.
19:48Zé, várias críticas aos artistas que participaram do ato.
19:54Uma outra pessoa dizendo que o protesto não reuniu muitas pessoas no Rio de Janeiro.
19:58Uma outra pessoa acaba relacionando Gilberto Gil aos Correios,
20:02o que justificaria para essa pessoa a participação dele no ato de ontem.
20:07Mas, Dávila, você sempre gosta também de resgatar aspectos históricos.
20:11E quando a gente trata da questão que envolve a anistia de 79
20:14e o posicionamento dos integrantes de esquerda nesse momento,
20:18você gosta de trazer algum tipo de reflexão sobre esse momento.
20:22Por que os integrantes dos partidos de esquerda
20:26passam longe da ideia de aprovar uma anistia?
20:30Esperidião, a mim, inclusive, lembrou, sabia?
20:32Do posicionamento do então deputado Lula
20:35na Constituinte de 88 sobre o dispositivo da anistia, viu, Dávila?
20:41É verdade.
20:41O Brasil teve várias anistias ao longo da sua história.
20:46Aliás, teve uma logo depois do golpe republicano de 15 de novembro de 1879,
20:51que foi a primeira anistia.
20:53Logo depois, em 1871, já tinha que ter anistia de novo.
20:55Então, o Brasil é um país que tem um longo histórico de anistia.
21:01Mas todas as anistias têm uma coisa em comum, Caniato.
21:06O que elas têm em comum?
21:08Que parte do governo querendo pacificar o país
21:13e concedendo a anistia aos revoltosos,
21:18geralmente aqueles que perderam a batalha.
21:20Então, a anistia é contra os derrotados, contra o governo,
21:24que lutaram contra o governo e perderam.
21:26E foi assim, inclusive, na de 79, os derrotados.
21:29O governo do dia era o governo militar.
21:32Então, assim, parte da grandeza do governo
21:36querendo usar a anistia para pacificar o país,
21:41virar a página e começar um novo capítulo na história.
21:45Este elemento crucial não existe hoje.
21:51Este é um governo rancoroso,
21:54não perdoa, não quer perdoar
21:57e acha bom manter a polarização acesa
22:01porque compreende que a polarização é um ativo político.
22:06Então, quando ela parte da oposição,
22:10fica muito mais fragilizada,
22:12porque a oposição tem que tentar construir uma maioria
22:15buscando algum tipo de dissidência na base governista
22:20para poder ter maioria dos votos e aprovar a anistia.
22:23Então, todo o projeto de anistia na história do Brasil,
22:28ele é alicerçado na grandeza do governo
22:32que vê na anistia uma forma de recomeçar a história
22:37e pacificar o país.
22:38Algo que este governo não quer.
22:42Enquanto o Dávila concluir a análise dele,
22:45a nossa produção, inclusive, separou um trecho
22:47do momento do show de Caetano Veloso.
22:50Nessa manifestação,
22:52o ato contra o PL da dosimetria ou da anistia,
22:56enfim, a gente viu movimentos que ocorreram
22:59em algumas capitais, em algumas cidades,
23:01um número maior de manifestantes, em outras menos.
23:04Mas há um entendimento de que há um avanço,
23:08pelo menos de alguns partidos,
23:10na tentativa de brecar a possibilidade de aprovação
23:14do PL da dosimetria.
23:16Enfim, a gente vai seguir acompanhando
23:17essas movimentações e qualquer novidade,
23:21a gente traz aqui na programação da Jovem Pan.
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