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  • há 1 hora
Kellen Thaynara Nascimento de Abreu, de 26 anos, desapareceu no dia 16 de dezembro de 2024 durante um passeio de lancha na região da Ilha do Combu, em Belém.  O corpo dela foi encontrado no dia seguinte. Na próxima terça (16/12), o caso completa um ano e será feita uma missa em homenagem à vítima na Paróquia Santo Inácio de Loyola, que fica na Rua Santa Fé, bairro Icuí-Guajará, em Ananindeua. Familiares e amigos acreditam que a morte de Kellen não tenha sido um acidente. Elizabeth Nascimento, mãe de Kellen, Thayane Abreu, irmã da vítima, e Pedro Carvalho, amigo e tio do filho da moça, pedem respostas das autoridades e justiça pelo que aconteceu. Em nota, a Polícia Civil disse que a Divisão de Homicídios (DH) apura o caso sob sigilo.

REPORTAGEM: SAUL ANJOS
IMAGENS: IVAN DUARTE

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Transcrição
00:00Hoje, o sentimento é de tristeza, né? Por tudo que está acontecendo e principalmente também com as investigações e o inquérito que ainda se encontra em aberto.
00:12Para a gente, enquanto família, é um descaso que estão fazendo com a nossa dor, com tudo aquilo que a gente sente.
00:19É um trabalho que há um ano a gente não vê sendo feito.
00:22Tudo que a gente tem pontuado desde o início, as requisições através do nosso advogado, doutor Marco Pina, nenhuma sequer foram atendidas.
00:32E a gente se sente até frustrado porque, em meio a tanta dor e ainda ter que também conviver com essa frustração dentro desse inquérito que se encontra em aberto e sem previsão para ser concluído.
00:45Pedro, quais são as requisições que a defesa fez e que não foram atendidas pela polícia civil?
00:50A reprodução simulada dos fatos não foi acatado pelo delegado responsável pelo caso.
00:56Sobre a apreensão dos celulares deles também não foi acatado.
01:00Sobre o exame de alcoolemia também não foi acatado.
01:04Sobre a oitiva de todos eles devido às diversas contradições que foram encontradas dentro dos depoimentos que eles prestaram para a delegacia também não foi acatado.
01:15Então, o que leva a gente a ter certeza, enquanto família, com o máximo respeito à autoridade policial e ao delegado responsável pelo caso do doutor Ergon,
01:28que nos parece que ele já tem uma opinião formada.
01:33E o que eu queria deixar bem claro aqui é que o inquérito policial se resume não com opinião formada, ele se resume com trabalho.
01:40Trabalho esse que a gente não vê sendo feito há um ano.
01:44São muitas perguntas que até hoje a gente se pergunta e que não tem respostas.
01:50E o que faz vocês acreditarem que o que aconteceu com aquela não foi um acidente?
01:54Devido às diversas contradições dentro dos depoimentos,
01:58por a gente conhecer ela não de ontem, não de uma semana, não de um mês atrás, não de um ano atrás,
02:03a gente sabia quem ela era e ela jamais faria isso.
02:07Tinha uma criança em casa esperando ela, ela tinha uma família, tem mãe, tem irmãs,
02:13então ela jamais faria isso, jamais pularia.
02:16E o que eu quero frisar também aqui é que ninguém sai de casa para morrer.
02:21Ninguém sai de casa com a certeza para morrer, porque eu tenho certeza
02:24que se ela soubesse que naquele dia seria o último dia de vida dela, ela jamais teria feito isso.
02:29Segundo, eu soube que a lancha está sendo alugada, enquanto que a perícia da lancha saiu mais rápido,
02:36da minha filha não saiu a perícia do celular ainda, que ainda está com o poder da polícia.
02:44E como é que está sendo?
02:46É uma falta de respeito com a gente estar alugando a lancha para outras pessoas,
02:52que pode vir até acontecer o que aconteceu com a minha filha.
02:56E isso é muito triste, muito triste mesmo.
03:00Assim, eu sei que nada do que a gente fizer aqui vai fazer com que ela volte, né?
03:05Mas eu gostaria de pedir um apelo ao poder público, para que ele olhe com mais atenção
03:09para o caso da minha irmã, porque se tem uma coisa que a gente tem certeza aqui,
03:12ela não pulou naquela noite ali.
03:14E se pulou, foi por algum motivo.
03:17Então, eu sei que para alguns ela poderia ser só mais uma pessoa, mas para a gente não.
03:21Ela tinha uma família, tinha um filho que sente falta dela todos os dias.
03:24Tem uma mãe que sofre todo dia com isso.
03:27E tem nós que temos que se fazer de forte para dar apoio para a minha mãe, para o filho.
03:32E é uma dor que se aumenta cada dia mais, entendeu?
03:35Então, eu pediria até, pelo amor de Deus, por justiça, que se tem culpados,
03:39que pague pelo que fez.
03:42Porque a gente conhecia ela, a gente sabe que ela não seria capaz de fazer isso,
03:45aquele horário da noite.
03:47E é isso, o que eu peço é justiça mesmo.
03:49Eu sei que o processo é demorado, mas um inquérito já vai fazer um ano que isso aconteceu
03:55e um inquérito não ser concluído, para mim é demais.
03:58Então, eu peço justiça.
04:00É isso que a gente precisa de justiça no momento.
04:02A Nara sempre foi uma menina sonhadora, uma jovem mulher sonhadora, batalhadora,
04:09sempre lutou por todos os sonhos dela.
04:12Ajudava no que fosse preciso, não tinha problema com o trabalho.
04:16Era muito esforçada, era uma menina sonhadora demais,
04:21desejava as melhores coisas para a vida dela.
04:26O João era o amor da vida dela, hoje ele tem três anos.
04:30Quando ela se foi, ele tinha dois anos de idade.
04:33E o que faz a gente ficar muito triste é tudo que ela poderia estar vivendo com ele.
04:40A fase de escola, todo dia é uma descoberta, todo dia ele fala uma coisa.
04:46E ele sente muito a falta dela, apesar de ser criança, ele é muito inteligente.
04:51Tem três anos, parece que tem dez.
04:53E essa semana ele perguntou,
04:56Tio, pede para Deus trazer a minha mãe.
05:01Já está bom, já.
05:03Já está bom, estou com muita saudade dela.
05:04E o que mais dói é a gente se fazer de forte o tempo todo.
05:11Porque ele não tem culpa de nada, ele é só uma criança.
05:14Talvez quando ele crescer ele vai entender tudo o que está acontecendo.
05:21E é isso, faltam palavras para definir quem ela era na nossa vida.
05:25Ela era o nosso tudo, tudo, tudo, tudo, tudo.
05:28Tio.
05:29Tio.
05:30Tio.
05:31Tio.
05:32Tio.
05:33Tio.
05:34Tio.
05:35Tio.
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