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“Falar é melhor do que esconder”, diz psicólogo em alerta contra casos de suicídio
CGN - Central Gazeta de Notícias
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há 3 minutos
“Falar é melhor do que esconder”, diz psicólogo em alerta contra casos de suicídio
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00:00
Olá, hoje a gente vai conversar sobre um tema que é difícil, mas que precisa ser debatido, conversado sobre
00:08
e de uma forma aberta, sem tabus nem preconceito.
00:14
É com muito respeito que eu recebo aqui no estúdio o psicólogo Gabriel, que vai conversar comigo sobre suicídio.
00:23
Primeiro, Gabriel, seja bem-vindo.
00:25
Muito obrigado, Luiz.
00:26
Gabriel, a gente traz esse assunto porque nos últimos dias, nas últimas semanas, a gente que lida com as notícias em tempo real
00:36
vem recebendo muitas situações desse tipo, seja de tentativa ou então do fato consumado.
00:44
E a gente precisa conversar sobre isso. É uma questão de saúde pública o suicídio, Gabriel?
00:50
Creio que sim, Luiz. É uma questão de saúde pública, mas é complexa.
00:54
Até a gente, na faculdade, debate muito sobre se a mídia deveria ou não falar.
00:59
Acho que vocês também têm essa dúvida, muitas vezes se fala, se não fala, se vai...
01:04
Como fala? Até onde fala?
01:06
Até onde? Quais são os limiares da conversa?
01:10
Mas, particularmente, eu acho que falar é melhor do que a gente esconder isso.
01:16
Uma vez que também, como você falou, existem muitos casos e os estudos mostram que vem aumentando isso, principalmente no Brasil, ultimamente.
01:25
Então, acho que nada mais justo do que a gente que estudou, enfim, também que vocês que têm essa capacidade de comunicação abordar esse tempo.
01:33
Até mesmo porque a gente considera, por exemplo, essa nossa conversa de hoje uma prestação de serviço para alertar as pessoas.
01:41
Seja a pessoa, homem, mulher, criança, jovem, idoso, que esteja com pensamento suicida,
01:50
ou mesmo os familiares, colegas de trabalho, amigos, pessoas que convivem com essas vítimas dessa situação
01:58
e que às vezes também não sabem como lidar.
02:01
Então, vamos lá.
02:03
Que tipo de pensamento que já devem levantar um sinal de alerta para classificar uma pessoa com risco de suicídio?
02:12
Claro que a gente vai estar generalizando aqui, né, Luiz? Acho que é bom a gente falar isso.
02:16
Mas, de certa maneira, sim, existem alguns pensamentos, existem alguns comportamentos que a gente pode dizer
02:21
que são suscetíveis a levar a esse tipo de situação.
02:26
Eu acho que a primeira coisa muito observável num sujeito, e aí para quem está perto dele, é o isolamento.
02:34
Então, isso vai, claro, de observar o quão essa pessoa se isola diferentemente dos padrões que ela já tinha.
02:43
É muito comum que, nesses casos, exista um isolamento diferente do normal.
02:49
Isso falando para quem está próximo dessas pessoas.
02:52
Mas que também a própria pessoa pode se autoavaliar.
02:57
Nossa, eu estou me isolando dos meus amigos, estou me isolando de tudo.
02:59
Obviamente, exatamente.
03:01
Não é tão simples ter essa auto-percepção quando você está nesse tipo de sofrimento,
03:06
mas sim, esse isolamento é muito característico.
03:11
Até pensamentos do tipo, ah, seria melhor morrer, porque é assim que começa.
03:15
Não seria melhor nem ter nascido, nem ter existido.
03:19
Isso, esses debates com a existência, assim, do, ah, talvez essa prostração, assim, frente à existência,
03:27
também é muito comum.
03:29
Essas coisas, elas não começam com o sujeito querendo e desejando o suicídio em si.
03:35
Começa com, nossa, talvez não fosse bom.
03:38
A pessoa se entregando para um sofrimento.
03:41
E é uma característica muito, muito, muito, que aparece muito nesse isolamento, esse auto-isolamento.
03:48
Essa certa vergonha também, né?
03:51
A gente vive numa sociedade onde se cobra muito desempenho, muita coisa.
03:54
E o sofrimento, muitas vezes, leva uma certa vergonha.
03:57
E essa vergonha leva a pessoa a se isolar muito mais também.
04:00
E aí, a partir disso, de que forma, porque nesse isolamento que a pessoa tenta se impor,
04:08
muitas vezes ela acaba encontrando problemas no trabalho, porque ela se isola,
04:13
problemas na família, porque ela se isola.
04:16
E as pessoas que convivem com ela, muitas vezes, julgam apenas o fato.
04:21
Ah, ele está se isolado, não quer falar com ninguém.
04:24
A própria sociedade também pode contribuir no sentido de alertar, identificar e se portar,
04:34
se comportar de forma diferente diante de pessoas que estejam com esse comportamento.
04:39
Sim, eu creio que sim, Luiz.
04:42
É difícil a gente colocar uma culpa em alguém ou algo do tipo.
04:46
Mas eu creio que nesse tipo de situação, a percepção, ela é muito importante.
04:50
É fundamental a gente olhar e talvez perceber que tem algo de errado.
04:55
Com empatia.
04:56
Com empatia, exatamente.
04:57
E algo que é difícil para muitas pessoas entenderem é que aquele sujeito não quer aquilo ali.
05:08
Verdadeiramente.
05:09
Ele realmente não consegue lidar com aquele sofrimento.
05:11
Não está conseguindo lidar com aquele sofrimento.
05:14
Acho que outra coisa que é legal a gente falar é que muitas vezes,
05:17
esses tipos de sofrimento, essas pessoas vão buscar alívio, alívio em outras coisas, né?
05:22
Sejam em vícios, sejam em comportamentos mais obsessivos, mas muitas vezes em vícios, né?
05:27
Mesmo drogas, álcool.
05:29
Hoje, muita gente passa muito tempo no celular mesmo, como uma forma de extração, muitas vezes,
05:33
para esse tipo de sofrimento, né?
05:35
Então, não só o isolamento, mas esse tipo de vício mais consistente,
05:40
a gente também pode julgar algo diferente a ser observado.
05:44
Mas eu diria que, para a sociedade como um todo, essa percepção e principalmente essa noção de
05:51
o sujeito não quer estar passando por isso.
05:53
Muitas vezes as pessoas falam assim, que o suicida, ele não quer eliminar a vida,
05:57
ele quer eliminar a dor.
05:58
Exatamente.
05:59
Você não concorda com isso?
06:00
Exatamente.
06:02
Totalmente, assim.
06:02
É exatamente isso, né?
06:04
O suicida, ele não está buscando a morte em si.
06:08
Ele está buscando um alívio, né?
06:09
Um alívio de algo que ele não consegue, talvez não sabe como processar, como lidar, né?
06:15
E eu acho que o tabu ajuda nisso, assim, porque a gente fica...
06:20
Acho que uma pessoa que chega nesse nível e já tive contato, né?
06:26
Tem muita vergonha mesmo de falar nisso, assim.
06:29
Porque não é fácil você chegar para alguém, né?
06:32
Ainda mais pessoas próximas, porque tem aquela preocupação com as pessoas próximas também.
06:35
Como que eu vou falar para os meus pais?
06:37
Como que eu vou falar para os meus amigos próximos que eu estou com isso?
06:40
Que eu tenho esse sentimento, esse pensamento, assim?
06:44
Primeiramente, até para o pessoal de casa entender o quanto eu coloco importância nesse diálogo,
06:52
para as pessoas que têm esse sentimento perceberem que o problema, a dor dela é única.
07:00
Mas a situação, esse tipo de caso é frequente.
07:05
É frequente, muito frequente.
07:07
Então ela não está sozinha passando por isso.
07:11
Existem outras pessoas passando por situações que levam a esse sentimento,
07:16
por motivos diferentes, cada um tem o seu.
07:19
Mas a situação, ela é coletiva.
07:23
E qual que é a melhor forma de procurar ajuda?
07:29
Existe algum telefone?
07:30
Primeiro eu falo para algum parente, eu falo para quem eu tenho confiança,
07:34
ou eu vou procurar um médico, mas eu nem tenho essa proatividade de procurar um médico.
07:40
Como que se deve agir na forma inicial?
07:44
Como a gente falou, a gente tem que pensar em duas situações.
07:47
Primeiro a pessoa observando essa pessoa, seja um pai, um familiar, um amigo próximo,
07:52
essa pessoa sim, ela vai ter mais meios de ação, por estar talvez com uma vontade mais focada ali e tal.
07:59
E aí sim a gente tem, em casos de mais urgência, eu acho que aí cabe a gente também avaliar o grau da coisa.
08:08
A gente tem o SAMU, caso a pessoa esteja muitas vezes se machucando, se fazendo mal,
08:12
ela não está ali com a consciência no lugar.
08:16
Que é uma intervenção imediata.
08:18
Uma intervenção imediata vai se fazer necessária.
08:21
Isso não é para o mal da pessoa, porque muita gente tem medo disso.
08:25
Isso é mesmo para proteger a pessoa, porque ali naquele momento ela não está com as faculdades conscientes,
08:31
tão conscientes.
08:32
Então você vai estar protegendo a pessoa e aí a gente aconselha diretamente o SAMU.
08:38
Agora, caso não seja um grau tão elevado assim, você esteja lidando com alguém que está,
08:48
você sente que está um pouco assim.
08:50
Aqui em Cascavel a gente tem uma situação bem interessante na rede pública nesse sentido,
08:57
então é bem possível você procurar, vai conseguir algum tipo de atendimento,
09:01
tanto psicológico quanto psiquiátrico, nesses locais.
09:04
Incentivar a pessoa a buscar ajuda, tanto psicoterapêutica quanto psiquiátrica,
09:12
que também pode ser de auxílio nesses casos.
09:14
Isso eu também queria destacar.
09:16
O acompanhamento de um paciente com pensamento suicida,
09:21
claro que existe remédio, gente.
09:24
O coração dá problema, a gente toma remédio.
09:26
O estômago dá problema, a gente toma remédio.
09:28
O cérebro também pode dar problema e a gente toma remédio
09:31
para regular esses níveis hormonais, a nossa capacidade de pensar com mais clareza.
09:38
A farmácia existe para isso.
09:40
Agora, também existe esse acompanhamento contínuo com terapia.
09:45
Queria que você falasse disso, então, para a gente também, essa importância.
09:49
Então, exatamente.
09:50
Eu reitero essa importância também da psiquiatria,
09:53
porque para casos urgentes é algo que ajuda muito.
09:55
A gente tem vastos estudos sobre isso.
10:00
E por mais que não vá existir algo,
10:02
nossa, tomou isso aqui, você...
10:04
Não, mas ao longo do tempo isso vai fazer uma diferença bastante grande.
10:09
Mas também é um acompanhamento psicoterapêutico.
10:11
Eu acredito que a psicologia é ali a ciência,
10:16
vamos dizer, o campo de estudo que vai sim,
10:19
profissionalmente, te levar a recuperar essa vontade,
10:23
a recuperar essa autonomia, né?
10:25
Porque, no fundo, um sujeito que chega nesse nível,
10:29
ele está muito aquém do seu nível de autonomia normal.
10:33
E a psicologia vai buscar devolver essa autonomia ao sujeito aos poucos.
10:39
A gente tem que entender também que, nesse caso, é aos poucos.
10:43
E acho que uma mensagem só, Luiz, é para...
10:46
Caso você seja uma pessoa que está não entendendo o que acontece,
10:51
porque acho que esse é o maior dos problemas.
10:53
A pessoa nem sempre entende o que está acontecendo com ela, né?
10:56
O negócio vem e você...
10:57
E eu já tive uma crise de ansiedade forte,
11:00
há uns oito, nove anos atrás,
11:02
que eu não sabia o que estava acontecendo.
11:03
E eu não era psicólogo ainda, enfim, era mais novo, né?
11:07
Foi uma crise existencial de ansiedade,
11:08
onde eu fiquei sete dias trancado também,
11:12
e sem saber o que estava acontecendo.
11:14
E hoje está aqui...
11:15
Exatamente.
11:16
A vida continua, eu sempre penso assim,
11:20
se esse suicida tivesse conseguido passar por aquele momento,
11:26
talvez ele tivesse conseguido viver e encontrar um novo motivo,
11:30
porque problemas eles não vão parar de existir.
11:32
Exatamente.
11:33
As crises elas vêm,
11:35
e quem sabe a gente conseguindo enfrentá-las uma a uma,
11:38
por mais difíceis que elas sejam,
11:40
a gente pode conseguir, todo mundo pode.
11:42
Essa dor, ela tem que ser falada, né?
11:45
Ela tem que ser processada,
11:46
ela tem que ser simbolizada de alguma maneira na nossa vida, né?
11:50
Não que vá parar de doer, né?
11:52
Mas vai tomar um significado diferente.
11:54
E também, doutor Gabriel,
11:56
falar do centro de valorização à vida,
11:58
que também é um serviço importante.
11:59
Claro, é um oito oito, né, Luciano?
12:01
Isso, é um oito oito.
12:03
Exatamente, né?
12:04
Então, para quaisquer pessoa que esteja passando por um momento
12:08
onde muitas vezes você não tem com quem falar,
12:10
também por vergonha, e eu vivi isso.
12:13
Eu sei que não é simples você chegar para alguém e falar
12:15
que você está sofrendo, né?
12:17
Então, esse é um canal, vamos dizer assim, né?
12:20
Que você pode ligar a qualquer momento do dia,
12:23
alguém vai te atender de algum lugar do Brasil
12:26
e vai te ouvir, né?
12:29
Porque nesses momentos a presença e a escuta
12:32
elas são muito mais importantes muitas vezes que um conselho
12:35
ou que uma tentativa de intervenção, assim, né?
12:38
Então, é muito mais...
12:40
E essas pessoas, elas são, de alguma maneira,
12:42
treinadas também, treinadas para como agir nesses momentos, né?
12:46
Então, é um canal muito interessante
12:48
caso você esteja passando por algo desse tipo.
12:51
O Gabriel só queria te agradecer por ter vindo.
12:54
Obrigado a você.
12:55
Da forma como a gente falou aqui,
12:59
eu também considero super importante
13:01
a gente poder falar sobre esse assunto,
13:04
porque é justamente o que o Gabriel resumiu aqui.
13:06
A pessoa com esse tipo de pensamento
13:09
precisa poder falar, colocar para fora,
13:13
sem medo, sem nenhum tipo de julgamento.
13:16
E é o que a gente está fazendo aqui,
13:18
falando sobre esse tema
13:20
para que ele se torne cada vez mais possível
13:23
de ser tratado de forma comum
13:26
entre todas as pessoas,
13:28
porque ele faz parte da sociedade
13:30
e precisa ser tratado,
13:32
porque tem solução.
13:33
Obrigado por acompanhar.
13:34
Obrigado.
13:35
Obrigado.
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