O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou o julgamento dos réus acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.
A pauta inclui os irmãos Domingos Brazão (conselheiro do TCE-RJ) e Chiquinho Brazão (deputado federal), apontados pela investigação como os articuladores do crime, além de outros envolvidos.
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00:00O STF marcou para o começo de dois mil e vinte e seis o julgamento dos réus que são acusados de matar a ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco.
00:09Os detalhes com Janaína Camelo.
00:11O presidente da primeira turma do STF, ministro Flávio Dino, agendou para fevereiro o julgamento dos réus acusados de participar do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
00:22São cinco ao todo. Os irmãos Chiquinho Brazão, ex-deputado federal, e Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro,
00:30acusados de serem os mandantes do crime.
00:32O delegado Rivaldo Barbosa, que foi chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro na época do assassinato,
00:38ele é acusado de ter auxiliado os irmãos, fornecendo, segundo a denúncia da acusação, diretrizes para a execução do assassinato,
00:45além de ter atuado para tentar garantir a impunidade do crime.
00:49Os três foram denunciados pelo crime de homicídio, triplamente qualificado e organização criminosa armada.
00:55Os demais réus, Ronald Paulo Pereira, policial militar, e Robson Calisto Fonseca, ex-assessor de Domingos Brazão,
01:04eles são acusados por organização criminosa armada.
01:07O julgamento vai acontecer presencialmente, na primeira turma, nos dias 24 e 25 de fevereiro.
01:13O ministro Flávio Dino agendou as sessões a pedido do ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso,
01:19e que na última quinta-feira liberou o processo para julgamento.
01:22Isso porque já foi encerrada a fase de instrução processual, em que testemunhas foram vidas, documentos analisados,
01:30perícias realizadas e, depois disso, apresentadas as alegações finais das defesas e da acusação.
01:37O assassinato, segundo a PGR, teria sido cometido porque Marielle e o PSOL, partido da então vereadora,
01:44se opunham a um esquema liderado pelos irmãos Brazão de loteamento ilegal em áreas dominadas pela milícia,
01:50na zona oeste do Rio de Janeiro.
01:52Nas alegações finais apresentadas ao STF, a PGR alegou que os homicídios foram executados
01:58para inibir a atuação legal de um grupo de parlamentares que defendia ideais contrários aos dos mandantes do crime.
02:06e que esse objetivo foi perseguido por iniciativa de agentes públicos investidos em cargos de elevada consideração social.
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