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A indústria brasileira enfrenta um momento de forte desaceleração, impactada pela política de juros altos do Banco Central e pelo tarifaço imposto pelos EUA, que dificulta as exportações.

Confira o Tempo Real na íntegra em: https://youtube.com/live/8vkpLxgWvwI

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Transcrição
00:00A gente vai falar da indústria agora, a economia, o assunto, porque a indústria brasileira cresceu 0,1%
00:06após ter caído 0,4% no mês de setembro.
00:11Especialistas e analistas do mercado financeiro apostavam que o crescimento seria um pouco maior em outubro,
00:17pelo menos de 0,4%, e esse desempenho da indústria ficou bem abaixo das expectativas.
00:23O assunto, então, para Denise Campos de Toledo, nossa comentarista de economia, que vai falar agora com a gente ao vivo, direto da nossa redação.
00:32Oi, Denise, boa tarde, bem-vinda. Por que esse crescimento tão tímido? Tem alguma explicação? Tem a ver com o tarifácio dos Estados Unidos ou não?
00:40Olha, Márcia, boa tarde, boa tarde a todos. Pode ter a ver um pouco com a questão do tarifácio,
00:45mas o fato é que a indústria já vem com altos e baixos já faz algum tempo e com dados decepcionantes também.
00:50Isso não é novidade que tem uma expansão abaixo das projeções.
00:54Hoje a gente vê uma performance fraca no ano, a expansão é de apenas 0,8% até o mês de outubro, com 0,9% em 12 meses.
01:02Tem a questão do tarifácio, nós temos alguns segmentos do setor industrial que continuam com aquela taxação máxima de 50%.
01:09É o caso de máquinas e equipamentos. Nesse sentido, há uma negociação em paralelo com o governo Trump,
01:15os importadores lá dos Estados Unidos tentando também uma negociação.
01:20Agora, você pegando a performance de um modo geral, o que se percebe é que a indústria extrativista
01:26é que vem segurando mais a situação desde o começo deste ano,
01:29senão a indústria já poderia estar, inclusive, no vermelho em termos de desempenho da produção industrial.
01:36Ela ainda está 2,4% acima do pré-pandemia.
01:40Fevereiro de 2020 foi o último mês antes da pandemia, mas está 14,8% abaixo do recorde que foi registrado em 2011.
01:50Isso mostra que a indústria não conseguiu se recuperar de tombos anteriores,
01:55de outros momentos de desaceleração de atividade da economia brasileira.
02:00A gente pegando na composição agora, nós tivemos a indústria de transformação com a maior queda de 0,6%.
02:07Bens intermediários, indústrias...
02:10Isso significa, para traduzir aí, indústria de transformação são aqueles bens intermediários,
02:16insumos usados para se chegar ao produto final que vai para o consumidor.
02:21E é um termômetro importante, é uma referência para a perda de ritmo da indústria.
02:25Como eu tinha dito, a extrativista chegou a uma alta de 3,6% no mês, 4,7% ao ano.
02:33Então, é um setor que vem bem, é produção de petróleo, de derivados, de minério.
02:38Por isso que importa tanto o ritmo de atividade dos Estados Unidos, o ritmo de atividade da China,
02:43que é uma grande compradora, por exemplo, do minério, o andamento da economia global como um todo.
02:48E de 12, apenas 12 de 25 ramos pesquisados tiveram desempenho positivo em outubro.
02:55Para a gente finalizar, a projeção da Fiesp é de uma expansão modesta, neste ano, de apenas 0,9%.
03:02No ano passado, a indústria tinha crescido 13,4%.
03:05E para o ano que vem, se prevê apenas uma variação de 0,6%.
03:10Aí, já considerando, não é só a questão das tarifas.
03:13Nós temos uma desaceleração doméstica, há problemas de competitividade do setor industrial brasileiro,
03:19e a manutenção de juros elevados vem provocando, pontualmente, uma desaceleração da atividade,
03:25do crescimento do PIB brasileiro.
03:27E a perspectiva é que esse processo continue, a Selic deve continuar em 15% no curto prazo,
03:32deve começar a cair no ano que vem, mas ainda mantida num patamar muito alto,
03:36que encarece o crédito, que compromete vários setores.
03:39Nós tivemos até alguns estímulos, como a venda de veículos,
03:42que passou por uma fase muito favorável, bens de consumo em geral,
03:46mas não é um movimento linear de recuperação.
03:49São altos e baixos que tendem a prosseguir, mas com tendência de baixa.
03:53Eu ia te perguntar justamente se tem algum setor que você destaca para ano que vem,
03:58se os automóveis, ou se tem alguma perspectiva de melhor em algum setor
04:02que você enxerga para os próximos meses.
04:05Olha, a questão de bens duráveis depende muito do que acontecer com os juros,
04:10com o crédito em geral e também mercado de trabalho,
04:12porque a expectativa é que em algum momento mercado de trabalho,
04:15comece a sentir os efeitos dos juros elevados.
04:18Esse é um ponto, inclusive, que a gente tem falado aqui,
04:21que o presidente do BC, Gabriel Galipoli, tem salientado muito,
04:24que não entende o porquê de mercado de trabalho estar demonstrando tanto fôlego
04:29no ambiente de juros elevados por tanto tempo.
04:32Então, isso não é o tradicional, não é o que se esperava em termos de comportamento,
04:37portanto, em algum momento pode haver alguma desaceleração do mercado de trabalho,
04:41daí a projeção para o ano que vem da indústria de um crescimento ainda mais fraco.
04:45E tem a questão de investimentos também do próprio setor.
04:48Nós vamos entrar em um ano de eleições, o pessoal pisa um pouquinho no freio,
04:52fica com medo do que vai acontecer, qual a definição de política,
04:56o cenário político também assusta um pouco.
04:58E tem essa questão da competitividade.
05:00Agora, também a indústria busca a expansão de mercados.
05:04A indústria de máquinas, por exemplo, que foi prejudicada pelas tarifas dos Estados Unidos,
05:08agora vê o desempenho melhor da Argentina como uma oportunidade.
05:12Também é um importante parceiro comercial.
05:17Pois é, Denise, inclusive, por falar em ano eleitoral,
05:20a tendência também é que se a indústria se enfraquece, a economia se enfraquece,
05:25se o presidente Lula também pode sair com a popularidade ainda pior dessa história.
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