Depois de décadas narrando o Brasil com aquela voz que parece GPS de credibilidade, Celso Freitas sentou pra contar tudo: como foram as saídas da Globo e da Record, teve briga? E o plot twist de tentar um ano sabático e acabar criando o SBT News antes mesmo de descansar o microfone. Entre histórias de carreira, viradas inesperadas e bastidores que nem teleprompter segura, Celso mostra que pode até sair da TV aberta, mas a TV aberta nunca sai dele.
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NotíciasTranscrição
00:00O Freitas, você tá há quanto tempo no jornalismo?
00:04E trabalhando todo dia, né?
00:05Que você fez?
00:0653 anos.
00:0753?
00:0853 anos.
00:10Eu comecei cedo, né?
00:13Rádio.
00:14Você começou onde? Que rádio você começou?
00:16Rádio Eldorado de Criciúma.
00:19Período muito curto.
00:20Eldorado, três semanas, três meses.
00:23Difusora, três meses.
00:25De repente, tive que sair da cidade em busca de uma oportunidade.
00:28No norte do estado de Joinville.
00:30E depois, seis meses, tava voltando pra capital.
00:34Rádio Diário da Manhã, Rádio Guarujá de Florianópolis.
00:37No rádio. E aí, cê foi pra TV?
00:39Foi o início do jornalismo.
00:41Eu funcionei como rádio escuta e locutor de noticiários.
00:44Tá.
00:44Na época, eu até tinha direito a requerer o registro de jornalista.
00:50Porque até 1970, quem trabalhasse mais de seis meses,
00:53tinha direito de requerer o registro de jornalista.
00:55Isso.
00:55Como jovem, consequente, pô.
00:57Falou não.
00:57Ali atrás, resultado.
00:59Quando cheguei em São Paulo pra apresentar o Jornal Nacional,
01:02fui obrigado a fazer o vestibular e fazer a Casper Líbero.
01:06Cê já foi direto pro Jornal Nacional?
01:08Em Brasília.
01:09Qual era o sonho do jovem lá do interior,
01:12cuja família jamais elogiou o fato de eu ter falado na rádio,
01:18trabalhado, coisa parecida, né?
01:19Porque não era bem visto no interior.
01:21Então, eu...
01:24Desculpe.
01:27Tô emocionado.
01:29Imagina.
01:29A gente também.
01:30A gente também tá...
01:31Buscar essas histórias.
01:32Não, a gente também tá emocionado porque você é uma figura que realmente a gente tem o maior respeito.
01:36A gente tinha a vontade de vir pro Rio de Janeiro ou São Paulo,
01:40porque a gente ficava escutando as grandes emissoras de São Paulo e do Rio de Janeiro pra compor o noticiário local.
01:46E...
01:46De repente, eu acabei em Brasília, prestando serviço militar.
01:51Fiquei 45 dias confinado dentro do quartel e o primeiro lugar que eu saí foi pra conhecer a Rádio Nacional de Brasília.
01:58Onde eu acabei dando entrevista e o gerente da rádio já queria me contratar.
02:02Digo, olha, se você conseguir me liberar...
02:04Olha aí.
02:05Bonitão, hein, meu?
02:05Se você conseguir me liberar do quartel, eu estou aí.
02:09Pô, mas cê tinha 18 anos aí.
02:11Não tinha 18 anos.
02:11Não?
02:12Não.
02:13Tinha.
02:13Eu fiz 18 anos...
02:14Perdão.
02:1572?
02:16É, não tinha 18 anos.
02:18E tava no exército.
02:19Tava no exército.
02:20E...
02:21Antes disso, houve uma indicação pra substituir um apresentador do Jornal Nacional.
02:28Vocês conseguiram imagens aí incríveis?
02:29Tá vendo só?
02:30É o Helber.
02:31É o Helber.
02:32Quando ele gosta, ele prepara.
02:33É só quando ele gosta.
02:35Pra gente é uma porcaria.
02:36Pede um vídeo, ele chama o convidado dele e ele manda seis meses e ele manda bem.
02:40E aí?
02:41Eu fui servir na PE.
02:42E doido pra sair do exército e trabalhar na...
02:45Uma oportunidade que eu tinha na rádio e em seguida no Jornal Nacional em Brasília.
02:50Numa época em que Cid, Moreira e Sérgio Chapelein tinham uma vasta cabeleira porque
02:54era a moda da época.
02:55Sim.
02:55Eu era um reco.
02:57É verdade.
02:58Cortadinho na régua.
02:59Cortadinho.
03:00Mas consegui uma permissão graças a uma ousadia que eu tive com relação ao presidente
03:05Emílio Médici na época.
03:07O capelão.
03:08Eu era motorista dentro do quartel e levei o capelão pra rezar missa no Riacho Fundo.
03:14E...
03:15Participei da missa lendo a homilia.
03:18De repente, na hora que acabou a missa, o presidente em primeiro lugar veio ao meu encontro e disse
03:23assim...
03:24O jovem soldado tem condição de ser um grande apresentador, um grande locutor.
03:28Caramba!
03:30Caramba!
03:30Pela voz...
03:31Imagina o tamanho do Médici, que era um...
03:33Sim.
03:33Um menzalão, né?
03:34E eu tomei posição de sentido, como soldado, eu estava fardado e falei, perdão a excelência,
03:42mas eu já sou um profissional.
03:43Olá!
03:44Honra!
03:45Com respeito.
03:45É.
03:46E emendei, né?
03:48Existe uma oportunidade na Rádio Nacional de garantir um emprego.
03:52Eu poderia ser requisitado pela presidência da República pra garantir essa oportunidade?
03:59Ele olhou pra mim com aquele olhar assim e disse assim...
04:01A gente pode ver isso.
04:02E isso facilitou.
04:04Que eu ficasse meio expediente no quartel e pudesse garantir o emprego na Rádio Nacional.
04:10Seis meses depois eu estava apresentando o Jornal Nacional em Brasília.
04:13Que louco!
04:14Que história!
04:15Que história maravilhosa!
04:16Que história, né?
04:17É.
04:17Sensacional.
04:18Mas tem uma coisa dele, né?
04:19Que é muito diferente.
04:20Além da sua competência, sua voz é muito bonita e já chamava atenção, né?
04:24A gente tem o Cid Moreira, como você citou e trabalhou com ele.
04:27Sérgio Chapelein.
04:28O próprio William Bonner tem uma grande voz.
04:30A voz no jornalismo, ela passa...
04:32Não, mas todos imitam.
04:33Mas é uma escola.
04:34Todos tentam chegar lá.
04:37É?
04:37É claro.
04:37Você acha?
04:38É lógico.
04:38Tem uma referência deles.
04:39É lógico.
04:40Deixa eu aproveitar aqui e falar em voz e apresentação.
04:44Alba.
04:45Qual o Alba está lá?
04:46Eu sei.
04:47Eu quero saber o seguinte.
04:48Por que que nunca eu tive um imitador?
04:50Ah.
04:51Aí é verdade.
04:52Eu não tenho cacuete?
04:53Não, tem uma bela...
04:54É uma voz difícil.
04:55Boa noite.
04:55É?
04:56Igual o Emílio.
04:57O Emílio, ele também...
04:58O Emílio não tem Emílio?
04:58Não, mas eles fazem o Emílio Cristo.
05:02É o Emílio...
05:02Eles fazem o Emílio Cristo.
05:04Não é.
05:04É o Emílio da Dias.
05:05É o Emílio Rabujiro.
05:05Posso falar?
05:06Não acontece nada.
05:07Agora eu quero fazer aqui um registro com relação à Jovem Pan, né?
05:10Falei da história no rádio e fiz rádio em São Paulo também.
05:14Eu fui concorrente do Jornal da Manhã da Jovem Pan.
05:17Ah, é?
05:17Eu quero fazer o registro que a Jovem Pan é um negócio muito característico em termos
05:24de rádio jornalismo.
05:25Sim.
05:26Com o seu tuta.
05:27É.
05:28Com toda a história da família.
05:29Sim.
05:30Não só a rádio Jovem Pan, como também a rádio...
05:32Rádio Record.
05:33Rádio Record, né?
05:34Era do grupo na época.
05:35Isso.
05:36Eu fiz Casper Líbero e a Jovem Pan foi um case que a gente estudou de rádio na faculdade.
05:42Em 1900, na década de 70, quando eu cheguei em São Paulo em 75, 30 segundos na rádio
05:50Jovem Pan era mais caro para o anunciante do que 30 segundos na televisão do Jornal Nacional.
05:55Sim.
05:55É uma notoriedade que a Jovem Pan alcançou graças a dois fatos que aconteceram e prestou
06:01um excelente serviço.
06:03Os incêndios do André.
06:04Joel Mandrão.
06:05Joel Mandrão.
06:06É.
06:06É.
06:07É uma coisa que firmou.
06:09E eu, como um concorrente do Jornal da Manhã, na Rádio Nacional, que estava se transformando
06:15em Nacional Globo, a gente fazia um jornal às seis horas da manhã, das seis às oito.
06:20A Jovem Pan era das sete às nove e a gente de seis às oito da manhã.
06:24Sim.
06:25A rádio era Nacional Globo, né?
06:27Ela estava abandonando o nome de Rádio Nacional.
06:31Isso.
06:31Puta, quanta história.
06:32E aí veio Copa do Mundo, né?
06:33Na Jovem Pan, que foi muito bem também.
06:35Depois a transmissão do Carnaval, né?
06:38Foi o primeiro.
06:38Não, mas a prestação de serviço da Jovem Pan, na época, foi a ideia do Seu Tuta
06:43e do Fernando Vieira de Mello, que fizeram o estilo da Jovem Pan.
06:47Ele começou com o Seu Tuta e o Fernando, que era do jornalismo.
06:50Para você ganhar, digamos assim, notoriedade, seja o profissional, seja o canal, a mídia,
06:56é importante que esteja apta a cobrir grandes eventos.
07:01Jornalista não provoca evento.
07:02Verdade.
07:03Sim.
07:03É a pauta, né?
07:04Quando acontece o evento, a gente tem que fazer um excelente trabalho.
07:07E aí isso parece que fica guardado na memória das pessoas.
07:10Sim.
07:11Eu vou fazer uma pergunta aqui.
07:12Onde é que você estava no dia que houve o ataque às Torres Gêmeas?
07:17É, todo mundo lembra.
07:18Todo mundo tem uma ligação.
07:20Olha, o dia que aconteceu, você estava em tal lugar.
07:22É marcando.
07:22A morte do Ayrton Senna.
07:23Morte do Ayrton Senna.
07:25Que causa impacto, né?
07:26Causa impacto, comoção popular.
07:28É.
07:28Mas aí você precisa do cara bom.
07:30Que nem você falou agora aí desses eventos que a Jovem Pan cobrir.
07:33Tinha o Milton Parron.
07:34Milton Parron.
07:35Pô, era um repórter que você ficava apaixonado com a capacidade que ele tinha de narrar
07:40um evento.
07:41Esses caras eram fantásticos, né?
07:43Eu acho que teria que haver a oportunidade de rebuscar certas coisas maravilhosas, principalmente
07:48na história da Jovem Pan.
07:49Show de rádio.
07:50Show de rádio.
07:51Show de rádio.
07:51Show de rádio.
07:52É, óbvio.
07:52Não sei se a nova geração lembra disso, né?
07:54De nome muito, né?
07:55De nome muito.
07:56Mas era uma coisa que era imperdível para quem era amante do futebol.
08:00Acabava a partida de futebol, todo mundo ligava na Jovem Pan para acompanhar o show
08:04de rádio.
08:04São Girard.
08:05E foi escola de muitos...
08:06Pô, de muitos no mundo.
08:07Serginho Leite.
08:08Serginho Leite.
08:09Tanta gente bacana.
08:10E aí você foi para Globo.
08:11Você foi para Globo Rio.
08:13São Paulo primeiro.
08:14São Paulo.
08:14Brasília primeiro.
08:16Em Brasília, eu trabalhei, eu acho que durante dois anos e meio, três anos.
08:20E houve uma oportunidade, eu ia para o Rio de Janeiro.
08:24Como ousadia, eu queria substituir o Heron Domingues no Jornal Internacional.
08:29E aí a abertência que eu recebi é o seguinte, você é muito novo para ocupar esse lugar.
08:36E eu ameacei deixar a Globo para ir para a BBC de Londres, que havia uma oportunidade.
08:42Aí me transferi para São Paulo.
08:44Aqui nenhum apresentador se firmava como âncora do jornal.
08:50E eu fiquei durante oito anos, de 75 a 83.
08:54Você fazia local São Paulo?
08:56A gente entrava em rede na época.
08:58São Paulo cobria todo o sul do Brasil e participava do jornal.
09:03Deixamos de participar por participação de uma greve de jornalistas em 79.
09:09Porque o Jornal Nacional foi o primeiro jornal em rede, né?
09:14Foi a primeira...
09:14Mas eu não tinha a Embratel, né?
09:16A Embratel foi surgindo a partir dos anos do início de 1970.
09:21Tanto é que eu trabalhei em Brasília e eu não tinha condições de participar do jornal,
09:25porque era preto e branco e não tinha uma garantia técnica de que o sinal fosse contínuo
09:31para fazer um bom trabalho.
09:33Só depois eu acho que houve um investimento por parte da Embratel
09:36e é uma participação diária com o Carlos Campbell em Brasília, eu aqui no São Paulo.
09:42Cada apresentador, hein?
09:44Cada apresentador.
09:45E chamava o Jornal Nacional porque era patrocínio do Banco Nacional.
09:48Olha lá.
09:49Era o Banco Nacional, por isso que chamava.
09:52Foi o patrocínio master, né?
09:55Do jornal.
09:56É.
09:57E aí, durante nove anos, não, seis anos, 83, 89, eu trabalhei ao lado do Cid Moreira
10:05que, para mim, era um ícone, né?
10:06É aquela figura que você se imagina, você projeta e, de repente, tive a oportunidade
10:13de participar de grandes coberturas, grandes acontecimentos.
10:16O Boni também, você chegou a trabalhar?
10:18O Boni que bolou, né?
10:21A grade, né?
10:22O Boni, eu não recordo exatamente até que ano que sobreviveu a TV Tupi, a rede Tupi.
10:28Mas o Boni foi uma figura que soube administrar, digamos assim, não a rivalidade, mas a busca
10:37de a melhoria da qualidade da programação, provocando disputas até internas, departamento
10:43de engenharia com o departamento de produção, o artístico, né?
10:46Ele fazia isso com talento.
10:48Ele era adepto à teoria do Piaget, que o ser humano só evolui a partir do momento que
10:54ele esteja ameaçado.
10:55Então, ele provocava ameaças.
10:57A competição sair.
10:57Ele deixou muito claro isso num evento, no RG83, que ele assumia isso de provocar nos funcionários,
11:06nos colaboradores, a busca da excelência.
11:09É, a gente não gosta muito de chefe assim.
11:12A gente quer que coloque a gente pra trabalhar.
11:14Mas é uma verdade, eu acho que só sobre, digamos assim, uma determinada ameaça, uma
11:19rivalidade, é que você procura desenvolver, senão você acomoda.
11:23Sim.
11:24A gente gosta de ser muito acomodado.
11:25Você tá sentando pudim, não é?
11:27Tá.
11:28Fica de boa sentindo pudim.
11:29Vocês falam, não, vocês têm que sair da zona de conforto.
11:31Demorou tantos anos.
11:32Por que demorou pra chegar nessa zona?
11:33A minha é tão confortável assim.
11:36E aí, você saiu da Globo, você saiu da Globo meio obrigado, né?
11:39Ou foi grana?
11:40Não.
11:41Não foi grana.
11:41Foi grana.
11:42Na verdade.
11:43Não foi grana.
11:43Não foi grana.
11:44A grana que a Globo cobrou da minha empresa, né?
11:49Como multa.
11:50Na verdade, é o seguinte, eu montei uma empresa, uma produtora no Rio de Janeiro, onde eu tive
11:56quase que 50 colaboradores que trabalhavam fornecendo material para o GND, programa Hipermídia.
12:05Eu fui pioneiro na produção de um programa que falava de tecnologia e as mudanças que
12:10estavam provocando no dia a dia das pessoas e também outros produtos para a CBN, onde
12:16eu fui a voz padrão da CBN durante 10 anos.
12:20Tudo da sua empresa?
12:22Tudo da minha empresa e até participação no site da Globo.
12:25Em 2000, o boom da crise...
12:28Crise.com.
12:30Crise.com foram cortando, cortando, cortando.
12:33De repente, eu tive que desmontar toda uma estrutura de produção que eu tinha.
12:38Resultado.
12:40Houve um convite para a Vila São Paulo, um colega da Globo que estava aqui, montando
12:45o Domingo Record.
12:47Para um bate-papo, uma conversa.
12:49E de repente me fizeram fazer um piloto, olha só.
12:52Fiz o piloto.
12:54Piloto que vai para o Álice.
12:56E o Domingo Record, que era esse o título, virou o Domingo Espetacular.
13:00Porque gostaram da apresentação.
13:02E não saí daqui sem um contrato assinado.
13:04Eu achava que eu estava desimpedido já no prazo final de desincompatibilização para
13:11assinatura.
13:12Faltavam poucos dias.
13:13Faltavam poucos dias.
13:15E a Globo exigiu que eu ficasse mais de três meses para cumprir, ou seis meses, sem entrar
13:20no ar.
13:20E a Record tinha uma necessidade de exibir logo o programa.
13:26Então houve uma cobrança de uma multa.
13:29Essa é a realidade.
13:31Multa altíssima deve ter sido.
13:33Algo em torno de dois milhões de reais.
13:35Dois milhões.
13:36Para te liberar.
13:37É, mas a Record bancou isso.
13:39Foi decente.
13:40Ó, foi firme com você.
13:42E aí, eles tinham.
13:44E eu sou feliz e grato porque a minha chegada na Record, Emílio, abriu uma oportunidade
13:51muito grande de mercado de trabalho.
13:53Sem dúvida.
13:54Existiam especialistas em comunicação que diziam que uma emissora levaria dez anos para
13:59suplantar a Globo.
14:01E o fato de, digamos assim, ela apanhar talentos da Globo, adiou esse espaço de tempo.
14:10Abriu mercado.
14:10Com a minha chegada, houve uma oportunidade de investimento no telejornalismo.
14:14Até então, na hora que acontecesse qualquer evento extraordinário, as pessoas só tinham
14:19um canal.
14:20Monopólio.
14:21A Globo era hegemônica.
14:22Isso.
14:22É, monopólio.
14:22A Globo era hegemônica, entendeu?
14:24Não tinha outra opção.
14:26A partir do momento que a Record investiu contratando profissionais, montou jornalismo com
14:31rede, porque eles não tinham rede, era uma coisa só localizada em São Paulo e no
14:37Rio de Janeiro, Brasília.
14:39De repente montaram uma rede com visão de trazer cobertura nacional e internacional.
14:44Investiram em profissionais.
14:46É, de ser concorrente mesmo da Globo, né?
14:48Então, o que a gente aproveitou também, os grandes acontecimentos que ocorreram, né?
14:54Para fidelizar, para conscientizar o público que tinha uma outra opção para acompanhar os
14:59grandes fatos.
15:00Então, os acidentes com os voos da Gol, da TAM, os tsunamis, né?
15:08De Katrina, o furacão na Katrina, o tsunami no Japão.
15:14E uma equipe boa também, né?
15:16Sim.
15:16Um timaço, né?
15:17Grandes nomes.
15:18Grandes nomes que já tinham sido consagrados pelo Globo.
15:20Profissionais que trabalhavam na Globo foram para a Record, né?
15:22Isso.
15:23Da parte técnica também.
15:24Isso.
15:24Então, eu acho que a gente abriu um mercado de trabalho, né?
15:27E o telespectador passou a ter um outro ponto de referência para as informações.
15:32É.
15:33E agora está ocorrendo mais uma oportunidade que eu já tinha abandonado.
15:36Tá.
15:37Então, mas aí você ficou na Record, você ficou um tempão também.
15:4021 anos.
15:41Puta, 21 anos.
15:43Ah, o Jornal da Record, né?
15:44Caramba.
15:45Como o Miga Espetacular.
15:45Tempo passa assim.
15:46Passa, passa rápido.
15:4721 anos.
15:48Tinha cabelo.
15:49É que foi na...
15:50Foi naquela época.
15:51Foi naquela época.
15:53Acho que o Hélio Vargas estava lá.
15:54O Hélio Vargas estava lá.
15:55O Hélio Vargas.
15:56Era o Hélio Vargas.
15:56Era o...
15:58Que também era da...
15:59Do SBT.
16:01Que trabalhou com o Silvio.
16:03Paulinho?
16:04Não.
16:06Ah, não vou lembrar.
16:06Deto Costa?
16:07Não, o Deto Costa fez Faustão, né?
16:10O Deto Costa já era uma parte do...
16:12De que que você sentiu?
16:13Mas eu tô falando da...
16:15Quem é...
16:15Quem administrava lá?
16:17Me ajuda aí, Hélio Vargas.
16:18Você que é o homem da televisão.
16:19Lafon?
16:20Lafon foi antes.
16:20Não, Lafon foi antes.
16:21Foi antes.
16:22O Lafon foi antes.
16:22O Lafon levou o ratinho.
16:24O Lafon não trabalhei com ele na Record.
16:25Trabalhei com ele na Globo aqui em São Paulo.
16:27Isso.
16:28Bom, mas...
16:28Depois eu li...
16:29Foi uma boa.
16:30Será que a gente estava falando de...
16:31Aí, então, mas peraí.
16:32Aí foi Record ao rumo da liderança.
16:35Isso.
16:35Foi todo esse projeto quando você entrou lá que...
16:38Pra bater a Globo.
16:39Exatamente, pra bater a Globo.
16:40Aí você ficou 21 anos.
16:43E saiu agora.
16:44Saiu agora recentemente.
16:45E saiu por quê?
16:49Na verdade, eu tinha um contrato que se estenderia até abril do ano que vem.
16:54Mas eu já estava cansado.
16:57E eu queria me aposentar, descansar, aproveitar um pouco mais a vida.
17:02E esse era o meu objetivo.
17:05Aquele trans na barra funda, rotatório, inferno pra entrar lá também.
17:08Mas você acaba cansando, entendeu?
17:10Do dia a dia.
17:11Eu acho que eu já tinha concluído, já tinha cumprido a missão, tá?
17:16E meu intuito era realmente parar.
17:20Eu queria...
17:20Agora talvez eu vá ganhar dinheiro.
17:22Vou ser, digamos, uma marca, um embaixador de uma grande empresa.
17:25Opa, uma farmacêutica?
17:27Porque...
17:27É.
17:30E de repente houve um convite de um grande profissional que está dirigindo o novo canal do SBT News.
17:36Eu digo, pô, eu não posso falhar com o Cipollone, que a gente trabalhou junto.
17:42O cara é bom também, né?
17:43Show de bola.
17:44Bom.
17:45Tem prêmios, né?
17:47E está se revelando como um grande administrador agora na montagem desse canal.
17:52Então eu estou um ano aí para cumprir um contrato, entendeu?
17:55Para colaborar e emprestar esse talento, essa credibilidade que eu alcancei para esse novo canal.
18:02Pô, que legal.
18:03E vai estrear o SBT News, que vai ser um canal...
18:0715 de dezembro.
18:0815 de dezembro.
18:08E você estava falando da sua condição da Globo para a Record.
18:13E agora, no SBT News, você trouxe investimentos.
18:16O que o SBT News está planejando?
18:19Porque o SBT sempre teve jornalismo, né?
18:21Uma emissora tradicional, mas nunca teve um canal específico de jornalismo,
18:26porque aí muda a estrutura, muda um pouco a estratégia.
18:29Muda, muda.
18:29Eles têm um investimento muito grande em trazer o que está acontecendo em termos de política,
18:34de economia, de esportes, porque eles estão transmitindo a Copa.
18:38A próxima Copa do Mundo, a Champions.
18:40E a Copa do Mundo.
18:41Galvão Bueno, tem o Thiago Lai.
18:44Tem um time lá e eu acho que a família, as herdeiras, estão conduzindo muito bem o canal.
18:52Quem está na iniciativa?
18:53Mandaram o Rinaldi embora.
18:55Mandaram o Rinaldi embora.
18:56O Rinaldi é o Patati Patatá.
18:57O Patati saiu.
18:59Foi lá.
18:59Olha, parece o Portioli.
19:01O Fábio Faria também, né?
19:03O Fábio Faria também está no jornalismo.
19:04Ô, amorzão.
19:06É um gato.
19:06Ele é um dos mentores na contratação, levando o pessoal para lá.
19:11Boa.
19:11Sabe que a gente estava falando de eventos históricos, né?
19:13Que você já participou.
19:15Bom, eu só queria citar e fazer jus aqui aos nomes que já estão contratados lá também, né?
19:20Leandro Magalhães, que está saindo da CNN.
19:24Marina Demori, que é repórter, era repórter da CNN em Brasília.
19:31E vai estrear na bancada, a exemplo da Adriana Araújo, que estreou comigo no Jornal da Record.
19:36Legal, né?
19:37A Landin.
19:39Raquel Landin está lá com comentarista e colunista.
19:42Tô de maço, hein?
19:43Tem, tem gente boa.
19:44A Basília em Brasília.
19:46O Sidney Rezende, que foi colega...
19:49O registro é o seguinte.
19:50Eu ajudei a colocar no ar a Globo News, a Record News e agora SBT News.
19:55Eu vou fechar esse ciclo.
19:57Você abriu a Globo News.
20:01A Globo News, eu tinha dois programas lá.
20:02O Arquivo N e Via Brasil.
20:04Muito bom.
20:05O Arquivo N é um claro.
20:06É, agora a Globo News tá meio...
20:08Tá meio...
20:09Você saiu, deu uma caída.
20:10Eu tô preocupado, a audiência tá boa?
20:12Você preocupou, Alex?
20:12Tá ótimo.
20:14Tá ótimo a audiência.
20:16Pergunta aqui pro Celso Freitas.
20:18Eu queria perguntar, você falou do início da sua carreira, as etapas que você passou, né?
20:22Pra estar ali na frente do jornalismo.
20:24A sua opinião hoje é da internet.
20:25Porque a internet é uma forma de pular a etapa, né?
20:28A pessoa já tem a câmera aqui.
20:30O que você acha desse jornalismo feito na internet pelo jornalista dessa nova geração?
20:36Que não passou por essa etapa do rádio e tudo mais?
20:39Olha, são poucos os casos que eu posso apontar que a gente seja referência de credibilidade
20:43de um bom trabalho realizado, né?
20:46O que a gente vê é gente atirando pra tudo quanto é lado, né?
20:49Eu costumo dizer que vai se consagrar com o tempo aquele profissional que fizer um trabalho decente
20:56de apuração da verdade, da informação, pra criar a credibilidade.
21:01Eu costumo citar dois exemplos que têm referência do mundo digital, nasceram no mundo digital.
21:08O TMZ, que é o site americano que foi responsável pela vanguarda de anunciar a morte do Michael Jackson, tá?
21:16E o site Metrópolis em Brasília, que não tem vinculação com os veículos antigos, as mídias antigas, né?
21:25Então, são poucos os exemplos que você tem, assim, a aposta de que, olha, é um bom trabalho, é um trabalho confiável,
21:33digno de um jornalismo decente, né?
21:36O que a gente tem aí são pessoas que gostam ou têm interesse em participar, mas até agora não vejo nenhum nome.
21:44Vocês veem algum nome?
21:46Não tem.
21:47É, porque credibilidade é um negócio difícil, né?
21:50A credibilidade, não é. O problema é a credibilidade.
21:53Sim.
21:54A credibilidade envolve...
21:55A credibilidade é...
21:57Veículo.
21:57É, envolve muita coisa.
21:59O tempo também.
22:00É, claro, claro.
22:01O verizado, todo mundo dá notícia hoje.
22:03Porque não é fácil o cara ter uma carreira como a sua.
22:06Não é fácil.
22:07Criar carreira, né?
22:08É, claro.
22:09A carreira que conta.
22:10Eu me considero exitoso, feliz por ter realizado os trabalhos que eu fiz.
22:15É.
22:15Boa.
22:16Tem alguma matéria entre milhares, né?
22:19Que você...
22:19A gente tem o PC Farias, que você cobriu.
22:21Própria morte do Ayrton Senna.
22:23Você esteve na posse do Barack Obama.
22:25Tem todo jornalista, deve ter uma matéria, assim, que guarda com carinho.
22:28Qual que é a que você gosta de relembrar?
22:31Todos esses fatos que provocam a comoção social são marcantes, né?
22:35Na carreira e para as pessoas, né?
22:38Tem uma resposta imediata.
22:40Agora, particularmente, eu fiz dois trabalhos que eu acho interessantes e me recompensaram.
22:47Um foi um Globo Repórter, que eu ancorei quatro programas, viajando durante 18 dias, fazendo 22 gravações na Europa, visitando os locais marcantes da Segunda Guerra Mundial.
22:59Porque eu sou de uma geração, eu acho que nós somos de uma geração, né, Emílio?
23:03Onde a gente foi bombardeado pela literatura, pela indústria cinematográfica a respeito do evento, né?
23:12Então eu tive a oportunidade de estar na Polônia, onde ocorreu o início da Segunda Guerra Mundial, com a invasão do porto de Gdansk, Gdynia, né?
23:22Na época, visitei o campo de Auschwitz, que é uma coisa que você sai de lá...
23:29Terrível, né?
23:30Pesado, entendeu?
23:31Sapatos de criança, coisas assim.
23:34Membros, né?
23:35Sim.
23:36De pessoas e tudo mais.
23:38Na Alemanha, em Paris, na Normandia.
23:44Então eu tive a oportunidade de, digamos assim, reviver um pouco daquilo que foi...
23:50Da história do local.
23:51Você leu, você viveu.
23:52E outro grande fato que eu tive a oportunidade de fazer foi a posse de Barack Obama nos Estados Unidos e participar.
24:00Uma coisa é você transmitir a notícia, outra coisa é você estar em loco, né?
24:05É diferente, é gratificante.
24:07Em Washington, né?
24:07É em Washington, né?
24:09A eleição do Barack Obama foi um momento histórico, a posse dele.
24:14Então são coisas marcantes que são dignas de registro, que eu me sinto feliz.
24:18É, mas tem os caras que a gente respeita, quer dizer, o William Wack também, né?
24:23A gente vai lembrando aqui, né?
24:25O Chapelein, tem tanto cara bom.
24:29Pô, a gente tem que homenagear.
24:30É um sacerdócio, né?
24:32É, claro.
24:32Você não tem dedicação de fazer o que você faz?
24:34Claro, lógico.
24:35Isso aqui é válido, isso aqui é respeitado.
24:37Exatamente.
24:37E a gente respeitar o profissional e poder estar aqui homenageando você, o seu trabalho.
24:43E, pô, e feliz de você voltar.
24:44Obrigado.
24:45Agora no SBT News.
24:47É isso aí.
24:48O Instagram dele é arroba Celso Freitas Oficial.
24:52Vai estrear no SBT.
24:53Quando vai ser?
24:54Vai estrear dia 15 de dezembro.
24:5515 de dezembro no SBT.
24:58Boa questão.
24:58Nós estamos trabalhando lá, participando com a equipe, no entrosamento.
25:02Tá pagando bem lá, homem?
25:03Faz o bem.
25:03Trocou de carro, vou comprar o carro.
25:05Faz o bem.
25:05Você pode comprar o meu próximo carro, porque há muito tempo eu deixei de fumar.
25:11Celso Freitas conversou com a gente aqui, ó.
25:13Siga ele no Instagram, arroba Celso Freitas Oficial.
25:16Obrigado, Freitas.
25:17Obrigado.
25:17Valeu.
25:17Vai lá, Reginaldinho.
25:18Faz um break.
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