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O ex-jogador Robinho, condenado por estupro coletivo na Itália, foi transferido do Presídio de Tremembé para o Centro de Ressocialização de Limeira. Agora, a defesa do atleta entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal para que o caráter hediondo do crime seja retirado de sua pena. A manobra jurídica visa garantir o benefício do regime semiaberto, permitindo que o ex-jogador estude e faça cursos fora da prisão. No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já se manifestou contra a mudança. Confira o debate da bancada do programa Morning Show.


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Transcrição
00:00Gente, pessoal, agora eu quero falar de um dos notáveis detentos do presídio de Tremembé,
00:05que acabou deixando o presídio dos famosos, eu me refiro claro ao ex-jogador Robinho.
00:10Onde é que ele tá agora, hein, David de Tarso?
00:12É, ele foi pro Centro de Ressocialização de Limeira, no interior aqui de São Paulo,
00:17e além da mudança, né, que foi solicitada aí pela defesa do Robinho,
00:21ele também entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal
00:23pra que o caráter hediondo da pena de estupro coletivo seja então retirado.
00:30Ele mudaria, com essa alteração, ele teria o benefício no Centro de Ressocialização
00:35pra cumprir a pena em regime semiaberto.
00:37O que significa? Ele poderia sair, estudar, fazer cursos,
00:41e depois só retorna pra dormir na penitenciária.
00:44E a defesa dele também, né, durante isso, a apuração até do Ulisses Campbell,
00:48que sempre participa aqui com a gente,
00:50ele queria sair dos holofotes ali do Tremembé,
00:54até porque com a série ele até criticou a condução dos trabalhos.
00:59Você falou que eu tava pensando.
00:59Você não quer ser o próximo personagem, né?
01:01Eu tava pensando, exatamente, acho que ele pediu essa transferência
01:03pra não fazer parte da segunda temporada de Tremembé, que fique claro.
01:07Mas, de qualquer forma, tá aí.
01:08Mas tem isso mesmo, é de fato, é.
01:09Sim, sim, sim, sim.
01:11Enfim, a vida imitando a arte.
01:14Mano Ferreira.
01:15Eu queria perguntar pra Pri, como é que funciona isso de você declarar
01:20ou deixar de declarar um crime como é de onda?
01:23Porque eu achava que isso era pela tipificação, né?
01:25Sim, parece meio surreal, né?
01:26Não, mas eu posso explicar.
01:28No Brasil, o que é de onda, a gente usa a legalidade.
01:31Então, o artigo primeiro, lá da Lei dos Crimes de Ondos, fala,
01:34é crime de onda, homicídio, estupro de vulnerável,
01:37e o que aconteceu nesse cenário que é o embrólio?
01:40A Justiça da Itália, ele foi condenado por estupro comum.
01:44E, sendo comum, não há hediondes lá.
01:47Então, a defesa, né, tá pugnando para o ministro
01:50que seja reconhecida a sentença conforme a decretação
01:54que foi dada na Itália.
01:56Seja aqui é hediondo, mas na Itália ele foi condenado, não.
01:59Aqui é hediondo, tá no artigo primeiro da Lei 8.072, barra 90.
02:02Hediondo não é um repilante pra mim, ou pra você,
02:04ou pro David, ou pra Aninha.
02:06Hediondo é aquilo que está na lei.
02:09Então, a gente não pode dar hediondes pra todo e qualquer crime.
02:12Quem precisa fazer isso? O legislador.
02:14Só que nós estamos, e até tem um pequeno fundamento
02:17nesse pedido de defesa. Por quê?
02:18Não, eu ia falar isso.
02:19Porque nós não podemos...
02:21Ele tá só executando uma sentença.
02:24Então, tendo em vista que ele tá executando uma sentença
02:27que lá é comum, aí entra o embrólio. Por quê?
02:31Se ele tá executando, e aqui é hediondo,
02:33a progressão de regime dá-se-á nos nossos moldes.
02:36E aí, assim sendo, ele tem que ficar mais.
02:38Por isso que o David aqui colocou pra nossa audiência, não é?
02:40Que ele ficaria menos. Por que menos?
02:42Tirando a hediondez, conforme a sentença italiana,
02:46ele progride com menos tempo.
02:47E aí ele pode ir pro semiaberto,
02:48entre outras coisas que afastam
02:50diante da hediondez criminosa.
02:52Acho que o grande debate jurídico,
02:54tentando trazer de uma forma mais clara
02:56pra nossa audiência,
02:57é entender se a declaração de que um crime
03:00é hediondo ou não,
03:01é no momento de declaração de que aquele crime aconteceu
03:05ou para fins de execução da pena.
03:08Porque é exato.
03:10E aí, eu confesso que até faz sentido,
03:12porque se a gente lembrar,
03:14o Robinho, ele não foi julgado no Brasil.
03:16A gente apenas transferiu a execução da pena
03:20que ele recebeu na Itália para o Brasil.
03:24Apagando em solo brasileiro.
03:25Isso, isso mesmo.
03:26Agora, tem precedente disso
03:28ou é uma coisa inaugural aí com o Robinho?
03:30Eu sou advogada, né?
03:32Eu digo assim, sou advogada e...
03:34As boas.
03:35Não, e pensando no...
03:36Professora também.
03:37Professora doutora.
03:38Pensando...
03:38A gente sempre aprende, né?
03:39Mas pensando pelo lado da defesa,
03:42eu vou com a defesa do Robinho.
03:44Por quê?
03:44Porque se a execução,
03:46é como se eu estivesse dizendo assim,
03:48determino que você peça pra ele cumprir
03:50e não julgando novamente,
03:52inserindo-o num cenário de hediondez criminosa.
03:54Então, é como se eu estivesse agravando
03:56algo que foi decidido fora do país.
03:59Então, a gente vai aguardar as cenas
04:00dos próximos capítulos.
04:02É claro que aqui no Brasil,
04:03quando se fala por precedentes,
04:05tudo muda a todo tempo, né, mano?
04:06Então, só pra...
04:07Tem um aspecto também que a investigação
04:08foi muito bem conduzida pela polícia italiana,
04:11com escutas, né?
04:12Até mesmo foram os áudios que revelaram
04:14a violência do crime que ele cometeu.
04:17Até tirando o salto da vítima, né?
04:18É.
04:19Uma noite de irresponsabilidade atroz,
04:22numa noitada em Milão,
04:24acabou arruinando a vida de uma jovem albanesa
04:27no centro dessa loucura toda
04:29e acabou, pra todos efeitos,
04:31destruindo uma carreira amplamente considerada,
04:34muito bem-sucedida,
04:35do carismático e reconhecido, Robinho.
04:37Agora, me parece improvável
04:39que o STF realmente vá acatar isso
04:41e vá conferir a mudança pro regime semiaberto,
04:44porque, pelo que eu entendi,
04:45me corrija se eu tiver errado,
04:46doutora Priscila,
04:47arredondando a bola aqui,
04:48seria tipo criar dois tipos penais diferentes
04:51pro mesmo crime, né?
04:52É que é assim,
04:53igual a gente tava explicando.
04:55Como a sentença é só pra executar,
04:57se eu estiver executando,
04:59eu não posso pegar essa sentença
05:01que foi dada fora
05:02e criar um novo dispositivo pra executá-la.
05:05Então, se a gente fosse pegar ao pé da letra,
05:07ele deveria cumprir no estupro,
05:09só que só pra esclarecer, tá?
05:11Se for estupro, ainda assim, é hediondo.
05:13Então, só pra dizer que estupro de vulnerável
05:16e estupro quando ele é comum,
05:19sem a vulnerabilidade,
05:20seja ela situacional, pela idade, enfim,
05:22a mantença ali da hediondeza.
05:24Então, eu não sei propriamente dito
05:26em que cenário,
05:26porque ele tá querendo dizer o seguinte,
05:28que estupro lá é comum
05:30e que estupro aqui, né, é hediondo.
05:33Então, essa questão da execução da pena
05:35é como se eu estivesse criando
05:37uma normativa,
05:39tirando a forma de cumprir lá,
05:41trazendo uma forma diferente
05:42pra cumprir aqui.
05:43Mas daí, isso é extremamente perigoso, né?
05:46Porque, por exemplo,
05:47pode ser que em outro país
05:49o estupro seja aceitável.
05:51Ou que, por exemplo,
05:53você tenha uma redução de pena
05:55porque você matou a sua mulher
05:56porque ela te traiu.
05:57Que a gente discutiu outro dia
05:58no caso da Ângela Diniz,
06:00que foi até uma tese de defesa.
06:01Então, isso é muito perigoso
06:03você fazer a valoração normativa
06:06de outro país
06:07numa execução que é feita no Brasil, né?
06:09Por isso que eu acho que o STF
06:11vai manter a Diondez
06:12seguindo esses moldes.
06:13Porque senão também
06:14ele estaria criando
06:15não só uma outra coisa,
06:17mas afastando a possibilidade
06:18de cumprimento de pena
06:18nos moldes do nosso país,
06:20que é onde se cumpre.
06:21Então, em razão disso,
06:22a gente vai manter essa lei.
06:23Obrigado.
06:24Obrigado.
06:25Obrigado.
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